DECRETO
Nº 51.543, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
Dispõe
sobre o expediente nas repartições públicas estaduais
pertencentes à
Administração Direta e Autarquias, relativo aos dias
que especifica e dá providências correlatas
JOSÉ
SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de
suas atribuições legais,
Decreta:
Artigo
1º - Fica suspenso o expediente nas repartições públicas
estaduais pertencentes à Administração Direta e
Autarquias, relativo aos dias adiante mencionados, no
exercício de 2007:
I
- 19 de fevereiro - segunda-feira - Carnaval;
II
- 20 de fevereiro - terça-feira - Carnaval.
Artigo
2º - O expediente das repartições públicas estaduais
a que alude o artigo 1º deste decreto, relativo ao dia
21 de fevereiro - quarta-feira - Cinzas, terá
seu início às 12 (doze) horas.
Artigo
3º - O disposto neste decreto não se aplica às
repartições em que, por sua natureza, houver
necessidade de funcionamento ininterrupto.
Artigo
4º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio
dos Bandeirantes, 1º de fevereiro de 2007
JOSÉ
SERRA
João
de Almeida Sampaio Filho
Secretário de Agricultura e Abastecimento
Alberto
Goldman
Secretário de Desenvolvimento
João
Sayad
Secretário da Cultura
Maria
Lúcia Marcondes Carvalho Vasconcelos
Secretária da Educação
Dilma
Seli Pena
Secretária de Saneamento e Energia
Mauro
Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Lair
Alberto Soares Krähenbühl
Secretário da Habitação
Mauro
Guilherme Jardim Arce
Secretário dos Transportes
Luiz
Antonio Guimarães Marrey
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
Francisco
Graziano Neto
Secretário do Meio Ambiente
Rogério
Pinto Coelho Amato
Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento
Social
Francisco
Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Luiz
Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Ronaldo
Augusto Bretas Marzagão
Secretário da Segurança Pública
Antonio
Ferreira Pinto
Secretário da Administração Penitenciária
José
Luiz Portella Pereira
Secretário dos Transportes Metropolitanos
Guilherme
Afif Domingos
Secretário do Emprego e Relações do Trabalho
Claury
Santos Alves da Silva
Secretário de Esporte e Lazer
Hubert
Alquéres
Secretário de Comunicação
José
Henrique Reis Lobo
Secretário de Relações Institucionais
Sidney
Beraldo
Secretário de Gestão Pública
José
Aristodemo Pinotti
Secretário de Ensino Superior
Aloysio
Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado
na Casa Civil, a 1º de fevereiro de 2007.
Fonte:
D.O.E., Executivo I, de 02/02/2007 publicado em Decretos
do Governador
Súmula vinculante é novidade no ano novo do Judiciário
por Maria
Fernanda Erdelyi
A ministra
Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal,
afirmou que a instituição da súmula vinculante, da
repercussão geral do recurso extraordinário e da
informatização do processo judicial são divisores de
águas na estruturação e na funcionalidade do Poder
Judiciário. “A edição de súmulas com força
vinculante para a Administração dificilmente poderá
ser suficientemente louvada”, disse a ministra em
discurso na solenidade de abertura do ano judiciário,
nesta quinta-feira (1/2).
Sentado ao
lado da presidente da casa, o presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, fez discurso morno
reafirmando os compromissos de aproximação entre os
poderes da República na busca de um Judiciário ágil,
eficiente e acessível. O presidente elogiou o
comportamento do Congresso, afirmando que o esforço dos
parlamentares é digno de reconhecimento, pois eles
consideraram a importância dos projetos para o Judiciário
e os aprovaram por unanimidade.
Ellen
Gracie falou da importância da súmula vinculante,
regulamentada em lei aprovada pelo Congresso no final do
ano passado, lembrando que “é fato inconteste que a
Administração, em suas diversas esferas (...) tantas
vezes insiste em ignorar interpretação reiterada do
Supremo Tribunal Federal, e com tal proceder obriga o
cidadão a intentar mais uma das milhares de causas idênticas
que congestionam os serviços forenses, retirando-lhes a
agilidade necessária para o enfrentamento de questões
novas e urgentes”.
A
presidente do Supremo também lembrou de outros
mecanismos que entram em vigor neste ano como a
repercussão geral do recurso extraordinário e a
informatização do processo judicial. “Já a autorização
para que esta Corte defina quais as questões que —
por veicularem interesse geral — devam merecer sua
atenção, corresponde à garantia de funcionalidade
para este Tribunal, hoje sobrecarregado com questões de
somenos”, disse.
De acordo
com a ministra, o Supremo já está pronto para receber
em formato digital os recursos extraordinários enviados
pelos tribunais que compõem o projeto piloto de
informatização dos processos — Tribunal Superior do
Trabalho, Tribunal de Justiça de Sergipe e Espírito
Santo.
Com o
sistema em operação deverão se integrar a ele os
Tribunais de Justiça de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dos quais se originam
cerca de 63% dos recursos extraordinários enviados ao
Supremo. Ellen resalva que a informatização não alcança
só a mais alta Corte de Justiça do país. Cerca de 80%
dos Juizados Especiais Federais Cíveis já funcionam
por meio eletrônico.
Troca de
posto
O dia está
concorrido na capital federal com posse dos novos
parlamentares, eleições para mesa diretora na Câmara
e no Senado. Outros tribunais superiores como Superior
Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho
também voltam ao trabalho nesta quinta-feira (1/2) com
sessões solenes no início da tarde.
Continuam
as especulações sobre o futuro ministro da Justiça. Márcio
Thomaz Bastos, presente na solenidade no Supremo voltou
a ser assediado para revelar seu substituto. Ontem, no
lançamento da revista da Reforma Infraconstitucional do
Judiciário no Ministério da Justiça, o ministro
afirmou que o presidente Lula pode definir na semana que
vem o nome do novo titular da pasta. Dois nomes contados
são o atual decano do Supremo, ministro Sepúlveda
Pertence e Tarso Genro, ministro das Relações
Institucionais.
Também
deve deixar o posto o secretário da Reforma do Judiciário,
Pierpaolo Cruz Bottini. O secretário deixa a pasta para
cuidar de projetos pessoais. Ele está preparando um
material sobre a importância da secretaria e da
continuidade dos projetos da reforma do Judiciário.
Fonte:
Conjur, de 01/02/2007
Decreto de 1º-2-2007
Nomeando,
nos termos do art. 20, I da LC 180-78, os abaixo
indicados, para exercerem em comissão e em Jornada
Integral de Trabalho, os cargos a seguir mencionados,
nas referências da Escala de Vencimentos, a que se
refere o art. 2º da LC 724-93, do SQC-I-QPGE:
Procurador
do Estado Assessor, Ref. 7 Gabinete: Maria Regina Fava
Focaccia, RG 4.979.682, vago em decorrência da exoneração
de Cristina Margarete Wagner Mastrobuono, RG 1.686.811;
Procurador do Estado Chefe, Ref. 7 Procuradoria Regional
de Araçatuba: Claudia Maria de Paula Eduardo Geraldi,
RG 11.710.736, vago em decorrência da exoneração de
Nilson Berenchtein Junior, RG 4.990.380; Procurador do
Estado Assistente, Ref. 6 Procuradoria Regional de
Presidente Prudente: José
Maria Zanuto, RG 20.376.589, vago em decorrência da
exoneração de Aureo Mangolim, RG 3.502.993-1;
Procuradoria Judicial: Marcos Mordini, RG 11.689.511,
vago em decorrência da exoneração de Fernando Franco,
RG 23.391.511-4.
Fonte:
D.O.E. Executivo I, de 02/02/2007, publicado em Decretos
do Governador
Supremo deve estrear súmula vinculante em decisão
sobre INSS
O Supremo
Tribunal Federal (STF) deverá promover a estréia da súmula
vinculante no julgamento de um rombo bilionário nas
contas da Previdência, na próxima quinta-feira.
Numa única
tacada, os ministros irão resolver milhares de
processos em que pensionistas pedem o direito a receber
100% do que era pago aos segurados do INSS. Esses
processos tramitam há mais de dez anos na Justiça e,
agora, se o INSS perder, o Tesouro terá de pagar de
imediato R$ 7,8 bilhões apenas para as pensões
concedidas antes de 1995. Nos próximos 20 anos, o rombo
pode chegar a R$ 40 bilhões. E, caso essa tese de
pagamento de pensões integrais for estendida para
outros benefícios, como auxílio-doença, auxílio-acidente,
aposentadoria por invalidez, por idade e por tempo de
serviço, o rombo saltaria para R$ 120 bilhões, segundo
informações do processo no STF.
A súmula
vinculante - instrumento que obriga todos os juízes e o
poder público a seguir as decisões do STF - foi
aprovada pelo Congresso no final do ano passado e o
tribunal deverá indicar este caso, que é conhecido
como o "esqueleto das pensões por morte",
para inaugurá-la.
O
vice-presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, explicou
ao Valor que existem alguns projetos de súmula prontos,
como o problema do aumento na base de cálculo da Cofins
(que afeta diretamente às empresas) e a correção das
contas vinculadas ao FGTS (um caso de interesse dos
trabalhadores). Mas, o rombo da pensão por morte será
o primeiro caso de grande repercussão em que a súmula
deverá ser aplicada já que envolve, segundo o
ministro, uma "infinidade de casos". Existem
sete mil processos sobre este assunto apenas no STF e
alguns ministros estão com os seus gabinetes lotados
por causa do excesso de ações sobre este problema.
A
expectativa é que o governo se livre do rombo. Dos onze
ministros do STF, cinco já votaram. Destes, quatro
(Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia Antunes Rocha,
Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes) concluíram que o
governo não deve corrigir as pensões em valores que
chegam a 100% do que recebia o morto. Eles entenderam
que deve ser mantido um equilíbrio atuarial e
financeiro na Previdência, de modo a viabilizar o
pagamento a todos os beneficiários, sem excessos que
comprometam o sistema. Apenas o ministro Eros Grau foi
contrário à tese do governo. O caso foi suspenso por
pedido de vista do ministro Carlos Ayres Britto, em 31
de agosto do ano passado, e deverá ser retomado na próxima
quinta-feira.
Será a
primeira grande questão de massa a ser decidida pelo
STF desde que o tribunal começou a preparar os
enunciados de súmula vinculante. O incômodo com o
excesso de processos repetitivos sobre "pensão por
morte" é tão grande no STF que o ministro Marco
Aurélio Mello chegou a fazer um apelo a Carlos Britto
para que ele recolocasse o processo em pauta num
"tempo curto".
Caso a
expectativa de vitória do governo se confirme, a Previdência
conseguirá apagar uma dívida potencial de bilhões de
reais de seus cofres, sem a necessidade de mandar um
novo projeto de lei, ou de emenda constitucional ao
Congresso. Com isso, o presidente Lula e o ministro da
Previdência, Nelson Machado, ganharão um forte
argumento à tese de que não é preciso fazer uma nova
reforma na Previdência para reduzir o seu déficit, mas
apenas atuar na gestão de suas contas.
O
"esqueleto" surgiu por causa de uma lei
aprovada pelo Congresso em 1995. Até aquele ano, os
pensionistas recebiam 80% do salário dos segurados,
acrescido de 10% por dependente até o limite de dois
dependentes. A Lei 9.032- aprovada em abril de 1995 para
elevar o salário mínimo, na época, para R$ 100,00 -
mudou essa regra: fixou as pensões em 100% do valor do
salário do segurado. Dessa forma, os pensionistas
passaram a receber exatamente o mesmo valor que o
segurado recebia.
O
"esqueleto da pensão por morte" é, segundo
Gilmar Mendes, uma causa interminável. Pela lei, os
pensionistas têm até cinco anos para entrar com pedido
na Justiça para receber 100% do valor que era pago ao
morto. Porém, muitos juízes passaram a conceder os
100% para antes de 1995, sob a alegação de que não
estão retroagindo o benefício para antes daquele ano,
mas dando a sua "aplicação imediata" no
tempo. Com isso, as ações a rigor não prescrevem. Os
pensionistas podem pedir a qualquer tempo na Justiça o
direito a receber 100% do valor que era pago ao morto.
"Sempre haverá os retardatários, aquelas pessoas
que demoraram a entrar na Justiça, e, se não tomarmos
uma decisão definitiva neste assunto, sempre teremos
que julgar estes processos", afirmou Mendes.
O governo
passou a considerar o caso como um "rombo" nas
contas da Previdência em maio de 2004, quando a Turma
de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, em
Brasília, editou súmula consolidando um entendimento
contrário à União. Essa súmula fez com que todos os
processos em que pensionistas pediam o benefício de
100% do valor recebido pelo morto nos Juizados Especiais
corressem mais rapidamente.
Estes
processos eram julgados sem recursos e com decisões
praticamente imediatas. Dessa forma, muitos pensionistas
recorreram aos Juizados - órgãos julgam questões de
até 60 salários-mínimos. Eram ações pequenas, se
consideradas individualmente. Mas, no conjunto,
resultaram em grandes valores para a União. Gilmar
Mendes concedeu uma medida cautelar para suspender estes
processos de Juizados. Segundo ele, estes processos
ficarão paralisados até a decisão final do Supremo.
Durante a
sessão de abertura do Ano Judiciário, realizada ontem,
a presidente do STF, ministra Ellen Gracie, defendeu a
importância da súmula vinculante. "A edição de
súmulas com força vinculante para a administração irá
permitir que seja desinflada a demanda que hoje recai
sobre a Justiça Federal e as Varas de Fazenda Pública,
de maneira particularmente sensível", disse Ellen.
A ministra enfatizou que, com a súmula, "todas as
causas de massa, que tenham por núcleo uma mesma questão
de direito, ficarão definidas se já ajuizadas ou serão
mesmo estancadas no nascedouro".
Fonte:
Valor Econômico, de 02/02/2007
Governo precisa ouvir SP, diz secretário
O
governador José Serra (PSDB-SP) e o secretário da
Fazenda do Estado de São Paulo, Mauro Ricardo Machado
Costa, entregam hoje ao ministro da Fazenda, Guido
Mantega, propostas para que o Estado se beneficie com o
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo
federal.
Machado
Costa diz que os investimentos programados para o Estado
de São Paulo precisam ser ampliados e rediscutidos e
que o governo paulista não foi ouvido pelo governo
federal. "São Paulo sabe o que é importante para
o Estado e quer discutir os investimentos com o governo
federal", afirma.
O secretário
da Fazenda paulista enumera algumas obras que merecem
atenção do governo federal porque, na sua avaliação,
são importantes para o Estado e para o Brasil, como o
metrô, o Rodoanel, o Ferroanel e o porto de Santos.
"O
governo federal está ajudando o metrô de Salvador, o
de Recife e o de Belo Horizonte e não está ajudando o
metrô de São Paulo. É importante que ajude também o
Metrô de São Paulo para melhorar a competitividade do
país", afirma o secretário paulista.
"O
governo federal não pode achar que conhece o Brasil
todo e, a partir daí, definir os investimentos. Tem de
ouvir os Estados, que, por sua vez, têm de ouvir os
municípios para definir prioridades,
investimentos", afirma.
A desoneração
de impostos federais prevista no PAC, na avaliação do
secretário, não tem impacto representativo no caixa do
Estado. Isso porque só 1,6% dos tributos federais ficam
com o Estado.
Na sua
avaliação, outras medidas poderiam ser tomadas para
que o crescimento do país ocorresse de forma mais
acelerada. Machado Costa cita a redução das taxas de
juros e da carga tributária.
"As
medidas do PAC vão acelerar o desenvolvimento, mas
precisam ser combinadas com outras ações para elevar a
velocidade do crescimento."
Serra fez
duras críticas ao PAC e disse que quer discutir um a um
os projetos de investimentos no Estado de São Paulo com
o governo federal. Mantega rebateu as críticas dizendo
que Serra "não leu o plano ou leu o plano
errado".
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 02/02/2007
Deputados querem continuidade dos trabalhos da CPI da
Guerra Fiscal na próxima legislatura
Diante da
proximidade do prazo final (14/3) para entrega do relatório
dos trabalhos da CPI da Guerra Fiscal, os membros da
comissão, presidida pelo deputado Roberto Morais (PPS),
decidiram em reunião extraordinária realizada nesta
quinta-feira, 1º/2, que farão um apelo ao futuro
presidente da Assembléia Legislativa para que seja
constituída uma nova CPI sobre o mesmo assunto, para
dar continuidade aos trabalhos.
A CPI
decidiu fazer convites aos depoentes em vez de convocá-los.
Foram convidados a comparecer na próxima reunião, na
quarta-feira, 7/2, às 10h, Mateus Baraldi Magnani,
procurador da República no município de Osasco, e
Vitor Hugo Rodrigues Alves, delegado da Polícia
Federal.
Uma das
justificativas do deputado Roberto Morais para a convocação
de outra CPI é que a atual comissão, apesar de
aprovada em requerimento de 2003, só começou a
funcionar neste ano, com uma pauta com grande
diversidade de temas a serem apurados.
A CPI da
Guerra Fiscal pretende investigar temas como a competição
entre Estados para atrair empresas, as diferentes alíquotas
do ICMS, os incentivos camuflados em empréstimos a
juros subsidiados e o porquê do tratamento diferente
dado pela Justiça Federal a pleitos paulistas em relação
aos demais Estados.
Segundo o
deputado Edmir Chedid (PFL), relator da comissão, o
comparecimento dos convidados e o forneceimento de
informações são fundamentais para subsidiar os
trabalhos. Ele ressalta que o Estado de São Paulo é o
que mais tem a perder com a guerra fiscal.
Convidados
Na reunião,
os deputados também aprovaram requerimentos para
convidar o secretário estadual da Fazenda, Mauro
Ricardo Machado Costa, a informar quais os segmentos e
quais as empresas do Estado se beneficiaram da guerra
fiscal, quais os benefícios até então apurados pela
Fazenda estadual e quais os mecanismos utilizados pelo
governo para frear tais operações.
Também
foram convidados a prestar esclarecimentos sobre
inconformidades no ICMS constatadas no setor de energia
elétrica os presidentes das empresas do setor:
Bandeirantes Energia S/A; Companhia Luz e Força Santa
Cruz; CPFL – Piratininga; Elektro – Eletricidade e
Serviço; Eletropaulo; Grupo Rede; e CMS – Energy.
Participaram
da reunião desta quinta-feira os deputados Vaz de Lima
(PSDB), Edmir Chedid (PFL) e Geraldo Lopes (PMDB).
Fonte:
Alesp, de 01/02/2007
Decisão em ADI é válida mesmo que Senado não a
formalize
por
Lilian Matsuura
Mesmo se o
Senado Federal não suspender formalmente a execução
de uma lei declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal, a decisão deve ser cumprida pelas
outras instâncias do Judiciário. O artigo 52, X, da
Constituição Federal diz que a casa legislativa deve
publicar uma resolução apenas para confirmar o
entendimento da suprema corte. No entanto, o ministro
Gilmar Mendes, ao julgar Reclamação que pedia progressão
de regime a dez condenados por crime hediondo, concluiu
que esse dispositivo não pode impedir o cumprimento da
decisão.
A
Defensoria Pública da União recorreu ao STF contra
decisão da Vara de Execuções Penais de Rio Branco, no
Acre, que indeferiu o pedido de progressão de regime em
favor de dez condenados. Eles cumprem penas de reclusão
em regime integralmente fechado.
A
possibilidade de progressão de regime em crimes
hediondos foi decidida pelo plenário do Supremo
Tribunal Federal no julgamento Habeas Corpus 82.959, em
fevereiro de 2006. Por seis votos a cinco, a corte
reconheceu a inconstitucionalidade do parágrafo 1º, do
artigo 2º, da Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90).
O dispositivo proibia a progressão de regime de
cumprimento de pena nos crimes hediondos.
A sentença
proferida pela Vara de Execuções Penais de Rio Branco
dizia que a decisão do Supremo só teria efeito para
todos os casos quando o Senado Federal ratificasse, por
meio de resolução, o entendimento do STF.
O ministro
Gilmar Mendes acolheu o pedido de liminar apresentado
pela Defensoria Pública, porque no seu entender a decisão
da vara de execuções fere a decisão do Supremo. Na
decisão, afirmou que cabe ao juiz afastar a vedação
legal da progressão de regime e avaliar os requisitos
para que o benefício seja concedido.
Para ele,
“a adoção da técnica da declaração de
inconstitucionalidade com limitação de efeitos parece
sinalizar que o Tribunal entende estar desvinculado de
qualquer ato do Senado Federal, cabendo tão-somente a
ele – Tribunal – definir os efeitos da decisão”.
O ministro
chega a considerar o disposto no artigo 52, X, da
Constituição Federal uma “visão doutrinária
ortodoxa e – permita-nos dizer – ultrapassada”.
Segundo Gilmar Mendes, não cabe ao Senado analisar o mérito
da decisão do STF, apenas confirmá-la. Além disso,
cita a adoção da súmula vinculante como forma de
reforçar a superação do dispositivo constitucional,
“na medida em que permite aferir a
inconstitucionalidade de determinada orientação pelo
próprio Tribunal, sem qualquer interferência do Senado
Federal”.
O
julgamento da questão pelo plenário do Supremo foi
suspenso, nesta quinta-feira (1/2), pelo pedido de vista
do ministro Eros Grau. O ministro Gilmar Mendes,
relator, foi o único que votou até agora.
Fonte:
Conjur, de 02/02/2007
Estilo discreto e pacificador de Britto dirigirá a OAB
nacional
João
Novaes
O
sergipano Raimundo Cezar Britto Aragão tomou posse
nesta quinta-feira (1º de fevereiro) como o novo
presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil. Eleito em chapa única, ele sucede o paranaense
Roberto Busato e comandará nos próximos três anos a
entidade que representa cerca de 600 mil advogados em
todo o país.
Ao seu
lado, farão parte da nova diretoria da entidade o
vice-presidente Vladimir Rossi Lourenço, a secretária-geral
Cléa Anna Carpi da Rocha, o secretário-geral adjunto
Alberto Zacharias Toron e o diretor tesoureiro Ophir
Cavalcante Junior.
Em
entrevista exclusiva à reportagem de Última Instância,
Britto, nascido em Propriá (interior de Sergipe), tem
um perfil mais discreto e pacificador do que seu
antecessor e aliado político, Roberto Busato. Britto
demonstra, em suas primeiras declarações como
presidente, que deverá iniciar uma
trégua temporária entre a entidade e o governo
federal, alvo constante de críticas da gestão
anterior.
Além
disso, promete estabelecer um equilíbrio entre as
iniciativas políticas e corporativas da entidade.
“Vamos ter, efetivamente, uma ação muito mais próxima
ao advogado”, afirmou Britto.
Cezar
Britto é formado em direito pela Universidade Federal
do Sergipe. Foi conselheiro da seccional sergipana em
1993 e 1994, conselheiro federal entre 1995 e 1997 e
presidente da OAB-SE no triênio 1998-2000. É advogado
de entidades sindicais, movimentos populares e ONGs.
Defende a CUT sergipana desde 1985. Vice-presidente da
ABRAT (Associação Brasileira dos Advogados
Trabalhistas) do Nordeste, foi professor permanente da
ESA (Escola Superior de Advocacia) do Sergipe. Antes de
ser escolhido presidente, foi secretário-geral da OAB
nacional na gestão Busato.
Leia
abaixo a íntegra da entrevista:
Última
Instância — Qual será a preocupação da Ordem em
relação ao ensino jurídico no país? Na última gestão,
foram publicadas diversas listas de cursos pautadas pela
qualidade, críticas ao MEC pela autorização de cursos
sem o aval da entidade. Qual deve ser o papel da Ordem
na autorização dos cursos?
Cezar
Britto — Em primeiro, gostaria de esclarecer que a
atuação da Ordem na questão do ensino jurídico tem
duas matrizes: a primeira é de ordem legal. A entidade,
por ter competência em contribuir com o aperfeiçoamento
das instituições jurídicas e dos cursos de direito,
tem que optar sobre a criação de um conhecimento das
instituições. A segunda é de ordem social. A preocupação
da Ordem, quando faz críticas às concessões de
faculdades, é que o saber tem uma função social muito
forte. É através do saber que se permite a ascensão
social. No curso de direito, tem-se observado que a
ascensão social pelo saber não tem atingido seu
objetivo, porque o diploma de bacharel, diferentemente
das demais profissões, é apenas um qualificador de
passagem que, por si só, não permite o exercício
profissional. Todas as carreiras jurídicas precisam de
uma seleção pública. O advogado, através do Exame de
Ordem, e as demais carreiras, no concurso público. Ora,
o que se tem observado é que a má qualidade do ensino
jurídico faz com que, no final, aquele que pensou que
ia ascender tenha apenas um diploma d frustração, e não
de ascensão.
Última
Instância — O sr. considera que a OAB deveria propor
um projeto de lei para que ela também tivesse o poder
de permitir ou interferir de certa maneira, mais
diretamente nessa concessão de cursos?
Cezar
Britto — Claro que sim. A Ordem vai sempre, e é a
bandeira dela, ter seu parecer com função vinculativa.
Mas, independente da alteração legislativa, isso pode
ser conseguido através de um estreitamento cada vez
maior com o MEC (Ministério da Educação e Cultura).
É preciso que o MEC converse mais com a Ordem e a Ordem
com o MEC, porque os dois têm que ter o mesmo objetivo:
o de não gerar frustrações para o cidadão. Até
porque o ensino tem a função de ascensão e o governo,
que tem preocupação social, não pode permitir a
proliferação de “faculdades de final de semana” ou
faculdades mercantilizadas, porque estaria
mercantilizando os sonhos. Vamos, em nosso mandato,
aperfeiçoar e profissionalizar a fiscalização da
Ordem. Vamos intensificar essa fiscalização
diretamente em função desse compromisso social que a
Ordem tem e desse dever legal.
Última
Instância — O sr. acredita que, atualmente, as
faculdades de direito não estão defasadas em relação
a seus currículos? Muitas matérias são ensinadas da
mesma maneira que há 50 anos. Já áreas novas como
direito ambiental, eletrônico, biodireito, ainda
precisam ser melhor exploradas? Essas novas áreas também
não desmistificam a impressão de que o mercado dos
advogados está saturado?
Cezar
Britto — O direito tem que evoluir ao mesmo passo que
a sociedade. Ele necessariamente é uma ciência de
evolução. Assim sendo, os currículos precisam se
adaptar a essa nova realidade. Quando a Ordem participou
do grupo de trabalho que apresentou ao MEC propostas de
um novo currículo, propôs o surgimento de novos temas
e cursos no currículo. É um trabalho excessivo e
permanente. Nossa intenção, e da Comissão de Ensino
Jurídico, terá dois focos: o primeiro é o aumento da
fiscalização. O segundo é oferecer uma
disponibilidade maior de profissionais que interajam com
o MEC para aperfeiçoar os cursos de direito para que
eles cumpram seu objetivo, o de promover a Justiça no
Brasil.
Última
Instância — Qual sua opinião sobre a
constitucionalidade do PAC (Plano de Aceleração
Externo)? É possível que a OAB entre questione
judicialmente essa MP?
Cezar
Britto — A Ordem tem o dever legal de analisar o
arcabouço de toda a legislação que venha a surgir.
Temos, por força da Constituição, a competência de
ingressar com uma Adin (ação direta de
inconstitucionalidade) na defesa da ordem jurídica, na
defesa dos direitos humanos e do Estado Democrático dos
Direito. Medidas como o PAC precisam e serão analisadas
pela Ordem. Se vai se entrar com uma Adin ou se concluir
pela inconstitucionalidade de algum de seus
dispositivos, as comissões da Ordem é que darão o
parecer, sem nenhum pré-julgamento. A matéria será
discutida e, a depender dos órgãos técnicos, vamos
decidir a visão jurídica da Ordem sobre o PAC. Na
questão política, a Ordem já se manifestou através
de seu [ex-]presidente [Roberto Busato] e vai procurar
contribuir com o governo para corrigir alguns erros e
contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Mas a Ordem
entende que o desenvolvimento econômico rima com o
social.
Última
Instância — Qual deve ser a relação da nova gestão
da Ordem com o Poder Executivo? Nos últimos anos, ela
foi tensa, e pautada por muitas críticas. Esta ainda
seria uma tendência?
Cezar
Britto — Não é a Ordem que dita o diálogo com o
governo, é o governo que molda o diálogo com a Ordem.
O primeiro mandato do presidente Lula recebeu tal
tratamento da Ordem em função dos fatos que ocorreram
durante os primeiros quatro anos. O segundo mandato
ainda não começou, mas, se este for efetivamente um
governo de coalizão como se pretende, de respeito às
instituições democráticas, é claro que a Ordem vai
participar dessa contribuição ao país. Entretanto,
será uma participação independente e republicana. Vai
depender, portanto, da ação que o governo terá nesse
segundo mandato. A Ordem não é inimiga de governo
nenhum, ela é uma colaboradora da sociedade.
Última
Instância — Como o sr. se define politicamente?
Cezar
Britto — Eu me defino como dirigente da Ordem,
historicamente vinculado com a OAB e com o compromisso
de manter a altivez e independência da entidade em relação
a todo o governo. Com o dever de manter a
responsabilidade legal que a Ordem tem de preservar o
Estado Democrático de Direito, de defender a ordem jurídica
e os direitos humanos.
Última
Instância — Refiro-me à sua posição política
pessoal. Por exemplo, de esquerda ou direita, liberal ou
conservador...
Cezar
Britto — A Ordem não é de esquerda nem de direita,
ela é simplesmente a Ordem. O grande segredo é não
ter vinculação nem coloração partidária. É um órgão
absolutamente político, mas sem cor ou lado.
Última
Instância — Na condição de presidente, o sr. seria
apartidário?
Cezar
Britto — Serei um presidente político de uma instituição
política, mas sem nenhuma conotação partidária.
Última
Instância — Há uma avaliação no meio jurídico de
que a gestão atual concentrou muito de seus esforços
em assuntos diretamente ligados à política nacional.
Em contrapartida, deixando de lado as questões ligadas
ao dia-a-dia da advocacia. Qual deverá ser o foco para
o próximo triênio?
Cezar
Britto — A Ordem tem duas funções que se interligam:
ela é corporativa e institucional. Se ela for muito
forte institucionalmente e não ligar para seu lado
corporativo, ela estará cometendo um suicídio no
futuro, porque o enfraquecimento do advogado significa,
a médio prazo, a derrocada da Ordem. E vice-versa, se
ela for extremamente corporativa e não coordenar a política
institucional, a Ordem passa a ser um órgão
extremamente burocrático. As duas ações têm que ser
simultâneas, nenhuma mais importante que a outra. Em
função dessa compreensão, o trabalho corporativo deve
ser muito forte também. Por exemplo, vou tentar, em meu
mandato, criminalizar a violação às prerrogativas e
combater um dos maiores preconceitos que se tem contra o
cidadão, que é o de permitir que ele busque o Judiciário
sem um advogado, um profissional qualificado para
exercer a defesa, o que ocorre com os Juizados
Especiais. Se a maior parte da clientela do Juizado
Especial é contra os bancos ou as concessionárias de
serviços públicos, como as telefonias, que têm
grandes escritórios, não se pode permitir que o cidadão,
nessas contendas, não tenha um advogado. São coisas
que vamos discutir muito, mas muito mesmo: garantir que
todo o cidadão tenha o direto à defesa. E nos Juizados
Especiais sempre funcionou muito bem a idéia, e os
advogados têm essa compreensão de sua função social.
Eles nunca se recusaram a advogar aos cidadãos
necessitados. Eles têm um instrumento legal também
para isso, que é a defensoria pública. Vamos ter,
efetivamente, uma ação muito mais próxima ao
advogado, e de uma compreensão maior da importância do
direito de defesa.
Última
Instância — Além da questão do ensino jurídico e
da defesa das prerrogativas, quais os principais
desafios e projetos para os próximos três anos?
Cezar
Britto — A instituição que tem mais de 600 mil
advogados e que está presente em todos os Estados da
Federação não pode ter uma ação isolada. São um
leque de ações que devem ocorrer simultaneamente.
Temos um volume muito grande de profissionais querendo
trabalhar e podemos transformar essa capilaridade da
Ordem em ações de defesa da advocacia e da cidadania.
Isso se faz com a descentralização da Ordem, essa também
será uma tônica. Outra tônica forte é que temos o
dever de contribuir com o fim da morosidade judicial.
Logo no primeiro dia do mandato, vamos criar uma comissão
para combatê-la, discutindo junto com o Judiciário e o
Ministério Público medidas de combate à morosidade, e
apresentando ao Congresso Nacional um projeto
legislativo nesse sentido. Vamos fazer nossa parte
enquanto advogados, integrantes do Judiciário, responsáveis
pela apreciação da Justiça no combate à morosidade
judicial.
Última
Instância — O sr. já teria alguma idéia sobre como
combater a morosidade?
Cezar
Britto — Várias formas. A cooperação vai ser
importante para combater junto aos demais entes do
Judiciário. Mas, como não gosto de pré-julgamento,
prefiro que, assim que instalar a comissão, externar o
que iremos fazer. Prefiro não antecipar para não
parecer que estamos com a presunção de sermos os
detentores da verdade.
Última
Instância — Qual sua opinião sobre o projeto do
paralegal?
Cezar
Britto — A OAB se manifestou contrária ao projeto, e
corretamente. A atividade judiciária é exclusiva do
advogado. Ele é o profissional qualificado para isso. A
manifestação da Ordem foi correta e o dever da defesa,
que é árduo, tem que ser feito pelo profissional
qualificado, e fiscalizado por uma instituição séria,
como é a OAB.
Última
Instância — Entre os futuros projetos, existe a
proposta de investir mais na transparência e nos
sistemas de comunicação das seccionais? A uniformidade
entre as seccionais não está muito longe de ser obtida
por uma instituição como a Ordem?
Cezar
Britto — A Ordem tem uma virtude que é
simultaneamente um defeito: contar com o trabalho voluntário
de seus dirigentes. Todos exercemos atividades voluntárias,
que são importantes. Mas também comprometem nossa
disponibilidade de tempo. Por isso é que, na minha gestão,
vamos tentar um meio-termo. Deixar o voluntário na
atividade política e o profissional nas ações
administrativas da Ordem. Estamos preparando a Ordem
nesse sentido para uma profissionalização mais forte,
inclusive no sentido de que todas as seccionais tenham
um certificado de qualidade.
Última
Instância — O sr. acredita que a imagem do advogado
é negativa junto à sociedade?
Cezar
Britto — A tarefa de um presidente da Ordem é colar a
boa imagem que a entidade tem à imagem do advogado. A
Ordem só é avançada, progressista, preocupada com o
social e com a cidadania porque os advogados também são.
Se eles não fossem honestos, como o são em sua imensa
maioria, não teríamos uma instituição com o poder
que a Ordem tem. Nós seríamos considerados um Ali Babá.
Mas não, a Ordem é respeitada porque os advogados são
respeitados. Temos que mostrar que são poucos os que
entram no delito. Esses que incorrem em crimes não são
advogados, são delinqüentes travestidos de advogados.
Um passo muito grande foi esse reconhecimento público
que as comissões disciplinares da instituição e de
suas seccionais deram, ou seja, de que não se age de
forma corporativa quando alguém comete um crime. Outra
forma de mudar essa imagem é divulgar mais os dados de
punição, já que ela tem também um efeito terapêutico,
provoca sensação de que não há impunidade. É muito
bom quando você sente que está em um ambiente de
respeito.
Última
Instância —A eleição para a diretoria da OAB é
indireta e, muitas vezes, como o caso atual, ocorre sem
disputa. Esse formato é adequado? O que ocorreria se a
eleição fosse direta, com os votos de todos os
advogados no país interferindo na escolha do presidente
do Conselho Federal? Não seria um avanço mais democrático?
Cezar
Britto — O sistema brasileiro é federativo e tem dado
certo para o Brasil, pois respeita as diversidades
culturais e regionais. Temos todas as regiões
representadas em nossa diretoria: são cinco diretores,
um de cada região. A questão da eleição direta
precisa evoluir um pouco mais, exatamente porque a
atividade da Ordem é voluntária. Se nós tivéssemos
uma eleição envolvendo 600 mil advogados, o voluntário
teria que fazer campanha em um sistema eleitoral de
grande volume de eleitores. Estaríamos deixando a direção
da Ordem extremamente cara e os grandes grupos poderiam
se aproveitar disso. E também não se observaria essa
diversidade que estamos aproveitando. Acho que a Ordem
é muito sábia quando faz um sistema federativo com
revezamentos constantes, porque evita que os grandes
grupos interfiram na eleição de uma instituição tão
grande para a República.
Fonte:
Última Instância, de 01/02/2007