Juízes
e membros do MP defendem férias de 60
dias
Juízes
e membros do Ministério Público
defenderam, na última terça-feira
(29/6), a ampliação de seu período
de férias para 60 dias e o
restabelecimento do recesso coletivo,
extinto pela reforma do Judiciário,
em 2004. A proposta foi discutida em
uma audiência pública. As categorias
pedem a aprovação da Proposta de
Emenda Constitucional (48/2009) com o
argumento de que elas não têm carga
horária de trabalho definida em lei.
As informações são da Agência
Senado.
Os
defensores públicos também se
alinharam em defesa da medida que pode
vir a beneficiar esse grupo, caso
prevaleça a emenda que o relator,
senador Antônio Carlos Valadares,
incorporou ao texto original da PEC,
do senador Valter Pereira (PMDB-MS).
O
presidente da OAB, Ophir Cavalcante,
também se manifestou a favor. “É
que o retorno das férias coletivas,
ao suspender a tramitação dos
processos, garantirá aos advogados a
possibilidade de desfrutarem de férias
sem o risco de perder prazos
judiciais”, disse.
O
texto original sugeria que o período
de férias coletivas seria de 2 a 31
de janeiro, sendo proibida a conversão
em abono pecuniário. No entanto,
depois de questionamentos anteriores
na Comissão de Constituição e Justiça,
Valadares acabou optando pelo
intervalo de 20 de dezembro a 20 de
janeiro, incorporando o tradicional
recesso forense entre o Natal e o
ano-novo. Do contrário, o período de
férias seria mais extenso.
Os
convidados à audiência rejeitaram a
interpretação de que o
restabelecimento das férias coletivas
seria um privilégio. Para o
presidente da Associação Nacional do
Ministério Público (Conamp), César
Bechara Mattar Júnior, a medida está
"arraigada na tradição",
sendo condizente com as características
específicas das carreiras jurídicas.
O
presidente da Associação Nacional
dos Procuradores da República (ANPR),
Antonio Carlos Bigonha, aproveitou
para citar países que também adotam
férias prolongadas para juízes e
promotores. “É bom que fique claro
que o tratamento dado ao tema no
ordenamento jurídico brasileiro não
é discrepante de países que podem
ser tomados com paradigma”, afirmou.
Aperfeiçoamento
profissional
Todos
destacaram que as carreiras jurídicas
envolvem “pesadas”
responsabilidades e demandas. Conforme
o representante da Associação dos Juízes
Federais do Brasil (Ajufe), Ivo Rei Júnior,
o juiz não se desliga ao deixar o
trabalho. "Cada processo sensível
e delicado nos acompanha à nossa
casa, quando tentamos pegar no sono,
ou quando saímos de férias",
observou.
Ele
foi mais um a chamar a atenção para
a necessidade permanente de estudos e
aperfeiçoamentos. “Há uma
necessidade de constante atualização
doutrinária, de ter contato com
campos de conhecimento que não são
concernentes apenas ao campo jurídico”,
disse.
O
presidente da Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), Luciano Atayde
Chaves, destacou que os integrantes
das carreiras jurídicas já não são
"os melhores salários da Justiça",
podendo perder mais prestígio e
atratividade se consideradas ainda as
condições de trabalho e as exigências
crescentes quanto a desempenho e
produtividade.
Na
mesma linha, o representante da
Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB), Airton Mozart
Valadares Pires, criticou a tendência
de se nivelar as categorias do campo
do jurídico ao padrão burocrático
geral. “Nesse momento, vão se
dirigir às essas profissões apenas
os fracassados, aqueles que não
conseguirem sucesso em suas atividades
privadas”, afirmou.
Na
coordenação da audiência, o senador
Valter Pereira classificou de equívoco
as interpretações que teriam sido
dadas inicialmente à PEC, apontado
como um meio de estabelecimento de
"privilégio para a
magistratura". Segundo ele, a
proposta foi ainda motivada pelo propósito
de oferecer aos advogados, formada por
maioria de profissionais autônomos, a
possibilidade de contar com um período
anual de férias.
Fonte:
Conjur, de 30/06/2010
Presidente
Lula indica dois ministros para o STJ
Os
desembargadores Paulo de Tarso Vieira
Sanseverino, do Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul; e Maria Isabel
Gallotti Rodrigues, do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, são
os dois magistrados escolhidos pelo
presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, para integrar o
Superior Tribunal de Justiça (STJ). A
indicação ocorreu há instantes. Os
magistrados foram indicados para
ocupar, respectivamente, as vagas de
ministros abertas com as
aposentadorias dos ministros Denise
Arruda e Fernando Gonçalves,
ocorridas em abril deste ano.
Gaúcho
de Porto Alegre, o desembargador Paulo
de Tarso Vieira Sanseverino é
integrante do Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul desde 1999. Graduado
em Direito pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, é mestre e doutor pela
Faculdade de Direito da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Magistrado de carreira desde 1986,
exerce também o magistério na Escola
Superior da Magistratura da Ajuris, da
qual foi diretor no biênio 2006/2007.
Ele compôs a lista tríplice após
concorrer com outros 48 integrantes de
tribunais de justiça.
Desembargadora
federal desde 2001, Maria Isabel
Gallotti Rodrigues graduou-se em
Direito pela Universidade de Brasília,
em 1985, onde também concluiu o
mestrado em Direito e Estado, em 1988.
Atuou como advogada perante os
tribunais superiores, Justiça
Federal, do Trabalho e do Distrito
Federal. Foi curadora especial em
sentenças estrangeiras, procuradora
da República de 2ª Categoria, sendo
promovida ao cargo de procurador
Regional da República em 1996,
passando a oficiar perante o Tribunal
Regional Federal da 1ª Região e
designada procuradora-chefe da
Procuradoria Regional da República da
1ª Região. Concorriam à vaga 22
magistrados federais.
Ambos
os magistrados serão, em seguida,
submetidos a sabatina pelos membros da
Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania do Senado Federal. Após
aprovados, seus nomes serão
submetidos ao Plenário daquela casa
legislativa. Somente depois dessas
etapas, serão nomeados pelo
presidente da República.
Fonte:
site do STJ, de 1º/07/2010
Governador escolhe novos
desembargadores do TJ-SP
O
governador Alberto Goldman escolheu os
nomes dos advogados Hugo Crepaldi Neto
e Miguel Ângelo Brandi Júnior como
novos desembargadores do Tribunal de
Justiça de São Paulo pelo quinto
constitucional da OAB-SP. A escolha
foi feita no início da noite desta
quarta-feira (30/6). Miguel Ângelo
integrava a primeira lista e foi o 2º
colocado com 21 votos, na eleição
feita pelo Órgão Especial da corte
paulista. Hugo Crepaldi, da segunda
lista, foi o terceiro colocado em seu
grupo com 13 votos.
Na
primeira lista aprovada pelo tribunal
constava ainda os nomes dos Adem Bafti
(com 22 votos) e Mauro Abalen
Sant’Ana (17 votos). Na segunda
lista, o nome mais lembrado pelos
desembargadores foi o de Pedro de Alcântara
da Silva Leme Filho (que recebeu 21
votos) e José Carlos Costa Netto (15
votos).
A
Constituição Federal determina que
um quinto dos lugares dos tribunais
deve ser composto por membros da
advocacia e do Ministério Público,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas
classe. Depois de recebidas as indicações,
o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao governador do estado,
que tem a prerrogativa de indicar o
nome do desembargador de cada lista.
Os
candidatos escolhidos pela OAB
passaram por duas fases. Na primeira
rodaram boa parte do estado na
tentativa de convencer os conselheiros
da Ordem sobre seu preparo, reputação
e conhecimento jurídico para ocupar o
cargo de desembargador. Depois
passaram por uma arguição que
escolheu os seis nomes de cada uma das
quatro listas.
Nova
votação
Também
nesta quarta-feira (30/6), o Órgão
Especial do Tribunal de Justiça de São
Paulo atendeu ofício dos
desembargadores Palma Bisson e Maurício
Vidigal, pleiteando que fosse feita
nova eleição para a escolha da 3ª
lista tríplice, rejeitada na última
sessão do colegiado (23/6), porque não
havia sido observado o Regimento
Interno da corte paulista.
Naquela
votação, as advogadas Maria Helena
Cervenka de Assis teve 21 votos,
Sandra Maria Galhardo Esteves teve 15,
Marta Ochsenhofer, 12 (esta terceiro
escrutínio), e o procurador do estado
Enio Moraes da Silva, 11 (terceiro
escrutínio).
No
entanto, o entendimento da maioria foi
o de que faltando apenas um ou dois
votos para completar a lista, como o
presidente Viana Santos não estava
presente à votação, quando não se
atingiu o quorum novo pleito podia ser
feito.
A
tese foi rejeitada pelos
desembargadores Artur Marques e Marco
César. Depois de muita discussão, a
maioria acolheu a representação de
Palma Bisson e Maurício Vidigalt,
votando apenas os quatro nomes
remanescentes da lista.
Foi
escolhida a advogada Martha
Ochsenhofer, com 18 votos. Os demais
candidatos eram: Ênio Moraes da Silva
(teve 4 votos) e Eunice de Jesus
Prudente e Cesar Eduardo Temer (um
voto).
Com
a escolha, pela primeira vez, três
advogadas compõem uma lista do quinto
constitucional da OAB. São elas:
Maria Helena Cervenka Bueno de Assis,
Martha Ochsenhofer e Sandra Maria
Galhardo Esteves. A lista já segui
para escolha do governador Alberto
Goldman.
Fonte:
Conjur, de 30/06/2010
CCJ aprova uso de linguagem acessível
em sentenças
A
proposta que exige o uso de linguagem
acessível em sentenças judiciais foi
aprovada, nesta quarta-feira (30/6),
pela Comissão de Constituição e
Justiça, na Câmara dos Deputados. O
objetivo é permitir que qualquer um
entenda o teor das decisões.
A
CCJ aprovou o projeto na forma de
substitutivo do relator, deputado José
Genoíno (PT-SP). O substitutivo
aprovado torna a linguagem acessível
como um dos requisitos essenciais da
sentença. Mas dispensa a exigência
de outra versão dessa sentença em
linguagem coloquial e de seu envio à
parte interessada.
O
Projeto de Lei 7.448/2006, da deputada
Maria do Rosário (PT-RS), foi
aprovado em caráter conclusivo e
seguirá para o Senado, a menos que
haja recurso para que seja votado pelo
Plenário da Câmara.
Segundo
Genoíno, a Associação dos
Magistrados Brasileiros (AMB) vem
promovendo ações para simplificar a
linguagem jurídica e uma tradução
obrigatória poderia minar os esforços
para que esse objetivo seja alcançado.
Ainda mais, segundo Genoíno, porque a
determinação só valeria para
processos em que pelo menos uma das
partes seja pessoa física.
“A
necessidade de se reproduzir o
dispositivo da sentença em linguagem
coloquial aumentaria o trabalhos dos
juízes, tornando ainda mais burocrática
a distribuição da Justiça, o que
seria agravado pela necessidade do
envio da referida reprodução para o
endereço pessoal da parte
interessada”, defendeu o deputado.
Com informações da Assessoria de
Imprensa da Câmara dos Deputados.
Fonte:
site da Câmara dos Deputados, de
30/06/2010
Resolução PGE - 35, de 30-6-2010
Dispõe
sobre a Coordenadoria das Autarquias
O
Procurador Geral do Estado, Resolve,
Artigo 1º
- Fica instituída a Coordenadoria das
Autarquias, vinculada
diretamente ao Gabinete do Procurador
Geral do Estado.
Parágrafo
único – Compete ao Procurador Geral
do Estado Adjunto
exercer a Coordenação das
Autarquias, auxiliado por Procuradores
do Estado Assessores e Assistentes.
Artigo
2º - A Coordenadoria das Autarquias
tem atribuições exclusivamente
de natureza administrativa e gerencial
em relação
aos órgãos jurídicos da
Procuradoria Geral do Estado nas
autarquias.
Parágrafo
único – a orientação em matéria
jurídica aos órgãos
da Procuradoria Geral do Estado nas
autarquias permanece sob
a responsabilidade dos Subprocuradores
Gerais das Áreas
do Contencioso Geral, do Contencioso
Tributário-Fiscal e
da Consultoria Geral, observada a
competência de cada um deles.
Artigo
3º - Esta Resolução entra em vigor
na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário,
especialmente a
Resolução PGE n. 23, de 31 de março
de 2009.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção
PGE, de 1º/07/2010
Comunicado do Conselho da PGE
A
Secretaria do Conselho da Procuradoria
Geral do Estado comunica que,
excepcionalmente, não haverá Sessão
Ordinária na quinta-feira, dia 1º-7-2010.
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção
PGE, de 1º/07/2010