DECRETO N° 52.680, DE 30 DE JANEIRO DE 2008
Altera o Decreto 51.960, de 4-7-2007, que institui o
Programa de Parcelamento Incentivado - PPI ICM/ICMS no
Estado de São Paulo, para a liquidação de débitos
fiscais relacionados com o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias - ICM e com o
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS
JOSÉ SERRA,
Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas
atribuições legais e considerando o disposto no Convênio
ICMS-114/07, de 28 de setembro de 2007, e no Parecer PA
n° 35/2007, exarado pela Procuradoria Geral do Estado,
Decreta:
Artigo 1° -
Passa a vigorar com a redação que se segue o dispositivo
adiante indicado do Decreto 51.960, de 4 de julho de
2007:
I - o “caput” do
artigo 4°, mantidos os seus incisos:
“Artigo 4° - O
contribuinte poderá aderir ao Programa de Parcelamento
Incentivado - PPI ICM/ICMS, até 31 de março de 2008,
mediante acesso ao endereço eletrônico www.ppidoicms.sp.gov.br
, no qual deverá (Convênio ICMS-114/07):” (NR).
Artigo 2° - Os
contribuintes que tiverem aderido ao PPI nos termos do
Decreto 51.960, de 4 de julho de 2007, e que possuírem
parcelas vencidas há mais de 90 dias e não pagas,
poderão efetuar o recolhimento dessas parcelas, até o
dia 31 de março de 2008, com os acréscimos previstos no
parágrafo único do artigo 7º, do mencionado Decreto.
§ 1º - O
disposto no artigo 6º, inciso II, alínea “b”, do Decreto
51.960, de 4 de julho de 2007, não se aplica aos
contribuintes que efetuarem o recolhimento nos termos
definidos neste artigo.
§ 2º - Ficam
convalidados os recolhimentos efetuados até 31 de
janeiro de 2008, em atraso, referentes ao pagamento da
1ª parcela ou parcela única, desde que tenham sido
recolhidos com os acréscimos previstos no parágrafo
único do artigo 7º do Decreto 51.960, de 4 de julho de
2007.
Artigo 3º - Os
contribuintes que aderiram ao PPI, nos termos do artigo
1º, incisos II, alínea “b” e III, do Decreto 51.960, de
4 de julho de 2007, poderão solicitar a diminuição do
número de parcelas.
Artigo 4° - Este
decreto entra em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos a partir de 1° de fevereiro de 2008.
Palácio dos
Bandeirantes, 30 de janeiro de 2008
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo
Machado Costa
Secretário da Fazenda
Aloysio Nunes
Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na
Casa Civil, aos 30 de janeiro de 2008.
OFÍCIO CONJUNTO
GS-CAT/PGE N° 02-2008
Senhor
Governador,
Temos a honra de
encaminhar a Vossa Excelência a inclusa minuta de
decreto, que altera o Decreto 51.960, de 4 de julho de
2007, o qual instituiu o PPI no Estado de São Paulo.
Em seu artigo
1º, o decreto prevê a possibilidade de ampliação do
prazo de adesão ao Programa de Parcelamento Incentivado
- PPI do ICM/ICMS até 31 de março de 2008.
Cabe ressaltar
que a medida proposta foi autorizada pelo Convênio
ICMS-114/07, celebrado no âmbito do Conselho Nacional de
Política Fazendária - CONFAZ, no dia 28 de setembro de
2007, e que a implementação, por meio de decreto, do
mencionado convênio tem respaldo no Parecer PA n°
35/2007, exarado pela Procuradoria Geral do Estado.
No artigo 2º e
seu parágrafo 1º, para os contribuintes que
anteriormente já aderiram ao PPI, o decreto prevê a
possibilidade de recolhimento até 31 de março de 2008,
de parcela vencida há mais de 90 dias, com os devidos
acréscimos previstos na legislação, sem que ocorra o
rompimento do parcelamento.
O parágrafo 2º
do artigo 2º convalida os recolhimentos efetuados com
atraso na 1ª parcela ou parcela única, desde que
recolhidos os encargos moratórios devidos.
O artigo 3º
dispõe sobre a possibilidade dos contribuintes que
inicialmente aderiram ao parcelamento acima de 12
parcelas e até 180 parcelas, solicitarem a diminuição do
número de parcelas.
Com essas
justificativas e propondo a edição de decreto conforme a
minuta, aproveitamos o ensejo para reiterar-lhe nossos
protestos de estima e alta consideração.
Mauro Ricardo
Machado Costa
Secretário da Fazenda
Excelentíssimo
Senhor
Doutor JOSÉ
SERRA
Digníssimo
Governador do Estado de São Paulo
Palácio dos
Bandeirante
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção Decretos, de 31/01/2008
Casa Civil/GABINETE DO SECRETÁRIO
Resoluções de
30-1-2008
Autorizando:
nos termos dos
arts. 65 e 66, da Lei 10.261-68, o afastamento de:
Ambrozia Maria da Silva de Souza, RG 7.842.409- 4,
Executivo Público I, da Casa Civil, para, sem prejuízo
dos vencimentos e das demais vantagens de seu cargo,
prestar serviços junto à Procuradoria Geral do Estado,
até 31-12-2008;
Claudiane
Gonçalves, RG 11.830.664-9, Oficial Administrativo, da
Casa Civil, para, sem prejuízo dos vencimentos e das
demais vantagens de seu cargo, prestar serviços junto à
Procuradoria Geral do Estado, até 31-12-2008;
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo
II, seção Casa Civil, de 31/01/2008
Contas do setor público fecharam 2007 com superávit de
R$ 101,6 bi
Favorecidas por
uma arrecadação tributária recorde, as contas do setor
público fecharam o ano passado com um saldo positivo de
R$ 101,606 bilhões. Em valores nominais, foi o maior na
série histórica do Banco Central, que começa em 1991.
Medido como proporção do Produto Interno Bruto (PIB),
porém, não é o melhor resultado já alcançado. O
superávit de 2007 equivale a 3,98% do PIB. Em 2005, foi
de 4,35% do PIB.
Ainda assim, o
resultado divulgado ontem supera com folga a meta fixada
para o ano, que era de R$ 95,9 bilhões, ou 3,8% do PIB.
Como proporção do PIB, o resultado de 2007 foi
equivalente a 3,98%.
Na prática, o
setor público economizou mais do que havia se proposto a
fazer, repetindo o padrão de anos anteriores. É o
contrário da orientação do presidente Lula no início de
2007. Ele queria que a meta fiscal fosse cumprida sem
excessos, de forma que sobrassem mais recursos para
investimentos.
Porém, as
dificuldades para deslanchar o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) fizeram com que parte dos recursos
para obras ficassem no caixa do Tesouro, aumentando o
saldo positivo no fim do ano. As empresas estatais,
porém, aumentaram seu investimento.
O cumprimento da
meta fiscal ajuda a proteger o Brasil contra os efeitos
da crise internacional, segundo o chefe do Departamento
Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. "É mais um
componente do conjunto que mostra a solidez do País,
demonstra que a responsabilidade fiscal existe."
Os R$ 101,606
bilhões de saldo foram alcançados nas contas pelo
conceito primário. Esse cálculo não considera os gastos
com juros da dívida, de R$ 159,532 bilhões no ano.
Contando com os juros, o superávit vira déficit, chamado
nominal, de R$ 57,926 bilhões. Esse valor correspondeu a
2,27% do PIB e, mesmo negativo, foi o melhor de toda a
série histórica do BC.
Altamir destacou
que o déficit nominal cada vez mais baixo é que tem
permitido a queda da relação entre a dívida do setor
público e o PIB (leia mais ao lado). E a queda dos juros
é um dos motivos da redução do déficit nominal. Em 2007,
a conta de juros teve o menor resultado em proporção do
PIB desde 1997, ano da crise asiática. Naquele ano, essa
despesa correspondeu a 4,61% do PIB e, no ano passado,
ficou em 6,25% do PIB. Em 2006, a carga de juros foi de
6,86% do PIB.
Em dezembro de
2007, houve outro recorde: as contas primárias fecharam
com saldo negativo de R$ 11,78 bilhões, o pior resultado
já registrado pelo BC. A conta de juros foi de R$ 12,238
bilhões no mês, o que elevou o déficit nominal a R$
24,018 bilhões.
ESTADOS E
ESTATAIS
No ano passado,
o desempenho das contas públicas foi positivo tanto no
governo federal quanto em Estados, municípios e empresas
estatais. Mas as estatais fecharam 2007 com superávit
primário de R$ 12,234 bilhões - R$ 6,843 bilhões menor
do que em 2006.
Por trás dessa
queda estão os programas de investimentos das empresas,
que ganharam impulso e foram as principais responsáveis
pelos projetos do PAC.
Os governadores
encerraram o ano com saldo primário de R$ 25,998
bilhões, um recorde. De janeiro a novembro, o
recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS) somou R$ 170,3 bilhões, 9,4% mais do
que em igual período de 2006. Os municípios fecharam o
ano com superávit de R$ 3,936 bilhões.
Fonte: O Estado de S. Paulo, de
31/01/2008
Peçanha Martins defende julgamentos em bloco como forma
de acelerar a justiça
O
vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
ministro Francisco Peçanha Martins, defendeu os
julgamentos em bloco como uma forma de agilizar o
trâmite da justiça. “Como aconteceu muitas vezes com os
julgamentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço”,
destaca o ministro.
O STJ pôs em
prática o julgamento em bloco na análise de processos
referentes aos pedidos de correção dos saldos do FGTS
relativos aos Planos Verão e Collor. A partir de 2000, o
Tribunal recebeu mais de 300 mil ações sobre a questão.
À época, o Tribunal organizou um setor para fazer
somente o processamento dos recursos que chegavam sobre
a questão.
O ministro
afirma que os julgamentos coletivos não apresentam risco
no caso de teses divergentes, porque os casos são
verificados individualmente. “O relator é o senhor dos
julgamentos coletivos. Ele vai verificar se os processos
se identificam na questão discutida e, se for possível,
julgará todos os casos que se assemelhem. As teses
diferentes exigem aplicação diversa do direito a
espécie”, esclarece.
O ministro
Peçanha Martins explica, ainda, que os julgamentos em
bloco não exigem mudanças no regimento interno do STJ,
porque é cumprida a exigência de intimação dos advogados
e partes em todos os processos.
“Admitamos, por
exemplo, que sejam trezentos ou quatrocentos julgamentos
em bloco, então, deverá constar sempre a intimação das
partes e dos advogados daqueles processos que serão
julgados naquela sessão. E, no dia da sessão, então se
faz o julgamento coletivo”, afirma o ministro.
Fonte: site do STJ, de 30/01/2008
Padronização de tabelas processuais permitirá base de
dados única na Justiça Federal
O Comitê Gestor
de Tabelas Processuais da Justiça Federal reuniu-se
nesta segunda (28) e terça (29) no Conselho da Justiça
Federal para concluir o trabalho de construção de
instrumentos de padronização que permitirão o
desenvolvimento de um sistema processual único para a
Justiça Federal brasileira.
Segundo a juíza
federal Geneviève Grossi Orsi, da 1ª Região, já foram
implementadas as tabelas de assuntos e de classes e
agora o Comitê finalizou as tabelas de entidades, de
petição e os critérios para a expedição de certidão
nacional. A Justiça Federal é pioneira nessas
padronizações.
A implantação
das tabelas processuais aprovadas pelo Conselho Nacional
de Justiça também foi objeto da reunião. Para tanto, o
Comitê irá fazer a compatibilização das tabelas da
Justiça Federal com as do CNJ e propor um cronograma
para a sua implantação.
O objetivo
principal da padronização das tabelas processuais é
facilitar o intercâmbio de dados entre as cinco regiões
da Justiça Federal, de forma a permitir a produção de
estatísticas que mostrem o funcionamento da instituição
como um todo. “O intercâmbio de informações processuais
vai nos mostrar onde há casos de prevenção,
litispendência e coisa julgada, por exemplo, assim como
o índice de recorribilidade e o número de processos
julgados em toda a Justiça Federal”, explica a juíza
Geneviève Orsi.
As novas tabelas
e instrumentos elaborados serão levados à apreciação do
CJF por meio de minuta de resolução. Está prevista outra
reunião do Comitê Gestor em março para finalizar o
trabalho.
Fonte: Justiça Federal, de
30/01/2008
Atividade da indústria de SP avança 6,1% em 2007
O nível de
atividade da indústria de transformação do Estado de São
Paulo subiu 6,1% em 2007, segundo dados sem ajuste
sazonal divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo).Dessa forma, o INA (Indicador do
Nível de Atividade da Indústria) conseguiu bater a
expectativa da Fiesp, que era de alta de aproximadamente
5%.
"No começo do
ano, esperávamos 3,5%, depois fomos subindo aos poucos.
A maioria [dos analistas] errou para baixo, felizmente",
disse Walter Sacca, diretor-adjunto do Depecon
(Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp.
O órgão também
anunciou o INA dos meses de novembro e dezembro. Sem
ajuste sazonal, novembro apresentou baixa do indicador
de 4,3% (na comparação com outubro), enquanto em
dezembro houve retração de 11,9%. Com ajuste, a queda
nos índices dos dois meses seguiu a tendência histórica
-foi de, respectivamente, 1,2% e 1,3%.
Em 2007, as
horas trabalhadas na produção avançaram 6,4% na
comparação com 2006. As vendas reais subiram 4,2%, o
total de horas pagas subiu 6,9%, e o total de salários
reais pagos pelas indústrias paulistas avançou 4,5%.
Sobre 2008,
Sacca aposta em alta de 5% tanto do INA como do PIB
(Produto Interno Bruto). "O PIB já cresceria 2,5% por
inércia, resultado da alta de 2007. Pode-se colocar mais
um ponto percentual graças à queda da CPMF. O restante
da alta viria pelo que pressentimos do avanço dos
investimentos que estão sendo feitos", explicou.
Capacidade
instalada
O Nuci (Nível de
Utilização da Capacidade Instalada) da indústria
paulista atingiu 81,9% no final do ano. Em 2006, o
indicador fechou em 77,8%.O maior índice de utilização
da capacidade instalada foi apresentado pelo setor de
coque, refino de petróleo, combustível nuclear e
produção de álcool, com 93,8%, seguido pelo de
metalurgia básica (90,4%). O setor com menor utilização
foi o de material eletrônico e equipamentos de
comunicação, a 72,5%.
Segundo Sacca, a
indústria não precisa se preocupar com o nível de
capacidade instalada enquanto estiver abaixo de 85%.
Para ele, a indústria tem capacidade de ampliar a
produção sem grande investimento.
"Além disso,
notamos em 2007 forte produção e importação de máquinas
e equipamentos, sinal de que os investimentos estão
sendo realizados."
A Fiesp ainda
divulgou ontem o Sensor Fiesp -indicador de perspectivas
futuras da indústria- de janeiro. O índice atingiu 52,2
pontos, contra 51 pontos em dezembro.
Fonte: Folha de S. Paulo, de
31/01/2008