Procurador
reclama de decisões judiciais nas quais os gestores não são ouvidos
O
representante do Fórum Nacional dos Procuradores-Gerais das Capitais
Brasileiras, José Antônio Rosa, criticou nesta terça-feira, durante a
audiência pública sobre a saúde, decisões nas quais os juízes não
ouvem os gestores de saúde antes de determinar procedimentos cirúrgicos e
compra de remédios não disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele
pediu mais cautela a magistrados que proferem sentenças favoráveis a
pacientes sem antes levar em conta os limites da administração. Como
exemplo, José Antônio Rosa ressaltou determinações judiciais que ordenam
ao SUS a instalação da estrutura hospitalar em domicílios, conhecida como
homecare, quando os recursos para tal, na maioria das vezes, são
inexistentes. “Certamente um
gestor público não tem como cumprir uma decisão dessas”, concluiu.
O
porta-voz dos procuradores-gerais das capitais lamentou a prisão do secretário
de saúde do Espírito Santo por não ter conseguido um medicamento para um
determinado paciente que não corria risco de morte. Da mesma forma,
repudiou a prisão do secretário municipal de saúde de Cuiabá por haver
contrariado o juiz da vara pública do estado do MT que havia ordenado uma
cirurgia imediata. Segundo os médicos da rede, a operação na coluna no
paciente não era recomendável sem que antes ele passasse por um tratamento
de reequilíbrio da coluna.
“Nenhum
gestor municipal ou estadual está lá para não fazer aquilo que é a sua
obrigação. Temos vivenciado nos municípios brasileiros, principalmente
nas capitais, algumas decisões judiciais de 1º grau determinando todo e
qualquer tipo de inversão da ordem pública estabelecida e da legislação”,
denunciou. Ele deu exemplos de decisões de compra de medicamentos específicos
– tantos quanto forem necessários ao atendimento do paciente,
independentemente de haver no estoque ou na lista do SUS – mesmo que a
compra se dê sem licitação pública. Para garantir isso, alguns juízes
bloqueiam contas municipais que têm recurso destinado para programas do
governo, e ordenam que o dinheiro seja usado no cumprimento da decisão.
Ele
comentou a determinação de bloqueio de uma conta da cidade de Maceió de
R$ 6 milhões para compra de medicamentos, com previsão de multa de R$ 50
mil reais por dia de atraso a ser destinada ao paciente caso não houvesse a
entrega do remédio. “Precisamos dar um basta nisso. É preciso que haja
decisão judicial sim, mas é preciso cautela, bom-senso e razoabilidade
para ouvir o gestor, o médico e os operadores do sistema”, destacou.
Fonte:
site do STF, de 28/04/2009
Representantes
do Poder Executivo apontam conflitos com decisões judiciais sobre
medicamentos
Três
representantes de diferentes esferas do Poder Executivo trouxeram à audiência
pública suas impressões sobre conflitos ocasionados por decisões
judiciais que envolvem o acesso da população a medicamentos não
oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O
consultor jurídico do Ministério da Saúde Edelberto Luiz da Silva disse
que as decisões judiciais no sentido de obrigar os órgãos de saúde a
fornecer medicamentos e tratamentos têm contribuído para tumultuar o
cumprimento da ordem ao invés de apressá-lo. Para ele, a carga de intimidação
que sofrem os secretários e até mesmo o ministro da saúde dificulta o
cumprimento das determinações da Justiça e gera graves conseqüências.
Ele
disse que o financiamento do SUS não é de responsabilidade exclusiva da
União, mas também de estados e municípios – cujas parcelas de participação
serão estabelecidas em lei complementar que ainda tramitam no Congresso
Nacional. Para ele, é necessário apressar a aprovação dessas leis.
O
consultor é otimista quanto à discussão do assunto e aponta que a realização
da audiência pública contribuirá para encontrar o caminho.
Política
de Estado
O
secretário de saúde do estado do Amazonas, Agnaldo Gomes da Costa, disse
que o SUS é uma política de Estado que reconhece o direito de todos os
brasileiros à saúde, mas admite que há uma grave necessidade de acesso da
população ao serviço.
Segundo
ele, a aquisição de remédios é feita de forma descentralizada pelas 27
secretarias de saúde existentes no Brasil, sendo que apenas alguns
medicamentos passaram a ser adquiridos pelo Ministério da Saúde a partir
de 2004. Ocorre que as secretarias obtêm preços com variação
significativa, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o
que, segundo ele, "tem provocado sérios problemas para os gestores
estaduais”.
Costa
afirmou que uma solução para isso seria a compra centralizada dos
medicamentos – a exemplo dos medicamentos contra a Aids, programa que
alcançou enorme sucesso. O secretário citou outros programas como o de
transplantes, que coloca o Brasil em segundo lugar em todo o mundo com
18.989 transplantes realizados em 2008. Desses, 92% foram feitos pelo SUS.
Além disso, o Brasil é reconhecido internacionalmente por ter um dos
programas de imunização mais completos e mais bem sucedidos do mundo.
Outro exemplo é o programa de saúde da família, elogiado pela Organização
Mundial de Saúde e indicado a outros países.
De
acordo com Agnaldo Costa, os argumentos apresentados nas ações que chegam
ao Poder Judiciário são tecnicamente “questionáveis e sem sustentação
científica robusta”. Isso porque muitos solicitam medicamentos sem
comprovação de eficácia e eficiência, sem a adequada relação
custo-benefício e sem o reconhecimento do Conselho Federal de Medicina.
Ainda assim o Judiciário, segundo ele, acaba por conceder o acesso
obrigando o gestor a fornecê-lo mediante punições. Sua proposta para
solucionar o problema é adoção de prova técnica em que haja manifestação
das esferas de gestão do SUS que fornecerá subsídios para fundamentar a
decisão do Judiciário.
“Afinal
de contas, somos igualmente movidos pelo mesmo objetivo: a preservação da
vida de cada um e de todos nós”, argumentou.
Rodrigo
Mascarenhas
Em
seguida, o subprocurador-geral do estado do Rio de Janeiro Rodrigo
Mascarenhas destacou o número de ações em matéria de medicamentos que,
segundo ele, “tem alcançado níveis extremamente preocupantes”. Na
Procuradoria-Geral do Rio de Janeiro são recebidas, em média, cerca de 40
novas ações sobre medicamentos por dia. Apenas em 2008, a Secretaria teria
gasto R$ 29 milhões com cumprimento de decisões judiciais.
Há
uma dificuldade, de acordo com Mascarenhas, no cumprimento dessas decisões
inclusive por parte dos juízes de primeira instância. Os juízes têm um
sentimento de frustração e se vêem tentados a tomar medidas que acabam
dificultando e prejudicando a gestão do sistema. As conseqüências dissos,
segundo ele, são o seqüestro de verba pública, o seqüestro de verbas na
conta do próprio secretário, as ameaças de prisão a secretários de saúde,
entre outros problemas.
Mascarenhas
destacou, ainda, que nenhum terço das ações de medicamentos envolvem
risco de morte ou emergência que justifique a decisão judicial. Dois terços
das ações se referem a medicamentos de uso contínuo ou exames, e ainda
fraldas, suplementos alimentares, leite e outros insumos.
“Ora,
se então o argumento do respeito à vida é aquele que permite o
afastamento de normas do SUS, que ele seja ao menos usado quando
efetivamente o direito à vida está sendo ameaçado”, defendeu.
Outro
problema apontado por ele são os pedidos em aberto de medicamentos. Decisões
judiciais dizem que devem ser entregues quaisquer medicamentos necessários
ao longo do tratamento e, na opinião do subprocurador-geral, essa abertura
gera execuções que não terminam, já que esse cidadão terá mais
direitos do que os outros porque pode pedir todo e qualquer medicamento
ainda que não mencionado especificamente na sentença. “Isso viola o Código
de Processo Civil, que exige que os pedidos sejam concretos, e é um
problema que tem crescido e que merece atenção”, advertiu.
Destacou
ainda que não existe, em nenhum país do mundo, um sistema que admita todo
e qualquer tratamento, todo e qualquer insumo, todo e qualquer medicamento,
não importa o seu custo. “Se essa questão não for enfrentada, o SUS,
sem a menor dúvida, correrá risco. Cada vez mais, mais recursos orçamentários
serão destinados a menos pessoas que têm o acesso à Justiça”, previu.
Ao
final, reconheceu a necessidade de ampliação periódica das listas de
medicamentos oferecidos pelo SUS e sugeriu que a relevância da medicação
seja avaliada no seu conjunto para toda a sociedade, e não apenas na
dramaticidade do caso individual.
Fonte:
site do STF, de 28/04/2009
CNJ
aprova teto de R$ 614 de diária para juízes
O
Conselho Nacional de Justiça aprovou nesta terça-feira (28/04) a resolução
que vai disciplinar a concessão e pagamento de diárias no Poder Judiciário.
O texto traz ainda detalhes sobre viagens ao território nacional e
internacional, tipos de descontos, períodos de afastamento e restituições.
Os tribunais têm 90 dias para se adaptarem às novas normas.
De
acordo com o ministro João Orestes Dalazen, a resolução fixa um teto único
para o pagamento das diárias aos magistrados, que é o mesmo valor pago aos
ministros do Supremo Tribunal Federal – atualmente de R$ 614. Para os
servidores, o limite é de 60% do valor do teto.
Segundo o ministro, o texto foi aprovado para estabelecer critérios
mais rigorosos na concessão das diárias e dar ampla publicidade na divulgação
dessas informações.
Segundo
João Oreste Dalazen, o texto final incorporou a maioria das 45 sugestões
recebidas durante o período de consulta pública, realizada pelo CNJ, entre
os dias 2 e 13 deste mês.
“O
que se busca é a maior transparência, a maior publicidade. Tanto que se
exigirá a publicação do ato de concessão das diárias no Diário Oficial
explicitando nome do beneficiário, juiz ou servidor, o motivo do
deslocamento, o período e mais a comprovação de que houve o
deslocamento”, explicou Dalazen. Com informações da Assessoria de
Imprensa do CNJ.
Fonte:
Conjur, de 28/04/2009
Câmara
corta farra aérea, mas prepara reajuste
Para
encerrar ontem a discussão sobre a farra das passagens com um ato
administrativo que tornou as regras mais rígidas, a Mesa Diretora da Câmara
iniciou, ao mesmo tempo, o processo de uma reforma administrativa que abre
caminho para aumento salarial dos deputados. A avaliação de líderes e de
integrantes da Mesa é que haverá corte de benefícios, mas será inevitável
a contrapartida de elevar a remuneração e equipará-la ao salário dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje de R$ 24.500. Para evitar
maior desgaste político, a ideia é aprovar o pacote agora, mas pôr em prática
neste ano apenas os cortes de gastos. O salário mais alto ficaria para
depois, provavelmente 2011, quando assumirão os novos deputados.
O
presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou a criação de uma
comissão para, no prazo de 30 dias, apresentar uma proposta de reforma,
depois da reunião da Mesa com os líderes partidários que recuou da decisão
de votar no plenário um projeto que restringe o uso de passagem e adotou as
medidas por meio de um instrumento administrativo. "Muitas vezes o
recuo é para avançar", disse Temer.
A
preocupação dos integrantes da Mesa Diretora é construir uma reforma que
adote medidas moralizadoras, mas não provoque nova rebelião no baixo
clero, como são chamados os deputados de pouca expressão. A reação
desses parlamentares contra as medidas disciplinadoras da cota de passagem aérea,
especialmente por causa da proibição de viagens de parentes, fragilizou
ainda mais a imagem da Câmara, já abalada pela série de denúncias de uso
do recurso público para viagens a passeio, vendas de créditos excedentes
no mercado paralelo e emissão de bilhetes em nome de parentes e amigos. No
episódio das passagens, a revolta foi contida pelos líderes, mas os
deputados ainda esperam uma compensação.
"Sou
a favor de uma reforma arrojada. A resposta precisa ser completa. Isso vai
depender de apoio político e da consciência da Casa", diz o
corregedor da Câmara, ACM Neto (DEM-BA). Ele listou o que entende ser
essencial na proposta: transparência, economia de recursos públicos e
garantia de condições para o exercício do mandato.
As
novas medidas - viagens só para deputados e assessores, redução de 20%
nos valores, proibição de emissão de bilhetes para o exterior e prestação
de contas na internet, entre outras - entram em vigor com a publicação do
ato da Mesa no Diário da Câmara, o que deve ocorrer hoje.
SENADO
Também
na berlinda por causa de sucessivos escândalos, o Senado restringiu, no dia
16 de abril, o uso de passagens. A Casa anunciou redução de 25% na cota
mensal, que passará de R$ 1,3 milhão para R$ 975 mil. O valor da cota de
cada senador continuará variando conforme o Estado de origem do parlamentar
- indo de R$ 13 mil a R$ 25 mil. A Mesa Diretora não proibiu, contudo, o
uso da cota de passagem aérea por terceiros. Ou seja, a cota poderá
continuar a ser usada por qualquer pessoa indicada pelo senador para o exercício
da atividade parlamentar.
Fonte:
Estado de S. Paulo, de 29/04/2009
Rodoanel
e mananciais
O
GOVERNO paulista vai elaborar um traçado alternativo para o trecho norte do
Rodoanel -obra viária que, uma vez completa, vai circundar a região
metropolitana de São Paulo. Uma polêmica envolve os 60 km da alça norte:
sem data para o início da construção, ela tem importante impacto
ambiental a ser atenuado.
O
projeto inicial previa cortar a serra da Cantareira, região que abastece de
água mais de 80% da Grande São Paulo. Por conta disso, tal trajeto havia
sido contestado no início da década pela Secretaria do Meio Ambiente, pela
Sabesp e por ambientalistas.
Agora
essas implicações serão reavaliadas. A Dersa abriu licitação para o
estudo de impacto ambiental, que vai incorporar as duas possibilidades de
traçado. A antiga, distante de áreas densamente habitadas, tem a vantagem
de ser menos custosa e mais fácil de ser implantada.
O
novo traçado, em contraste, atinge áreas bastante povoadas e redundaria em
grandes desapropriações de imóveis. Tem a vantagem, entretanto, de
ligar-se diretamente a um corredor importante da zona norte -a av. Inajar de
Souza-, além de servir como obstáculo para a expansão urbana numa área
ainda preservada.
Determinante
para escolha será a diferença de custo entre os dois projetos, ainda a ser
calculada. Não há razão para descartar, de início, nenhuma das
alternativas. A fim de mitigar os riscos ambientais, existem recursos técnicos,
como os já adotados em outros trechos do Rodoanel.
Para
não induzir ocupação nas zonas de mananciais, o trecho sul, por exemplo,
deve se estender por 38 km sem dar acesso nenhum às avenidas da região.
Esta parte do Rodoanel, ao margear o braço do rio Grande, se comporta como
barreira à invasão de áreas estratégicas, prevenindo a degradação do
manancial que abastece a região do ABCD.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 29/04/2009
Procuradores
da Cidadania entrevistam Dep. José Eduardo Cardozo
No
último dia 14 de abril, por volta das 19:30 horas, o Deputado Federal José
Eduardo Cardozo, do PT de São Paulo, Presidente da Frente Parlamentar da
Advocacia Pública, recebeu os Procuradores da Cidadania. A entrevista
contou com a presença do Diretor Geral da União dos Advogados Públicos
Federais-UNAFE, Rogério Vieira Rodrigues. Temas importantes da Advocacia Pública
foram tratados na entrevista. Confira a íntegra.
Procuradores
da Cidadania: Enquanto Presidente da Frente Parlamentar da Advocacia Pública,
quais tem sido as atividades e as recentes incursões que o Sr. tem adotado?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Nós temos sido muito demandados em diversos temas.
Desde a questão da apresentação de propostas que possam reforçar, do
ponto de vista legislativo, do ponto de vista constitucional, a atuação
dos advogados públicos até problemas localizados, como tensões em certos
Municípios entre as Procuradorias e certos dirigentes do Executivo. Isso
acaba demandando que a Frente Parlamentar faça algumas mediações.
É
claro que a Frente ainda é nova e nós estamos buscando um enraizamento
maior em todos os seguimentos da Advocacia Pública, que somente agora começa
a se fazer representar no Congresso. É uma preocupação que tive desde
quando assumi na Câmara, mas agora, conversando com lideranças dos
advogados públicos, vejo as entidades se unificando, posturas unitárias
sendo tomadas. Isso facilita muito nosso papel parlamentar de articulação
de políticas que possam favorecer o advogado público. Não do ponto de
vista estritamente corporativo, mas também do ponto de vista da relevância
que a sua função tem para o país e para o Estado Democrático de Direito.
Procuradores
da Cidadania: Como tem sido o contato com as associações e as instituições
federais, estaduais e municipais? Há uma receptividade?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Muito interessante. Há uma integração que começa
a ser feita agora. Como eu dizia, esse é o meu segundo mandato como
Deputado. Quando eu cheguei fiquei muito assustado com a ausência de uma
representação mais articulada dos advogados públicos. Aliás, o advogado
público, me parece, achava que a Ordem dos Advogados ou outros segmentos
poderiam representá-lo melhor. Além disso, tensões internas entre os
advogados públicos acabava afastando uma representação unitária,
criando-se um vácuo.
Hoje,
o que se constata, é que embora o advogado público seja representado pela
OAB, ele tem uma identidade própria, uma identidade diferenciada. Ele deve
se organizar enquanto advogado público nas três esferas federativas,
porque há questões que são comuns aos advogados públicos. Essas questões
não podem ceder espaço às pequenas disputas corporativas em que uns acham
que são melhores que outros ou que existem advogados públicos de primeira
categoria, segunda categoria. Isso não existe! Advogado público é
advogado público; é uma espécie de advogado, com identidade própria, e
como tal tem que ser representado.
O
fortalecimento deve ocorrer na perspectiva, repito, não estritamente
corporativa, mas na perspectiva da defesa do Estado de Direito e do
relevante papel que o Advogado Público tem do ponto de vista da legalidade,
do ponto de vista da moralidade pública.
Procuradores
da Cidadania: Falta identidade e identificação do advogado público à
instituição do qual ele faz parte?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Não, eu acho que a identidade é clara. Eu acho que
o que é necessário é que o advogado público tenha consciência disso, ou
seja, nem todo advogado público percebe isso. Não constata que ele tem uma
diferença de atuação. Ele não é o advogado de um cliente privado, mas
sim de um ente público. Ele não persegue a advocacia de interesses
privados e particulares, ele persegue a defesa do interesse público.
Isso
gera contradições na atuação dele, porque ao mesmo tempo em que ele é
advogado de quem governa, ele é não é advogado do governante. Essas
contradições dão ao advogado público uma identidade muito diferenciada.
Aliás, essa particularidade precisa ser analisada, respeitada e repetida
para que não haja os excessos corporativos, mas para que também não haja
debilidades na perspectiva da defesa de certas prerrogativas profissionais
que são fundamentais para que possa cumprir o seu papel.
Procuradores
da Cidadania: E frente às demais carreiras jurídicas essenciais à
administração da Justiça, como o Sr. tem enxergado a Advocacia Pública?
Deputado
José Eduardo Cardozo: De todas as carreiras jurídicas, a Advocacia Pública
é a que tinha a representação parlamentar, até tempos atrás, mais
debilitada. Os magistrados, os delegados e os promotores sempre estavam
presentes no Congresso dialogando, por vezes com disputas internas, com
disputas entre entidades nacionais e estaduais, mas sempre presentes.
Os
advogados públicos tinham um nível mínimo de expressão assustadora.
Absolutamente assustadora! Como se fossem representados pela OAB, que,
obviamente, também os representa, mas muitas vezes não considera as
peculiaridades próprias do advogado público.
Agora
parece que a coisa melhora. Eu vejo entidades ativas, gente que está
permanentemente aqui, dialogando conosco. Eu posso até dizer o seguinte: a
própria formação da Frente Parlamentar surgiu das lideranças da
Advocacia Pública, e não uma postura parlamentar minha ou de outros
advogados públicos que estão no Congresso. Então, eu acho que essa é uma
dimensão nova, ou seja, eu acho que pela primeira vez os advogados públicos
começam a apresentar suas reflexões e intervenções no Congresso
Nacional.
Hoje
o advogado público está presente no Parlamento. É claro que deve aperfeiçoar,
aprofundar, dar mais força às entidades, participar mais ativamente.
Procuradores
da Cidadania: A Advocacia Pública tem mudado o enfoque de atuação com
mais transparência, menos litigiosidade, mas eficiência e estratégia na
atuação?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Começou a modificar. Eu via antes as seguintes situações:
em primeiro lugar, o advogado público muito separado. Os procuradores do
estado não dialogavam com os advogados da união, os advogados da união não
dialogavam com os procuradores do município. Meio que cada um por si, Deus
por todos. Segundo lugar, não conversando entre si também, com divisões
dentro das suas carreiras. Divisões internas e entre instituições irmãs
nas esferas federativas.
Isso
trazia também um problema: as reivindicações que o advogado público
tinha nesse contexto mais antigo eram reivindicações estritamente
corporativas. Era o salário, eram melhores vencimentos. Não que isso não
seja importante, evidente. Qualquer profissão deve ser tratada com
dignidade. É legítimo que se pleiteie melhor remuneração.
No
entanto, como o advogado público não tinha dimensão do seu papel no
Estado, ele brigava por salário, mas não brigava pela defesa da sua
autonomia, do respeito de sua atuação funcional, que na verdade é o que
gera em um segundo momento uma remuneração melhor. Essa má concepção
muitas vezes desqualificava alguns movimentos do advogado público.
O
advogado público tem uma identidade muito própria dele e na medida em que
não percebe isso, não luta pelas garantias que a carreira deve ter dentro
do Estado brasileiro. Freqüentes são as tensões e quando você não
percebe que é um advogado do estado e não um advogado do governante, você
comete equívocos.
E
por outro lado, as vezes você não percebe que é um advogado e não um
juiz. Essa identidade tem que ser construída para o amadurecimento da
Advocacia Pública, para o fortalecimento dela como instituição, porque
ele não é um Ministério Público, nem é o juiz; ele é um advogado, mas
não um advogado do governo, é um advogado do Estado.
É
uma situação muito diferenciada, que gera tensões. Se ele não percebe
isso e não luta pelas garantias adequadas a sua atuação. Se ele não luta
pela construção de uma identidade institucional da Advocacia Pública, na
verdade acaba lutando por questões pontuais menores e, que em uma luta
maior costumam ser uma conseqüência.
É
sobre essas questões que hoje eu vejo as lideranças começarem a atuar.
Eu, por exemplo, estou terminando o meu segundo mandato feliz, porque vi uma
evolução profunda das lideranças que vem aqui. Eu sinto que hoje não há
um movimento do Congresso Nacional para trazer o advogado público. Na
realidade, o advogado público está vindo para aglutinar ao Congresso
Nacional dentro de uma discussão madura, séria, com questões concretas.
É fundamental que se construa essa relação com a sociedade brasileira.
Procuradores
da Cidadania: O Sr. acha que esse é o caminho para emancipação e para
consolidação da Advocacia Pública?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Fundamental! Eu acho que esse é o caminho. Hoje
estamos em um bom caminho. Quando eu cheguei aqui eu não via caminho
nenhum. Hoje eu vejo!
Procuradores
da Cidadania: No tocante ao cargo de Procurador Geral ou Advogado Geral da
União, o Sr. acredita que este deva ser eleito e ocupado por integrante da
carreira? O Sr. acha que isso interfere na tutela do interesse público?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Nós temos que sempre ter um temperamento na
Advocacia Pública que, muitas vezes, implique que tenhamos a medida certa
para a coisa certa. A interpretação do Direito não é neutra e a
advocacia muito menos. Um advogado que tenha uma certa formação política,
ideológica, seguirá certos caminhos que outro advogado não seguirá.
Por
isso, evidentemente, não podemos desprezar o afinamento político que a
advocacia da União tem que ter com o governo, por exemplo. O que não quer
dizer submissão.
Eu
acho que esse meio termo é difícil de ser encontrado. Não tenho dúvida
que do ponto de vista da carreira, alguém da instituição comandando a
advocacia da União é muito importante. Por outro lado não podemos
desprezar que o governo tem que ter algum afinamento com o advogado da União,
porque se não tiver, a carreira perde até a sua força.
Essa
questão é importante, porque as vezes imaginamos que, fechando espaços
corporativos, teríamos mais força, mas nem sempre isso é verdade. E aí
que há a desqualificação. Se o advogado da União não tem nenhuma
confiança do Presidente da República, ele não será ouvido. Assim, nessa
questão temos que ter muita lucidez.
Nenhum
governo confia em um órgão que, evidentemente, tem pessoas que não se
alinham com sua identidade ideológica. Para a advocacia da União ter peso
é necessário ter alguém que o Presidente da República respeite. Por
exemplo, o Ministro Toffoli, que está fazendo um excelente trabalho na
advocacia da União, é uma pessoa muito respeitada pelo Presidente. E não
é de carreira. No entanto, ele tem valorizado mais a Advocacia da União do
que se fosse talvez alguém de carreira.
Então
essa questão deve ser pensada com muita lucidez, ou seja, é evidente que
alguém sendo da carreira ajuda, mas tem que ser alguém que tenha
proximidade ideológica com o governo, sem submissão. O Advogado Geral da
União não é um Ministro qualquer. Ele é um Ministro que tem a
responsabilidade de fazer um controle interno da legalidade, devendo ser
alguém respeitado, não submisso! E pelo respeito, ser ouvido. Não ser um
seguidor de ordens do Presidente da República, mas ao mesmo tempo não ser
um antagonista dele. Esse meio termo que é difícil para o advogado público
construir.
Há
assentos próximos do Poder que são chaves do direcionamento político, em
relação aos quais a relação de confiança é indispensável. Não é
possível ter um Ministro de Estado que não tenha relação com a Presidência,
porque se tiver, não será ouvido, não terá peso.
Procuradores
da Cidadania: Em relação à PEC 82 que trata da autonomia da Advocacia Pública,
o Sr. acredita que essa matéria tenha alguma receptividade no Parlamento?
Deputado
José Eduardo Cardozo: É um tema muito polêmico. Eu defendo a autonomia
administrativa, a independência funcional. No entanto, muita gente não
quer, por argumentos que eu não concordo. Tem muita gente que acha que o
advogado público é um problema para o governo. Eu diria que o advogado público
é um problema para o mau governo.
É
isso que nós temos que construir: ele é um problema para o mau governo,
porque ele reforça a legalidade. Isso também exige que nós advogados públicos
também tenhamos a clareza que não somos juízes. Nós como advogados
devemos construir teses. Nós não fazemos julgamentos. Às vezes, o
governante quer implementar uma política, o advogado público tem que
buscar uma alternativa para implementação. Ele não pode dizer desde já
“não pode”.
Essa
postura nossa é muito importante e no fundo, como nunca construímos uma
reflexão a esse respeito, isso é um foco de tensão. Por vezes o advogado
público pensa que é juiz, e em outras vezes ele pensa que tem um cliente
privado, que deve atender qualquer coisa; também não é isso. Esse meio
termo deriva de uma construção teórica do nosso papel. Nós não somos juízes
e não somos promotores, nós somos advogados, mas não de um cliente
privado ou do governo, sim do Estado.
Procuradores
da Cidadania: É conhecido o alto nível de terceirização dentro da
Advocacia Pública em cargos comissionados, o Sr. acredita que o desempenho
de atividades típicas de advogado público por advogados ou bacharéis em
Direito compromete a atuação da Administração Pública?
Deputado
José Eduardo Cardozo: A terceirização da Advocacia Pública é um
desastre para o Estado. A Advocacia Pública é típica de Estado. Ela tem
que ser exercida por pessoas concursadas e efetivas. Passar a Advocacia Pública
para escritórios é privatizar a defesa do interesse público.
Isso
não dá certo do ponto de vista da eficiência e não dá certo do ponto de
vista da moralidade pública. Eu não quero ter o interesse do Estado na mão
de pessoas que não possuem nenhum tipo de compromisso com o Estado.
Procuradores
da Cidadania: Dep., o Sr. acha que com a presença do presidente Michel
Temer, Procurador do Estado de São Paulo, advogado público, a Advocacia Pública
tem tudo para entrar na ordem do dia, ter os seus temas com maior
emplacamento agora no Congresso Nacional?
Deputado
José Eduardo Cardozo: Eu acho que nós temos uma vantagem, porque o Michel
Temer, tendo sido Procurador do Estado, tem uma vivência na área do
Direito e na área da Advocacia Pública, portanto, terá sensibilidade para
as nossas questões.
No
entanto, é importante ter claro que um Deputado, mesmo que seja Presidente
da Câmara, não resolve as coisas sozinho. Cabe aos advogados públicos com
a sua organização, com as suas lideranças, com a consciência do seu
papel no Estado brasileiro, apresentar as propostas e lutar para que elas
sejam implementadas.
Ter
pessoas como Michel Temer, que viveu a Advocacia Pública, ajuda muito, mas
não resolve. Quem dá a tônica dessa construção são os próprios
advogados públicos organizados, dialogando entre si, e produzindo políticas
que possam ser boas não só para o advogado público, mas para o Estado
brasileiro.
Procuradores
da Cidadania: Dep., queremos agradecer a cordialidade em nos receber no seu
gabinete e destacar o relevante papel unificador da Advocacia Publica
Federal, Estadual e Municipal que o Sr. desempenha junto à Frente
Parlamentar da Advocacia Pública.
Deputado
José Eduardo Cardozo: Agradeço a vocês também e ressalto que a
perspectiva de atuação dos Procuradores da Cidadania revela um modelo
muito interessante, que busca uma sensibilização de fora para dentro. Ou
seja, a partir da sociedade para dentro da própria Advocacia Pública. Não
podemos mais perder tempo apenas com questões corporativas e conflitos
internos: o caminho é a demonstração da relevância de nossas atividades
para a sociedade civil.
Fonte:
Blog Procuradores da Cidadania (www.procuradoresdacidadania.blogspot.com),
de 28/04/2009
Comunicado
do Conselho da PGE
Pauta
da 16ª Sessão Ordinária-Biênio 2009/2010
Data
da Realização: 30/04/2009
Hora
do Expediente
I
- Leitura e Aprovação da Ata da Sessão Anterior
II
- Comunicações da Presidência
III
- Relatos da Diretoria
IV
- Momento do Procurador Virtual
V
- Momento do Procurador
VI
- Manifestações dos Conselheiros sobre Assuntos Diversos
Ordem
do Dia
Processo:
GDOC N. 18822-836575/2008
Interessado:
PR-7 - Procuradoria Regional de Bauru
Localidade:
Bauru
Assunto:
concurso de estagiários
Relator:
Conselheiro Ary Eduardo Porto
Processo:
GDOC N. 18882-77110/2009
Interessado:
PR 12 - Procuradoria Regional de São Carlos
Localidade:
Araraquara
Assunto:
concurso de estagiários - Subprocuradoria de Araraquara
Relator:
Conselheiro Ary Eduardo Porto
Processo:
GDOC N. 18487-275813/2009
Interessado:
Conselho da Procuradoria Geral do Estado
Localidade:
São Paulo
Assunto:
Minuta de Decreto que regulamenta o Concurso de
Promoção na Carreira de Procurador do Estado, nos termos da
legislação vigente.
Relatora:
Conselheira Maria Christina Tibiriçá Bahbouth
Processo:
GDOC N.º 18971-212571/2009
Interessado:
Arilson Garcia Gil
Localidade:
São João da Boa Vista
Assunto:
Requer autorização para frequentar curso de mestrado fora
de sede de classificação.
Relator:
Conselheiro Marcelo de Carvalho, com pedido de vista
do Conselheiro José Renato Ferreira Pires.
Processo:
GDOC 18575-652317/2004
Interessado:
Conselho da Procuradoria Geral do Estado
Localidade:
São Paulo
Assunto:
Regulamenta a realização do Concurso de Promoção
na Carreira de Procurador do Estado, nos termos da legislação
vigente.
Relator:
Conselheiro Antonio Augusto Bennini
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/04/2009
Comunicado
do Centro de Estudos I
O
Procurador Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado,
Comunica aos Procuradores do Estado a aprovação de novo Regimento da
Comissão Editorial, em reunião
realizada
em 25.3.2009, no qual também foram aprovadas novas Normas para Publicação
de Artigos pelo CEPGE (anexo I). Esclarece ainda que, enquanto não
disponibilizado o formulário
eletrônico
previsto nas referidas normas, os trabalhos que se destinem à avaliação
para publicação podem ser enviados por via eletrônica, para o notes
Divulgação Centro de
Estudos/PGE/BR
ou para o e-mail divulgacao_centrodeestudos_pge@sp.gov.br, em mensagem que
contenha os termos do formulário de submissão e autorização (anexo II).
COMISSÃO
EDITORIAL DO CENTRO DE ESTUDOS -
Regimento
Interno.
Os
membros da Comissão Editorial do Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, designados pela Resolução
PGE n. 24, de 04.04.2008, e pela Resolução PGE n.7,
de
26..01.2009, aprovaram, em reunião realizada no dia 18 de fevereiro
de 2009, seu Regimento Interno, nos termos abaixo:
Artigo
1° - A Comissão Editorial do Centro de Estudos da Procuradoria
Geral do Estado criada pelo Decreto n. 8.140, de 5.7.76,
que foi alterado pelo Decreto n. 14.696/80, é composta
de
onze membros, entre eles seu Presidente, todos Procuradores
do Estado e com mandato de um ano, designados pelo
Procurador Geral do Estado.
Artigo
2°- A Comissão Editorial tem as seguintes atribuições:
I)
examinar e selecionar os trabalhos destinados à publicação pelo
Centro de Estudos;
II)elaborar
seu Regimento interno;
III)executar
outras tarefas pertinentes que lhe forem atribuídas pelo
Procurador Geral do Estado.
Artigo
3° - Ao Presidente compete:
I)
dirigir os trabalhos da Comissão;
II)
representar a Comissão perante as autoridades e órgãos;
III)
designar substituto eventual, dentre os membros da Comissão.
Artigo
4° - Os membros da Comissão Editorial reunir-se-ão sempre
que necessário, a critério do Presidente, que deverá providenciar a
convocação com antecedência mínima de 48 horas,
por
qualquer meio em Direito admitido.
§
1° - As reuniões serão instaladas com a presença mínima de
seis membros, presididas pelo Presidente da Comissão, e secretariadas
por quem este designar, registrando-se em ata os
trabalhos
realizados.
§
2° - As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos
membros presentes, nestes incluído o Presidente, que terá também
voto de desempate.
Artigo
5° - Os trabalhos serão destinados à publicação nos Boletim
ou Suplementos do Centro de Estudos e na Revista da Procuradoria
Geral do Estado.
§
1° - Os trabalhos referentes à Revista da Procuradoria Geral do
Estado deverão revestir a forma de artigos e obedecer as normas editoriais
divulgadas pelo Centro de Estudos (anexo I).
§
2° - Os trabalhos serão enviados por meio eletrônico, para
o Serviço de Divulgação do Centro de Estudos, que providenciará sua
distribuição aos membros da Comissão Editorial.
Artigo
6º - Cada trabalho recebido para a publicação será distribuído
a pelo menos três membros da Comissão Editorial, para
avaliação individual, com omissão da autoria.
Parágrafo
único - A omissão a que se refere o caput deste artigo
não se aplica as peças processuais.
Artigo
7° - A aceitação dos trabalhos para publicação farse-á mediante duas
avaliações favoráveis.
Artigo
8° - A avaliação individual será feita em relatório padronizado,
devendo ser adotados os seguintes critérios:
I)
atualidade;
II)
redação;
III)
argumentação;
IV)
interesse;
V)
conveniência.
Parágrafo
único - Os trabalhos enviados deverão ser inéditos, salvo
se houver interesse relevante que justifique sua publicação.
Artigo
9° - Em casos excepcionais, devidamente justificados e
posteriormente comunicados à Comissão Editorial, o Presidente
poderá encaminhar à publicação trabalhos não avaliados
pela
Comissão.
Artigo
10 - Os trabalhos aprovados serão publicados cronologicamente, na
medida da conveniência de cada edição do Boletim,
Revista ou Suplemento, atendendo sempre tanto à
necessidade
de publicação como de equilíbrio na programação de
assuntos e autores.
Artigo
11 - Os trabalhos encaminhados à publicação e que não
forem aprovados nos termos do artigo 8° serão inutilizados, após
dada ciência aos autores.
Artigo
12 - Fica revogado o Regimento interno anterior, publicado
no Boletim de set/out./2006 - pág. 578/579.
ANEXO
I
NORMAS
PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS NAS EDIÇÕES PRODUZIDAS
PELO CENTRO DE ESTUDOS DA PROCURADORIA GERAL
DO ESTADO DE SÃO PAULO
O
Boletim do Centro de Estudos, a Revista da Procuradoria Geral
do Estado de São Paulo e demais publicações (série eventos, estudos
, documentos, boletim eletrônico) destinam-se à
veiculação
de pareceres, artigos e peças processuais (acompanhadas dos
respectivos julgados) de autoria dos membros da Procuradoria
Geral do Estado ou de outras instituições.
O
envio e publicação dos artigos encaminhados para tais veículos
deverão atender às normas a seguir. Com relação às peças
processuais e pareceres, a remessa desses trabalhos dispensa a
adoção desta padronização, embora o Centro de Estudos
possa adaptá-los, em sede de revisão, de acordo com as
normas previstas na ABNT.
1)
Normas para apresentação.
1.1.
Os trabalhos serão submetidos por meio de formulário de
submissão e autorização, disponibilizado na página eletrônica do
Centro de Estudos, em que constará: o título do trabalho, o
nome do(s) autor(es) (ou autores), endereço, telefone, fax e email e
dados acadêmicos do(s) autore(s), inclusive títulos e instituições
à qual pertença(m). O autor poderá, em
campo próprio, expor,
sinteticamente, as razões pelas quais se justifica a publicação
do trabalho.
1.2.
Os artigos deverão apresentar título, resumo (entre cem
e 150 palavras) e palavras-chave (máximo cinco) na língua de
origem do texto. O Serviço de Divulgação do Centro de Estudos
providenciará a tradução desses elementos em língua estrangeira,
para publicação, caso o autor mesmo não o faça.
1.3.
Deverá também ser juntada autorização do(s) autor(es)
para publicação (Anexo II).
1.4.
Os textos devem ser digitados no Word (.doc ou .docx); fonte
Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento (entrelinha) duplo.
1.5.
As notas de rodapé de página obedecerão à mesma fonte
do texto, corpo 10 e numeração progressiva.
1.6.
As citações obedecerão à mesma fonte do texto, corpo 10;
recuo 4 cm, se ultrapassar 3 linhas. Caso as citações diretas limitem-se
a esse espaço, deverão estar contidas em aspas
duplas.
1.7.
As referências bibliográficas serão apresentadas de acordo
com as normas da Associação de Normas Técnicas (ABNT),
no final do artigo.
1.8.
Todo destaque que se queira dar ao texto impresso deve
ser feito com o uso de itálico. Deve-se evitar o uso de negrito
ou sublinha. Citações de textos de outros autores deverão
ser
feitas entre aspas, sem o uso de itálico.
1.9.
O Serviço de Divulgação do Centro de Estudos colocase à
disposição dos autores para orientá-los na adequação formal dos
artigos a serem publicados.
2)
Normas editoriais para publicação:
2.1.
Serão aceitos trabalhos inéditos, salvo se houver interesse relevante
que justifique sua publicação.
2.2.
Caso o artigo tenha sido publicado ou apresentado anteriormente
em eventos públicos (congressos, seminários etc) deverá
ser feita referência à publicação ou ao evento.
2.3.
Agradecimentos e auxílios recebidos pelo autor (ou autores)
podem ser mencionados ao final do artigo, antes das referências
bibliográficas.
2.4.
Os trabalhos publicados pelo Boletim ou pela Revista poderão
ser reimpressos, total ou parcialmente, por outra publicação do
CE/PGE, bem como citados, reproduzidos, armazenados
ou
transmitidos por qualquer sistema, forma ou meio eletrônico, magnético,
óptico ou mecânico, sendo, em todas as hipóteses,
obrigatória a citação dos nomes dos autores e da
fonte
de publicação original, aplicando-se o disposto no item anterior.
2.5.
As opiniões emitidas pelo autor em seu trabalho são de
sua exclusiva responsabilidade, não representando, necessariamente, o
pensamento da PGE/SP.
2.6.
O Serviço de Divulgação do Centro de Estudos da PGE/SP
reserva-se o direito de adequar o artigo às normas disciplinadas pela
ABNT, caso seja necessário.
ANEXO
II
AUTORIZAÇÃO
PARA PUBLICAÇÃO
Pelo
presente, submeto à avaliação do CENTRO DE ESTUDOS DA
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE S. PAULO ,
localizado
na R. Pamplona, 227, 4° andar - Bela Vista - São Paulo/SP,
o artigo intitulado _______________________________________________. Caso
haja aprovação de sua publicação, serve a presente submissão
como cessão, a título gratuito e por tempo indeterminado, dos
direitos autorais referentes ao artigo doutrinário de
minha autoria, intitulado para fins de divulgação pública em meio
impresso e eletrônico através das publicações produzidas pelo
órgão.
Declaro,
ainda, que se cuida de trabalho (inédito ou já publicado
em)___________________________________ (cidade),
(data) ___________________________________
(nome)
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/04/2009
Comunicado
do Centro de Estudos II
Para
o II Congresso CONSAD de Gestão Pública, promovido pelo Conselho Nacional
de Secretários da Administração - CONSAD, a realizar-se nos dias 6, 7 e 8
de maio de 2009, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, localizado no
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Brasília, DF., ficam
escaladas as seguintes Servidoras da Procuradoria Geral do Estado:
1)
Maria Elizabeth Ikeda
2)
Mercia Marques Lopes
(Republicado
por ter saído com incorreção).
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/04/2009
Comunicado
do Centro de Estudos III
O
Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos comunica que estão abertas
50 (cinquenta) vagas aos Servidores da Procuradoria Geral do Estado para o
Curso “Transformando o valor do trabalho”, promovido pela StarCoach
Consultoria, conforme programação abaixo:
Dias:
12 e 13/05/2009
Horário:
9h às 11h30 e das 12h30 às 16h
Carga
horária: 2 módulos de 6 horas cada
LOCAL:
Centro de Estudos da PGE.
Rua
Pamplona, 227 - 3º andar
Coordenação
Rosangela
Barros
Graduada
em Psicologia pela UNG com Especialização em Treinamento
e Desenvolvimento. Atuou como executiva nas áreas
de Treinamento e Call Center em empresas como Unibanco,
TVA, NET e Combined Seguros Brasil. Possui ampla experiência
em implantação, estruturação e gestão de equipes de
Contact Center. Atualmente é docente da UNICLI e Sócia-Diretora da
StarCoach, onde desenvolve e aplica programas de treinamento
voltados para o desenvolvimento de competências, partindo
de reflexão, auto-análise, tomada de decisão e
mudanças
comportamentais.
MÓDULO
I:
Ressignificando
o servidor público.
Qual
a importância do meu trabalho?
Motivação
- uma porta que se abre por dentro.
Compromisso
e Atitude.
MÓDULO
II:
Visão
micro X visão macro.
Compartilhando
desafios e superações.
Mudança
de paradigma - da reatividade para a proatividade.
Criando
um Compromisso Consigo Mesmo
Metodologia:
Construtivista,
baseada em conceitos sistêmicos, permite fazer
analogias entre as experiências vividas e o ambiente cotidiano organizacional.
Os
Servidores da Procuradoria Geral do Estado poderão se inscrever
(por ordem de chegada) com autorização do Chefe da respectiva
Unidade, até o dia 05 de maio do corrente ano, junto ao
Serviço de Aperfeiçoamento, das 9h às 15h, por fax (11- 3286-7030),
mediante termo de requerimento, conforme modelo anexo.
Se
for o caso, os inscritos receberão diárias e reembolso das
despesas de transporte terrestre, nos termos da resolução PGE
nº 59, de 31.01.2001 e do Decreto nº 48.292, de
02.12.2003.
Serão
conferidos certificados a quem registrar presença.
ANEXO
I
Senhor
Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado
_________________________________,
Servidor/a da Procuradoria Geral do
Estado em exercício na _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ , Telefone______________,
e-mail____________________, vem
respeitosamente à presença de Vossa Senhoria solicitar inscrição
no Curso “Transformando o valor do trabalho, nos dias
12 e 13 de maio de 2009, das 9h às 11h30 e das 12h30 às 16h,
no auditório do Centro de Estudos, situado na Rua Pamplona,
227 - 3º andar, Bela Vista, São Paulo, SP., promovido
pela
StarCoach Consultoria, com apoio do Centro de Estudos da
PGE.
__________,
de de 2009.
Assinatura:______________________________
De
acordo da Chefia da Unidade:
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 29/04/2009
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