Dispõe sobre a
prorrogação do prazo para adoção das providências
administrativas necessárias a inclusão ou a retificação
de valor de débito no Programa de Parcelamento
Incentivado do ICMS - PPI.
O Secretário da
Fazenda e o Procurador Geral do Estado, considerando a
grande quantidade de contribuintes que solicitaram a
inclusão ou a retificação de valor de débito, nos termos
da Resolução Conjunta SF-PGE-02-08, de 18 de março de
2008 e da Resolução Conjunta SF-PGE-07-07, de 21 de
setembro de 2007,
e a complexidade
das providências administrativas necessárias à
regularização ou inclusão desses valores, resolvem:
Artigo 1° -
Ficam prorrogados para 15 de julho de 2008, os prazos
referidos no artigo 5º da Resolução Conjunta SF-PGE-07,
de 21 de setembro de 2007, e no artigo 5º da Resolução
Conjunta SF-PGE-02, de 18 de março de 2008, para que os
órgãos da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral
do Estado façam a inclusão dos débitos ou providenciem a
retificação dos valores informados na forma das
mencionadas Resoluções Conjuntas.
Artigo 2º - Esta
resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção PGE, de 28/05/2008
CNJ discute o destino de depósito judicial de bancos
Alvo do maior
interesse dos bancos públicos e privados na Nossa Caixa,
o destino dos depósitos judiciais foi apreciado ontem
pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O conselho, que
funciona como um órgão externo de controle do
Judiciário, debate se os cerca de R$ 70 bilhões desses
depósitos totais no país devem ficar só em bancos
oficiais ou se podem ir para instituições privadas. Os
depósitos são remunerados pela TR mais 0,5%, como a
poupança.
O julgamento foi
interrompido ontem porque o conselheiro Antonio Umberto
de Souza pediu vista do processo, que deve retornar ao
plenário em 15 dias.
Os conselheiros
discutiram o caso específico dos depósitos judiciais dos
Tribunais de Justiça do Rio e de Minas Gerais, que foram
licitados em 2007. Da licitação participaram cinco
bancos, incluindo o Banco do Brasil, dono dos depósitos.
O Bradesco
venceu o leilão após apresentar a melhor proposta, de
cerca de R$ 17 milhões mensais pelos cerca de R$ 20
bilhões em depósitos.
O BB, que pagava
cerca de R$ 11 milhões, recorreu ao CNJ e conseguiu
liminar impedindo a transferência das contas.
Ontem, o relator
do processo, Altino Pedrozo dos Santos, defendeu a
anulação do convênio com o Bradesco e a realização de
nova concorrência só com a participação dos bancos
públicos. Para o relator, os depósitos judiciais não
podem visar lucro e devem ser administrados por entes
públicos. Dois outros conselheiros foram contrários.
Se o CNJ definir
que os depósitos só podem ficar com os bancos públicos,
o Bradesco poderá recorrer ao STF (Supremo Tribunal
Federal) se alegar inconstitucionalidade.
O advogado
Renato Ayres, do escritório C.Martins, lembra que o STF
já abriu precedente semelhante, permitindo que as folhas
de servidores fossem para bancos privados após
privatizações. "Por analogia, pode-se utilizar como
precedente."
"Todos os bancos
querem os depósitos judiciais porque é um dinheiro
barato. Se tiverem remuneração de mercado, acabou o
interesse", disse o advogado Jairo Saddi, do Ibmec-SP.
Fonte: Folha de S. Paulo, de
28/05/2008
Comissão vota hoje novas regras para pagamento de
precatórios
A Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve votar hoje
substitutivo do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) a sete
propostas de emenda à Constituição que alteram as regras
para execução de precatórios - pagamentos a serem feitos
pela Fazenda Pública por determinação judicial. Na
semana passada, durante reunião da CCJ convocada para
exame da matéria, foi concedida vista coletiva ao texto,
que volta a constar da pauta do colegiado. A agenda da
comissão inclui ainda outras 20 proposições, além de
três mensagens do Executivo com indicações de nomes para
o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em seu
substitutivo, Raupp determina que terão preferência no
pagamento de precatórios requerentes com idade acima de
60 anos, além de conferir maior ênfase na prioridade
para pagamento dos precatórios de natureza alimentícia,
como salários e pensões. Pela lei atual, são
prioritários os pagamentos a pessoas acima de 65 anos de
idade. Outra mudança inserida por Raupp é a
possibilidade de o interessado usar os créditos
referentes ao precatório para pagar dívidas junto à
Receita Federal ou mesmo para a compra de imóveis
públicos. Após a decisão da CCJ, o substitutivo à PEC
01/03 e às demais que tramitam em conjunto segue para
decisão do Plenário do Senado.
Também poderá
ser votado na reunião desta quarta-feira projeto de
autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) que
dispensa do pagamento de inscrição em concursos públicos
federais os candidatos que tenham renda familiar per
capita inferior a meio salário mínimo (PLS 295/07).
Conforme argumenta Serys na justificação da matéria, a
medida visa ampliar as oportunidades de acesso aos
concursos públicos, uma vez que os custos das taxas de
inscrição são “impraticáveis para os mais pobres”. A
proposição, que será votada em decisão terminativa na
CCJ, recebeu voto favorável de Valdir Raupp.
O senador também
é relator do PLS 122/07, que concede anistia a
integrantes da Polícia Militar do Rio Grande do Norte
que participaram de movimento reivindicatório em 2007. A
proposta, assinada pelos três senadores do estado -
Garibaldi Alves (PMDB), Rosalba Ciarlini (DEM) e José
Agripino (DEM) -, terá decisão terminativa na CCJ. A
medida, se acolhida, beneficiará cerca de 1.300
policiais, punidos pelo governo estadual por
participarem do movimento que pleiteava aumento salarial
e melhorias nas condições de trabalho. Em seu relatório,
Raupp lembra decisões anteriores do Congresso favoráveis
a pedidos de anistia e destaca como papel do Parlamento
contribuir para a retomada da normalidade das ações da
Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
Os senadores que
integram o colegiado também podem votar, em decisão
terminativa, proposta (PLS 273/05) do senador José
Maranhão (PMDB-PB) que altera o Código de Processo Civil
de forma a assegurar proteção aos bens daqueles cujos
cônjuges sejam devedores de pensão alimentícia. Serys,
que é relatora da matéria na CCJ, apresentou voto
favorável à proposição.
Indicações
Ainda na reunião
de quarta-feira, os parlamentares decidem, em votação
secreta, sobre a indicação do desembargador Luis Felipe
Salomão para o cargo de ministro do Superior Tribunal de
Justiça. O senador César Borges (PR-BA) é o relator da
indicação, apresentada pela Presidência da República. Na
mesma reunião, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM)
relata mensagem do Executivo contendo a indicação do
nome de Mauro Luiz Campbell Marques também para o cargo
de ministro do STJ.
Na terceira
mensagem em exame na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania, os senadores analisam a indicação do nome de
Geraldo Marques Fernandes para ministro do STJ. A
mensagem tem como relator o presidente da CCJ, senador
Marco Maciel (DEM-PE).
Fonte: Diário de Notícias, de
28/05/2008
Operação casada é de interesse dos dois lados
A Companhia
Energética de São Paulo (Cesp) entrou nas negociações
para a venda do banco paulista Nossa Caixa ao Banco do
Brasil. A estratégia do governador José Serra (PSDB-SP)
tem três metas: vender a Nossa Caixa numa operação que
não configure uma privatização, manter os bancários como
funcionários públicos e ainda arrancar do governo
federal a renovação das licenças das usinas geradoras da
Cesp. A operação casada interessa ao governo federal
porque facilita a política de expansão acelerada do BB
via incorporação de bancos estaduais.
Diante de um
governo Lula assumidamente antiprivatizações, José
Serra, pré-candidato à sucessão em 2010, faria um
negócio neste ano de eleições municipais que agradaria a
15 mil funcionários. Segundo um dirigente tucano que
acompanha a negociação, o sonho desses bancários é
assumir a condição de funcionários do BB sem fazer
concurso público. Vendida em leilão e arrematada por um
banco privado, a Nossa Caixa seria candidata a um
enxugamento imediato de pessoal, isto é, a freqüentar o
noticiário das demissões de trabalhadores.
A boa vontade de
parte a parte já produziu resultados concretos: o
governo federal mudou o discurso que remetia a discussão
sobre as licenças das geradoras de energia para 2009 ou
para "o futuro governo" - de 2011 em diante, portanto -
porque a maioria das licenças vencia em 2015.
Além do início
oficial das negociações para a venda da Nossa Caixa,
comunicada no dia 21 à Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou ao
Estado que pretende criar uma comissão, "até a próxima
quinzena", para estudar a renovação, pela segunda vez,
das licenças das geradoras, inclusive as da Cesp. Em
março passado, o leilão da Cesp foi cancelado porque os
possíveis compradores temiam levar uma empresa que podia
ficar sem fornecedores de energia.
As hidrelétricas
de Jupiá e de Ilha Solteira representam 67% da
capacidade geradora da Cesp, e qualquer solução sugerida
pela comissão criada pelo ministro de Minas e Energia
terá de passar pelo crivo do próprio Lobão e do
Planalto. O Estado apurou que nos estudos sobre a
renovação das licenças, o governo federal tende a criar
uma "cláusula tarifária", isto é, a estabelecer um teto
para o preço do kw/hora, regulando o custo da energia
para o consumidor.
"A energia
produzida por geradoras que já tiveram os investimentos
pagos e repagos não pode entrar no leilão", explicou uma
fonte do governo. A mesma fonte lembra que o papel do
governo é atender ao interesse do contribuinte, que já
pagou pela usina, mantendo baixo o preço da chamada
"energia velha". A idéia é não permitir que o leilão de
privatização pressione o custo dessa energia, uma vez
que o investimento está pra lá de amortizado.
VANTAGENS
Na avaliação dos
tucanos, o eleitor vai entender a diferença entre vender
a Nossa Caixa e privatizar a Cesp. Dizem que, no setor
de energia, o próprio governo federal atrai cada vez
mais capital privado e, além disso, Serra usaria o
dinheiro para anunciar investimentos pesados em
infra-estrutura de grande interesse social.
Apesar de ter
montado a estratégia da operação casada, Serra terá de
administrar a forte pressão dos bancos privados a favor
do leilão da Nossa Caixa, capitaneada pela Federação dos
Bancos (Febraban). Da mesma forma como o BB, existem
grandes bancos privados que incorporaram bancos
estaduais - como o Itaú, que comprou o Banco do Estado
do Paraná. O BB, por sua vez, está concluindo o processo
de incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).
E já negocia ficar com o Banco de Brasília (BRB).
JOGO DE
INTERESSES
O que favorece o
governo Lula
Garante
exclusividade, até 2018, na captação de depósitos
judiciais, que somaram R$ 15,3 bilhões em dezembro de
2007.
Reforça presença
do BB nos 645 municípios paulistas, com 559 agências,
396 postos de atendimento e 1.276 de auto-atendimento.
Agrega o serviço
de pagamento de mais de 600 mil servidores.
Incorpora folha
de pagamento de 260 prefeituras, 90 Câmaras Municipais e
67 autarquias.
Cria estrutura
que pode ser convertida em máquina política no Estado de
maior poder aquisitivo.
O que favorece o
governo Serra
Livra o
candidato a candidato à presidência da República em 2010
da pecha de privatista que o PT colou no PSDB.
Evita problemas
políticos em ano eleitoral, como greves e protestos dos
15.155 funcionários da Nossa Caixa que associam
privatização à demissão
Mostra boa
vontade para atender ao governo Lula e ganha cacife para
negociar a prorrogação da concessão das usinas da Cesp
Fonte: Estado de S. Paulo, de
28/05/2008
AGU faz acordo com a CVM para reduzir número de ações
A Procuradoria
Federal Especializada, órgão da Advocacia-Geral da
União, fechou um acordo com a Comissão de Valores
Mobiliários com o objetivo de reduzir pela metade o
prazo de tramitação dos processos que vão a julgamento
pelo colegiado da CVM. Atualmente, o prazo médio de
tramitação de um processo é de dois anos e dois meses.
A CVM é uma
autarquia que fiscaliza possíveis irregularidades do
mercado financeiro. Para Alexandre Pinheiro dos Santos,
chefe da Procuradoria que atua na CVM, “um ano seria um
prazo razoável sem a perda de qualidade”. A meta é
consolidar o prazo a partir do ano que vem.
Para reduzir o
tempo de tramitação, a CVM criou a Superintendência de
Processos Sancionadora, que atuará em parceria com a PFE,
formada por 30 pessoas.
A PFE e a CVM
vão privilegiar investigações de que envolvam a
segurança dos investidores do mercado financeiro, como o
uso de informação privilegiada em operações no mercado
de ações. Também atuarão contra práticas que possam
prejudicar a imagem do Brasil entre investidores, como
manipulação de mercado, abuso de poder de controle e má
gestão de recursos.
Fonte: Conjur, de 27/05/2008
Juízes, promotores e procuradores vão debater combate à
corrupção
Cerca de 2.000
juízes, promotores, procuradores e advogados públicos
são esperados para o Congresso Brasileiro das Carreiras
Jurídicas de Estado, promovida pela Escola da AGU
(Advocacia Geral da União) e que vai debater o combate à
corrupção entre os dias 10 a 13 de junho, no Centro de
Convenções de Brasília.
O congresso terá
a abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
falará sobre os 20 anos da Constituição Federal. Para a
abertura, também estão confirmadas as presenças do
presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi
Alves; do presidente da Câmara Federal, deputado Arlindo
Chinaglia; e do ministro presidente do Supremo Tribunal
Federal, Gilmar Mendes.
Além da postura
ativa dos órgãos jurídicos, os participantes deverão
refletir para evitar abuso nas ações. Nas palestras e
oficinas temáticas serão debatidos o acesso à Justiça e
a melhoria dos serviços judiciários, como forma de
aprimorar o atendimento ao cidadão e tornar mais célere
a prestação jurisdicional.
O sistema
eletrônico de processos judiciais é outro tema
importante, também ligado ao combate à morosidade da
Justiça. Os Tribunais Regionais Federais já utilizam o
processo virtual, principalmente nos Juizados Especiais
Federais, com dados expressivos: no ano de 2007,
tramitaram nos cinco TRFs mais de 1,25 milhão processos
eletrônicos, o que corresponde a 25% de toda a
movimentação processual da Justiça Federal.
A
Procuradoria-Geral da União moveu 8.831 ações civis
públicas e de improbidade administrativa, que somam R$
34,3 bilhões em dezembro de 2007. As ações de execução
de acórdãos do TCU condenando gestores públicos chegavam
a 9.477 e envolviam a recuperação de R$ 6 bilhões. As
irregularidades ainda sem ações ajuizadas totalizavam R$
10 bilhões.
Para o
advogado-geral da União, ministro José Antonio Dias
Toffoli, "é a primeira vez que todos os segmentos das
carreiras jurídicas de Estado se reúnem para discutir o
sistema judicial brasileiro". Segundo ele, as carreiras
jurídicas dependem uma das outras e até agora só se
reuniram isoladamente. "Precisamos nos reunir para
trocar experiências e debater com a participação de
todos, temas que fazem parte do nosso trabalho e que são
da maior importância para a sociedade brasileira",
destacou.
Todos os painéis
e oficinas temáticas serão transmitidos pela internet.
Os cadastrados poderão interagir com os congressistas.
No site www.carreirasjuridicas.com.br
haverá acesso para as transmissões de áudio e vídeo do
Congresso. No link Rádio Congresso, o usuário poderá
ouvir as palestras e debates e no link TV Congresso
acompanhar também as imagens transmitidas ao vivo. Se
desejar, poderá enviar sugestões e questionamentos aos
participantes das oficinas.
Fonte: Última Instância, de
27/05/2008
A Constituição e as células-tronco adultas
A CONSTITUIÇÃO
brasileira declara, no "caput" do artigo 5º, que o
direito à vida é inviolável; o Código Civil, que os
direitos do nascituro estão assegurados desde a
concepção (artigo 2º); e o artigo 4º do Pacto de São
José, que a vida do ser humano deve ser preservada desde
o zigoto. O argumento de que a Constituição apenas
garante a vida da pessoa nascida -não do nascituro- e
que nem sequer se poderia cogitar de "ser humano" antes
do nascimento é, no mínimo curioso: retira do homem a
garantia constitucional do direito à vida até um minuto
antes de nascer e assegura a inviolabilidade desse
direito a partir do instante do nascimento. De rigor, a
Constituição não fala em direito inviolável à vida em
relação à pessoa humana, mas ao ser humano, ou seja,
desde a concepção. Lembro-me, inclusive, do argumento do
professor Jérôme Lejeune, da Academia Francesa, para
quem, se o nascituro está vivo e não é um ser humano,
então é um ser animal, de tal maneira que todos os que
defendem essa tese admitem ter tido, no correr de sua
vida, uma natureza animal, antes do nascimento, e uma
natureza humana, depois dele.
Tais
considerações são feitas, talvez, para justificar o
interesse de alguns de transformar seres humanos, em sua
forma embrionária, em cobaias de laboratório,
objetivando pesquisas no campo da medicina regenerativa.
Por isso, sustentam que, enquanto embrião, o homem ainda
não seria ser humano. Na minha pessoal visão, o que a
Constituição garante é o direito à vida, desde a
concepção, sendo tal direito inviolável.
E também aqui um
esclarecimento faz-se necessário, agora, do ponto de
vista da biomedicina.
Em 1998, J.
Thomson isolou, do embrião humano, as CTEH (células-tronco
embrionárias humanas), gerando grande expectativa na
comunidade científica, pois, apesar de provirem da
destruição de seres humanos no seu estágio embrionário,
poderiam ser utilizadas para a cura de inúmeras doenças.
Até hoje, todavia, após dez anos de estudos e pesquisas
em países que ainda permitem a destruição de embriões
humanos -muitos países em estágio superior de
civilização a proíbem; outros já estão deixando de lado
tais investigações-, não se conseguiu nenhum resultado
positivo, apesar dos bilhões de dólares aplicados.
O grande
argumento é o de que tais células seriam "pluripotentes"
e, quando as investigações forem bem sucedidas, poderiam
curar um número maior de doenças.
As investigações
com células-tronco adultas, apesar de já apresentarem
resultados positivos, sendo utilizadas por mais de 20
mil pessoas em estudos clínicos e terapias de 73 tipos
de doenças, eram consideradas, pela comunidade
acadêmica, de espectro menos abrangente, pois apenas "multipotentes",
não podendo produzir os mesmos efeitos regeneradores das
embrionárias.
Ocorre que, em
novembro de 2007, o mesmo J. Thomson, nos EUA, e
Yamanaka, no Japão, conseguiram produzir células-tronco
adultas pluripotentes induzidas, passando a ter espectro
aplicacional semelhante àquele prometido -e, até hoje,
não obtido- com células-tronco embrionárias. E, em 14 de
fevereiro deste ano, Yamanaka anunciou a produção de
células-tronco pluripotentes induzidas sem riscos de
gerar tumores. As embrionárias importam tal risco, assim
como o da rejeição.
A declaração de
Yamanaka é suficientemente expressiva: "Quando vi o
embrião, eu repentinamente percebi que não havia muita
diferença entre ele e minhas filhas. Eu pensei, nós não
podemos continuar destruindo embriões para nossa
pesquisa. Deve haver outro meio". "Minha meta é evitar
usar células embrionárias" ("The New York Times",
11/12/07).
Não sem razão,
do site do governo do Canadá consta relatório com a
seguinte conclusão: "Recentemente, o debate sobre o uso
de embriões como uma fonte de células-tronco pode
tornar-se desnecessário, na medida em que as pesquisas
vêm mostrando significativos sucessos na demonstração da
pluripotencialidade das células-tronco adultas,
originárias de músculos, cérebro e sangue".
Compreendo,
pois, a posição dos cientistas brasileiros, professores
Alice Teixeira, Cláudia Batista, Dalton de Paula Ramos,
Elizabeth Kipman, Herbert Praxedes, Lenise Martins
Garcia, Lilian Piñero Eça, Marcelo Vaccari, Rodolfo
Acatauassú, Antônio Eça e Rogério Pazetti, quando
declaram que a esperança da medicina regenerativa
encontra-se na pluripotencialidade induzida das
células-tronco adultas.
IVES GANDRA
DA SILVA MARTINS, 73, advogado, professor emérito da
Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra,
é presidente do Conselho Superior de Direito da
Fecomercio e do Centro de Extensão Universitária.
Fonte: Folha de S. Paulo, seção
Tendências e Debates, de 28/05/2008
O Brasil tem que optar pela vida
MUITO JÁ se
falou sobre a permissão das pesquisas com células-tronco
extraídas de embriões humanos. Hoje, o Supremo Tribunal
Federal retomará o julgamento -interrompido em 5 de
março pelo ministro Menezes Direito- do artigo da Lei de
Biossegurança que autoriza as pesquisas no Brasil e
decidirá se ele fere a Constituição.
Estava em
Brasília, na ocasião, com muita esperança. O ministro
Carlos Ayres Britto, relator da ação, e a então
presidente do STF, Ellen Gracie, julgaram que a lei
respeita, sim, a Constituição e protege o embrião, já
que proíbe a clonagem e determina claramente qual poderá
ser doado: o embrião congelado há mais de três anos e,
apenas, no momento da sua promulgação (março de 2005),
para evitar a produção para o comércio -o que é crime de
acordo com a lei.
Isso significa
que os embriões possíveis para pesquisa estão congelados
há, pelo menos, seis anos. O que fazer com eles?
Condená-los à pena de prisão perpétua, congelados em
tubos de ensaio? Ou autorizar as pesquisas de modo
adequado? Ayres Britto e Ellen Gracie optaram por esta
última.
A CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), contrária
às pesquisas, acusou quem as defende de querer
exterminar a vida de outros seres humanos para obter a
cura de doenças degenerativas, genéticas, cânceres,
derrames e deficiências. Não é verdade. Defendemos a lei
como foi aprovada por 96% dos senadores e 85% dos
deputados no Congresso Nacional porque acreditamos que
as pesquisas éticas promovem a vida. A CNBB ainda
colocou as pesquisas no mesmo patamar do aborto -a
eliminação de um feto em desenvolvimento dentro do útero
materno.
São coisas
completamente diferentes e vou contar por quê.
A lei determina
que os cientistas somente poderão pesquisar as células
dos embriões doados por seus genitores -como a
incentivada doação de órgãos após a morte cerebral. Esse
embrião congelado, que não tem cérebro, nem concluído,
nem em formação, jamais será alguém porque não terá um
útero materno para desenvolver-se. É o excedente da
fertilização feita em laboratório, que permite que 12
mil casais por ano no Brasil superem os obstáculos do
organismo e se tornem pais. Lembro-me de que, quando o
ministro Menezes Direito adiou seu voto -que esperamos
que seja proferido hoje-, não pude deixar de pensar na
dona Maria Lúcia, uma senhora que morava numa favela da
periferia de São Paulo e que me ensinou que, para quem
não tem nada, a esperança é muita coisa. Ela não podia
mais andar, falar ou respirar sozinha. Será que os
milhões de brasileiros que têm nas pesquisas a esperança
de vencer doenças terão tempo para esperar?
Maria Lúcia não
teve. No retorno a São Paulo, recebi a triste notícia do
seu falecimento. Ela tinha a mesma doença degenerativa
-esclerose lateral amiotrófica- que minha amiga,
Alexandra Szafir, a quem homenageei pelo Dia da Mulher,
na Câmara Municipal, no dia seguinte. Isso não escolhe
cor, credo ou classe social, como já versava o poeta...
A mulher que se
levantou da cadeira e discursou quando recebeu, em 2006,
o prêmio Advocacia Solidária, por democratizar o direito
à defesa, perdeu todos os movimentos e respira com
dificuldade. Seus olhos, no entanto, brilham com força
surpreendente. Transbordam vida. No discurso, agora lido
em seu nome, Alexandra afirmou que ainda tem muito o que
fazer, quer se curar e defendeu as pesquisas como sua
única esperança. Eu e mais 29 pessoas fomos "cobaias" de
uma pesquisa com células-tronco adultas. Cinco anos de
testes e todos continuam paraplégicos ou tetraplégicos,
mas vivendo sem risco de morte. Ao contrário das minhas
amigas ou de quem nasce com uma doença genética (as
células-tronco adultas não servem porque já contêm o
gene da doença), como a mais comum das 30 formas de
distrofia muscular, que atinge 1 a cada 3.500 meninos,
se manifesta antes dos cinco anos de idade e impede que
muitos cheguem até a adolescência. Existem outras 450
doenças progressivas e degenerativas como essa.
Para esses
brasileiros, as pesquisas são urgentes porque as
células-tronco embrionárias são as únicas que podem se
transformar em qualquer um dos 216 tecidos do corpo
humano, inclusive o nervoso. Podem fazer entender a
formação de doenças e tumores.
Podem
revolucionar a medicina. A saúde dos brasileiros não
pode depender das pesquisas em andamento em outras
nações. Por isso, pedimos: permitam que o embrião seja
um doador de vida!
MARA GABRILLI,
40, psicóloga e publicitária, é vereadora em São Paulo e
fundadora da ONG Projeto Próximo Passo. Foi secretária
Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida
da Prefeitura de São Paulo. Tetraplégica há 14 anos,
fomenta pesquisas para cura de paralisias.
Fonte: Folha de S. Paulo, seção
Tendências e Debates, de 28/05/2008
Comunicado Centro de Estudos I
Para a aula de
Direito do Estado sobre o tema “A Defesa da Constituição
- Controle da Constitucionalidade”, a ser proferida pelo
Prof. Dr. Derly Barreto e Silva Filho, no dia 26 de maio
de 2008 (segunda-feira), das 10h às 12h, na Escola
Superior, localizada na Rua Pamplona, 227, 2° andar,
Bela Vista, São Paulo, SP, ficam deferidas as inscrições
dos Procuradores do Estado:
1. Ana Lúcia
Câmara
2. Marcia Amino
3. Regina Marta Cereda Lima
4. Nadyr Maria Salles Seguro
5. Vinicius Lima de Castro
Para os alunos
da Escola Superior da PGE do Curso de Especialização em
Direito do Estado a aula será considerada como dia
letivo.
Comunicado
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção PGE, de 28/05/2008
Comunicado Centro de Estudos II
A Procuradora do
Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral
do Estado, por determinação do Procurador Geral do
Estado, convoca os Procuradores abaixo relacionados,
para participarem do Workshop Procuradoria Judicial em
Brasília, nos dias 17 e 18 de junho de 2008, das 9h às
18h, na Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília,
localizada SCN, Quadra 05, Bloco “A”, Sala 517, Centro
Empresarial Brasília Shopping and Towers, Brasília, DF.
1. Anselmo
Prieto Alvarez
2. Carlos José Teixeira de Toledo
3. Clayton Alfredo Nunes
4. Isa Nunes Umburanas
5. Maria Beatriz de Biagi Barros
6. Maria Cristina Mikami de Oliveira
7. Maria Luciana de Oliveira Facchina Podval
8. Reinaldo Passos de Almeida
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção PGE, de 28/05/2008
Comunicado Centro de Estudos III
Para a aula do
Curso de Especialização Lato - Sensu em Direito
Processual Civil sobre o tema “Tutelas de Urgência.
(cautelar e antecipatória) frente ao Poder Público”, a
ser proferida pelo Professor José Roberto de Moraes, no
dia 29 de maio de 2008 (quinta-feira), das 08h00 às
10h00, no auditório da Escola Superior, localizado na
Rua Pamplona, 227, 2° andar, Bela Vista, São Paulo, SP,
ficam deferidas as inscrições dos Procuradores do
Estado:
1. Carlos José
Teixeira de Toledo
2. Carlos Moura de Melo
3. Daniel Arévalo Nunes da Cunha
4. Leila D’Auria Kato
5. Luiz Fernando Roberto
6. Marina Mariani de Macedo Rabahie
7. Rodrigo Pieroni Fernandes
8. Rosely Sucena Pastore
9. Sandro Marcelo Paris Franzoi
10. Thiago Camargo Garcia
Para os alunos
da Escola Superior da PGE do Curso de Especialização em
Direito Processual Civil a aula será considerada como
dia letivo.
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção PGE, de 28/05/2008
Comunicado Centro de Estudos IV
Para a aula do
Curso de Especialização em Direito Processual Civil
sobre o tema “Procedimentos Especiais. Mandado de
Segurança. Mandado de Segurança Coletivo”, a ser
proferida pelo Professor Dr. Marcos Destefani, no dia 29
de maio de 2008 (quinta-feira), das 10h00 às 12h00, na
Escola Superior, localizada na Rua Pamplona, 227, 2°
andar, Bela Vista, São Paulo, SP, ficam deferidas as
inscrições dos Procuradores do Estado:
1. Carlos José
Teixeira de Toledo
2. Leila D’Auria Kato
3. Luiz Fernando Roberto
4. Marina Mariani de Macedo Rabahie
5. Rodrigo Pieroni Fernandes
6. Rosely Sucena Pastore
7. Sandro Marcelo Paris Franzoi
8. Thiago Camargo Garcia
Para os alunos
da Escola Superior da PGE do Curso de Especialização em
Direito Processual Civil a aula será considerada como
dia letivo.
Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I,
seção PGE, de 28/05/2008