Resolução PGE - 7, de
26-1-2009
Considerando a alteração havida na Chefia do
Centro de Estudos; Considerando a mudança do responsável pelo serviço de
divulgação do mesmo órgão; Considerando o disposto nos artigos 25 e 27 do
Decreto nº 8.140/76, com a modificação introduzida pelo Decreto nº
14.696/80, o Procurador Geral do Estado, resolve: Art. 1º - Designar, para
compor a Comissão Editorial do Centro de Estudos, os Procuradores do Estado
Carlos José Teixeira de Toledo, José Luiz Souza de Moraes e a Procuradora do
Estado Patrícia Ulson Pizzaro Werner, sendo a presidência da Comissão
exercida pelo primeiro nomeado, na qualidade de Procurador do Estado Chefe
do referido órgão.
Art. 2º - Ficam, de outra parte, cessados os
efeitos da Resolução PGE nº 24, de 04-08-2008, em relação às respectivas
designações das Procuradoras do Estado Márcia Maria Barreta Fernandes Semer,
Mônica Espósito de Moraes Almeida Ribeiro e do Procurador do Estado Marcio
Sotelo Felippe, para integrarem referida Comissão.
Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na
data de sua publicação.
Fonte: D.O.E, Caderno
Executivo I, seção PGE, de 27/01/2009
TJ paulista cria ferramenta para barrar fraudes
Já está funcionando uma ferramenta criada pelo
Judiciário de São Paulo para acabar com fraudes na cobrança judicial de
dívidas. Agora, no momento do ajuizamento da ação, o suposto credor recebe
uma certidão de comunicado de execução. A emissão da certidão é automática.
Com ela, o credor pode ir ao Detran e a qualquer cartório de registro de
imóveis para comunicar que os bens de determinado devedor não podem ser
negociados pois estão sujeitos à penhora. É uma forma de dar mais
publicidade à execução e diminuir o risco de fraude.
A medida deve funcionar como uma vacina que
impeça a venda de bens quando o devedor tomar conhecimento de que seu
patrimônio está sendo executado. A iniciativa do Tribunal de Justiça de São
Paulo segue orientação já prevista na reforma do Código de Processo Civil. A
Lei 11.232/05, que modificou o código, acabou com a separação entre o
processo de conhecimento e o processo de execução, metodologia que atrasava
o andamento das ações na Justiça e favorecia a fraude nas execuções.
A emissão automática da certidão, no entanto,
ainda é pouco conhecida dos advogados. “Estamos com um problema de
comunicação e de publicidade”, afirmou o juiz Augusto Drumond Lepage,
auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo. De acordo com ele,
levantamento prévio feito nas varas cíveis da capital paulista (do Fórum
João Mendes) revelou que a certidão automática não é conhecida nem usada
pelos advogados. Segundo o juiz, o credor ainda segue o caminho antigo de
pedir ao cartório a elaboração da certidão e aguardar despacho do juiz,
método que estica o prazo da entrega do documento para no mínimo cinco dias.
“Com a falta de servidores nos cartórios, o
serviço é demorado, o que contribui para que o devedor, se pretender, possa
se desfazer de seus bens”, afirma Airton Pinheiro de Castro, também juiz
auxiliar da Corregedoria.
“A nova ferramenta não só vai acabar com esse
gargalo e reduzir a possibilidade de fraude como irá aprimorar o processo de
execução já disciplinado pelo Código de Processo Cível e que dependia de
regulamentação”, completou o outro juiz auxiliar da Corregedoria Hamid Bdine.
Regras do leilão
No ano passado, o Conselho Superior da
Magistratura (CSM) de São Paulo aprovou provimento que disciplinou a
alienação de bens por iniciativa particular e a prioridade do credor em
adquirir o bem penhorado — regra conhecida como adjudicação.
Pelo Provimento 1.496/08, no lugar de o bem ir
a leilão e ser arrematado na maioria das vezes por preços menores do que
vale, o próprio credor pode optar por vendê-lo. A regra já era prevista na
Lei 11.232 e aguardava regulamentação.
A lei introduziu o artigo 685-C no Código de
Processo Civil, estabelecendo a prioridade da adjudicação dos bens
penhorados e, caso ela não ocorra, a possibilidade do exeqüente requerer que
os bens sejam alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de um
corretor credenciado perante a autoridade judiciária.
De acordo com o dispositivo, os tribunais
poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação e de
credenciamento dos corretores. A regra aprovada pelo CSM autoriza o
credenciamento de leiloeiros. Se o credor não quiser indicar o profissional
de sua preferência, o juiz o nomeia, estabelecendo um preço mínimo para os
bens e as condições de pagamento.
Outra alteração é quanto à publicidade dos
leilões. Até então, os leilões judiciais só eram divulgados no Diário
Oficial, o que os levava, muitas vezes, ao fracasso. Mas, de acordo com o
provimento, a alienação por iniciativa particular será sempre precedida de
ampla publicidade, preferencialmente por mídia eletrônica.
“A alienação por iniciativa particular oferece
pelo menos duas vantagens em relação aos tradicionais leilões judiciais”,
defende o juiz Airton Pinheiro de Castro. Segundo ele, a primeira é a da
publicidade. “Os leilões eram divulgados apenas no Diário Oficial, o que
fazia com que a maioria deles tivesse um número pequeno de interessados.”
“A segunda vantagem diz respeito ao valor”,
diz o juiz Hamid Bdine. Segundo o magistrado, nos leilões judiciais,
geralmente, os bens são arrematados por preço inferior ao da avaliação. De
acordo com o juiz, na primeira praça, o valor mínimo para a compra é o da
avaliação do bem. Mas quando não há compradores, na segunda praça, o bem
pode ser vendido por qualquer valor, desde que não seja inferior a 60% do
preço da avaliação.
Fonte: Conjur, de 26/01/2009
Nova sede da PJ terá elevadores modernizados
A Procuradoria Judicial (PJ) assinou contrato
com a Atlas Schindler para realizar a modernização dos quatro elevadores do
saguão principal da nova sede da unidade, situada à Rua Maria Paula, 67. O
prédio, uma construção inaugurada em 1949 e que já foi sede da Secretaria de
Estado da Fazenda e do Departamento de Perícias Médicas do Estado, está
sendo totalmente reformado.
A PJ é responsável pela defesa do Estado em
todas as demandas que tramitam na Capital, com exceção das ações em matéria
tributária, ambiental e imobiliária. Responde também pela defesa parcial ou
integral de 15 autarquias estaduais.
Os elevadores, hoje em mau estado de
conservação, serão totalmente modernizados, com substituição do maquinário e
do sistema de comando, que passará a ser eletrônico (Sistema Miconic®). As
cabinas serão reformadas (cabinas Nelolift®), dotadas de equipamentos de
segurança, adaptação para deficientes físicos e sistema inteligente de
chamada, com redução do consumo de energia.
O procurador do Estado, então chefe da PJ na
assinatura do contrato (22.12.08) e atualmente chefe do Centro de Estudos da
PGE, Carlos José Teixeira de Toledo, comemorou a contratação: “Essa unidade
merecia uma sede adequada às suas atuais dimensões e à importância do
trabalho que desenvolve. Só para se ter noção, a PJ por si só é maior do que
muitas Procuradorias Gerais de outros Estados e acompanha 120 mil processos
na Capital. Ademais, trata-se da revalorização de um prédio histórico, o que
certamente contribuirá com o esforço do Governo Estadual e Municipal de
revitalizar o Centro de São Paulo. A Procuradoria Judicial agradece o
Gabinete do procurador geral, especialmente o procurador geral do Estado
adjunto, o Grupo de Planejamento Setorial, a Subprocuradoria da Consultoria
e a Chefia de Gabinete. Sem o apoio desses órgãos e pessoas, jamais teríamos
conseguindo ultimar a contratação ainda neste exercício”.
Fonte: site da PGE SP, de
26/01/2009
Aumento para administrativos
O governador José Serra sancionou o projeto de
lei complementar 56/2008, que trata do aumento para a chamada área meio -na
maioria, servidores administrativos.
Segundo o deputado estadual Edson Giriboni (PV),
30.546 servidores públicos, entre ativos, inativos e pensionistas do DER
(Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo) e da área meio
terão um aumento médio de 36,71%, além de agrupamento de classes (cargos e
funções) segundo a natureza das atividades desenvolvidas e nível de
escolaridade; absorção de gratificações à remuneração; adoção de critérios
de ascensão profissional baseados em avaliação de desempenho e competências;
e estímulo aos funcionários que obtiverem maior qualificação.
Fonte: Agora SP, de 27/01/2009
Tribunais congestionados
Na mesma semana em que o Supremo Tribunal
Federal (STF) anunciou que irá negociar com o Executivo um acordo para
decidir o mais rapidamente possível os 5,6 milhões de ações contra a
Previdência Social que tramitam nos tribunais, o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) divulgou o último balanço sobre a morosidade na tramitação dos
processos na Justiça Federal e na Justiça estadual. As duas informações
mostram que, apesar dos avanços que propiciou aos tribunais superiores, a
reforma do Judiciário ainda não produziu efeitos nas instâncias inferiores.
A maioria das ações previdenciárias se arrasta
há anos na Justiça Federal, é de baixo valor e interessa, basicamente, à
população de baixa renda: versam sobre auxílio-doença, auxílio-reclusão,
correção de aposentadorias e Bolsa-Família. "Isso foi se acumulando a partir
da Constituição de 88. Na década de 90, tivemos várias leis que negaram
direitos, o que resultou nesse volume de ações", diz o presidente do CNJ e
do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Para tentar descongestionar as instâncias
inferiores da Justiça Federal, onde o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) é o campeão de reclamações, uma das ideias é reunir todas as ações
previdenciárias num único processo e julgá-lo num mesmo tribunal. Outra é
esperar a matéria chegar ao STF e pedir à Corte que edite uma súmula
vinculante. Essas medidas, porém, levam tempo para apresentar resultados, o
que explica a tentativa do STF e do Executivo de encontrarem uma saída
política.
Segundo o balanço do CNJ, com dados de 2007,
tramitam no Judiciário brasileiro cerca de 68,2 milhões de processos. Por
causa das deficiências administrativas da instituição, só em 2010 será
possível conhecer os números de 2008.
Na primeira instância da Justiça Federal da 2ª
Região, com jurisdição nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, por
exemplo, 89,6% dos processos protocolados em 2007 estão sem julgamento até
hoje. No âmbito da Justiça estadual, as Cortes mais congestionadas são as do
Maranhão, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Pará, Amazonas, Goiás, Paraná e São
Paulo. Na primeira instância da Justiça maranhense, a relação entre o número
de processos novos e antigos, ainda não julgados, e o número de ações
julgadas no exercício é de 92,7 - ou seja, para cada ação julgada há 92,7
processos pendentes. Em Alagoas, a relação é de 92,4. Em São Paulo, essa
taxa também é alta, ficando em torno de 84,3. Em termos nacionais, diz a
juíza Maria Lúcia Pizzotti Mendes, o custo médio de uma ação judicial parada
numa prateleira é de R$ 420 por mês. No Fórum João Mendes, na capital, onde
tramitam 400 mil processos, o custo sobe para R$ 700 mensais.
A Justiça paulista, onde tramitam quase 50%
dos litígios judiciais de todo o País, consome mais de R$ 3,6 bilhões por
ano só com o pagamento do funcionalismo. Na segunda instância, que tem 360
desembargadores e conta com mais 292 juízes convocados para atuar em segundo
grau em sistema de mutirão, tramitam 17 milhões de processos. No final do
ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que já está abrindo
mais de 150 novas vagas de juiz, cogitou de propor a criação de mais de 130
cargos de desembargador. Como cada desembargador custa R$ 300 mil anuais aos
cofres públicos, em média, a ideia foi muito mal recebida.
"Se quanto mais (numerosos forem) os
processos, mais juízes se contratar, vai chegar um momento em que o
Judiciário se transformará em uma instituição cara e inviável", diz a
pesquisadora Luciana Gross Cunha, da Fundação Getúlio Vargas. Em vez de
aumentar o número de juízes, o mais sensato é redistribuir de modo mais
racional os cargos existentes, afirma o deputado Flávio Dino (PC do B/MA),
que já foi secretário-geral do CNJ.
Pelo balanço do CNJ, fica evidente que o
melhor meio de evitar o colapso das instâncias inferiores do Judiciário não
é aumentar o orçamento da instituição, mas investir em informática e
modernizar a anacrônica legislação processual. Se isso deu certo nos
tribunais superiores, por que não dará certo na primeira instância?
Fonte: Estado de S. Paulo, de
27/01/2009
Inspeções do CNJ apontam indícios de corrupção em TJs
A Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça) apurou irregularidades administrativas e indícios de corrupção
-inclusive venda de decisões judiciais- em quatro inspeções realizadas nos
TJs (Tribunais de Justiça) da Bahia, do Maranhão e do Pará e no TJ Militar
do Rio Grande do Sul nos últimos quatro meses.
Os casos mais graves foram verificados no
Maranhão, segundo o CNJ. As suspeitas de corrupção recaem sobre três juízes
do Estado que liberaram grandes quantias de dinheiro de forma muito rápida,
apesar de possuírem dezenas de processos em atraso.
No Pará, está sendo investigado um suposto
direcionamento indevido na distribuição de processos.
No TJM-RS, não há indícios de corrupção, mas
estão sendo apuradas supostas ameaças que um magistrado estaria fazendo
sobre seus colegas.
As irregularidades encontradas na Bahia eram
administrativas. O corregedor do CNJ, Gilson Dipp, disse que o banco de
dados do CNJ indicava que 50% dos processos em atraso no país estavam na
Bahia.
Dipp disse que as inspeções mostraram que as
investigações em relação a magistrados são prejudicadas pelo corporativismo
e há pouca disposição dos tribunais em cobrar produtividade de suas
instâncias.
Em relação ao Maranhão, o corregedor afirmou
que "há varas com processos atrasados e de repente um determinado processo
entra em um dia e é decidido no mesmo dia. Isso deve levar a apurações para
ver se houve desvio grave de conduta por parte do juiz".
Para Dipp, os principais problemas
administrativos encontrados nas inspeções foram falta de gestão, falta e má
distribuição de servidores, falta de atuação das corregedorias perante os
juízes de primeiro grau e atrasos em processos.
"Há processos que não andam por si só, na
forma da lei processual. Eles precisam de um impulso, ou seja, que o
advogado ou a parte estejam pedindo, implorando para obter o andamento",
afirmou.
Nos tribunais avaliados também há um número
excessivo de funcionários em cargos comissionados, segundo Dipp. "Há muitas
funções comissionadas nos tribunais, em detrimento dos servidores
concursados. Isso leva a um subjetivismo na escolha das pessoas."
O corregedor também criticou a fiscalização
sobre os juízes. "Não há controle da permanência dos juízes nas suas
localidades e nos fóruns. As corregedorias são omissas. Muitas vezes, quando
um processo administrativo-disciplinar, aberto pela corregedoria, chega ao
plenário para ser apreciado, ele é protelado, ou há pedido de vista. O
processo não chega ao fim e acaba prescrevendo", disse.
O corregedor admitiu que muitos tribunais
sofrem com a falta de recursos financeiros, mas poderiam desatar nós com a
estrutura que já possuem. Para Dipp, "os tribunais não têm força e vontade
política de resolver seus próprios problemas, de cortar na sua própria carne
e impulsionar uma gestão adequada".
Tribunais contestam críticas de corregedor
O TJ do Maranhão afirmou por meio de nota que
"só irá se manifestar sobre assuntos que envolvam a magistratura no Estado e
seus magistrados quando tiver acesso a informações oficiais, e após
analisadas pelo colegiado desta corte".
De acordo com a nota, o tribunal maranhense
desconhece casos de corporativismo entre seus magistrados.
O presidente do TJ Militar do Rio Grande do
Sul, Sérgio Berni de Brum, disse que "fatos pontuais que estão sendo
investigados pelo Conselho Nacional de Justiça, motivo de sua vinda ao nosso
Estado, não podem ser motivo de mácula desta corte, que possui quase um
século de serviços prestados à comunidade gaúcha".
Para o desembargador gaúcho, os possíveis
problemas existentes no tribunal "não contaminam a instituição, que deve,
como todas as outras de nosso país, merecer o aprimoramento, e não ser
mutilada, podada ou descaracterizada".
"Deixo de fazer maiores considerações com
relação ao pronunciamento do ministro Gilson Dipp, por ainda não ter sido
publicado o relatório do CNJ em relação à inspeção realizada nesta Justiça
Militar", afirmou o presidente do TJ.
Segundo nota enviada pela assessoria de
imprensa do TJ da Bahia, "o CNJ publicou algumas informações incorretas
sobre o tribunal. E o TJ-BA remeteu ao CNJ um longo documento explicando
tudo e mostrando esses erros".
A assessoria de imprensa do Tribunal de
Justiça do Pará foi procurada pela Folha por telefone e e-mail, mas não não
se manifestou sobre as afirmações do corregedor do CNJ até o fechamento
desta edição.
Fonte: Folha de S. Paulo, de
27/01/2009 |