Resolução Conjunta SF/PGE - 5,de 23-8-2007
Prorroga o prazo de recolhimento de débitos incluídos no
Programa de Parcelamento Incentivado do ICMS O
Secretário da Fazenda e o Procurador Geral do Estado:
Considerando que inúmeros contribuintes enfrentaram
dificuldades ou não conseguiram para efetuar o
recolhimento da GARE-ICMS, sobretudo aquelas com
vencimento para 10 de agosto de 2007, devido ao reduzido
número de bancos que acataram o recolhimento da referida
guia;
Considerando que atualmente aumentou o número de agentes
arrecadadores aptos ao recebimento, conforme relação
constante do endereço eletrônico
www.ppidoicms.sp.gov.br, resolvem:
Artigo 1° - Em caráter excepcional, a data final para
recolhimento das gares relativas às adesões ao Programa
de Parcelamento Incentivado realizadas na primeira
quinzena do mês de julho, com vencimento previsto para
25 de julho de 2007, que havia sido prorrogado para 10
de agosto de 2007 pela Resolução Conjunta SF-PGE nº 4,
de 03-8-07, fica prorrogado para 31 de agosto de 2007.
Artigo 2º - A segunda parcela dos parcelamentos de que
trata o artigo 1º poderá ser paga por meio de gare
emitida por meio do endereço eletrônico: www.ppidoicms.sp.gov.br,
até o dia 31 de agosto de 2007.
Parágrafo único - As parcelas subseqüentes à segunda,
deverão ser pagas, obrigatoriamente, por meio de débito
em conta corrente.
Artigo 3° - Em caráter excepcional, a data final para
recolhimento das gares relativas às adesões ao Programa
de Parcelamento Incentivado realizadas na segunda
quinzena do mês de julho, com vencimento previsto para
10 de agosto de 2007, fica prorrogada para 31 de agosto
de 2007.
Artigo 4º - A segunda parcela dos parcelamentos de que
trata o artigo 3º poderá ser paga por meio de gare
emitida por meio do endereço eletrônico: www.ppidoicms.sp.gov.br,
até o dia 10 de setembro de 2007.
Artigo 5º - Em caráter excepcional, a data final para
recolhimento das gares relativas às adesões ao Programa
de parcelamento Incentivado realizadas na primeira
quinzena do mês de agosto, com vencimento previsto para
25 de agosto de 2007, fica prorrogada para 31 de agosto
de 2007.
Artigo 6º - A segunda parcela dos parcelamentos de que
trata o artigo 5º deverá ser paga por meio de débito em
conta corrente, na data do respectivo vencimento.
Artigo 7º - Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Fonte: D.O.E. Executivo I de 24/08/2007, publicado em
Procuradoria Geral do Estado – Gabinete do
Procurador-Geral
Justiça antecipa precatórios de doentes graves
Tribunal de SP tem ordenado que paciente fure fila para
receber dívidas do governo; espera normal dura anos
Ricardo Westin
Desde
agosto do ano passado, 14 pessoas no Estado de São Paulo
ganharam, por ordem da Justiça, o direito de furar a
longa e demorada fila dos precatórios e, assim, receber
imediatamente o dinheiro que o governo de São Paulo lhes
deve. As dívidas são, em média, de R$ 50 mil. Além de
credoras do Estado, essas 14 pessoas têm em comum o fato
de serem idosas e sofrerem de graves problemas de saúde.
Precatórios são dívidas que o poder público tem de pagar
após a questão ter sido julgada em definitivo pela
Justiça. Como existe uma quantidade imensa desses papéis
a serem pagos, a fila é grande. Os pagamentos são feitos
em ordem cronológica. Em São Paulo, a quitação de um precatório não ocorre em menos de dez anos.
Iniciando uma nova tendência, o Tribunal de Justiça (TJ)
de São Paulo tem entendido que o pagamento dos
precatórios deve ser adiantado quando o dinheiro tiver
como finalidade tratamentos urgentes e caros. Doentes de
câncer são os que mais têm recorrido e obtido liminares
(decisões imediatas e provisórias, até o julgamento do
mérito) favoráveis. Há ainda casos de mal de Parkinson e
doenças graves do coração. A última liminar foi dada
anteontem.
“O
governo é bem eficiente na hora de cobrar taxas e
impostos, mas é péssimo na hora de pagar o que deve”,
critica José Carlos de Almeida, de 76 anos, um dos
beneficiados pelas liminares do TJ. Almeida é servidor
estadual aposentado. Seu precatório tem como objetivo
compensar uma gratificação salarial que ele não recebia
quando trabalhava. Para se tratar de um câncer de
próstata, teve até de “vender propriedades”. Hoje toma
12 diferentes remédios por dia e gasta mais de R$ 1 mil
por mês. O dinheiro do precatório deve chegar nas
próximas semanas.
O
presidente do TJ, desembargador Celso Limongi, esclarece
que pedidos parecidos são recusados pelo tribunal. “É
tudo feito com parcimônia. Analisamos caso a caso.
Existem situações dramáticas, em que não se pode
aguardar muito tempo. Mas existem situações que não são
assim”, diz.
O
Supremo Tribunal Federal (STF) tem a mesma visão. No ano
passado, o governo paulista recorreu de uma liminar em
que o TJ havia ordenado o pagamento antecipado de um
precatório. A mais alta corte do País manteve a decisão
do TJ.
Também no ano passado, o mesmo STF rejeitou um recurso
do governo da Paraíba. O TJ paraibano havia ordenado o
seqüestro de verbas do governo para a quitação do
precatório de uma mulher que sofria de uma doença grave
e incurável.
O
Estado procurou a Procuradoria Geral de São Paulo no
final da tarde de ontem para comentar as liminares, mas
não obteve resposta.
DIGNIDADE
Não
existe lei que diga que pessoas idosas ou com doenças
graves têm preferência no pagamento dos precatórios. Em
seus julgamentos, a Justiça se baseia no primeiro artigo
da Constituição, que, genericamente, diz que um dos
fundamentos do Brasil é “a dignidade da pessoa humana”.
“São decisões humanitárias”, explica o advogado Ricardo
Falleiros Lebrão, que obteve liminares favoráveis a
quatro clientes.
Mais
ações devem ser julgadas logo pelo TJ paulista. A
advogada Daniela Barreiro Barbosa, por exemplo, aguarda
decisões sobre dois clientes - ambos idosos com câncer.
Essa
tendência lembra a onda de ações judiciais em que
pacientes exigem dos Estados remédios importados e caros
não disponíveis na rede pública de saúde. Há, porém, uma
diferença importante entre os dois casos, segundo o
presidente do TJ de São Paulo. “Não estamos criando um
crédito. Ele já existe”, explica Celso Limongi.
Fonte: O Estado de S. Paulo, de 24/08/2007
60 mil morreram sem receber
Como
o pagamento dos precatórios é feito na ordem
cronológica, pessoas que tiveram decisões judiciais
favoráveis no Estado de São Paulo em 1998 estão
recebendo suas dívidas só agora. Por causa dessa longa e
demorada fila, cerca de 60 mil pessoas já morreram sem
receber a dívida, segundo um relatório divulgado pela
Advocacia Sandoval Filho.
“O
poder público trata o credor de modo humilhante”, afirma
o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Celso
Limongi. “É uma verdadeira agressão aos direitos
humanos”, diz Flávio Brando, da seccional paulista da
Ordem dos Advogados do Brasil.
O
chamado precatório alimentar se refere a salários,
pensões e aposentadorias de funcionários públicos. Pela
lei, só recebem rapidamente as pessoas a quem o governo
deve até R$ 15,8 mil.
A
dívida de São Paulo em precatórios alimentares soma
quase R$ 10 bilhões.
Fonte: O Estado de S. Paulo, de 24/08/2007
O Globo capta conversa de ministros do Supremo
O
jornal O Globo publica nesta quinta-feira (23/8) trechos
de mensagens trocadas entre os ministros do Supremo
Tribunal Federal Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski,
durante o julgamento do mensalão. Os ministros trocam
impressões sobre a sustentação do procurador-geral da
República, Antonio Fernando Souza, e discutem outros
aspectos do processo.
Na
conversa, travada pela intranet do tribunal e captada
pelo fotógrafo Roberto Stuckert Filho, os ministros
falam também sobre a indicação do novo ministro do STF,
que ocupará a vaga de Pertence, e sobre se deve ser
aceita ou rejeitada a acusação de co-autoria em peculato
contra acusados que não são funcionários públicos. Entre
eles estão Silvio Pereira, Delúbio Soares, Marcos
Valério e José Genoino.
De
acordo com a reportagem do Globo, separados por três
metros, Cármen e Lewandowski comentam a sustentação do
procurador: “Ele está — corretamente — ‘jogando para a
platéia’”, escreve Lewandowski. “É, e tentativa de
mostrar os fatos e amarrar as situações para explicar o
que a denúncia não explicou”, diz Cármen.
Ricardo Lewandowski afirma que “impressiona a
sustentação do PGR”. A ministra sugere uma reunião com
assessores dos dois gabinetes. Os ministros comentam
sobre as em relação ao crime de peculato — uso de cargo
público para apropriação ilegal de recursos ou bens.
Lewandowski não está seguro se o crime pode ser imputado
aos que não ocupavam cargo público à época. A denúncia
pede que eles sejam processados como co-autores.“Minha
dúvida é quanto ao peculato em co-autoria ou
participação, mesmo para aqueles que não são
funcionários públicos ou não tinham a posse direta do
dinheiro”, diz Lewandowski.
Na
troca de mensagens, a ministra Cármen Lúcia comenta com
Lewandowski a posição de Eros Grau. “O Cupido (sentado
ao lado da ministra estava Eros Grau) acaba de afirmar
aqui do lado que não vai aceitar nada (ilegível)”.
Na
noite de quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal emitiu
nota em que proibia a presença de fotógrafos no
plenário, durante o julgamento. E informava que as fotos
seriam fornecidas pela assessoria do tribunal. Contudo,
o tribunal voltou atrás na decisão e permitiu a presença
de fotógrafos.
Veja
trechos das conversas captadas pelo jornal
“A
sustentação do PGR impressiona”: Os ministros Ricardo
Lewandowski e Cármen Lúcia conversam por computador
durante a exposição do procurador-geral da República,
Antônio Fernando de Souza. Os dois concluem que a
sustentação do procurador impressiona, corrigindo as
falhas na denúncia. E marcam um encontro.
11:57: Lewandowski: Coerência é tudo na vida!
12:04: Cármen Lúcia: Lewandowski, conforme lhe disse ele
está começando pelo final, indicando os fatos de trás
para frente...
12:06
Lewandowski: tem razão, mas isso não afasta as minhas
convicções com relação aqueles pontos sobre os quais
conversamos. Ele está — corretamente — “jogando para
platéia”
12:07
Cármen Lúcia: é, e é tentativa de mostrar os fatos e
amarrar as situações para explicar o que a denúncia não
explicou...
12:08
Lewandowski: tem razão, trata-se de suprir falas (sic)
“posteriori”
12:08
Cármen Lúcia: é isso
12:43
Lewandowski: Cármem: impressiona a situação do PGR
12:45
Cármen Lúcia: Muito, acho que seria conveniente — pelo
menos para mim— que a gente se encontrasse no final do
dia talvez com os meus meninos e o Davi ainda que
durante meia hora. Eles estão ouvindo e poderíamos
ouvi-los para ver o sentimento que, dominando-os, estão
dominando toda a comunidade. Não sei, é como você disse,
todo mundo vai estar cansado. Mas acho que seria muito
conviniente.
12:45
Lewandowski: Cármen: a sustentação do PGR impressiona
12:46
Lewandowski: Cármen, não sei não, mas mudar à última
hora é complicado. Eu, de qualquer maneira, vou ter de
varar a noite. Mas acho que podemos bater um papo aqui
mesmo... Minha dúvida é quanto ao peculato com
co-autoria ou participação, mesmo para aqueles que não
são funcionários públicos ou não tinham a posse direita
do dinheiro.
12:48
Cármen Lúcia: Exatamente, também acho que há
dificuldade, mas não dá mais para o que eu cogitei e lhe
falei.... realmente, ou fica todo mundo ou sai todo
mundo...
Cármen Lúcia manda mensagem para Eduardo Silva Toledo
(assessor de Pertence)
ármen
Lúcia: Dudu, como estão as coisas aí?
Eduardo: Está tudo bem. Estamos tentando conseguir o
voto do ministro Peluso no HC 84223. A taquigrafia não
tem o voto e, se a senhora entender conveniente, podemos
pedir no gabinete do ministro (ilegível) de qualquer
maneira, já temos o áudio.
“Vamos ficar firmes”: Lewandowski conversa com assessor
Davi de Paiva Costa. Volta a dizer que o procurador o
impressiona e se mostra em dúvida sobre a decisão tomada
anteriormente de não aceitar a acusação de peculato
contra denunciados não eram funcionários públicos à
época ou não eram donos do dinheiro que circulou pelo
valerioduto. Mas decide não fazer qualquer alteração.
12:27
Lewandowski: Davi, a imputação da infração do artigo1º,
VII, lavagem de dinheiro oriundo do crime praticado por
organização criminosa, creio que poderá subsistir.
Verifique por favor.
12:40
Lewandowski: Davi, se você tiver algum material, por
favor mande-me depois do almoço, colocando-o no pen
drive que eu vou lhe mandar. Vou trabalhar durante as
sustentações orais, à tarde e à noite à medida que você
for coletando o material vai me mandando. Grato.
12:41
Davi: de acordo, ministro
12:51
Lewandowski: Davi, a sustentação do PGR impressiona.
Você continua achando que a acusação de peculato não se
sustenta contra aqueles que não são funcionários
públicos e não tinham a posse direta do dinheiro, mesmo
em co-autoria?
12:52
Davi: minha impressão é que não há provas nos autos de
autoria intelectual. Posso, porém, minutar o voto em
sentido contrário...
12:52
Lewandowski: Não, vamos ficar firmes nesse aspecto.
Manifestei apenas uma dúvida.
Eram
quase 16 horas quando Lewandowski manda mensagem para
Cármen Lúcia. Falam da nomeação do próximo ministro do
STF, que possivelmente será o ministro do STJ Carlos
Alberto Direito.
15:45
Cármen Lúcia: Lewandowski, uma pessoa do STJ (depois lhe
nomeio) ligou e disse (...) para me dar a notícia do
nomeado (não em nome dele, como é óbvio) (...) mas a
resposta foi que lá estão dizendo que os atos sairiam
casados (aposent. e nom.) e que haveria uma (...) de
posse na sala da Professora e, depois, uma festa formal
por causa (...) Ela (a que telefonou) é casada com
alguém influente.
Lewandowski: Que loucura então comigo foi jogo de cena,
comenta ele (...)
Lewandowski: Cármen, se acontecer o tal jantar, então,
será só para tomar um bom vinho pois pelo jeito nós não
somos interlocutores de peso.
Cármen Lúcia: De peso físico não, mas de peso funcional
(especialmente pela perspectiva) deveriam nos respeitar
um pouco mais... O Cupido (sentado ao lado da ministra
estava o ministro Eros Grau) acaba de afirmar aqui do
lado que não vai aceitar nada (ilegível)
Lewandowski: Desculpe, mas estou na mesma, será que
estamos falando da mesma coisa?
Cármen Lúcia: vou repetir: me foi dito pelo Cupido que
vai votar pela não recebimento da den. Entendeu?
Lewandowski: Ah, agora sim. Isso só corrobora que houve
uma troca. Isso quer dizer que o resultado desse
julgamento era realmente importante (cai a conexão)
Cármen Lúcia: e quando eu disse isso a você, há duas
semanas, v. disse que o Reitor não poderia estar dando
(...)
Lewandowski: Interessante, não foi a impressão que tive
na semana passada. Sabia que a coisa era importante, mas
não que valia tanto.
Lewandowski: Bem, então é aderir ao ditado: “morto o
rei, via o rei”!
Cármen Lúcia: Não sei, Lewandowski, temos ainda três
anos de “domínio possível do grupo”, estamos com
problema na turma por causa do novo chefe, vai ficar
(ilegível) e não apenas para mim e para v.
principalmente para mim, mas também acho, para os outros
(Carlos e J.). Esse vai dar um salto social agora com
esse julgamento e o Carlinhos está em lua-de-mel com os
dois aqui do lado.
Cármen Lúcia: não liga para a minha casmurrice, é que
estou muito amolada por ter acontecido (ilegível)
passados para trás e tratados com pouco caso. Depois
passa.
Fonte: Conjur, de 24/08/2007
SP economizará R$ 60 milhões
Balanço indica corte de 4,2 mil cargos de confiança
Elizabeth Lopes
O
governo do Estado de São Paulo terá uma redução de
gastos de mais de R$ 60 milhões ao ano com a extinção de
cargos comissionados desde o início do ano. Balanço da
Secretaria de Gestão Pública, obtido com exclusividade
pela Agência Estado, mostra que de janeiro até julho o
governo paulista enxugou 4,2 mil cargos de confiança da
administração direta e autarquias, com uma economia
mensal da ordem de R$ 5,4 milhões.
“Estamos avançando na meta de melhorar a qualidade dos
gastos e promover a eficiência na gestão da máquina
pública”, afirmou o secretário estadual de Gestão
Pública, Sidney Beraldo. Segundo ele, a medida vai muito
além da simples redução desses cargos.
“Ao
mesmo tempo, estamos promovendo uma política pública de
resultados, investindo na qualidade do funcionalismo e
instituindo novas carreiras, como a de especialista em
políticas públicas e a de especialista em planejamento e
orçamento”, emendou.
Para
o secretário de Gestão Pública, é fundamental que a
população possa contar com um funcionalismo de qualidade
e uma máquina pública mais enxuta, que funcione
efetivamente. “Ao contrário do governo federal, que vem
inchando a máquina pública e aumentando os gastos, o
Executivo paulista vem mostrando, na prática, que é
possível melhorar a eficiência da máquina e promover
serviços de qualidade à população.”
DECRETOS
A
determinação de reduzir as despesas da máquina com o
enxugamento dos cargos comissionados faz parte do elenco
de decretos divulgados pelo governador José Serra
(PSDB), na ocasião de sua posse no Palácio dos
Bandeirantes, em janeiro.
De
acordo com o decreto 51.472, de 2 de janeiro, alterado
pelo decreto 51.748, de 12 de abril, a meta de redução
das despesas com cargos em comissão ou funções de
confiança é de 15% . A ressalva é que a medida não se
aplica aos quadros funcionais das seguintes
universidades: USP, Unicamp e Unesp.
De
acordo com Beraldo, a meta de redução das despesas em
15% está próxima de ser atingida, pois no balanço de
julho a economia alcançada foi de 13,3%.
Em
janeiro deste ano, do total de 13.946 cargos existentes
na administração direta, 3.053 foram reduzidos, gerando
uma economia de R$ 4,25 milhões, e do total de 9.034
cargos das autarquias, 1.165 foram extintos, com uma
economia de R$ 1,2 milhão.
Uma
das áreas que registrou a maior redução de cargos de
confiança foi a do Trabalho. Em contrapartida, áreas
consideradas essenciais, como Saúde, Segurança e
Educação, foram menos afetadas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, de 24/08/2007
Serra prepara retomada de privatizações
Governo já autorizou licitação para contratar empresa
que ajudará a determinar tudo que será posto à venda
Silvia Amorim
O
governo José Serra (PSDB) avançou mais um passo, nesta
semana, para a retomada do plano de privatizações do
Estado. Foi aberta, na terça-feira, licitação para
contratar a empresa que fará uma varredura nas
participações acionárias da administração nas empresas
estaduais. O governador quer saber quanto valem essas
ações no mercado para decidir quais e quantas colocará à
venda.
O
levantamento será feito em todas as empresas estaduais,
mas a menina dos olhos do governo é a Companhia
Energética de São Paulo (Cesp). Incluída no Programa do
Estado de Desestatização (PED) há dez anos, é a maior
empresa de geração de energia do Estado e a terceira do
País. Estima-se que a participação do governo, que detém
cerca de 33% do capital da companhia, seja de cerca de
R$ 3 bilhões.
A
venda de ações é um dos canais cogitados por Serra para
alavancar recursos, ampliar a capacidade de investimento
do Estado e tirar do papel suas promessas de campanha.
No Orçamento deste ano, está prevista a entrada de R$
1,4 bilhão nos cofres estaduais com a venda de
patrimônio, entre imóveis e ações.
A
previsão é de que até o fim do ano esteja concluído o
levantamento. Além dos valores das ações, o governo pede
ainda que a empresa vencedora apresente proposta dos
modelos mais vantajosos para a venda dos ativos.
A
movimentação de Serra para reativar as privatizações no
Estado começou em abril, com a publicação de um decreto
que repassou à Secretaria da Fazenda a responsabilidade
pelo levantamento de informações sobre os ativos
mobiliários do Estado. A pasta não se pronunciou sobre a
licitação.
A
pesquisa de todas as participações acionárias, com
identificação do número, espécie e classe de ações
detidas pelo Estado, já foi realizada pelo Conselho de
Defesa dos Capitais do Estado (Codec). Os dados servirão
como base para a atualização monetária a ser feita agora
por uma consultoria externa.
DÍVIDA PÚBLICA
O PED
foi criado na gestão Mario Covas (PSDB) e tinha como
principal objetivo arrecadar dinheiro para abater a
dívida pública do Estado, que passava por uma dramática
situação financeira. É hoje o maior programa de
desestatização entre os Estados, só perdendo para o
programa da União.
As
primeiras vendas foram em 1997, com a alienação de cotas
da Sabesp, Elektro e Eletropaulo e a privatização da
Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). No ano
seguinte, foi a vez das concessões de rodovias a
empresas privadas. Em 1999, a privatização da Comgás, da
CESP Paranapanema e da CESP Tietê deram seqüência ao
processo de venda de patrimônio.
Entre
1995 e 2000, o PED garantiu R$ 32,9 bilhões aos cofres
do Estado.
O
segundo ciclo de privatizações, já no governo Geraldo
Alckmin (PSDB), é inaugurado em 2002, com a alienação de
ações da Sabesp, a privatização da Companhia de
Transmissão de Energia Elétrica (CTEEP) e a privatização
da Nossa Caixa e suas subsidiárias.
O
maior interesse do Estado, entretanto, era a Cesp.
Afundada em dívidas, a empresa passou por uma ampla
reestruturação financeira com o objetivo de prepará-la
para a venda.
Após
uma capitalização de R$ 5,5 bilhões, que incluiu emissão
de ações e injeção de recursos pelo governo obtidos com
a venda da Cteep, a companhia conseguiu reduzir sua
dívida. Hoje a avaliação é de que está pronta para ser
vendida.
Fonte: O Estado de S. Paulo, de 24/08/2007