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Livro traz trabalho de procuradores desde a corte portuguesa

 

O escritor Machado de Assis, o historiador Raymundo Faoro e o político Ulysses Guimarães têm em comum uma passagem pouco explorada em suas biografias: o fato de terem sido, um dia, advogados públicos a serviço dos interesses do Estado.

 

No livro "Advocacia Pública -Apontamentos sobre a História da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo", com lançamento marcado para o dia 30, Cássio Schubsky relembra essas passagens na vida dos personagens e organiza, em ordem cronológica, a história do trabalho dos procuradores do Brasil e, em especial, de São Paulo, partindo das origens da carreira na corte portuguesa até chegar às atribuições atuais.

 

Os procuradores são advogados do poder público. Dão pareceres sobre projetos a serem enviados para o Legislativo, manifestam-se sobre a legalidade dos atos da administração, defendem o Estado em ações na Justiça e investigam desvios internos de verbas no Executivo. Só no governo de São Paulo, há quase 900 profissionais nessa função.

 

O resgate proposto pelo livro não se limita aos relatos de dezenas de personalidades vivas que passaram pelo órgão. Há reproduções de documentos históricos, como o subscrito em 1825 pelo procurador da Coroa e da Fazenda, além de fotos do mobiliário centenário da procuradoria -alguns dos móveis e objetos estão no prédio onde hoje funciona a Defensoria Pública; outros estão em museus.

 

Constrangimentos

 

O livro lembra momentos críticos protagonizados por procuradores. Situações em que aqueles que se dedicavam a defender os interesses de um Poder eram postos na parede pelo próprio Poder.

 

Num dos capítulos, Schubsky cita o caso do procurador fiscal Odilon Cezar Nogueira, que, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), transformou-se numa vítima do autoritarismo. Foi obrigado a declarar "que jamais se manifestou contra o atual governo do Estado; que nunca conversou sobre a atuação do senhor Interventor Federal, a quem não conhece pessoalmente".

 

Em seguida, conta o autor, Nogueira praticamente se obriga a elogiar a Carta que ditava as leis na ditadura Vargas, mas à sua maneira.

"Respondeu que só conhece a Constituição de 10 de novembro [de 1937] através da parte concernente a impostos, funcionalismo público e outros assuntos a que possa se interessar por efeito de seu cargo (...), que a parte da Constituição concernente a funcionários públicos e impostos, no parecer do declarante, contém coisas muito acertadas", diz o relatório da polícia política da época.

 

O livro "Advocacia Pública -Apontamentos sobre a História da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo" foi editado pela Imprensa Oficial.

O lançamento, no dia 30 deste mês, será no Auditório do Centro Sociocultural da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo, às 19 horas, com a presença do atual procurador-geral do Estado, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo.

 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 21/03/2009

 

 

 

PGE de São Paulo conta a sua história em livro

 

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo lança, na próxima semana, um livro que promete recuperar toda a sua longa história — são mais de 100 anos de atuação dos procuradores no estado. O livro Advocacia Pública — Apontamentos sobre a História da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo é resultado de mais de um ano de trabalho de pesquisa do historiador Cássio Schubsky.

 

O lançamento deste trabalho idealizado pelo procurador-geral Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo acontece na segunda-feira (30/3), às 19 horas, no Auditório do Centro Sociocultural da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (Apesp), na rua Tuim, 932, Moema, São Paulo (www.apesp.org.br). No dia do lançamento, serão distribuídos exemplares para quem estiver presente. Depois, o livro poderá ser comprado por R$ 50 no site da Imprensa Oficial (clique aqui), que cuidou da impressão da obra. A tiragem é de 4 mil exemplares.

 

Há mais de 100 anos, os procuradores atuam em defesa do estado de São Paulo. A cobrança da dívida ativa já era uma preocupação antes de 1893, ano em o Legislativo paulista editou a Lei estadual 175, declarando o procurador fiscal e os seus auxiliares como representantes da Fazenda na Justiça. A partir daí, a atuação dos procuradores ganhou maior diversidade no estado.

 

Já em 1947, o então secretário de Justiça, Miguel Reale, pensou que era preciso centralizar a atuação dos procuradores, especializados em setores diferentes da defesa do estado de São Paulo. Criou o Departamento Jurídico de Estado, ligado à Secretaria de Justiça, considerado o embrião da Procuradoria-Geral do Estado. Vinte anos depois, a Constituição Estadual tratou pela primeira vez do órgão que passaria a se chamar PGE ao invés de Departamento Jurídico.

 

A Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado data de 1974, ano em que a instituição de fato passou a ter este nome e centralizou a atuação dos defensores em todo o estado de São Paulo. Toda essa história faz parte do livro, que também faz homenagens póstumas a célebres integrantes da PGE, como o ex-governador do estado André Franco Montoro e o presidente da Assembleia Nacional Constituinte e deputado Ulisses Guimarães.

 

“O livro reproduz, de uma maneira bastante gostosa de ler, pontos importantes da nossa história, resgatando aspectos importantes. A Procuradoria exerce uma função fundamental para a administração pública, para a Justiça. Por isso, temos a obrigação de prestar contas para a sociedade de São Paulo daquilo tudo que foi feito ao longo destes anos”, declarou à Consultor Jurídico, Marcos Nusdeo.

 

Fonte: Conjur, de 23/03/2009

 

 

 

 

Aberta consulta pública sobre concurso para juiz

 

O Conselho Nacional de Justiça abriu, nesta segunda-feira (23/3), uma consulta pública sobre os concursos públicos para o ingresso de juízes. Até o dia 7 de abril, os interessados poderão encaminhar críticas e sugestões ao endereço eletrônico consultapublica@cnj.jus.br.

 

Dentro de 60 dias, uma resolução vai mudar os critérios de concurso para juiz. A proposta visa padronizar as etapas e os programas dos concursos nos 66 tribunais do país. Para o conselheiro João Oreste Dalazen, que apresentou a proposta, o atual sistema é inadequado do ponto de vista de seleção, com procedimentos e critérios distintos em cada tribunal.

 

Pela proposta, o concurso será feito em seis etapas, que incluem avaliações escrita e oral, exames de sanidade física e mental e psicotécnico, sindicância sobre a vida social do candidato, análise dos títulos acumulados e frequência obrigatória em curso de seis meses de preparação para os candidatos com prova eliminatória ao final. Para ser aprovado, o candidato tem de obter uma média mínima de 6 pontos.

 

Dalazen, que é vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, informou que o CNJ estuda a possibilidade de oferecer aos candidatos do curso, uma bolsa de estudo no valor de 50% do subsídio do juiz. “Precisamos pensar como vamos criar essa despesa”, explicou. Ele afirmou, ainda, que 5% das vagas terão obrigatoriamente de ser reservadas a candidatos com necessidades especiais.

 

A preocupação do CNJ é que o candidato não tenha apenas conhecimento técnico, mas formação humanística e conhecimentos em gestão e administração. Dalazen considera importante a experiência em gestão e administração. “O juiz terá de gerir a própria vara e, no futuro, poderá ser chamado a presidir um tribunal”, constata.

 

Noções de filosofia, diplomacia e até contato com os meios de comunicação devem estar incluídas, segundo o conselheiro. "É preciso cobrar do juiz uma base filosófica mínima para que ele revele sensibilidade, além de conhecimentos sobre códigos e leis", afirmou.

 

A ideia é padronizar as normas e os critérios. “Não há segurança que iremos selecionar os melhores, mas queremos evitar, selecionar os piores”, afirma Dalazen. Ele espera que o CNJ receba muitas propostas e sugestões a partir do primeiro dia de consulta pública. “Queremos selecionar pessoas que sejam bem qualificadas do ponto de vista técnico, mas também vocacionadas e comprometidas com o Poder Judiciário e a magistratura”, diz. *Com informações da Assessoria de Imprensa do Conselho Nacional de Justiça.

 

Leia a proposta

 

PROPOSTA DE REGULAMENTAÇÃO SOBRE CONCURSOS PÚBLICOS PARA INGRESSO NA MAGISTRATURA

 

O PRESIDENTE DA "COMISSÃO DE PRERROGATIVAS NA CARREIRA DA MAGISTRATURA" DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, nos termos de decisão plenária proferida em 17/3/2009 e no uso das atribuições que lhe confere o art. 26 do Regimento Interno,

 

CONSIDERANDO a imperativa necessidade de uniformizar os critérios e procedimentos diversificados por que se pautam atualmente os Tribunais brasileiros ao regulamentarem o concurso público para ingresso na carreira da magistratura;

 

CONSIDERANDO a inadequação da regulamentação de alguns Tribunais, o que tem concorrido para impugnações constantes na esfera administrativa e/ou jurisdicional, acarretando o retardamento do certame;

 

CONSIDERANDO a conveniência de aprimorar-se o sistema brasileiro de ingresso na carreira da magistratura, a fim de propiciar ao Poder Judiciário nacional cumprir com maior eficiência as graves responsabilidades e os imensos desafios que lhe estão confiados; disponibiliza, a quem possa interessar, para consulta pública, a íntegra da proposta de Resolução em discussão no Conselho Nacional de Justiça destinada a regulamentar todos os concursos públicos para ingresso na carreira da magistratura.

 

O período de consulta pública estender-se-á de 23 de março de 2009 a 07 de abril de 2009, durante o qual o qual os interessados poderão encaminhar críticas e/ou sugestões dirigidas ao endereço eletrônico consultapublica@cnj.jus.br.

 

Ministro JOÃO ORESTE DALAZEN

 

Conselheiro Presidente da Comissão

 

Fonte: Conjur, de 23/03/2009

 

 

 

 

Novo chefe da Polícia quis sair na greve

 

A escolha de Domingos de Paulo Neto como novo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo preencheu três requisitos: um homem sem manchas na carreira, alguém capaz de dialogar com as entidades de classe da Polícia Civil e um policial adepto do uso da inteligência, do trabalho de informações para a resolução de crimes. A nomeação de Domingos, como é conhecido pelos colegas, foi anunciada ontem pelo secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto, que manteve Celso Perioli como superintendente de Polícia Técnico Científica.

 

"O desafio é grande, mas a equipe é boa. Espero contar com a união da Polícia Civil", disse ontem o novo delegado-geral. Domingos se disse surpreso. Após receber o convite oficial, ele e o secretário foram ao gabinete do atual delegado-geral, Maurício Lemos Freire, para contar a decisão. Freire levou os dois ao Conselho da Polícia Civil, para que os diretores fossem informados.

 

Domingos não quis adiantar quais serão as suas prioridades, mas lembrou a redução de 71% dos homicídios na capital entre 1999 e 2008 como um exemplo. O novo delegado-geral foi um dos responsáveis pela política que levou à redução desse crime. Domingos foi nomeado diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 2001. Criou o Plano de Combate a Homicídios, que deu ênfase à captura de acusados de assassinatos e não só ao indiciamento dos autores dos crimes nos inquéritos. Remodelou e ampliou o setor de inteligência policial para melhorar a prova que seria entregue à promotoria.

 

DEMISSÃO

 

Em 2007, Domingos assumiu o Departamento de Inteligência Policial (Dipol). Estava encarregado de um plano de mudança das funções do investigador de polícia para melhorar o atendimento da população nos plantões policiais, quando começou a greve da Polícia Civil. Entre seus subordinados estava o delegado Sérgio Roque, presidente da Associação dos Delegados de Polícia.

 

Em meio à greve, Domingos recebeu a ordem de transferir o delegado Roque. O então diretor do Dipol apresentou seu pedido de demissão. Domingos, que já havia sido alvo de perseguição por causa de suas posições em defesa da instituição no governo de Luiz Antônio Fleury Filho, se recusou a permanecer no cargo. "Não podia haver melhor escolha. Quem vai ganhar é a população de São Paulo. O Domingos é um delegado capaz e já deu provas disso, quando conseguiu reduzir os homicídios. A classe está radiante com a escolha", afirmou Roque.

 

Fonte: Estado de S. Paulo, de 24/03/2009

 

 

 

 

Comunicado do Conselho da PGE

 

Extrato da Ata da 10ª Sessão Ordinária-Biênio 2009/2010

 

Data da Realização: 20/03/2009

 

Processo: Gdoc 18575-64942/2009

Interessado: Secretaria Municipal de Segurança Urbana

Localidade: São Paulo

 

Assunto: Afastamento da Procuradora do Estado Drª. Ana Sofia Schmidt de Oliveira Para, Sem Prejuízo dos Vencimentos e das Demais Vantagens Pecuniárias, Exercer o Cargo de

Secretária Adjunta na Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

 

Relator: Conselheiro Rogério Pereira da Silva.

 

Deliberação CPGE n.º 019/03/2009: por maioria de votos, vencidos os Conselheiros José Renato Ferreira Pires, Fernando Franco, Daniel Smolentzov, Nilson Berenchtein Júnior, Antonio

Augusto Bennini e Marcelo de Carvalho, o Conselho não autorizou o afastamento da Procuradora do Estado Drª. Ana Sofia Schmidt de Oliveira para, sem prejuízo dos vencimentos e das demais vantagens pecuniárias, exercer o cargo de Secretária Adjunta na Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

 

Processo: Godc 18575-173596/2009

 

Interessado: Eliana Maria Barbieri Bertachini

Localidade: São Paulo

 

Assunto: Requer afastamento para, sem prejuízo de seus vencimentos, no período de 25 a 28 de março de 2009, participar da 1ª Reunião Plenária de 2009 da Associação Nacional de Presidentes de Juntas Comerciais - Anprej e Reuniões Paralelas de Procuradores Regionais e Secretários Gerais, em Belo Horizonte/MG. Esclarece que as despesas serão suportadas pela

Junta Comercial de São Paulo.

 

Relatora: Conselheira Maria Christina Tibiriçá Bahbouth.

 

Deliberação CPGE n.º 020/03/2009: o Conselho deliberou, por unanimidade, nos termos do voto da Relatora, opinar favoravelmente ao afastamento, nos termos do requerido pela interessada.

 

Processo: GDOC n.º 18578-76706/2009

Interessado: Procuradoria Judicial

 

Assunto: XXXII Concurso de Estagiários

 

Relator: Conselheiro Ary Eduardo Porto

Deliberação CPGE nº. 021/03/2009: o Conselho deliberou, por unanimidade, nos termos do voto do relator, homologar a lista de aprovados no concurso de estagiários realizado pela Unidade, autorizando-se o credenciamento dos aprovados de acordo com a lista classificatória e o número de vagas em aberto.

 

Processo: Gdoc N.º 18575-55644/2009

Interessado:Conselho da Procuradoria Geral do Estado

Localidade: São Paulo

 

Assunto: Concurso de Promoção - Reclamação Contra a Lista de Antiguidade Publicada no Doe de 24/01/2009.

 

Deliberação CPGE nº. 022/03/2009: o Conselho, por votação unânime, deliberou julgar prejudicado os recursos apresentados e determinar a republicação, de ofício, da lista de antiguidade seguindo os critérios do Parecer PA n.º 30/2009.

 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 24/03/2009