Ontem foi
aprovada a criação de 1.300 cargos; hoje devem ser
votadas três propostas de aumento salarial
A Assembléia
Legislativa deverá aprovar, em dois dias, projetos que
representam um gasto adicional de pelo menos R$ 80
milhões para os cofres do Estado de São Paulo no ano que
vem. Um deles -criando 1.300 cargos de especialistas em
políticas públicas e analistas em planejamento- já foi
aprovado na noite de ontem.
Como a
estimativa é de contratação de 400 funcionários no
primeiro ano, a previsão de gastos para 2008 é de
aproximadamente R$ 19 milhões.
Segundo acordo
de líderes fechado ontem, os deputados deverão aprovar
hoje três projetos, apresentados à revelia do Executivo,
que definem reajustes salariais para membros do
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria -só o
do Judiciário terá um impacto anual de cerca de R$ 60
milhões.
"O governo teria
que pagar isso de qualquer jeito", afirmou o líder do
governo Serra na Assembléia, Barros Munhoz (PSDB). As
três propostas extinguem adicionais pagos aos servidores
e ajustam os salários ao que determina o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça).
No caso do
Tribunal de Justiça e do Ministério Público os
vencimentos iniciais dos magistrados e dos promotores
passarão de R$ 10,8 mil para R$ 16 mil por mês. O teto,
que é pago aos desembargadores e procuradores, será de
R$ 22,2 mil, o que corresponde a 90,25% do que recebe um
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Outros dois
projetos que serão analisados hoje pelos deputados
estaduais se referem à Defensoria Pública.
Um reajusta os
subsídios dos defensores e procuradores da Defensoria. O
piso passará a ser R$ 5 mil e o teto de R$ 13,9 mil. O
outro cria o Fundep (Fundo da Defensoria Pública).
Custo mensal de
novas carreiras será de R$ 1,6 mi
O governo de São
Paulo abrirá concurso no primeiro semestre do ano que
vem para a contratação de 400 especialistas em políticas
públicas e analistas em planejamento, com o salário
inicial de R$ 3.800. A criação das duas novas carreiras
foi aprovada ontem pela Alesp.
Segundo o
secretário de Gestão, Sidney Beraldo, a medida
representará um gasto mensal extra de R$ 1,6 milhão. Os
concursados passarão por um curso de seis meses de
capacitação antes de assumir seus postos.
A partir de
2009, o governo contratará outros 100 especialistas por
ano, até que sejam completadas as 1.300 vagas
autorizadas pela Alesp.
Com isso, a
idéia é evitar grande fluxo de aposentadorias num único
ano.
Apesar das
despesas com a criação das duas novas carreiras, Beraldo
alega que os técnicos "trabalharão para melhor
eficiência e controle dos gastos do Estado".
Fonte: Folha de S. Paulo, de
19/12/2007
Serra consegue aprovar criação de 1.300 cargos
Sessão da
Assembléia foi tumultuada, mas governistas garantiram
maioria; custo será de R$ 64,2 milhões
Em sessão
tumultuada na Assembléia Legislativa de São Paulo, o
governador José Serra (PSDB) conseguiu aprovar ontem à
noite a criação de 1.300 cargos efetivos de técnicos em
planejamento, orçamento e políticas públicas para as
Secretarias de Gestão Pública, Fazenda e Planejamento.
Com salário inicial de R$ 3.800, podendo chegar a R$
8.063, os novos cargos, quando estiverem todos
preenchidos, custarão R$ 64,2 milhões anuais.
A votação
ocorreu sob protesto de funcionários da Defensoria
Pública do Estado, que reivindicavam a aprovação de
projeto que lhes dá reajuste salarial de 9,5% e prevê a
realização de concurso público para funcionários do
quadro de apoio. Cerca de 300 pessoas lotaram a galeria
do plenário da Casa e pediram a inclusão da proposta na
pauta de votação. Durante toda a tarde os funcionários
pressionaram deputados pelos corredores da Casa. Mas
voltaram para casa sem o projeto aprovado.
Apesar do clima
tenso - oposição e governistas trocaram insultos da
tribuna, diante da platéia lotada - , a base de Serra
aprovou os 1.300 novos cargos com ampla maioria. O
placar foi 64 votos a 19.
O secretário de
Gestão Pública, Sidney Beraldo, disse que todas as vagas
de analistas em gestão pública e orçamento serão
preenchidas por concurso público. A contratação, segundo
ele, será feita aos poucos, ao longo de 5 anos. Em 2008,
a previsão é que sejam preenchidos 150 cargos. "A
criação desses cargos e carreiras vai contribuir para o
Estado melhorar sua capacidade de gestão e de controle
dos gastos e políticas públicas", justificou.
O PT votou
contra a medida e acusou o governo de contribuir para o
inchaço da máquina. Da tribuna, o deputado Rui Falcão
(PT) referiu-se ao projeto como "baciada de cargos". Seu
colega Adriano Diogo (PT) chamou a proposta de "metrô da
alegria".
ORÇAMENTO
Por volta das 23
horas, a bancada tucana aprovou na Comissão de Finanças
e Orçamento o relatório sobre a proposta orçamentária
para o ano que vem. O parecer de Samuel Moreira (PSDB)
prevê aumento de gastos de R$ 1,6 bilhão, em relação à
proposta do Executivo - de R$ 95,2 bilhões para R$ 96,8
bilhões. Mas o aumento não deve trazer problemas, já que
neste ano o excesso de arrecadação supera R$ 9 bilhões.
Do total de R$
52,8 bilhões em emendas parlamentares apresentadas, o
relator acatou R$ 186 milhões, o equivalente a R$ 2
milhões por deputado, mesmo valor acordado no Orçamento
deste ano. Para demandas das audiências regionais do
Orçamento foram reservados R$ 214 milhões. O relatório
também aumenta o orçamento específico do Tribunal de
Justiça, do Ministério Público Estadual e da própria
Assembléia.
O governo espera
aprovar o Orçamento no plenário até sexta-feira, quando
a Assembléia entraria em recesso. Serra quer também a
votação de mais oito projetos até o fim desta semana.
Fonte: Estado de S. Paulo, de
19/12/2007
Espada da lei
A idéia de fazer
cortes no Judiciário por causa da CPMF chega em péssima
hora: o governo Lula está prestes a sofrer derrota no
STF (Supremo Tribunal Federal) que pode significar perda
de receita de R$ 12 bilhões por ano. É o processo que
discute se, sobre o valor do ICMS embutido no preço dos
produtos, pode incidir outra contribuição, a Cofins.
Fonte: Folha de S. Paulo, excerto
da coluna da Mônica Bergamo, de 19/12/2007
ESPADA DA LEI 2
O governo já tem
seis dos 11 votos do STF contra a cobrança. E tenta
reverter a situação convencendo quem já votou a mudar de
opinião. Conquistou recentemente o voto de Eros Grau.
Gilmar Mendes deve acompanhar Eros. Ainda faltam quatro
votos.
Fonte: Folha de S. Paulo, excerto
da coluna da Mônica Bergamo, de 19/12/2007
CLIMA RUIM
Coronéis da PM
insatisfeitos com a política salarial do governo de José
Serra (PSDB-SP) decidiram radicalizar as manifestações,
com a publicação de manifestos que tratam da "gravidade
da situação da segurança pública do Estado". Os
protestos são liderados pela Associação dos Oficiais da
PM - que reúne coronéis da ativa. A Secretaria de
Segurança diz que são reclamações isoladas e que já
concedeu aumentos de até 23% aos PMs.
Fonte: Folha de S. Paulo, excerto
da coluna da Mônica Bergamo, de 19/12/2007
TJ-SP suspende prazos de 20 de dezembro a 6 de janeiro
O Conselho
Superior da Magistratura de São Paulo aprovou Provimento
que regulamenta o feriado forense do dia 20 de dezembro
de 2007 ao dia 6 de janeiro de 2008. No período ficam
suspensos os prazos processuais, a intimação de partes e
advogados e a proibição da publicação de atos no Diário
Oficial.
A exceção fica
para as medidas urgentes e processos penais com réus
presos. A medida vale apenas para a Justiça Estadual,
que funcionará em esquema de plantão.
O pedido foi
formulado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Associação
dos Advogados de São Paulo e o Instituto dos Advogados
de São Paulo.
Desde a Reforma
do Judiciário em 2004, não existe mais férias coletivas
nos tribunais. Agora, os prazos processuais correm
normalmente durante os meses de janeiro e julho. Como
solução, todo ano a matéria é disciplinada em São Paulo
através de Provimentos. Neste ano, o Provimento
1.382/2007 foi publicado no dia 30 de outubro.
As entidades de
advogados de São Paulo também pedem ao Tribunal de
Justiça que envie um Projeto de Lei disciplinando o
feriado. Um projeto idêntico para a Justiça Federal foi
rejeitado pelo Senado em outubro.
Fonte: Conjur, de 19/12/2007
Decisão do CNJ quer evitar "surto tardio" de nepotismo
no país
Conselho manda
TJ-RJ exonerar parente pela 2ª vez; veto a recondução ao
cargo servirá de referência para outros casos
Órgão proibiu os
TJs de criar "subterfúgios" para recontratar parentes ou
para descumprir outras deliberações do conselho
Em nova batalha
contra o nepotismo, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
determinou ontem ao Tribunal de Justiça do Rio que
exonere Irlene Cavalieri, mulher do ex-presidente do
TJ-RJ Sérgio Cavalieri, e proibiu os tribunais de criar
"subterfúgios" para recontratar parentes ou descumprir
outras deliberações do conselho.
O relator do
processo, conselheiro Joaquim Falcão, disse que a
permanência de Irlene no cargo poderia servir de exemplo
para outros casos e criar "um surto tardio de nepotismo
com a imediata reintegração de centenas, talvez milhares
de parentes de magistrados".
A decisão não se
aplica automaticamente aos demais casos, mas servirá de
referência.
Estima-se a
existência de pelo menos outros dez casos de nepotismo
somente no TJ-RJ. O CNJ já tem processos contra a
recondução de parentes em mais dois Tribunais de
Justiça, do Piauí e de Mato Grosso.
Irlene Cavalieri
foi exonerada em fevereiro de 2006, após o STF (Supremo
Tribunal Federal) declarar constitucional a resolução
antinepotismo do CNJ, de 2005. Em outubro deste ano, ela
foi recontratada, com base em mandado de segurança que
obteve no próprio TJ-RJ contra a exoneração.
Ontem, em
decisão unânime, os conselheiros do CNJ afirmaram que a
reintegração dela não é válida, porque somente o STF
poderia julgar processos contra deliberações do
conselho. O que está em jogo nesse caso é um cargo de
confiança, com salário de cerca de R$ 4.000 e ocupante
de livre escolha do tribunal. A proibição do nepotismo
não atinge aprovados em concurso.
"Não pode haver
filigranas processuais e subterfúgios", disse Cesar
Asfor Rocha, ministro do Superior Tribunal de Justiça e
integrante do CNJ. "É uma teimosia que expõe não apenas
esses tribunais, mas todo o Judiciário."
Antes de levar o
caso de Irlene a votação, o CNJ pediu explicações a ela
e ao TJ-RJ. Ambos disseram que o conselho não poderia
anular decisão judicial definitiva (sem possibilidade de
alteração por recurso). Ela afirmou que foi contratada
em 1994 e disse que a resolução antinepotismo do CNJ
(2005) não poderia atingir contratos com mais de cinco
anos de vigência quando ela foi editada.
Em seu voto,
Falcão lembrou que a sessão plenária do TJ-RJ que julgou
o pedido de liminar, em abril de 2006, foi presidida
pelo desembargador Sérgio Cavalieri Filho, marido e
parte interessada. O CNJ aprovou encaminhar esse
processo à Corregedoria Nacional de Justiça.
Fonte: Folha de S Paulo, de
19/12/2007
TJSP cria conselho para coordenar conciliação
O Tribunal de
Justiça de São Paulo passa a contar a partir de hoje
(18/12) com o Conselho Gestor dos Métodos Alternativos
de Solução de Conflitos, que coordenará os trabalhos dos
147 setores de conciliação da Justiça paulista
espalhados pelo Estado. A solenidade de instalação do
Conselho foi no gabinete do presidente do TJSP,
desembargador Celso Luiz Limongi.
Com o aumento do
número de setores de conciliação e os bons resultados
apresentados, o TJSP criou o Conselho para a
coordenação, orientação e acompanhamento dos trabalhos
nessas unidades e ainda para incentivar os meios
alternativos na solução de conflitos.
O Conselho será
coordenado pelo presidente do TJSP e composto pelos
desembargadores Constança Gonzaga Junqueira de Mesquita,
Kazuo Watanabe, Laerte Nordi, Maria Cristina Zucchi e
Paulo Dias de Moura Ribeiro, e ainda pelos conciliadores
Nazário Guirao e João Carlos de Araújo Oliveira Cintra.
O desembargador
Kazuo Watanabe disse na cerimônia que recebeu com
alegria a criação do Conselho, pois havia a necessidade
de avaliação dos setores de conciliação para que o TJ
possa traçar novas diretrizes para a área. “A busca
pela solução alternativa dos conflitos é a implantação
de uma nova cultura, e com elas encontraremos uma
sociedade mais pacífica”, disse.
Para o
presidente Limongi é uma certeza que a mediação e a
conciliação são soluções alternativas vitais. “As
iniciativas isoladas são importantes, mas era necessário
que puséssemos fim à improvisação e buscássemos uma
estrutura adequada para os setores de conciliação”,
afirmou.
Entre as
atribuições do Conselho estão a de manter um cadastro
dos mediadores e conciliadores que trabalham no TJSP;
propor a instalação de novos setores e promover cursos
de capacitação de mediação e conciliação na Escola
Paulista da Magistratura.
O Setor de
Conciliação em Segunda Instância foi o primeiro
instalado pelo Tribunal de Justiça, em março de 2003 e,
desde então, os setores não pararam de crescer. O maior
deles funciona no Fórum João Mendes, na capital
paulista, desde setembro de 2004, com índices de acordos
de 74% para expedientes extraprocessuais e 21% para
processos remetidos pelas varas cíveis do Fórum.
Site do TJ/SP, de 19/12/2007
CJF libera neste mês R$ 249.683 milhões em RPVs
O presidente do
Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Raphael de
Barros Monteiro Filho, liberou hoje, dia 18 de dezembro,
aos Tribunais Regionais Federais (TRFs), limites
financeiros correspondentes a R$ 249.683.407,46 para
pagamento de requisições de pequeno valor (RPVs) na
Justiça Federal.
As requisições
se referem a dívidas judiciais da União e de órgãos
públicos federais, autuadas em novembro (valores
atualizados pelo IPCA-E do mês de referência). O
depósito desses valores na conta dos beneficiários é
feito pelos TRFs, de acordo com seus cronogramas
próprios.
Do total de RPVs,
R$ 194.340.803,69 correspondem a processos
previdenciários – revisões de aposentadorias, pensões e
outros benefícios – que perfazem um total de 27.792
ações, beneficiando 42.321 pessoas em todo o país.
RPVs a serem
pagas em cada Região da Justiça Federal:
TRF da 1ª Região
(sede Brasília-DF, abrangendo os estados de MG, GO, TO,
MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO, AP) Geral: R$
58.118.190,72 Previdenciárias: R$ 44.334.702,41 –
5.314 pessoas beneficiadas TRF da 2ª Região (sede no Rio
de Janeiro-RJ, abrangendo também o ES) Geral: R$
24.032.429,17 Previdenciárias: R$ R$
16.830.027,70 – 2.389 pessoas beneficiadas TRF da 3ª
Região (sede em São Paulo-SP, abrangendo também o MS)
Geral: R$ 52.985.444,21 Previdenciárias: R$
42.543.456,82 – 5.561 pessoas beneficiadas TRF da 4ª
Região (sede em Porto Alegre-RS, abrangendo os estados
do PR e SC) Geral: R$ 74.405.692,58 Previdenciárias: R$
59.367.948,27 – 15.070 pessoas beneficiadas TRF da 5ª
Região (sede em Recife-PE, abrangendo os estados do CE,
AL, SE, RN e PB) Geral: R$ 40.141.650,78
Previdenciárias: R$ 31.264.668,49 – 13.987 pessoas
beneficiadas Total geral: R$ 249.683.407,46 Total de
previdenciárias: R$ 194.340.803,69
Fonte: site da Justiça Federal, de
19/12/2007
Senado aprova projeto que cria custas judiciais para o
STJ
A cobrança de
custas judiciais pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)
recebeu sinal verde do Senado Federal. O plenário da
Casa aprovou no dia 13/12, por unanimidade, o Projeto de
Lei da Câmara (PLC) 75/2007, de autoria do Executivo. A
proposição foi encaminhada à sanção do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e transformado em lei as custas
judiciais poderão ser cobradas a partir de 2008.
O ministro do
STJ Aldir Passarinho Junior é o idealizador e relator do
projeto no STJ. No texto, o ministro defende que o
aumento da demanda e a constante busca do ideal de uma
prestação jurisdicional mais rápida implica também na
necessidade de constante modernização e aprimoramento.
Por isso, a realidade atual leva o STJ a alinhar-se ao
procedimento adotado pelos demais tribunais brasileiros.
Cumprimento
constitucional
O ministro Aldir
Passarinho Junior, ao saber da aprovação, afirmou que,
na verdade, a medida cumpre o que está disposto na
Constituição Federal e permite ao STJ se alinhar aos
demais tribunais brasileiros, pois tanto os estaduais e
os federais quanto os outros tribunais superiores e o
próprio Supremo Tribunal Federal (STF) têm custas.
“A cobrança se
trata de uma contraprestação pecuniária pelo trâmite
processual. Na verdade, é o próprio objetivo da Emenda
Constitucional 45, de 2004, que prevê que a arrecadação
das custas pelo Judiciário ficaria vinculada ao próprio
Poder; reverte em benefício do Judiciário e,
conseqüentemente, do jurisdicionado”, afirma o ministro.
Esses recursos
serão investidos na renovação de equipamentos,
infra-estrutura e informatização do tribunal, como forma
de aprimorar a prestação jurisdicional. Além disso,
complementa, serve como inibidora de recursos
protelatórios sem prejuízo a quem não pode pagar, pois
estes e o Estado continuam com o direito à isenção
garantido, continuam assistidos.
Tramitação no
Senado
No Senado, o
relator do PLC 75/2007 foi o senador Valdir Raupp
(PMDB/RO). O texto aprovado fixa o valor das custas dos
26 procedimentos julgados no tribunal, escalonadas
conforme a complexidade da ação ou recurso. Os
procedimentos considerados mais simples, como a
interpelação judicial, custarão R$ 50; os de
complexidade média, como a homologação de sentença
estrangeira, serão tabelados em R$ 100; e os mais
complexos, como a ação rescisória (que visa cancelar uma
sentença definitiva), em R$ 200.
Os recursos
arrecadados serão destinados exclusivamente para custeio
dos serviços afetos às atividades específicas da
Justiça. Essas taxas não excluem as despesas
estabelecidas em legislação processual específica,
inclusive as custas de correio com o envio e a devolução
dos autos quando o recorrente ajuíza recurso fora da
sede do tribunal, em Brasília.
No Brasil, o STJ
é o único tribunal que ainda não tem a cobrança. Em seus
19 anos de existência, já foram autuados um milhão de
recursos especiais, principal recurso julgado no STJ.
Até julho deste ano, já eram mais de 191 mil processos
autuados, entre todos os tipos de recursos e processos
originários.
Fonte: site do Diap, de 18/12/2007