OAB
defende honorários de sucumbência para advocacia
pública
A
Constituição Federal, em seu artigo 133, e a Lei
8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) não
estabelecem distinção entre advogado público e
privado. Portanto, não se pode vedar que o
advogado público receba honorários de sucumbência,
ao qual o advogado privado normalmente faz jus em
suas causas - à exceção da Justiça do
Trabalho, na qual está também pleiteando-os.
Ancorada nesse princípio, foi lançada ontem pelo
presidente nacional da Ordem dos Advogados do
Brasil, Cezar Britto, e o presidente do Forum
Nacional da Advocacia Pública Federal, João
Carlos Souto, a campanha “Honorários para Todos
- Direito de Advogados Públicos e Privados”. O
evento aconteceu no plenário do Conselho Federal
da OAB.
Ao
abrir a campanha, Cezar Britto condenou a
tentativa de “separação que se faz entre
advogado público e privado, entre os que podem ou
não receber esses honorários”. Ele lembrou que
no caso do setor público não existe qualquer
previsão legal de que eles pertençam ao Estado,
que deles se apropriam e excluem o advocacia pública.
Daí, a necessidade de uma legislação fixando
que o pagamento dos honorários de sucumbência,
nas causas em que o Estado é o vencedor, é
devido ao advogado público, defende o presidente
do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal.
Ele criticou duramente a “insensibilidade do
governo frente a este pleito”, detacando a
importância do apoio da OAB para reverter essa
situação.
O
lançamento da campanha ocorreu durante sessão do
Pleno do Conselho Federal da OAB, atraindo grande
número de advogados. Participaram também o
vice-presidente nacional da OAB, Vladimir Rossi
Lourenço, a secretária-geral Cléa Carpi, o
diretor Ophir Cavalcante Filgueiras, os membros
honorários vitalícios da entidade Enando Uchoa
Lima e Reginaldo Oscar de Castro, e os presidentes
das Seccionais da OAB Omar Coêlho (Alagoas),
Henri Clay Andrade (Sergipe) e Estefânia Viveiros
(Distrito Federal).
Fonte:
Diário de Notícias, de 19/08/2009
Campanha Honorários para Todos do Fórum é lançada
no Conselho Federal. ANAPE presente!
Hoje
pela manhã, no Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil, foi lançada a campanha HONORÁRIOS
PARA TODOS promovida pelo Fórum da Advocacia Pública
Federal. Os procuradores de Estado foram
representados pelo Presidente da ANAPE, Ronald
Bicca, que participou da mesa.
Estavam
presentes os Conselheiros Federais de todos os
Estados e a mesa foi presidida pelo Presidente do
Conselho Federal, dr. Cezar Britto.
O
Presidente do Fórum, João Carlos Souto,
discursou afirmando da necessidade que os honorários
sejam deferidos aos advogados indistintamente,
tanto público quanto privados.
Na
ocasião, o Presidente da OAB/AL e ex-Presidente
da ANAPE, Omar Coelho de Mello, discursou
enfatizando o trabalho da ANAPE na consolidação
dos Procuradores no texto constitucional e
prerrogativas, desabafando no sentido de afirmar
que os advogados públicos sempre se sentiram
excluídos da Ordem, mas atualmente é uma força
expressiva e isto não é mais realidade pois
estamos presentes e fortalecidos na instituição.
Defendeu a necessidade da autonomia para o
fortalecimento da defesa do Estado em juízo. A
Presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, também
discursou apoiando a advocacia pública e se
colocando a disposição para o fortalecimento da
classe.
Estavam
presentes no evento diversos Presidentes de
entidades da advocacia pública, representados
pelo Fórum.
De
concreto: Os honorários são dos advogados, tanto
público quanto privados, são pagos pela parte, não
envolvem recursos públicos, por isso não devem
ficar para os entes, devem ser distribuídos para
os advogados. Dessa forma, a OAB entrará na
campanha para aprovarmos dispositivos que nos
defiram os honorários.
Fonte:
site da Anape, de 19/08/2009
Ives Gandra Martins é contra propostas de enxugar
a Constituição
O
jurista Ives Gandra Martins afirmou hoje (18) ser
contra as propostas para enxugar a Constituição
Federal (CF). “Mesmo com todos os defeitos, é
ela que garante a estabilidade das instituições
e da democracia”, disse Martins em palestra no
auditório do Superior Tribunal de Justiça. Ele
participou do seminário “Temas Constitucionais
em debate”, promovido pela OAB do Distrito
Federal.
Para
demonstrar a importância da Carta Magna, Ives
Gandra Martins ressaltou que, após a CF de 1988,
o Brasil passou por um impeachment presidencial,
inúmeros escândalos no parlamento, crises no
Judiciário, um processo inflacionário que
desgastou a economia por completo e, mesmo assim,
nunca se falou em ruptura institucional no país.
Convidado
para falar sobre o equilíbrio dos poderes na CF
de 88, Martins destacou que, antes desta Carta, o
Poder Executivo sempre figurou como o mais
importante. Ele explicou por que essa mudança era
fundamental: “Quando os três poderes se
equivalem, ninguém pensa em ruptura
institucional”, afirmou o jurista.
Ives
Gandra Martins comparou a Constituição
brasileira aos modelos adotados no Equador, Bolívia
e Venezuela, nações em que a falta de equilíbrio
entre os poderes alimenta uma democracia frágil e
leva à ditadura. Isso mostra o quanto o modelo
brasileiro é avançado e o risco que se corre ao
modificar uma CF remendada, mas com uma “espinha
dorsal estável”.
Aos
que consideram a CF obesa e propõem uma
lipoaspiração, Ives Gandra Martins tem um
recado: “É essa Constituição extremamente
pormenorizada que permite o equilíbrio de
poderes”. Em defesa da estabilidade das instituições
e da solidez da democracia é que o jurista
considera um perigo as iniciativas no Legislativo
de tentar “tirar gordura” da CF.
Fonte:
site do STJ, de 18/08/2009
6.923 inscritos para Concurso de Procurador do
Estado
A
Fundação Carlos Chagas (FCC) informa que 6.923
pessoas se inscreveram efetivamente para o
Concurso de Ingresso na Carreira de Procurador do
Estado de São Paulo. As inscrições se
encerraram às 14h da última sexta-feira
(14.08.2009) e só poderiam ser feitas pelo site
da própria fundação (www.concursosfcc.com.br).
São cem vagas em disputa para Procurador do
Estado Nível I, com vencimentos iniciais mensais
num total de R$ 12.331,79. A relação é de 69,23
candidatos por vaga.
A
Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE)
publicou em 17.07.2009, no Diário Oficial do
Estado de São Paulo – Poder Executivo – Seção
I, páginas 82 a 85, o Edital nº 01/2009 de
abertura de inscrições para o Concurso de
Ingresso na Carreira de Procurador do Estado. As
inscrições deveriam ser feitas entre as 9h do
dia 27.07.2009 e às 14h do dia 14.08.2009.
Os
candidatos aprovados prestarão serviços nas áreas
de Consultoria Geral, Contencioso Geral e
Contencioso Tributário-Fiscal, com atuações no
município de São Paulo, doze regionais
espalhadas pelo território estadual e também na
Procuradoria Geral do Estado de São Paulo em Brasília-DF.
Conforme disposto em lei específica, 5% (cinco
por cento) das vagas destinam-se às pessoas
portadoras de deficiência.
Serão
realizadas três provas de seleção. Duas
escritas (Prova Objetiva e Prova Discursiva) e uma
Prova Oral. Na última etapa do processo seletivo,
será realizada a Avaliação de Títulos, apenas
para definir a classificação final. Todo o
processo acontecerá na Capital do Estado. A
confirmação das datas e as informações sobre
horários e locais serão divulgados oportunamente
por meio de edital de convocação e de cartões
informativos que serão enviados aos candidatos
através de correio eletrônico.
A
1ª prova escrita (Prova Objetiva) terá duração
de quatro horas em um único período e será
composta por cem questões objetivas de múltipla
escolha. Ela está prevista para acontecer no dia
30.08.2009 (último domingo do mês de agosto). A
2ª prova discursiva acontecerá em duas etapas,
cada uma com duração de quatro horas, nos períodos
da manhã e da tarde de um único dia.
Todas
as provas escritas serão eliminatórias às
provas seguintes. A Prova Oral consistirá da
arguição pública dos candidatos a ela
admitidos, pelos membros da Comissão de Concurso.
No
Edital nº 01/2009, da abertura de inscrições,
os candidatos conseguirão informações
detalhadas do Concurso, como a distribuição de
perguntas por cada prova e, no Anexo I do edital,
os programas das seguintes matérias que comporão
o certame: Direito Constitucional; Direito
Processual Civil; Direito Civil e Deontologia Jurídica;
Direito Administrativo; Direito de Pessoal e
Previdenciário Público; Direito Ambiental;
Direito Tributário, Direito do Trabalho e
Processual do Trabalho; e Direito Financeiro Econômico
e Empresarial Público.
Fonte:
site da PGE SP, de 19/08/2009
Postura de Gilmar Mendes é agressiva, diz MPA
A
afirmação do presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Gilmar Mendes, de que o Ministério
Público deve pedir desculpas e ressarcir o Estado
por ações movidas com motivos políticos
desgostaram as entidades da categoria. Em nota
divulgada nesta terça-feira (18/8), a Associação
Nacional dos Membros do Ministério Público e
outras quatro associações criticaram as declarações
dadas por Gilmar Mendes ao responder a jornalistas
sobre a atuação do MP na denúncia contra a
governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius.
Para Mendes, o ajuizamento da ação de
improbidade em primeira instância é oportunista,
já que o foro de chefes do Executivo é no
Superior Tribunal de Justiça, segundo reportagem
publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado
de S. Paulo.
Segundo
a nota, o ministro tem demonstrado hostilidade
“todas as vezes que publicamente se refere ao
Ministério Público, e que a pretexto de criticar
individualmente a conduta de algum membro, a
institucionaliza de molde a atingir, injusta e
indevidamente, todos os seus integrantes”. As
declarações de Gilmar Mendes foram classificadas
como agressões aos integrantes do MP.
"Que
peçam desculpas, que digam que usaram e até
indenizem o Estado por terem usado indevidamente
força de trabalho paga pelo poder público, paga
pela sociedade, para fins partidários",
declarou o ministro nesta segunda (17/8), em São
Paulo, segundo reportagem do jornalista Fausto
Macedo, de O Estado de S. Paulo. "Em alguns
lugares, para ficar ruim o Ministério Público
precisa melhorar muito", disse o presidente
do STF, para quem se o Judiciário não vai bem, o
Ministério Público está ainda um estágio
abaixo.
Gilmar
Mendes também criticou a morosidade do MP, que
retarda o andamento dos processos.
"Encontramos massas e massas de processos
aguardando o Ministério Público para se fazer
intimado”, disse ele em relação a correições
feitas pelo Conselho Nacional de Justiça no Piauí.
"Processos criminais prescrevem porque
ficaram abandonados no âmbito do Ministério Público.
As costas largas acabam sendo as do Judiciário",
afirmou.
Para
José Carlos Cosenzo, presidente da Conamp — que
representa os membros dos MP —, a postura do
ministro é uma retaliação "por causa de ação
movida contra ele e um irmão dele em Mato
Grosso". "Se eu fosse informado de
alguma coisa contra ele (ministro) tomaria providências
sérias", disse o promotor.
Leia
a nota das entidades representativas do MP.
NOTA
DE REPÚDIO
As
entidades abaixo signatárias, representantes de
âmbito nacional das carreiras do Ministério Público
brasileiro, vêm repudiar veementemente as
injustas declarações proferidas, mais uma vez,
pelo Ministro Gilmar Ferreira Mendes, Presidente
do Supremo Tribunal Federal, estampadas em críticas
infundadas acerca da atuação do Ministério Público,
a quem atribui inércia e favorecimento de grupos
políticos.
Lamentamos
profundamente as palavras injustas e inoportunas,
que certamente não são partilhadas por seus
pares do Pretório Excelso, e muito menos pela
sociedade brasileira, que comprovadamente tem
reconhecido o Ministério Público como uma das
instituições mais atuantes e respeitadas do país.
É
de se lamentar, também, a hostilidade demonstrada
pelo atual Presidente do Supremo Tribunal Federal,
em todas as vezes que publicamente se refere ao
Ministério Público, e que a pretexto de criticar
individualmente a conduta de algum membro, a
institucionaliza de molde a atingir, injusta e
indevidamente, todos os seus integrantes.
Atitudes
como estas em nada auxiliam a construção e o
aperfeiçoamento de uma sociedade justa, livre e
solidária, ao contrário, expõem um
comportamento revestido de ressentimento pessoal.
O
que aguardamos, como todos os cidadãos deste país,
é que o Doutor Gilmar Ferreira Mendes, com a
serenidade e imparcialidade que o honroso cargo
exige, utilize os instrumentos institucionais
necessários para a correção de irregularidades
eventualmente praticadas por membros do Ministério
Público, quando delas tiver conhecimento, sem
generalizar e muito menos agredir seus
integrantes.
Com
todo o respeito, não é através de ofensas ou críticas
infundadas que se pode melhorar o sistema jurídico
nem construir o país que todos almejamos.
Brasília,
18 de agosto de 2009
Associação
do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios - AMPDFT
Carlos
Alberto Cantarutti
Associação
Nacional do Ministério Público Militar - ANMPM
Marcelo
Weitzel
Associação
Nacional dos Procuradores da República - ANPR
Antonio
Carlos Bigonha
Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho - ANPT
Fábio
Leal Cardoso
Associação
Nacional dos Membros do Ministério Público -
CONAMP
José
Carlos Cosenzo
Fonte:
Conjur, de 19/08/2009
Comunicados do Centro de Estudos
Clique
aqui para o anexo
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de
19/08/2009