Juiz
manda tirar vencimentos de site
A
Justiça determinou ontem a imediata supressão do "item
remuneração bruta da listagem de servidores" do site da
Prefeitura de São Paulo. A decisão foi tomada um dia depois de
o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ter divulgado os vencimentos de
147 mil funcionários da administração direta. Atendeu-se ao
pedido de liminar feito em mandado de segurança pela Federação
das Associações Sindicais e Profissionais dos Servidores da
Prefeitura (Fasp).
A
Procuradoria-Geral do Município recorreu da decisão ontem à
tarde. "Aguardamos a decisão do Tribunal de Justiça",
disse o procurador-geral, Celso Augusto Coccaro Filho. A
assessoria do gabinete de Kassab informou que os dados
continuariam no site até o governo ser notificado sobre a
liminar.
Kassab
espera derrubar a liminar e manter a publicidade dos dados,
enquanto o mérito do caso não for julgado. A ação da Fasp
contesta a constitucionalidade de se dar publicidade aos salários.
Na liminar, o juiz Luiz Sérgio Fernandes de Souza, da 8ª Vara
da Fazenda Pública, disse que não entraria no mérito sobre a
constitucionalidade da decisão, mas considerava que a
Prefeitura havia ido além do que determinava lei, "haja
vista que autorizou a divulgação no sítio da internet não só
do nome, do cargo do servidor e da unidade de lotação, como
também da tabela de vencimentos dos cargos em comissão".
A
Fasp ainda pediu ao Ministério Público a apuração de
eventual prática de improbidade administrativa do secretário
de Gestão e Modernização, Rodrigo Garcia. Garcia é a
autoridade nominalmente responsável pela divulgação no site.
Para o governo, a publicidade está de acordo com o interesse público.
Kassab
disse que a administração está preparada para processos.
"Tornamos público o que é público e, com isso, daremos
mais eficiência à administração. Estamos (juridicamente)
tranquilos." Ele afirmou não acreditar que a divulgação
de salários comprometa a segurança de ninguém. "Se as
pessoas sabem que um servidor ocupa um cargo, sabem que tem
determinado valor." Também não há invasão de
privacidade. "Informações confidenciais em relação à
vida do servidor, as férias, os reembolsos, os descontos, isso
será preservado. Mas o que é público, a folha de pagamento,
foi disponibilizado."
Além
da ação na Justiça, Kassab enfrentou a reação até da base
governista na Câmara. Menos de 24 horas após o site De Olho
nas Contas entrar no ar, um novo projeto de lei passou a
tramitar no Legislativo contra a publicação.
Fonte:
Estado de S. Paulo, de 18/06/2009
Juiz proíbe Kassab de divulgar lista de salários
O
juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública de SP, Luiz Sergio
Fernandes de Souza, ordenou que a gestão Gilberto Kassab (DEM)
suspenda imediatamente a divulgação dos salários dos 162 mil
servidores no portal da prefeitura paulistana na internet,
iniciada anteontem.
A
decisão, liminar (provisória), não afeta a divulgação dos
gastos com fornecedores.
Até
a conclusão desta edição, a ordem não havia sido cumprida
-apenas alguns nomes tinham sido excluídos, como o do servidor
que teria recebido R$ 142 mil em maio, segundo o site. A
prefeitura disse que não havia sido notificada e, quando isso
ocorrer, buscará recurso.
Kassab
colocou na internet a relação dos funcionários e quanto cada
um deles ganhou em maio (valores brutos), causando
descontentamento entre as entidades sindicais.
Há
na relação centenas de valores que superam R$ 50 mil -o maior
chega a R$ 142 mil-, mas os montantes são, a princípio,
referentes à soma dos salários com, por exemplo, pagamento de
diferenças salariais ordenadas pela Justiça e que não se
repetem todos os meses.
Para
o magistrado, "ao que tudo indica", Kassab foi além
do que prevê a lei municipal 14.720, de abril de 2008, porque
disponibilizou não só os dados funcionais, como também a
"tabela de vencimentos".
Pela
lei, a prefeitura deve divulgar na internet: 1) nome; 2) cargo;
e 3) unidade de trabalho. Não trata de pagamentos.
Ainda
de acordo com Souza, sua decisão não entra no mérito da
constitucionalidade da lei, o "que será analisado no
momento processual oportuno".
A
liminar atendeu pedido do Fasp-PMSP (federação de servidores).
Para sua presidente, Berenice Gazoni, a divulgação coloca o
servidor em risco. "Quanto mais com erros."
Antes
de saber da liminar, Kassab defendeu a divulgação. "A
folha [de pagamentos] é pública e os cargos e salários são
de conhecimento público."
Sobre
eventuais erros nos valores, disse que tudo será investigado.
"Se existem grandes salários que são corretos, as pessoas
merecem. Se existem grandes salários que não são corretos,
agora será mais fácil identificá-los e corrigi-los."
Márcia
Viegas, coordenadora pedagógica em escola na zona sul, diz que
os R$ 87.249,24 que constaram como seu ganho mensal representam
um valor que os servidores "gostariam de ganhar, mas que
está muito longe da realidade". "Não chega nem perto
disso", diz ela, que está há 25 anos na rede e não quis
revelar quanto ganha.
A
reação foi semelhante à da diretora de escola na zona leste
Maria Alves de Lima. "Quero esse dinheiro", disse, em
tom de brincadeira. Ela afirma ganhar na casa dos R$ 4.000 (o
divulgado foi R$ 50.740,48).
Teto
salarial
Kassab,
ao ser questionado se há supersalários, afirmou que vai criar
um teto salarial para os funcionários.
"Pedi
ao secretário de Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo, que
estude a implantação", afirmou o prefeito.
A
Constituição prevê um teto salarial no país equivalente aos
vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal e, nos
municípios, ao do prefeito.
Há
centenas de casos de funcionários que receberam mais que os R$
24,5 mil dos ministros. Kassab recebeu, segundo a listagem, R$
12.384.
Antonio
Carlos Rodrigues do Amaral, da OAB-SP, considera constitucional
a divulgação. Para ele, o princípio da publicidade deve
prevalecer em relação ao da intimidade.
Já
para a doutoranda em ciências políticas da PUC-SP Paula Papis,
"mais útil seria dizer quantos agentes de limpeza existem
em uma região e quanto a prefeitura gasta com eles".
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 18/06/2009
"Recebedor" de R$ 142 mil diz que ganha só R$ 1.200
Exatos
R$ 142.475,02 foram o pagamento de maio do professor de educação
artística Claudio Silva, 34, de acordo com a lista de salários
de servidores municipais divulgada na internet pela Prefeitura
de SP.
Segundo
Silva, que trabalha na escola Prof. Flavio Augusto Rosa, no
extremo leste da capital, a informação é falsa e motivo de
"constrangimento".
"Meu
salário-base é de R$ 1.200. Eu como de marmita, moro de
aluguel. Imagine como estou [diante da informação],
trabalhando num bairro de alta periculosidade. Nem consegui dar
aulas. Deverei tomar providências", diz ele, sem
especificar se processará a prefeitura. Ontem à noite, o nome
de Claudio Silva foi excluído da lista.
O
professor diz também que já rastreou o equívoco: um erro de
informática fez com que descontassem de seu salário, em vez de
duas faltas, algumas milhares de ausências.
Para
reverter o débito, conta, a prefeitura lançou um crédito de
R$ 142 mil -tudo no plano virtual, sem que esse dinheiro fosse
movimentado em contas.
Procurada,
a prefeitura não se pronunciou sobre os casos de pagamentos
altos apresentados pela Folha.
Ontem,
a reportagem ouviu outros oito servidores que, segundo o site,
receberam entre R$ 41 mil e R$ 87 mil em maio. Todos disseram
que se trata de um engano, mas nenhum deles aceitou que fosse
publicada uma cópia do seu contracheque, argumentando temor de
represália ou mais exposição.
A
hipótese de erro levantada pela coordenadora pedagógica da
escola Donato Susumu Kimura (zona sul), Maria das Graças
Campos, é a mesma de outros entrevistados com tempo longo de
carreira. Seu salário, diz, é de R$ 4.500, e não de R$ 50
mil, como divulgado.
"Faço
jus ao adicional [reajuste por tempo de carreira] desde 2007,
mas ele só saiu agora. A prefeitura faz um cálculo de tudo o
que eu deveria ter recebido, menos tudo o que efetivamente
recebi. Isso dá os cerca de R$ 6.000, que recebi no mês de
maio", conta.
Ou
seja: ela diz que foi divulgado o maior número envolvido no cálculo
do salário, e não o resultado da conta.
Não
avisaram
Marinete
Gomes Ferreira Segantim, professora de educação infantil na
escola Maria Eugenia Fakhoury, no Grajaú (zona sul), aponta que
o valor de R$ 64.156,89 descrito no site está errado.
"Esqueceram de me avisar que eu ganho isso." Ela diz
que seu salário não chega a R$ 5.000.
Na
área da saúde, o médico Paulo César de Souza Ribeiro, que
atua na UBS do Jardim Helena (zona leste), afirma que tinha
"alguns valores a receber da prefeitura".
Contudo,
diz não saber se chegam aos R$ 41 mil registrados. "Não
sei exatamente de onde vem esse valor", diz o médico. Ele
conta que seu salário "não é nem um quarto do que aponta
o site da prefeitura".
Segundo
o site, o coordenador pedagógico Lauro Cornelio da Rocha, 46,
recebeu R$ 76.371,96 por seu trabalho na escola Carlos Olivaldo
de Souza Lopes Muniz. "Bem que eu queria. Mas ganho cerca
de R$ 5.300", afirma.
O
equívoco, ele diz, trouxe preocupação. "Fiquei vulnerável,
do ponto de vista da segurança, e até sobre minha
credibilidade, porque todo mundo sabe que R$ 76 mil como salário
de professor é uma loucura. Já procurei o sindicato e penso em
entrar com ação [contra a prefeitura]", diz.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 18/06/2009
Serra analisa adoção da medida no Estado
O
governo de São Paulo avalia seguir o exemplo da prefeitura e
divulgar os vencimentos de servidores públicos estaduais, desde
que extensiva a todos os Poderes.
A
intenção do governo José Serra (PSDB) é exibir os salários
pagos por Judiciário, Legislativo, Ministério Público e
universidades. Além disso, avalia-se que não compensaria
divulgar a folha de pagamentos sem o registro das gratificações
incorporadas aos salários.
A
lista serviria como instrumento na queda-de-braço que o governo
trava com os sindicatos no Estado. Hoje, a Secretaria de Gestão
disponibiliza, via internet, o salário inicial de todas as
carreiras do funcionalismo público e os vencimentos da área
governamental.
Segundo
uma nota divulgada ontem pela assessoria de imprensa, o governo
paulista apoia "qualquer iniciativa que dê maior transparência
aos gastos públicos".
"Em
relação à divulgação da lista de cargos e salários de
todos os servidores estaduais, informamos que o governo de SP
vai estudar a adoção da medida", conclui a nota.
O
governo já consultou a Procuradoria Geral do Estado, que
desaconselhou a medida por temer eventuais ações judiciais por
parte dos servidores. Diante disso, o governo decidiu esperar a
reação dos servidores municipais à decisão da prefeitura
para ver o que fazer.
No
município, aliados do prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmam
que -além de ser um "belo exemplo"- a divulgação de
gastos funciona como medida preventiva.
"Agora,
[o servidor] não tem como falar o que reivindica sem esclarecer
quanto recebe. Também saberemos as carreiras que têm de ser
valorizadas", disse o secretário dos Transportes,
Alexandre Moraes.
Outro
argumento é que, ao abrir os dados, a prefeitura toma a
dianteira no combate a desvios e funcionários fantasmas.
Qualquer descoberta será graças à prefeitura, avalia um
interlocutor de Kassab.
A
criação do portal consumiu quatro meses antes do anúncio
oficial, na terça-feira. Além de Moraes e do prefeito, três
secretários se dedicaram a implantar o sistema: Rodrigo Garcia
(Gestão), Cláudio Lembo (Negócios Jurídicos) e Walter
Aluisio Rodrigues (Finanças).
Uma
demonstração da transferência do núcleo do poder na gestão
Kassab, a operação exigiu discrição para evitar pressão dos
prestadores de serviço e dos servidores.
Deixando
clara a disposição de capitalizar politicamente a medida,
Lembo disse que, num momento de crise no Senado, o país
"está precisando de uma escalada de transparência".
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 18/06/2009
Nenhuma supresa
Ofício
chegou à APEMINAS bem depois do prazo estabelecidoA APEMINAS
recebeu, nesta terça-feira (16/6), ofício do advogado geral do
Estado, José Bonifácio Borges Andrada, em resposta às
reivindicações entregues no início deste mês. O tom do
discurso foi o mesmo e o órgão, por meio de seu chefe, alega
que devido às condições financeiras pelas quais atravessa
Minas Gerais, os pleitos apresentados dificilmente terão
atendimento imediato. Segundo Bonifácio informou, o assunto é
objeto de “maior atenção” por parte do Estado e foi
encaminhado para análise da Secretaria de Gestão e
Planejamento para apreciação do órgão. O ofício se encerra
com a justificativa em relação ao pleito do exercício da
advocacia particular para os procuradores ingressos na carreira
após o dia 16/6/2004. Bonifácio considerou o pedido
inconveniente ao interesse público e citou experiências
exitosas em outros Estados.
Já
há quase duas semanas, os procuradores do Estado em Minas
desencadearam medidas de mobilização, estas definidas durante
a última Assembléia Geral da Classe. Entre elas, destacam-se a
suspensão do preenchimento do programa Custodiarius, a anexação
de adesivos em repúdio ao governo nas petições e atos
expedidos por procuradores e a entrega de pareceres apenas no último
dia do prazo legal. Segundo o presidente da APEMINAS, Gustavo
Chaves Carreira Machado o caminho está sendo traçado e dias
melhores certamente estão por vir. “Lamentável que este
governo não entenda a importância da advocacia pública e seja
dono da pior política remuneratória do País. Mas, continuamos
mobilizados e certos do êxito”, disse.
Fonte:
site da Apeminas, de 18/06/2009
Senado aprova carga rápida de processos
O
Senado aprovou o projeto de lei que garante aos advogados o
direito de carga rápida dos autos — uma hora. Se sancionada
pelo presidente Lula, a lei vai criar uma regra geral para a
retirada dos autos pelos advogados e estagiários. Por enquanto,
a decisão depende de cada juiz. O projeto de lei aprovado nessa
terça-feira (16/6) inclui o inciso IV ao artigo 40 do Código
de Processo Civil. O novo dispositivo diz: “O advogado tem o
direito de retirar o processo de cartório, nos prazos comuns,
pelo tempo de uma hora, para extração de cópias".
O
projeto de lei (leia aqui) foi apresentado em 2003 à Câmara
dos Deputados. Em 2006, foi enviado ao Senado e este ano recebeu
parecer favorável do relator, senador Valter Pereira (clique
aqui para ler o parecer).
A
Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp) comemora a
aprovação. Em nota, a entidade afirma que, em 2004, enviou ofício
a todas as lideranças partidárias, aos membros da Frente
Parlamentar dos Advogados, integrantes da CCJ, solicitando
aprovação da matéria, além de ter acompanhado
permanentemente o trâmite da proposta junto a deputados e
senadores.
Em
2006, mesmo sem lei em vigor sobre o tema, o Tribunal de Justiça
de São Paulo, na gestão do desembargador Gilberto Passos de
Freitas, editou o Provimento 4 em que regulamenta a carga rápida
na Justiça Estadual. A partir dali, os advogados passaram a ter
direito de sair durante 45 minutos com os autos do processo,
depois de preencher um formulário. Na Justiça Federal em São
Paulo, por exemplo, a retirada não é permitida, justamente por
falta de legislação que permita.
Fonte:
Conjur, de 17/06/2009
A crise na USP
As
"aulas" dadas pelos professores Antonio Candido e
Marilena Chauí aos grevistas da USP, verberando a violação,
pela Polícia Militar (PM), do "direito sagrado de uma
pessoa opinar" e propondo a alunos e funcionários que
"atuem e exagerem", "aproximando a Universidade
da realidade social", não poderiam ter sido mais bem
ilustradas pelo que ocorreu logo em seguida no refeitório do
Instituto de Química, que atende 3,5 mil pessoas diariamente,
na Cidade Universitária, oferecendo refeições completas ao
preço subsidiado de R$ 1,90.
Depois
de invadir o restaurante em plena hora do almoço, cerca de 300
grevistas liberaram a catraca, deixaram os usuários comer de
graça e justificaram a iniciativa em nome do direito sagrado de
fazer greves, piquetes e ocupações de próprios da USP.
"A comida não vem pronta e é necessário que todos se
sensibilizem com a greve dos funcionários", disseram os líderes
do protesto, demonstrando, em termos práticos, como
compreenderam a exortação à "ação e ao exagero"
feita por Antonio Candido.
Pertencente
à primeira turma formada pela USP, no final da década de 30,
Candido afirmou que a instituição foi criada para a elite e
que, em seus primórdios, ela não analisava questões sociais.
Por ironia, as principais atividades que os grevistas por ele
apoiados conseguiram suspender, como "bandejões",
creches e ônibus circulares, são, justamente, as que atendem
os servidores e os alunos pobres. A contradição não passou
despercebida na comunidade acadêmica. "A greve só
prejudica quem não tem recursos para pagar por outra alimentação.
Quem faz o movimento estudantil é a massa burguesa de classe média
que está desconectada do mundo", afirma Dioclézio
Domingos, estudante de filosofia que mora no Crusp e que
precisou fazer traduções para pagar as despesas que
aumentaram, por causa da suspensão dos serviços sociais da
Cidade Universitária.
Também
não passou despercebida da comunidade acadêmica outra
flagrante contradição, esta cometida pela professora de
filosofia política Marilena Chauí, que parece ter esquecido de
que não há democracia onde não há regras e de que a tolerância
é um dos princípios básicos da Universidade - quando criticou
a decisão da Justiça de convocar a PM para garantir o patrimônio
da USP e o acesso ao prédio da Reitoria. "Não é a eleição
de um novo reitor que vai mudar a USP. Temos de pensar uma
maneira de desestruturar essa gestão vertical e
centralizada", disse Marilena.
Insuspeito
por pertencer ao mesmo grupo que ela, o professor Dalmo Dallari
lembra que não se pode confundir "participacionismo"
com anarquia e que o princípio da autonomia universitária não
exime docentes, discentes e servidores do respeito às mais
elementares normas do Estado de Direito. "As manifestações
extremadas são um exagero que estimula a violência. (Os
grevistas) não apresentam manifesto dizendo o que querem e
partem para a violência, arrebentando a Universidade,
invadindo-a e proibindo seu funcionamento. Isso é inaceitável",
afirma ele.
A
verdade é que, com 15 mil funcionários, 80 mil alunos e 5,4
mil professores, a maior instituição brasileira de ensino
superior está vivendo uma crise deflagrada por uma minoria de
sindicalistas, professores e estudantes vinculados a grupelhos
políticos radicais e sem representatividade.
Isso
é evidenciado pelas pesquisas que têm sido feitas nas
diferentes unidades da USP, onde as aulas continuam sendo dadas
normalmente. No câmpus da zona leste, por exemplo, uma votação
online mostra que a maior parte dos alunos é contra a greve. Até
mesmo na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
(FFLCH), tradicionalmente a que mais adere a paralisações, há
mais votos de estudantes se dizendo contra do que a favor da
greve dos servidores iniciada há um mês e meio.
Não
fosse essa a situação real, não haveria necessidade de
piquetes nem de ocupações violentas da Reitoria que o
professor Antonio Candido não considera "violação do
direito sagrado de uma pessoa opinar". Para ele, piquetes e
ocupações pela força bruta são, no máximo,
"exageros" que ele aplaude e estimula.
Fonte:
Estado de S. Paulo, seção Opinião, de 18/06/2009
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 25, DE 2009
Mensagem
nº 75/2009, do Sr. Governador do Estado
São
Paulo, 16 de junho de 2009
Senhor
Presidente
Tenho
a honra de encaminhar, por intermédio de Vossa Excelência,
à elevada deliberação dessa nobre Assembleia, o incluso
projeto de lei complementar que cria na Defensoria Pública
do Estado os cargos que especifica.
A
proposta, que decorre de estudos realizados no âmbito da
referida Instituição, prevê a criação de 100 cargos de
Defensor Público
Substituto, classe do nível inicial da carreira, para
cujo provimento é indispensável a aprovação em concurso
público de
provas e títulos.
Trata-se
de medida que propiciará a expansão dos relevantes
serviços
prestados pelos Membros da Defensoria Pública do Estado,
de tutela jurídica e defesa dos necessitados, em todos
os
graus.
Enunciados,
assim, os motivos que embasam a minha iniciativa, submeto
o assunto a essa Casa de Leis e reitero a Vossa Excelência
os protestos de minha alta consideração.
José
Serra
GOVERNADOR
DO ESTADO
A
Sua Excelência o Senhor Deputado Barros Munhoz, Presidente
da Assembleia Legislativa do Estado.
Lei
Complementar nº , de de de 2009
Cria,
no Quadro da Defensoria Pública do Estado, os
cargos
que especifica.
O
Governador do Estado de São Paulo:
Faço
saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo
a seguinte lei
complementar:
Artigo
1º - Ficam criados, na Tabela III, do Subquadro de Cargos
dos Membros da Defensoria Pública (SQCD-III), do Quadro
da Defensoria Pública do Estado, 100 (cem) cargos de Defensor
Público do Estado Substituto, referência 1, da Escala de
Vencimentos - Efetivo, a que se refere o artigo 240 da Lei
Complementar nº 988, de 9 de janeiro de 2006,
alterada pelo artigo 3º
da Lei Complementar nº 1.033, de 28 de dezembro 2007.
Artigo
2º - As despesas decorrentes da aplicação desta
lei
complementar correrão à conta dos recursos do Fundo de
Assistência
Judiciária.
Artigo
3º - Esta lei complementar entra em vigor na data
de sua publicação.
Palácio
dos Bandeirantes, aos de de 2009.
José
Serra
Fonte:
D.O.E, Caderno Legislativo, de 18/06/2009
Comunicado do Centro de Estudos
O
Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria
Geral do Estado, por determinação do Procurador Geral
do Estado, Convoca o Procurador do Estado abaixo, para
participar
do Curso Débitos Tributários: Questões Administrativas
e Judiciais, a realizar-se no dia 20 de junho de 2009,
(das 8h30 às 17h30), no Paulista Wall Street Hotel, situado
na Rua Itapeva, 636 - Bela Vista, São Paulo,
SP., promovido pela Editora Lex S.A.:
LUCIANO PUPO DE PAULA.
O
Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria
Geral do Estado, por determinação do Subprocurador
Geral do Estado da Área do Contencioso Tributário
Fiscal, convoca os Procuradores abaixo relacionados, para
participarem no Treinamento sobre o acesso e utilização
do
sistema informatizado do CADIN Estadual, da Coordenadoria
da Dívida Ativa a ser ministrado por Cláudia Regina
Martins (PRODESP-SEFAZ):
L
ocal:
Escola Fazendária da Secretaria da Fazenda do Estado
de São Paulo, situada na Av. Rangel Pestana, nº 300, sala
174 - 17º andar.
Dia:
22 de junho de 2009
1ª
TURMA: das 12h30min às 15h30min
Coordenadoria
da Dívida Ativa
Valéria
Luchiari Magalhães
Marcia
Aparecida de Andrade Freixo
Procuradoria
Fiscal - PF:
Elizabeth
Jane Alves de Lima
Sérgio
Maia
Procuradoria
Regional da Grande São Paulo - PR-1:
Elisabete
Nunes Guardado
Maria
Regina Domingues Alves
Telma
Maria Freitas Alves dos Santos
Procuradoria
Regional de Santos - PR-2:
Décio
Benassi
Valéria
Cristina Farias
Procuradoria
Regional de Taubaté - PR-3:
Maria
Inês Pires Giner
Marta
Cristina dos Santos Martins Toledo
Procuradoria
Regional de Sorocaba - PR-4:
Cláudia
Maria Múrcia de Souza
Marcelo
Gaspar
Procuradoria
Regional de Campinas - PR-5:
Jivago
Petrucci
Fabrizio
de Lima Pieroni
Juarez
Sanfelice Dias
Maria
Cristina Biazão Manzatto
Silvia
Vaz Domingues
2ª
TURMA: das 15h30min às 18h30min
Procuradoria
Regional de Ribeirão Preto - PR-6:
João
Fernando Ostini
Silvia
Aparecida Salviato
Procuradoria
Regional de Bauru - PR-7 :
Josiane
Debone Bianchi
Silvio
Ferracini Junior
Procuradoria
Regional de São José do Rio Preto - PR-8:
Cléia
Borges de Paula Delgado
Celena
Gianotti Batista
Luís
Carlos Gimenes Esteves
Procuradoria
Regional de Araçatuba - PR-9 :
Claudia
Alves Munhoz Ribeiro da Silva
Edson
Storti de Sena
Paulo
Henrique Marques de Oliveira
Procuradoria
Regional de Presidente Prudente - PR-10 :
Áureo
Mangolim
José
Maria Zanuto
Procuradoria
Regional de Marília - PR-11:
Ricardo
Pinha Alonso
Renato
Bernardi
Procuradoria
Regional de São Carlos - PR-12:
Cristina
Duarte Leite Prigenzi
Giovana
Polo Fernandes
José
Thomaz Perri
Paulo
Henrique Moura Leite
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 18/06/2009