APESP

 
 

   



 

DECRETO Nº 52.811, DE 17 DE MARÇO DE 2008 

Dá nova redação ao artigo 15 do Decreto nº 50.224, de 9 de novembro de 2005, que regulamenta a Lei Complementar nº 907, de 21 de dezembro de 2001, que institui o Prêmio de Incentivo à Produtividade e Qualidade para os servidores integrantes das classes que especifica e dá providências correlatas ALBERTO GOLDMAN, Vice-Governador, em Exercício no Cargo de Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Decreta:

Artigo 1º - O artigo 15 do Decreto nº 50.224, de 9 de novembro de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 15 - Os servidores abrangidos pela Lei Complementar nº 907, de 21 de dezembro de 2001, com as alterações introduzidas pelas Leis Complementares nº 962, de 16 de dezembro de 2004, e nº 1.028, de 27 de dezembro de 2007, e avaliados nos termos deste decreto, não perderão o direito à percepção do PIPQ quando estiverem afastados:

I - nas situações consideradas como de efetivo exercício na legislação que define o regime jurídico do servidor;
II - em licença para tratamento de saúde, no limite de até 45 (quarenta e cinco) dias por semestre;
III - nos casos previstos no artigo 78 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
IV - licença por adoção, nos termos da Lei Complementar nº 367, de 14 de dezembro de 1984;
V - licença-paternidade, nos termos do inciso XIX do artigo 7º da Constituição Federal e artigo 124, § 3º da Constituição do Estado;
VI - exercício de mandato eletivo, nos termos do § 1º do artigo 125 da Constituição do Estado;
VII - exercício de atribuições no POUPATEMPO - Centrais de Atendimento ao Cidadão, a que se refere a Lei Complementar nº 847, de 16 de julho de 1998.

§ 1º - Durante o período de afastamento, o servidor perceberá o PIPQ em valor correspondente ao de sua última avaliação.

§ 2º - O servidor requisitado para integrar equipe de Corregedores, nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 4º do Decreto nº 23.596, de 24 de junho de 1985, alterado pelo artigo 7º do Decreto nº 40.097, de 24 de maio de 1995, fará jus à percepção do PIPQ, em valor correspondente ao de sua última avaliação.

§ 3º - Nos casos de licença para tratamento de saúde, concedidas pelo órgão competente aos portadores de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e nas hipóteses de intervenção cirúrgica, incapacidade de locomoção e internação hospitalar, ultrapassado o limite previsto no inciso II deste artigo, fica assegurado o recebimento do PIPQ à razão de 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo atribuído ao grupo a que pertence o cargo ou função que o servidor exerça.”. (NR)

Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 22 de dezembro de 2007.

Palácio dos Bandeirantes, 17 de março de 2008

ALBERTO GOLDMAN

Aloysio Nunes Ferreira Filho

Secretário-Chefe da Casa Civil

Publicado na Casa Civil, aos 17 de março de 2008. 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção Decretos, de 18/03/2008

 


São Paulo / Eleição APESP

A chapa única “Independência e Luta” foi eleita para os cargos diretivos da Apesp (Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo) por ampla de votos. A posse acontece no dia 4 de abril. Veja os eleitos aqui 

Fonte: Última Instância, de 18/03/2008

 


Bacen-Jud inicia consulta on-line
 

Começa a funcionar hoje a principal ferramenta da segunda fase do sistema Bacen-Jud, que passará a admitir a consulta on-line de saldos, extratos e outras informações bancárias pelos juízes. Chamado também de penhora on-line, o sistema do Banco Central comportará novas funções - que têm gerado apreensão no meio empresarial. Advogados temem o uso do recurso para a quebra de sigilo bancário dos clientes em circunstâncias indevidas, e ao mesmo tempo há dúvidas se a função trará alguma vantagem aos credores que sofrem com bloqueios excessivos.   

A visão dos técnicos do Banco Central ao criar a ferramenta era a de que a consulta prévia permitiria aos juízes escolher com antecedência a conta do devedor com mais dinheiro para ser penhorado, e assim evitar o envio de ordens de penhora simultaneamente para diversos bancos - circunstância que multiplica o valor cobrado. Mas advogados e mesmo juízes acham que a consulta a saltos e extratos terá pouca utilidade em ações de execução, sendo mais útil em processos penais, como em investigações sobre lavagem de dinheiro.   

Segundo os críticos, a consulta prévia, ainda que on-line, não é imediata - a resposta leva 48 horas - e, além de ser mais trabalhosa para o juiz, pode inviabilizar o bloqueio: no tempo decorrido entre a consulta e a ordem de penhora a conta pode ser esvaziada, seja por por coincidência ou má-fé. Advogados empresariais temem ainda que juízes usem a consulta para descobrir saldos e rastrear recursos de devedores comuns, trabalhistas cíveis, algo que seria ilegal, advertem.   

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tomou como fato consumado que a segunda fase do Bacen-Jud não resolverá o problema dos bloqueios excessivos e propôs uma outra saída para o problema: o cadastramento de contas únicas para bloqueio. A proposta é inspirada no cadastro criado pela Justiça trabalhista em 2003, que já conta com 2,8 mil empresas. O CNJ pode editar uma resolução criando o cadastro nas próximas semanas.   

Fonte: Valor Econômico, de 18/03/2008

 


Decisão sobre concessões da Cesp deve ser geral 

O governo deverá buscar uma solução geral para as concessões do setor elétrico que se encerram em 2015, e não focar especificamente no caso das usinas das Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp). A estatal paulista vai a leilão no dia 26 deste mês, mas existe um clima de incerteza no mercado com relação à situação das usinas Três Irmãos - cuja concessão vence em 2011 - e Jupiá e Ilha Solteira - com vencimento em 2015. Essas três concessões já foram renovadas, o que, pela lei, impediria uma nova prorrogação. Na sexta-feira passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que o governo estava procurando uma "brecha jurídica" para renovar a concessão das usinas.  

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, a situação da Cesp é "análoga" a de muitas outras concessões. "Há usinas da Chesf e de outras subsidiárias da Eletrobrás que estão na mesma situação, com as concessões vencendo em 2015", disse Kelman, lembrando que em 2015 terminam também os contratos de concessões para distribuição de energia.  

Sempre ressaltando que a solução dessa questão cabe ao Ministério de Minas e Energia, Kelman avaliou que a medida que vier a ser tomada pelo governo deverá valer para todas essas concessões que estão perto do fim. "Isso, provavelmente, vai ter um tratamento genérico. Não deverá ser algo específico em relação à Cesp", disse o diretor da Aneel.  

O ministro Edison Lobão confirmou que a medida que vier a ser tomada com relação às usinas da Cesp valerá para todas as concessões que se encerram em 2015. Ele também informou que vai assinar ainda nesta semana a prorrogação da concessão da usina hidrelétrica Porto Primavera para a Cesp. Nesse caso, porém, a renovação não depende de mudanças de legislação, já que é a primeira prorrogação do contrato. Com relação às outras usinas da Cesp, Lobão disse que o governo ainda está "estudando uma solução".  

A secretária de Energia e Saneamento de São Paulo, Dilma Pena, elogiou ontem a atitude do governo federal de prorrogar a concessão de Porto Primavera e de estudar a situação das outras usinas. "A disposição do ministro Edison Lobão de analisar com cuidado a situação de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos foi muito bem-recebida pelo governo de São Paulo", afirmou. 

Ela destacou que, mesmo com a desistência das estatais em concorrer ao leilão da Cesp, não vai haver nenhuma revisão dos cronogramas.  

"A expectativa quanto ao leilão é absolutamente positiva. Não temos dúvida de que a Cesp é um excelente ativo. Seguiremos o cronograma normalmente", disse a secretária, após palestra sobre suprimento de energias e fontes complementares à geração hidráulica, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 18/03/2008

 


Semana Santa: prazos processuais estarão suspensos por três dias  

Esta semana será mais curta para as atividades do Superior Tribunal de Justiça e dos demais tribunais superiores. Não haverá expediente nos dias 19, 20 e 21 de março, conforme disposto na Lei n. 5.010/66 e no artigo 81 do Regimento Interno do STJ.

Os trabalhos estarão suspensos devido à celebração da Semana Santa. Portanto os prazos processuais que se iniciam ou se completam nesse período serão automaticamente prorrogados para o dia 24 do mesmo mês, segunda-feira. 

Fonte: site do STJ, de 18/03/2008

 


Advogados defendem colega que contesta cúpula do TRF-3 

A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abrac) e a Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp) apoiaram publicamente o advogado Luiz Riccetto, que apontou desrespeito à Constituição Federal na atual formação do Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Riccetto acusa a presidente do TRF-3, Marli Marques, e as ex-presidentes da corte Anna Maria Pimentel e Diva Prestes Marcondes Malerbi de prevaricação e improbidade administrativa. Ele também acusa o procurador-regional da República da 3ª Região, José Leônidas Bellem Lima, de omissão por nada fazer diante da irregular formação do órgão de cúpula do TRF-3. 

As associações divulgaram nota em que repudiam o desagravo da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) em favor das desembargadoras e do procurador. Tanto a Abrac como a Acrimesp consideraram as notas de desagravo precipitadas e reafirmaram o direito de Riccetto de contestar a formação da cúpula do TRF-3. 

Riccetto Neto está contestando a legitimidade dos julgamentos do Órgão Especial do TRF-3 a partir de janeiro de 2005 (Leia aqui a notícia). Ele afirma que a composição do colegiado desrespeita o que determina a Emenda Constitucional 45/04, a Reforma do Judiciário. 

Pela Emenda, metade dos integrantes do órgão tem de ser formada pelos desembargados mais antigos e a outra, por eleição no tribunal. Antes disso, apenas os mais antigos compunham o Órgão Especial. Segundo Riccetto, o TRF-3 continua obedecendo a regra antiga e se recusa a aderir à nova. 

Fonte: Conjur, de 18/03/2008

 


Serra pode não indicar líder da lista tríplice para procurador
 

A eleição de Fernando Grella Vieira para o cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo fez acirrar a disputa política dentro do Ministério Público Estadual. Ontem, primeiro dia útil após a votação, promotores e procuradores ainda se perguntavam qual dos três candidatos - Grella, José Oswaldo Molineiro e Paulo Afonso Garrido de Paula - será nomeado para o cargo pelo governador José Serra (PSDB). 

Por tradição, o chefe do Executivo tende a endossar a posição da classe, aclamando o mais votado. Nos bastidores, porém, circula a informação de que Serra quebrará o protocolo e escolherá Molineiro, candidato da "situação", que ficou em segundo lugar na eleição, com 669 votos, ante os 931 do vencedor. 

Os rumores surgiram no sábado à noite, horas depois da eleição, e se espalharam ontem pelas principais promotorias do Estado. Em encontro informal realizado numa pizzaria de Moema, na zona sul, um grupo de procuradores que apoiou a candidatura de Molineiro para a Procuradoria-Geral de Justiça alardeou que a derrota seria revertida. "A eleição não está perdida", assegurou um de seus correligionários. "Vamos falar com o Serra e ele escolherá o segundo (colocado)." 

Caso se confirme, a virada não será inédita na história da instituição. Em 1996, o governador Mário Covas escolheu Luiz Antonio Guimarães Marrey - hoje secretário de Justiça - como procurador-geral, apesar de ele ter sido derrotado na eleição para o biênio 1996/1998. "São momentos históricos diferentes e pessoas com trajetórias muito distintas", comparou um promotor. "Se o governador não optar pelo primeiro colocado, o Ministério Público ficará desmoralizado e difícil de ser comandado, uma vez que a ?situação? está em minoria no Conselho Superior." 

Por lei, o governador tem 15 dias para nomear o novo procurador-geral de Justiça. Serra está em Amsterdã, na Holanda, para participar de um congresso sobre transporte público. A volta da comitiva está marcada para esta quinta-feira.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 18/03/2008

 


Suspenso julgamento de embargos opostos para saber os efeitos da declaração de inconstitucionalidade  

Por motivo de empate dos votos, foi suspenso julgamento de embargos de declaração [recurso] opostos na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2791, a fim de que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) esclarecesse se os efeitos da declaração de inconstitucionalidade de um dispositivo paranaense fossem aplicados desde a criação da lei [ex tunc] ou a partir da decisão da Corte [ex nunc]. A autoria dos embargos é do governador do estado do Paraná, que alega a omissão do Tribunal quanto à explicitação dos efeitos. 

Em agosto de 2006, o Tribunal julgou, por unanimidade, procedente a ação direta para declarar a inconstitucionalidade de dispositivo da Lei 12.398/98, do estado do Paraná, alterado pela Lei Estadual 12.607/99, que introduziu a expressão “bem como os não remunerados”. A modificação pretendia permitir que os serventuários da justiça, não-remunerados pelo erário paranaense, fossem incluídos no regime próprio de previdência dos servidores públicos estaduais do cargo efetivo. 

A Lei 12.398/98 cria o sistema de seguridade funcional do Estado e transforma o Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado do Paraná (IPE) em serviço social autônomo denominado “Paraná Previdência”. O dispositivo questionado foi o parágrafo 1º, do artigo 34. 

Julgamento dos embargos  

O relator da matéria, ministro Gilmar Mendes, esclareceu que a declaração de inconstitucionalidade não afeta os casos de benefícios previdenciários, aposentadorias e pensões já asseguradas, assim como nas hipóteses em que o serventuário já preencheu todos os requisitos legais para a obtenção desses benefícios até a data da publicação da decisão de declaração de inconstitucionalidade, ocorrida no dia 23 de agosto de 2006. O ministro conheceu do recurso e proveu propondo que, neste caso, a declaração de inconstitucionalidade tivesse efeito retroativo com apresentação de determinadas situações. 

Inicialmente, ele destacou que como regra geral, as decisões proferidas em sede de ação direta possuem eficácia ‘ex tunc’, sendo nulo o ato questionado desde a sua origem. “Excepcionalmente, a declaração de inconstitucionalidade poderá ter eficácia ‘ex nunc’, quando por razões de segurança jurídica ou de relevante interesse social se mostrar oportuno que seja fixado outro momento de eficácia nos termos do artigo 27, da Lei 9868/99 [Lei das ADIs].”, revelou. 

Mendes informou que os documentos apresentados pela Procuradoria do estado e juntados aos autos, demonstram que existem mais de 90 serventuários da justiça não remunerados pelos cofres públicos que durante a vigência da Lei 12398 se aposentaram ou geraram pensões. “Nessa relação, certamente, não constam aqueles que já haviam adquirido direitos aos benefícios previdenciários”, disse. 

Gilmar Mendes afirmou que, com a decisão da Corte, “todas essas pessoas terão ou já tiveram suas aposentadorias canceladas, tendo que retornar à atividade ou a buscar outro tipo de recurso”. “Parece evidente que o princípio da segurança jurídica tem aqui um peso incontestável, capaz de afetar o próprio princípio da nulidade absoluta da lei inconstitucional”, considerou o ministro. 

Assim, para ele, poderá ser declarada a inconstitucionalidade de normas com efeito retroativo, desde que sejam preservadas as situações singulares, “razões de segurança jurídica que, segundo o entendimento do Tribunal, devem ser mantidas incólumes”. 

Com o relator, votaram os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Ellen Gracie. Abriu divergência o ministro Menezes Direito que entendeu que os embargos não deveriam ser providos porque ele não identificou a omissão alegada, uma vez que a lei determina os efeitos como retroativos (ex tunc), devendo a Corte se manifestar e aprovar, por um quórum minímo de 8 votos, proposta em sentido contrário (efeitos ex nunc). Os ministros Cármen Lúcia Antunes Rocha, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio também votaram pelo conhecimento e rejeição dos embargos. 

Fonte: site do STF, de 18/03/2008

 


Gangorra 

Em greve, os advogados da União poderão ter uma surpresa nos próximos dias: o Ministério do Planejamento quer editar uma medida provisória baixando o piso inicial da carreira, de cerca de R$ 12 mil para R$ 10 mil. A idéia coloca, de um lado, o ministro Paulo Bernardo; de outro, o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, que é contrário à medida. 

GANGORRA 2  

O Ministério do Planejamento considera que o piso inicial desta, e de algumas outras carreiras, é muito alto. Se for adotada, no entanto, a medida não afetará quem já está na AGU (Advocacia Geral da União). 

Fonte: Folha de S. Paulo, Coluna Mônica Bergamo, de 18/03/2008

 


Governo abre negociação com Estados sobre IVA 

Pressionado pelo Congresso, o governo começa na próxima semana a negociar com os Estados as propostas de regulamentação do Fundo de Equalização de Receitas (FER) e o dispositivo que garante que não haverá aumento da carga tributária na criação do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) na proposta de reforma tributária.  

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, as duas regulamentações fazem parte de um conjunto de sete projetos de lei complementar que terão de ser aprovados após a votação da emenda de reforma tributária. A aprovação de uma lei complementar requer quórum qualificado (maioria mais um dos parlamentares).  

Em uma apresentação para jornalistas, que durou quatro horas, ele admitiu ontem que sem um acordo sobre estes pontos será difícil aprovar a reforma. "Se não for aprovada este ano, vamos batalhar para aprovar em 2009. Se não aprovarmos até o ano que vem, todo mundo sabe que não dá para votar em 2010 porque é ano de eleições", afirmou.  

Ele sinalizou que algumas desonerações tributárias, que o governo já se comprometeu a fazer com a reforma, podem ocorrer antes da sua aprovação, como a devolução do PIS e da Cofins pagos na aquisição de máquinas e equipamentos. Segundo Appy, o impacto fiscal para zerar estes créditos é de R$ 13 bilhões em 2008 e 2009. "O governo assumiu o compromisso de reduzir a zero este estoque. Vamos fazer assim que a situação fiscal permitir", afirmou.  

Appy informou também que haverá um gatilho para evitar o aumento da carga tributária, de modo que a arrecadação real do novo IVA não seja maior que a expansão da economia, estimada em 5% pelo governo para os próximos anos.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 18/03/2008

 


Comunicado do Centro de Estudos 

A Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos comunica aos Procuradores do Estado que estão abertas 20 (vinte) vagas para o Curso “Uma certa idéia de Brasil”, a ser ministrado pelo Professor César Benjamin, nos dias 1º, 8, 15, 22 e 29 de abril e 06, 13 e 20 de maio de 2008, das 18h30 às 21h, nas salas 3 e 4 da Escola Superior da PGE., na Rua Pamplona, 227 - 2º andar, Bela Vista, São Paulo, SP., com a seguinte programação. 

1ª aula: O sentido da construção nacional O paradoxo da expansão européia. A colonização do Brasil como um problema novo. O nosso ponto de partida: a empresa colonial. O papel do Brasil no sistema-mundo em formação. Os principais processos estruturais que moldaram a sociedade brasileira no longo prazo. O processo fundamental: a formação de um povo novo. A transição incompleta para a Nação. A crise brasileira atual, vista à luz desse desenvolvimento histórico.

2ª aula: Por que ficamos na periferia?

A agenda brasileira depois da Independência (a manutenção da integridade territorial, o prolongamento da escravidão, o surgimento da questão agrária), comparada com a agenda dos países que ocuparam o centro do sistema-mundo (a revolução educacional, o acesso à propriedade, a industrialização pesada). Análise comparativa entre Estados Unidos e Brasil: a preparação do “século americano” e a consolidação do Brasil como país periférico. Os primeiros esforços para se pensar o Brasil: Vanhagen, os abolicionistas, Euclides da Cunha, Capistrano de Abreu.

3ª aula: A construção da nova agenda brasileira do século XX.

A nova agenda: identidade e modernização. A década de 1920: modernismo, tenentismo e trabalhismo. As novas formas de expressão artística, a descoberta do povo brasileiro como criador de cultura. A formação da moderna ciência social brasileira: Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda. O nascimento de uma “idéia de Brasil”.

4ª aula: O ciclo desenvolvimentista: 1930-1980.

A reação ativa à crise internacional. A Revolução de 1930.

A sinergia de três movimentos estruturais de longo fôlego: industrialização, urbanização e integração territorial. A construção do moderno Estado brasileiro. A ascensão do mercado interno. O ciclo Vargas, o Plano de Metas e o desenvolvimen tismo militar. Celso Furtado, principal teórico do desenvolvimentismo.

A visão crítica de Caio Prado Jr.

5ª aula: A crise do desenvolvimentismo e o desmonte do projeto nacional.

O II Plano Nacional de Desenvolvimento. O fim do ciclo de industrialização por substituição de importações. Os grandes choques externos: petróleo e juros. A dívida externa e a crise inflacionária. O Estado como refém da acumulação financeira.

A formação da dívida interna. A crise do regime militar e as promessas da redemocratização.

6ª aula: O novo papel do Estado nacional.

A década de 1990. A renegociação da dívida externa e as novas formas de dependência. A macroeconomia: o baixo crescimento e o agravamento da questão social. O fim da Era Vargas e o novo papel do Estado.

7ª aula: O sistema internacional e a posição brasileira.

A ascensão dos Estados Unidos à condição de potência hegemônica: aspectos militares, econômicos e monetários. O novo padrão monetário internacional: dólar-ouro. As novas instituições:

Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial. A Guerra Fria. A alteração do padrão monetário e a retomada da hegemonia americana. A formação de mega-estados. A posição da América do Sul.

8ª aula: Principais indicadores econômicos brasileiros e algumas projeções para o futuro.

Análise da atual conjuntura econômica brasileira.

Principais indicadores: crescimento, inflação, dívida pública, vulnerabilidade externa. Apresentação de algumas tendências de longo prazo. A posição do Brasil no mundo, no século XXI.

Desafios e perspectivas.

Os Procuradores do Estado poderão se inscrever até o dia 28 de março do corrente ano, junto ao Serviço de Aperfeiçoamento, das 9h às 15h, por fax (3286-7030), conforme modelo anexo.

Se for o caso, os inscritos receberão diárias e reembolso das despesas de transporte terrestre, nos termos da resolução PGE nº 59, de 31.01.2001.

ANEXO

Senhora Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado ______________________________, Procurador(a) do _______________ Estado, em exercício na ________________, Telefone____________,e-mail____________________, vem respeitosamente à presença de Vossa Senhoria solicitar inscrição no Curso “Uma certa idéia de Brasil”, a ser ministrado pelo Professor César Benjamin, nos dias 1º, 8, 15, 22 e 29 de abril e 06, 13 e 20 de maio de 2008, das 18h30 às 21h, na sala de aula 3 e 4 da Escola Superior da PGE., na Rua Pamplona, 227 - 2º andar, Bela Vista, São Paulo, SP.

__________, de março de 2008.

Assinatura:______________________________ 

Fonte: D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 18/03/2008