PARECER
Nº 1583, DE 2009 DA REUNIÃO CONJUNTA DAS COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA, ECONOMIA E PLANEJAMENTO E DE FINANÇAS E ORÇAMENTO,
SOBRE O PROJETO DE LEI Nº 749, DE 2009
Ontem
(16/09), foi aprovado o parecer do relator Bruno Covas (PSDB),
favorável ao projeto PL 749/09 e contrário às emendas de n.ºs
1 a 29, ao substitutivo n.º 1 e ao voto em separado do deputado
Adriano Diogo (PT) - favorável ao projeto na forma do
substitutivo n.º 1. A aprovação aconteceu no congresso de
comissões "Comissão de Constituição e Justiça",
"Comissão de Economia e Planejamento", "Comissão
de Finanças e Orçamento".
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Fonte:
D.O.E, Caderno Legislativo, seção PGE, de 17/09/2009
Direto da Alesp: deputados apresentam 2° substitutivo e mais 28
emendas ao PL 749/2009
Ontem
(16/09), foram apresentadas mais 28 emendas e um segundo
substitutivo ao PL 749/2009.
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aqui para o anexo substitutivo e emendas anexo 1
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Fonte:
D.O.E, Caderno Legislativo, seção PGE, de 17/09/2009
Congresso de comissões aprova projeto que autoriza Estado a ceder
créditos tributários
O
congresso das comissões de Economia e Planejamento, de Finanças
e Orçamento e de Constituição e Justiça da Assembleia aprovou,
na tarde desta quarta-feira, 16/9, parecer favorável do deputado
Bruno Covas (PSDB) ao Projeto de Lei 749/2009, do governador. A
iniciativa autoriza o Executivo a ceder, a título oneroso, os
direitos creditórios originários de créditos tributários e não-tributários,
objeto de parcelamentos administrativos ou judiciais.
A
bancada petista, através do deputado Adriano Diogo, apresentou
voto em separado favorável ao texto do Substitutivo 1, elaborado
pelo líder petista Rui Falcão, rejeitado pelo congresso de
comissões.
O
que diz o projeto
O
texto do PL 749/2009 declara que fica o Executivo autorizado a
ceder créditos tributários derivados de dívidas de ICMS, IPVA
ou do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer
Bens ou Direitos (ITCMD) à sociedade por ações, vinculada à
Secretaria da Fazenda, cujo capital votante seja majoritariamente
detido pelo Estado.
A
sociedade passível de receber o crédito tem que ter como objeto
social a estruturação e implementação de operações que
envolvam a emissão e distribuição de valores mobiliários ou
outra forma de obtenção de recursos junto ao mercado de
capitais, lastreadas nos direitos creditórios a que se refere a
lei.
Ainda
conforme o projeto, os créditos poderão também ser cedidos à
Companhia Paulista de Parcerias (CPP), ou ainda a um fundo de
investimento em direitos creditórios, constituído de acordo com
as normas da Comissão de Valores Mobiliários.
Com
a palavra, a Secretaria da Fazenda
Segundo
informações do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado
Costa, ao encaminhar a proposta ao governador José Serra,
"os direitos creditórios de que trata o texto do projeto
caracterizam-se como ativos de titularidade do Estado e constituem
um direito autônomo em relação ao crédito tributário
propriamente dito".
Também
de acordo com Mauro Ricardo, "com a cessão do direito ao
recebimento do produto do adimplemento, permanecem íntegros todos
os privilégios próprios do crédito tributário bem como a
prerrogativa exclusiva do Estado, por intermédio da Procuradoria
Geral do Estado, para sua cobrança".
A
matéria que recebeu 21 emendas dos parlamentares e também uma
Emenda Substitutiva 1 do líder petista, está pronta para ser
apreciada pelo Plenário, que tem prazo regimental para sua
apreciação até 30/9.
Acompanhe
o trâmite do PL 749/09 e a íntegra do texto aprovado pelas
comissões no Portal da Assembleia, www.al.sp.gpv.br, no ícone
Projetos.
Fonte:
site da Alesp, de 16/09/2009
Direto de Brasília: Apesp intensificará acompanhamento das PECs
89/07 e 341/09
A
constante presença da Apesp em Brasília tem se revelado muito
profícua. Para além do acompanhamento das PECs 210/07 e 21/08,
os representantes da entidade puderam “garimpar” outras
propostas de interesse da carreira que tramitam na Câmara dos
Deputados:
•
PEC 89/2007: “estabelece o mesmo teto remuneratório para
qualquer que seja a esfera de governo”, de autoria do deputado
João Dado (PDT/SP). Tramitação: iminente instalação da Comissão
Especial. Ontem (16/09), a Comissão chegou a ser convocada para
escolha do presidente, vice-presidente e relator. Por falta de quórum,
a eleição foi adiada para a próxima terça-feira (22/09), às
14h30.
•
PEC 341/2009: propõe modificar “os dispositivos constitucionais
retirando do texto matéria que não é constitucional”, de
autoria do deputado Régis de Oliveira (PSC/SP). Tramitação: a
proposta encontra-se ainda no âmbito da CCJ. O relator Sérgio
Barradas Carneiro (PT/BA) votou por sua admissibilidade. No
entanto, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB/RJ) apresentou voto em
separado pela inadmissibilidade. Frente à controvérsia, o autor
solicitou a realização de uma audiência pública.
Fonte:
site da Apesp, de 17/09/2009
Direto de Brasília: deputado Paulo Teixeira (PT/SP) reúne-se com
presidente da Apesp
O
deputado Paulo Teixeira (PT/SP) recebeu o presidente da Apesp,
Ivan de Castro Duarte Martins, quando se solidarizou com o pleito
dos procuradores pela inclusão na PEC 210/2007. Ademais, o
parlamentar prontificou-se com o agendamento, na próxima semana,
de audiências com os líderes do Governo, Henrique Fontana
(PT/RS), e do PT, Cândido Vaccarezza (SP).
Fonte:
site da Apesp, de 17/09/2009
Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro GILMAR MENDES
recebe Presidente da ANAPE
Hoje,
às 13:15, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Gilmar Mendes, recebeu o Presidente da Anape, Ronald Bicca, para
tratar de assuntos de interesse dos Procuradores. Na oportunidade,
Bicca foi entrevistado pelas TV e Rádio Justiça. Na ocasião,
disse em suma:
1
- O MP e a Magistratura saíram muito fortalecidos na CF 88 e a
advocacia pública não acompanhou, e que isto não era adequado
para uma efetiva defesa do Estado em juízo, o que causa prejuízo
para a sociedade como um todo;
2
- Que a Anape ingressou com diversas ADIs no STF pedindo o
afastamento dos comissionados ocupantes de cargos jurídicos nos
Estados, sendo que a grande maioria já foi afastada;
3
- Que a União afastou seus comissionados das funções jurídicas,
tendo como base ADIs interpostas pela Anape;
4
- Que a autonomia é necessária para um efetivo exercício de
nosso mister da forma ideal;
5
- Ao final, elogiou a gestão do Ministro Gilmar frente à frente
da AGU, com a racionalização dos quadros;
6
- Foram tratados outros assuntos de interesse da advocacia pública;
inclusive sobre as PECs de interesse da categoria;
7
- O ministro Gilmar, sendo conhecedor profundo da advocacia pública,
pois foi seu Chefe, demonstrou boa vontade na defesa de nosso
fortalecimento.
Fonte:
site da Anape, de 17/09/2009
Anape pede ao Supremo apoio para o fortalecimento das
procuradorias estaduais
O
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes,
recebeu na manhã desta quarta-feira (16) o presidente da Associação
Nacional dos Procuradores de Estado (Anape), Ronald Bicca. Na
ocasião, o representante da entidade de classe solicitou o apoio
da Corte para garantir autonomia às procuradorias estaduais e
promover o fortalecimento da defesa dos estados em juízo, por
meio do célere julgamento de ações diretas de
inconstitucionalidade impetradas no STF a respeito do tema.
Segundo
Bicca, a ideia de solicitar auxílio a Gilmar Mendes surgiu porque
quando o ministro foi advogado-geral da União, de janeiro de 2000
a julho de 2002, implantou diversas mudanças na Advocacia Pública
no sentido de valorização das carreiras de advogado da União,
procurador-geral federal e procurador da Fazenda Nacional, o que
resultou no fortalecimento da instituição. A intenção da Anape
é que as procuradorias dos estados também obtenham
reconhecimento e possam atuar com independência e estrutura
adequadas.
“Nós
não temos a autonomia necessária para exercer nossas funções,
essenciais à Justiça. Por isso, esta visita de cortesia busca
apresentar ao ministro a situação das procuradorias estaduais,
tendo em vista ser ele o chefe do Poder Judiciário
brasileiro", explicou Ronald Bicca.
Fonte:
site do STF, de 16/09/2009
AGU afirma ter poupado R$ 476 para a União
O
processo de profissionalização da Advocacia-Geral da União,
promovida nos últimos anos, tem rendido resultados que podem ser
medidos em reais pupados pelos cofres públicos. É o que indica
balanço feito pela própria AGU sobre os mais de dois anos da
instituição sob o comando de José Antônio Dias Toffoli, que se
tornou advogado-geral da União em março de 2007. O balanço veio
a público no dia em que se conheceu também a notícia de que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve indicar Toffoli para
ocupar uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Segundo
o relatório, a atuação da AGU provocou, de forma direta ou
indireta, uma economia de R$ 476 bilhões nos dois anos da gestão
de Toffoli. Apesar de obtidos a partir de critérios suscetíveis
a discussão, os números indicam de forma clara a eficácia da
atuação da AGU. De acordo com o balanço, o que mais gerou
economia aos cofres públicos foi a decisão do Supremo de que o
crédito-prêmio do IPI acabou em 1990. Nas contas da
Advocacia-Geral, foram poupados R$ 221 bilhões. Para a Fundação
Getúlio Vargas, no entanto, os números são bem menores. Se a
decisão tivesse atendido ao desejo dos contribuintes, que
esperavam o crédito até este ano, estariam em jogo R$ 70 bilhões
em impostos a serem pagos, dos quais R$ 50 bilhões já foram
compensados e R$ 20 bilhões ainda teriam de ser quitados.
O
processo definindo que as empresas não devem obter crédito de
IPI ao comprar insumos isentos, não tributados e sujeitos a alíquota
zero também engordou o balanço da AGU. Com a decisão, o governo
deixa de gastar R$ 20 bilhões por ano. Em 10 anos sem precisar
repassar o crédito, a economia chegará a R$ 200 bilhões.
Uma
das vitórias da AGU no STF evitou o pagamento de R$ 20 bilhões
pela União ao estado do Paraná. O governo estadual pretendia
receber despesas com a construção do trecho da ferrovia que liga
as cidades de Apucarana e Ponta Grossa. O estado alegava que tinha
um convênio entre as partes, mas a AGU comprovou que cumpriu
todas as obrigações previstas no contrato e nada mais deveria
ser pago.
Outra
decisão do Supremo que deu um alívio para o caixa da Previdência
Social foi a não-retroatividade no aumento das pensões do INSS.
A conta da economia chegou a R$ 100 bilhões.
As
empresas que, por não cumprirem com os procedimentos de segurança,
causaram prejuízo ao INSS por casos de empregados acidentados e
até mortos por má condições de trabalho, também não foram
poupadas pela AGU. A União conseguiu R$ 55 bilhões com ações
regressivas contra essas empresas. Na conta, a AGU ainda
contabiliza a economia em processos administrativos e judiciais,
que chegou a R$ 10 bilhões, e a arrecadação de R$ 27,6 bilhões
por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Outra
conquistas no Supremo Tribunal Federal não representaram
contribuição direta nos cofres da União, mas marcaram a imagem
do governo. Uma das mais polêmicas foi a liberação das
pesquisas com células-tronco como forma de desenvolvimento científico,
em maio de 2008. A desocupação da Terra Indígena Raposa Serra
do Sol por não-índios foi outra conquista da AGU no Supremo
bastante complicada. A área abriga 194 comunidades com uma população
de 19 mil índios dos povos Macuxi, Taurepang, Patamona, Ingaricó
e Wapichana. Um grupo de produtores de arroz insistia em
permanecer no local.
O
trabalho da AGU também colaborou com o bom andamento do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), promovido pelo gestão do
presidente Lula. Para garantir que nenhuma obra fosse parada por
questões judiciais, a advocacia da União atuou em mais de mil ações.
Segundo dados do órgão, deste total, 60% foram para garantir
desapropriação de terras por interesse social e mais de 500
processos garantiram a construção de rodovias, como a restauração
e a duplicação da BR-101 (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Entre as ações ganhas está também a que garantiu as obras da
Hidrelétrica de Mauá (PR). Apesar da polêmica envolvendo o
projeto, a presidência do Superior Tribunal de Justiça entendeu
que a construção dos empreendimentos não estava sendo planejada
sem estudos de impacto ambiental.
Fonte:
Conjur, de 16/09/2009
Lula convida Toffoli para vaga de ministro no STF
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o advogado-geral da
União, José Antonio Dias Toffoli, para assumir uma cadeira no
Supremo Tribunal Federal, de acordo com informações do
jornalista Marcio Aith, da Folha de S.Paulo. Se aprovado na
sabatina, Toffoli substituirá o ex-ministro Menezes Direito, que
morreu no último dia 1º.
Será
a oitava indicação de Lula para a corte. O convite foi feito após
uma reunião entre os dois na manhã desta quarta-feira (16/9). O
anúncio do convite pode ser feito na tarde desta quarta ou na
manhã de quinta-feira (17/9), quando, segundo a Folha, será
escolhido o substituto de Toffoli para assumir a AGU.
O
anúncio do convite a Toffoli será feito junto com a indicação
do ministro José Múcio (Relações Institucionais) para o
Tribunal de Contas da União. O nome mais cotado para substituir Múcio
na pasta é o de Alexandre Padilha. Mas até esse momento ainda não
havia sido definido. Padilha é subchefe de Assuntos Federativos.
Segundo
a Consultor Jurídico apurou, em uma reunião feita nessa terça-feira
(15/9) no Palácio do Planalto para tratar de inclusão digital
com quase todos os ministros de Estado, Toffoli foi saudado pelos
colegas como indicação certa do presidente Lula para o STF.
Antes do final do encontro, Lula o convocou para “uma conversa séria”
na manhã desta quarta, às 9h30. Os demais colegas de governo
riram como a mostrar que o assunto já era sabido.
A
um interlocutor, o advogado-geral da União desestimulou festejos
antecipados. Provavelmente por antever alguma resistência da
oposição no Senado. Nessa quinta-feira (17/9), Toffoli e Lula
viajam juntos para Curitiba. Os dois vão comparecer à posse do
primeiro juiz cego no TRT da 9ª Região. O juiz Ricardo Tadeu
Marques da Fonseca é amigo de Toffoli. O TRT comemorará seu 33º
aniversário de criação. Caso o Planalto não confirme ainda
nesta quarta a indicação de Toffoli, Lula poderá fazê-lo na
quinta, no Paraná.
O
presidente, no entanto, ao ser questionado por jornalistas sobre a
indicação, desconversou. "Quando eu decidir, terei o imenso
prazer de fazer o comunicado oficial à imprensa de que já
escolhi as pessoas e estou mandando para o Congresso Nacional. Não
tomei a decisão ainda. Estou pensando", disse.
Lula
e o Supremo
Até
o final de seu mandato, o presidente Lula terá ainda a
oportunidade de nomear mais um integrante da Suprema Corte,
totalizando nove ministros. Em agosto de 2010, o ministro Eros
Grau completará 70 anos de idade e será compulsoriamente
aposentado. Mesmo depois da indicação do sucessor de Eros Grau,
o tribunal terá em atividade, no máximo sete ministros indicados
por Lula, já que os ministros que estão sendo substituidos também
foram indicados por ele.
Lula
foi responsável pela indicação dos ministros Cezar Peluso,
Carlos Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau e
Joaquim Barbosa.
No
governo Fernando Henrique foram indicados os ministros Gilmar
Mendes, atual presidente do STF, e Ellen Gracie. O ex-presidente
Fernando Collor de Mello nomeou o ministro Marco Aurélio;
enquanto o ex-presidente José Sarney indicou Celso de Mello, o
decano da corte.
Risco
político
Reportagem
do Correio Braziliense chama atenção para as possíveis estratégias
da oposição para reagir à indicação do petista Toffoli. O
atual advogado-geral da União terá de vencer a resistência de
parlamentares dispostos a evitar a indicação política do
presidente Lula. “Será temerário. Mas creio que o Senado pode
evitar isso durante a sabatina e, depois, no plenário. Há como
reagir e evitar que a política partidária invada a mais alta
corte do país. Temos um papel decisivo em relação a isso”,
comentou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
O
líder do DEM, José Agripino (RN), também se prepara para
campanha em defesa da participação dos congressistas em relação
à análise do nome para o STF. Segundo ele, a indicação é uma
prerrogativa que cabe ao chefe do Executivo, assim como é função
do Congresso barrar os excessos e deixar com que apenas indicações
de interesse do Judiciário e do país sejam concretizadas. “O
presidente tem a competência para indicar e nós, a obrigação
de avaliar essa escolha e as consequências.”
Fonte:
Conjur, de 16/09/2009
Segue para sanção projeto de lei orgânica da Defensoria
O
Plenário do Senado aprovou o texto do Projeto de Lei que organiza
a Defensoria Pública da União e dos estados, que vai dar origem
a já chamada Lei Orgânica da Defensoria. O projeto segue para
sanção presidencial, segundo a Agência Senado.
O
texto regulamenta a autonomia do órgão, inclusive orçamentária,
e permite que a Defensoria promova concursos e nomeie defensores.
De acordo com o relator da matéria, senador Antônio Carlos
Valadares (PSB-SE), a instituição é a menos estruturada da
Justiça brasileira. Há falta de defensores em cerca de 60% dos
municípios do país, disse. “Os principais beneficiados pela
proposta serão aqueles que ganham até três salários mínimos,
ou seja, cerca de 80% da população”, declarou Valadares.
Para
reiterar o foco na população carente, a proposta determina que a
atuação do órgão será descentralizada, priorizando as regiões
"com maiores índices de exclusão e adensamento
populacional". A defesa dos direitos fundamentais deverá se
dar de forma especial em relação a crianças, adolescentes,
idosos, pessoas com deficiências e mulheres vítimas de violência
doméstica ou familiar.
Entre
as novas funções da Defensoria Pública está a de incentivar a
solução extrajudicial dos litígios por meio de mediação e
conciliação, além de "promover a difusão e a conscientização
dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico".
Outra
novidade é a criação da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública,
canal de participação da sociedade na fiscalização do órgão.
O ouvidor não poderá ser um integrante dos quadros da
Defensoria, mas uma pessoa escolhida pelo Conselho Superior a
partir de uma lista tríplice apresentada pela sociedade civil.
“Fortalecer a Defensoria Pública é fortalecer a garantia do
acesso à Justiça, que talvez seja a mais importante das
garantias fundamentais do cidadão”, disse o relator, lembrando
que a existência desse órgão está prevista na Constituição.
O senador destacou ainda que um dos objetivos do projeto é
adaptar a Defensoria Pública à Emenda Constitucional 45/04, a
chamada Reforma do Judiciário.
Fonte:
Conjur, de 16/09/2009