APESP

 
 

   




 

Decreto de promoção, de 14/02/2008 

Promovendo, a partir de 31-12-2007, nos termos do art. 83 da LC 478-86, tendo em vista concurso realizado pelo Conselho da Procuradoria Geral do Estado: ao cargo de Procurador do Estado Nível V, os seguintes Procuradores do Estado Nível IV: 

por antiguidade: 

Luis Antonio da Silva Duarte, RG 3.470.249, em vaga decorrente da aposentadoria de Margherita Mascarenhas da Silva Duarte; Mary Chekmenian, RG 6.486.944, em vaga decorrente da aposentadoria de Antonio Joaquim Ferreira Custodio; 

por merecimento: 

Haroldo Tucci, RG 12.972.747, em vaga decorrente da aposentadoria de Maria Fátima Seixas Cheque de Campos Tanure; Maria Helena Boendia Machado de Biasi, RG 6.249.466-1, em vaga decorrente da aposentadoria de Maria Clara Gozzoli; Enio Moraes da Silva, RG 11.916.110, em vaga decorrente da aposentadoria de José Luis Galdino; ao cargo de Procurador do Estado Nível IV, os seguintes Procuradores do Estado Nível III: 

por antiguidade: 

Rosely Sucena Pastore, RG 12.893.953-9, em vaga decorrente da aposentadoria de Marco Antonio Moraes Sophia; Marcio Aparecido de Oliveira, RG 11.138.348, em vaga decorrente da promoção de Luis Antonio da Silva Duarte; Angela Mansor de Rezende Ferraz Cunha, RG 13.576.591-2, em vaga decorrente da promoção de Mary Chekmenian;  

por merecimento: 

Vanderlei Ferreira de Lima, RG 4.481.913-9, em vaga decorrente da promoção de Haroldo Tucci; Renato Bernardi, RG 14.326.049-2, em vaga decorrente da promoção de Maria Helena Boendia Machado de Biasi; Milton Del Trono Grosche, RG 11.005.074-5, em vaga decorrente da promoção de Enio Moraes da Silva; ao cargo de Procurador do Estado Nível III, os seguintes Procuradores do Estado Nível II: 

por antiguidade: 

Valéria Bertazoni, RG 16.930.856, em vaga decorrente da promoção de Carlos José Teixeira de Toledo; Eliana de Fátima Unzer, RG 16.604.750-8, em vaga decorrente da promoção de Rogério Pereira da Silva; Lucia de Faria Freitas, RG 18.436.210, em vaga decorrente da promoção de Jivago Petrucci;Alcina Mara Russi Nunes, RG 7.039.209-7, em vaga decorrente da aposentadoria de Ângela Rodrigues Canelas; Claudia Alves Munhoz Ribeiro da Silva, RG 18.820.915-3, em vaga decorrente da promoção de Rosely Sucena Pastore; 

por merecimento: 

José Alexandre Cunha Campos, RG 10.349.516-2, em vaga decorrente da promoção de Marcio Aparecido de Oliveira;Antonio Agostinho da Silva, RG 22.669.245-0, em vaga decorrente da promoção de Ângela Mansor de Rezende Ferraz Cunha; Salvador José Barbosa Júnior, RG 20.237.102, em vaga decorrente da promoção de Vanderlei Ferreira de Lima;Sandro Marcelo Paris Franzoi, RG 5.102.974-7, em vaga decorrente da promoção de Renato Bernardi;Paula Cristina Rigueiro Barbosa Engler Pinto, RG 18.876.333- 8, em vaga decorrente da promoção de Milton Del Trono Grosche. 

Fonte: D.O.E, caderno Executivo II, seção Atos do Governador, de 15/02/2008 

 


Cai a liminar que impedia venda da Cesp 

A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo conseguiu derrubar a liminar que impedia a publicação do edital de venda da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Segundo a Procuradoria, a liminar foi suspensa até julgamento do mérito da ação. A decisão atendia ao pedido do prefeito de Anaurilândia (MS), Antonio Eduardo de Lima Ricardo. O município pede, na ação, a realização de uma audiência pública na cidade antes da venda da companhia. O objetivo é discutir compensações por danos ambientais provocados na construção da Usina Porto Primavera. O prazo inicial para venda da Cesp era o dia 20.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 15/02/2008

 


PPA de Serra destina 54% do investimento à área social  

O governo de São Paulo entregou ontem à Assembléia Legislativa do Estado o Plano Plurianual para o período de 2008 a 2011. A proposta prevê a aplicação de R$ 378 bilhões, descontados R$ 86,6 bilhões referentes às transferências de recursos aos municípios. Do total, R$ 187 bilhões (54% do destinado ao executivo) serão destinados à área social, sendo que R$ 56,8 bilhões serão destinados à Secretaria de Educação - ou 15% do total, ante uma taxa média de aplicação de 30% em anos anteriores, de acordo com dados do governo. O plano prevê a destinação de R$ 21,3 bilhões a programas de melhoria do ensino fundamental, outros R$ 13 bilhões serão investidos no ensino superior e R$ 10,1 bilhões no ensino médio.   

Outros R$ 40,1 bilhões serão destinados à Secretaria de Saúde (ou 22% do total). Desse montante, R$ 29,5 bilhões serão aplicados no projeto de atendimento integral e descentralizado do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a Segurança Pública estão programados R$ 38,6 bilhões - sendo R$ 17 bilhões previstos para policiamento ostensivo e R$ 8,7 bilhões para ações de prevenção e repressão à criminalidade. Ainda dentro do orçamento social estão previstos R$ 24,6 bilhões para a Secretaria de Ensino Superior (13% do total).   

O plano plurianual prevê ainda a destinação de R$ 83,9 bilhões para projetos na área de infra-estrutura, dos quais R$ 31,9 bilhões terão como destino a pasta de Transportes Metropolitanos, R$ 22,1 bilhões para Transportes, R$ 26,9 bilhões para Saneamento e Energia e R$ 3 bilhões para Meio Ambiente. O orçamento prevê, entre outros projetos, a modernização dos 253 quilômetros da CPTM até 2011, com adição de 99 trens, novos sistemas de segurança e sinalização. Também estão previstos R$ 5,7 bilhões em obras no Rodoanel, com a conclusão das obras do trecho Sul. Para o interior, o governo planeja recuperar 12 mil km de estradas vicinais. Investimentos de R$ 292 milhões na melhoria dos portos de Santos e São Sebastião também fazem parte do projeto.   

Do total de recursos, R$ 349,2 bilhões serão distribuídos ao poder Executivo, R$ 20 bilhões para o Judiciário, R$ 5,1 bilhões ao Ministério Público e R$ 3,2 bilhões ao Legislativo. A proposta foi entregue ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, pelos secretários Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil) e Francisco Vidal Luna (Economia e Planejamento) um dia antes do prazo final. O prazo de entrega foi alterado para 15 de agosto do primeiro ano de governo e valerá para os governos eleitos a partir de 2010. Segundo informou a Assembléia, o plenário poderá votar o plano antes que entre em trâmite a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2009, a ser votada pela no primeiro semestre. 

Fonte: Valor Econômico, de 15/02/2008

 


Defensoria pede interdição de cadeia feminina no ABC  

A Defensoria Pública do Grande ABC encaminhou à Justiça um pedido de interdição da cadeia pública feminina de São Bernardo do Campo. Segundo a defensora Adriana de Britto, que assinou o pedido na terça-feira (12/2), a cadeia pública de São Bernardo sofre de superlotação e de falta de condições de higiene e saúde.  

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a cadeia tem capacidade para 32 presas provisórias e abriga atualmente 177 pessoas, inclusive presas condenadas. 

A defensora afirma ter visitado a cadeia de São Bernardo e notado problemas com a ventilação do local. “Fui informada de falta de colchões, sendo que, em cada um, dormiriam até três pessoas e de que muitas presas estariam dormindo nos banheiros. Há falta de materiais de higiene e a cadeia possui ventilação precária. Os materiais de limpeza são fornecidos pelos próprios funcionários, que rateiam as despesas. Também não há médicos suficientes para atender todas as presas que estão no local”, diz a defensora, em nota. 

Os pedidos da Defensoria são de que nenhuma presa seja encaminhada para a cadeia pública de São Bernardo e que as presas condenadas sejam removidas e encaminhadas para o regime adequado, sendo respeitada a capacidade máxima do local. O órgão também pede assistência médica adequada e fornecimento de materiais de limpeza. 

Em pouco mais de uma semana, esse é o terceiro pedido de interdição de uma cadeia pública feminina no Estado. Segundo a Defensoria Pública, também foram pedidas as interdições das cadeias de Bilac e Poá. A interdição da cadeia de Poá foi pedida na quinta-feira passada (7), sob a alegação de que a cadeia, com capacidade para 24 pessoas, estaria abrigando 100 presas, das quais 30 condenadas. A interdição da unidade de Bilac foi pedida no dia 6, também sob a alegação de superlotação –a cadeia teria capacidade para 12 pessoas e abriga hoje 71 presas. 

O pedido da Defensoria foi encaminhado para a Vara de Execuções Criminais e caberá ao juiz determinar a interdição ou não da cadeia pública. 

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública estadual informou que está aguardando o recebimento da notificação oficial da Justiça, embora já esteja nos planos do governo a desativação das cadeias e carceragens no Estado, transferindo as presas para outras unidades prisionais, que serão construídas e ficarão sob supervisão da Secretaria de Administração Penitenciária. 

Fonte: site Última Instância, de 14/02/2008

 


Presos voltam a lotar DPs de São Paulo 

Dois anos e quatro meses depois de o então governador Geraldo Alckmin anunciar a total retirada de presos das carceragens dos distritos policiais de São Paulo, delegacias da capital voltaram a ser usadas como cadeia. No 2º DP do Bom Retiro, no centro, 84 detentos dividiam as cinco celas ontem - chegaram a ser 105 semana passada. A superlotação não é exclusividade do distrito central. No 99º DP de Campo Grande, zona sul, 20 detentos dividem uma cela de 6 m². Eles tentaram uma fuga, anteontem, segundo boletim de ocorrência registrado no dia - ao lado da carceragem, há uma creche.  

"Voltou tudo ao que era antes. Não temos estrutura para fazer socorro (de doentes), receber visitas de familiares ou advogado, um direito do preso. A única sala dá para a rua", diz um investigador que pediu para não ser identificado. Segundo ele, presos que deveriam ir para o Centro de Detenção Provisória 2 de Pinheiros, na zona oeste, estão sendo distribuídos entre carceragens das delegacias - em janeiro, a Justiça determinou que o CDP2, superlotado, não recebesse mais presos. "Parte dos presos está sendo distribuída entre as seccionais", garante o investigador. 

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano, admite o problema. Ele encaminhou uma representação à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e um pedido à Procuradoria do Estado para que sejam tomadas providências. "Faz 15 dias que recebemos os presos que deveriam ir para o CPD2", confirma. Segundo ele, no entanto, eles estão sendo concentrados no 2º DP. "A situação ainda não está caótica, mas é preocupante. Recebemos 16 presos, mas só conseguimos inclusão de 3 (nos CDPs). Já chegamos a ter 105 no 2º DP, mas houve tentativa de fuga e a SAP conseguiu vagas. Agora, tem 84 lá".  

Segundo a Pastoral Carcerária e policiais ouvidos pelo Estado, a falta de vagas tem obrigado pelo menos seis das nove delegacias de trânsito da capital a manter presos em suas carceragens - em teoria, só deveriam abrigar presos nos fins de semana, quando os CDPs estão lotados. Galiano, do Decap, nega que as delegacias mantenham presos, mas admite que tenham uma "lotação administrável". "O problema é fluxo", diz. A inclusão de presos nos CDPs deveria ser automática.  

"Na prática, isso não ocorre", diz a defensora pública Carmen Silvia de Moraes Barros, coordenadora do Núcleo de Situação Carcerária. Para ela, o problema não pode ser resumido ao CDP2. "As condições de aprisionamento ali eram insalubres. Mas o fato é que todos os CDPs estão lotados. Não há vagas. Por isso, os presos estão indo para as carceragens", diz a defensora. Em agosto, o déficit era de 21.644 vagas nos 32 CDPs - havia 43.634 presos onde caberim 21.990 (a SAP não divulga dados atuais).  

Na lista da Pastoral, estão o 26º DP do Sacomã, zona sul, o 49º DP de São Mateus e o 63º DP de Vila Jacuí, na zona leste, o 72º DP da Vila Penteado, zona norte, e o 91º DP de Vila Leopoldina, na zona oeste. "Têm chegado pedidos de socorro dos carcereiros desses DPs que não conseguem lidar com a superlotação", diz o padre Valdir João Silveira, vice-coordenador da Pastoral Carcerária. 

"Eles (presos) estão boca a boca", diz uma fonte do serviço público. Ele confirmou casos de tuberculose no 99º e no 91º DPs e diz que, nas delegacias, doentes "sintomáticos", inclusive com Aids, dividem celas com os demais. As condições facilitam o contágio. "A tendência é pegar (nos outros). Fica um pertinho do outro", disse o agente. "Até funcionários correm risco". 

Sem médico nos DPs, os presos estariam sendo atendidos por profissionais dos postos de saúde - o atendimento pode levar de uma a duas semanas.  

"Mas os distritos não têm como transportar presos nem para audiências", diz o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Campo Grande, Sérgio Luiz Berti, que denuncia a permanência de presos no 99º DP, vizinho a uma creche. "Se fizer um furo na parede, o bandido entra na creche. E aqui não há batalhão da PM ao lado, há risco de fuga. Os presos ficam trancados em cela para quatro, mas há 20", diz Berti.  

A desativação das carceragens dos distritos policiais foi anunciada em agosto de1998 pelo governador em exercício Geraldo Alckmin. Na época, havia cerca de 16 mil presos condenados que não deveriam estar em delegacias e cadeias públicas.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 15/02/2008

 


OAB afirma que não mudará lista para ministro do STJ 

O presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, garantiu que a entidade não mudará em hipótese nenhuma a lista sêxtupla que enviou ao Superior Tribunal de Justiça para a vaga de ministro pelo quinto constitucional. Na terça-feira (12/2), nenhum candidato conseguiu, após três votações, indicações suficientes para integrar a lista tríplice que seria enviada ao presidente Lula. Foi a primeira vez que isto aconteceu no STJ. 

“Não há hipótese de mudar a lista; isto está completamente descartado por este presidente, pelos conselheiros federais, ex-presidentes, presidentes de seccionais e advogados, que já se manifestaram depois da inusitada decisão do STJ”, afirmou Britto. 

Para o presidente da OAB, o próprio STJ deve encontrar uma solução. “O regimento interno expressamente determina que deveria existir tantas votações quantas fossem necessárias para a formalização da lista tríplice”, afirmou. Segundo Britto, os seis integrantes preenchem todos os requisitos constitucionais para participar da escolha. Britto citou o caso do advogado Roberto Freitas Filho, que em 2006 já havia integrado uma lista tríplice. O advogado cobrou ainda do ministro Barros Monteiro, presidente do STJ, esclarecimentos sobre o episódio. 

Na próxima segunda-feira (18/2), o Conselho Federal da OAB se reunirá para debater o assunto. Para Britto, os advogados deverão adotar as medidas “para dar efetividade ao seu dever constitucional de escolher o representante da advocacia nos tribunais”. 

Lista rejeitada 

Na terça, nenhum dos seis candidatos a ministro pelo quinto constitucional obteve os 17 votos necessários para integrar a lista tríplice que seria enviada ao presidente Lula, a quem cabe indicar um dos três. O candidato mais votado, Flávio Cheim Jorge, do Espírito Santo, recebeu nove indicações. 

Os ministros tinham duas formas para não escolher nenhum dos nomes. A primeira seria devolver a lista de pronto, o que foi cogitado logo que ela chegou ao tribunal. Mas se considerou que a opção seria traumática demais. A segunda maneira seria não votar nos candidatos. O que, de fato, ocorreu. 

Fazem parte da lista: Flávio Cheim Jorge, do Espírito Santo (máximo de nove votos); Cezar Roberto Bitencourt, do Rio Grande do Sul (oito votos); Orlando Maluf Haddad, de São Paulo (seis votos); Bruno Espiñeira Lemos, da Bahia (seis votos); Roberto Gonçalves de Freitas Filho, do Piauí (seis votos) e Marcelo Lavocat Galvão, do Distrito Federal (cinco votos). Segundo a ata, na primeira votação, dos 84 votos válidos, 44 foram em branco. Na segunda, os brancos aumentaram para 48 e na terceira para 54. 

Leia da entrevista de Cezar Britto divulgada pela OAB 

Como a OAB recebeu a decisão dos ministros do STJ? 

Britto — Primeiro, é de se registrar que o STJ, por unanimidade, reconheceu que a relação apresentada pela OAB preencheu todos os requisitos constitucionais — especialmente o notório saber jurídico e conduta ilibada. Não tendo havido restrições técnicas, conforme deixa clara a ata da sessão, a perplexidade somente aumentou. E cabe a quem criou essa situação vir a público, por meio de seu presidente, Barros Monteiro, prestar os esclarecimentos. É um fato sem precedentes. Por parte da OAB, a questão está devidamente esclarecida. Os candidatos estão aptos a exercer o honroso cargo de ministro, sendo que, só para ilustrar, um dos candidatos, o advogado Roberto Freitas Filho, já tinha sido escolhido em lista tríplice anterior, em dia 10 de maio de 2006, elaborada pelos mesmos ministros e que foi encaminhada ao presidente da República. 

A OAB admite mudar a lista? 

Britto — Não. Essa é uma hipótese completamente descartada por este presidente, pelos conselheiros federais, ex-presidentes, presidentes de seccionais e advogados, que já se manifestaram depois da inusitada decisão do STJ. A lista se consolidou pelo próprio reconhecimento do STJ de que os candidatos preenchem os requisitos constitucionais, conforme a ata da sessão, publicada no site da OAB. Entender que a vontade pessoal de um ou vários magistrados pode determinar quem deve entrar ou não em uma lista do quinto constitucional, é o mesmo que dizer que a vaga constitucional pertence à magistratura — e não aos advogados. O papel de qualquer tribunal é, nos termos da Constituição, o de apenas formalizar a lista tríplice, somente podendo rejeitar nomes apresentados pela OAB se não preenchidos os requisitos de idade mínima de 35 anos, tempo de exercício da profissão mínimo de dez anos, notório saber jurídico e conduta ilibada. O que não se aplica ao caso. 

O que será feito? 

Brito — A decisão formal será dada pelo Conselho Federal, que se reunirá na segunda-feira, até porque fora ele quem aprovara a lista, em sessão histórica que contou com a presença de todas as bancadas da federação e doze ex-presidentes do Conselho. Cada um dos indicados teve seu currículo minuciosamente examinado e foi submetido a rigorosas sabatinas pelos conselheiros. 

É cabível ação judicial? 

Britto —É evidente que o Conselho Federal adotará todas as medidas necessárias para dar efetividade ao seu dever constitucional de escolher o representante da advocacia nos tribunais. Mas não se pode esquecer que a solução também pode ser adotada pelo próprio STJ, pois o seu próprio regimento interno expressamente determina que deveria existir tantas votações quantas fossem necessárias para a formalização da lista tríplice. 

Fonte: Conjur, de 14/02/2008

 


Juízes querem tirar advogado de posto em tribunais 

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, defendeu ontem o fim do quinto constitucional. O mecanismo abre 20% das vagas dos tribunais estaduais, federais e superiores para advogados e promotores de Justiça. Quase 80% dos juízes de todo o País pensam como Valadares, segundo pesquisa da AMB, que abriga cerca de 15 mil magistrados. Eles rejeitam taxativamente o modelo de composição dos tribunais e defendem a extinção do quinto, prioridade da entidade. 

Ontem, reportagem do Estado revelou que na terça-feira os 33 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram os seis nomes escolhidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para ocupar o lugar de Pádua Ribeiro, que pediu aposentadoria e deixou o tribunal em setembro. A rejeição abriu uma crise entre ministros e advogados. Desde que o tribunal começou a funcionar, em abril de 1989, esta foi a primeira vez que uma lista de indicados foi toda recusada. 

Segundo o Estado apurou, a maioria dos ministros considera que a OAB privilegiou critérios políticos em detrimento do preparo técnico dos indicados para a vaga. O argumento acompanha a avaliação dos magistrados ouvidos na pesquisa da AMB: muitos consideram que nas indicações corre solta uma política de favorecimentos e apadrinhamento político. 

"O quinto foi criado no governo Getúlio Vargas, sob alegação de que iria oxigenar os tribunais, mas esses objetivos não foram alcançados", disse Valadares ontem. "Quero que alguém me traga um exemplo qualquer de que o quinto cumpriu a sua meta. Quero saber onde foi que o quinto deu mais impessoalidade ao Judiciário, onde proporcionou mais transparência do Poder, propiciou maior democratização da relação com os juízes do primeiro grau, reformulou ou deu grande contribuição na renovação da jurisprudência, onde mais aproximou a Justiça da sociedade." 

Ele sustenta que os critérios para preenchimento das vagas do quinto muitas vezes resvalam no abuso do poder econômico. Ressaltou que não está discriminando advogados e promotores. "São profissionais sérios e qualificados, mas os juízes de carreira entendem que o quinto não faz sentido porque não fortalece o Judiciário. Fere o princípio republicano e o Estado de Direito." 

REAÇÃO 

Ontem, ministros do STJ e conselheiros da Ordem deixaram claro que não há espaço para negociações e a disputa vai parar no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da OAB, Cezar Britto, disse que manterá os nomes da lista enviada em dezembro. Os ministros avisaram que se ele insistir a lista será rejeitada de novo. 

A OAB deve aprovar na segunda-feira o recurso ao Supremo. Nele, pedirá que o STJ seja obrigado a cumprir o regimento e a Constituição. O regimento determina que os ministros promovam tantas sessões quantas forem necessárias para escolher um nome e o processo só termina quando três dos seis indicados obtiverem os 17 votos necessários (metade mais um dos integrantes do tribunal). 

A decisão de recorrer ao STF é inflada até pelos ministros do tribunal. Eles admitem que a rejeição da lista foi política e concordam que houve falhas. 

"A Ordem tem consciência de que fez bem o seu trabalho e tem certeza de que a Constituição não será jogada para segundo plano nessa questão", enfatiza Britto. A OAB também estuda a idéia de enviar a lista diretamente para o presidente Lula, passando por cima do tribunal. Mas alguns advogados argumentam que isso deixaria espaço para que o STJ rejeitasse próximas indicações da Ordem. 

No STF, a solução será demorada e só deve sair no meio do ano. Para piorar, a OAB terá de indicar novos nomes para outra vaga que será aberta em julho, com a aposentadoria de Humberto Gomes de Barros.  

Fonte: Estado de S. Paulo, de 15/02/2008

 


Para procurador-geral de SP, OAB atua de forma fascista 

O procurador-geral de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, disse, em discurso, que a seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) atua de "forma fascista" ao organizar e divulgar uma lista de "inimigos dos advogados".

As críticas, as mais duras feitas por Pinho desde que a entidade começou a publicar a relação, em 2006, foram feitas anteontem em ato público na sede do Ministério Público Estadual em desagravo a três promotores lançados no ano passado ao rol dos desafetos. Segundo o procurador-geral, o objetivo da entidade é tentar "intimidar" a atuação de promotores.

"Perante à Ordem, perante a uma instituição que atua de forma fascista, nós não precisamos tomar nenhuma providência nesse sentido. A providência será institucional, com medidas como essa, para mostrar que nós damos apoio ao colegas que atuam de forma adequada."

No ato, também foram citados outros casos nos quais a OAB teria atacado promotores.

Os três promotores listados pela OAB foram Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto, de Campinas (95 km de SP), e Turíbio Barros de Andrade, da Promotoria de Minas Gerais.

Os paulistas ajudaram em uma investigação do Ministério Público mineiro no cumprimento de mandados de prisão.

Os promotores entraram para essa lista porque dois advogados, Jarbas Barbosa de Barros e Gentil Borges Neto, reclamaram do comportamento deles durante a prisão, em 2005, de três clientes de Piracicaba (162 km de SP).

De acordo com Barros, os promotores erraram ao permitir uma ação repressiva da polícia no seu escritório, já que seu cliente iria se entregar pacificamente. Essa apresentação à polícia, segundo ele, tinha sido acordada com um assistente da Promotoria. "Não era necessário o escândalo. Meu escritório foi invadido."

Barros conta ainda que cinco policiais entraram no seu escritório "fortemente armados". "Eles [os promotores] não entraram no escritório, mas são os responsáveis pela operação."

O presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Washington Epaminondas Medeiros Barra, de acordo com nota divulgada pela Promotoria, disse no evento que "o Ministério Público não se curva a esse tipo de manifestação rasteira. A sociedade sabe avaliar o trabalho dos promotores". 

D'Urso

O presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, foi procurado pela Folha, mas não comentou o assunto. Em entrevistas concedidas em 2006 e 2007, disse que a lista "não é de inimigos". A relação, afirmou, é uma forma de expor os problemas que os advogados enfrentam para cumprir suas prerrogativas.

A listagem reúne todas as moções de repúdio publicadas pela entidade no "Diário Oficial" do Estado contra autoridades. Os nomes são reproduzidos no site da OAB, sob a denominação "relação de processos concedidos (desagravo e moção de repúdio)".

O caso dos promotores já foi publicado no "Diário Oficial", mas seus nomes ainda não foram incluídos no site da OAB (no qual há 108 nomes).

Segundo sua assessoria, D'Urso não conhecia o episódio dos promotores e, antes de fazer comentários, precisava se inteirar dos detalhes. 

Fonte: Folha de S. Paulo, de 15/02/2008

 


Comunicado do Centro de Estudos 

A Procuradora do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado, por determinação do Procurador Geral do Estado, convoca os Procuradores do Estado e Servidores da Procuradoria Regional de Santos, abaixo relacionados, para o Curso do i-notes: 

Turma I

Dia: 18-2-08

Horário: 9h às 12h

Local: Associação Comercial de Santos

Endereço: Rua XV de Novembro, 137 - Centro Histórico de Santos

 

Andrea Silva Vieira.

Adler Chiquezi.

Celso de A. B. Mitaini.

Cintia Orefice

Eliane Ap. C. Vicente

Fábio Antonio Domingues

Fernando Cesar Gonçalves Pedrinho.

Joacir Mendes da Silva.

João Batista da Silva.

Laudemar M.L.R. Cardoso

Marcia Elisabeth Leite

Orlando Gonçalves de Castro Junior.

Paulo Roberto Fernandes de Andrade.

Pedro Rogério I. de Souza.

Rosa Maria Martins de França.

Roseli Leone

Simone Arbaitman

Tatiana Capochin Paes Leme

Valeria Cristina Farias.

Virgílio Rodrigues de Souza.

 

Turma II

Dia: 19-2-08

Horário: 9h às 12h

Local: Associação Comercial de Santos

Endereço: Rua XV de Novembro, 137 - Centro Histórico de Santos

 

Americo Andrade Pinho.

Claudio Lousada Perez

Dionísio Stucchi Junior

Edna Destro Rodrigues.

Ernestina Urbana de Souza Hamon

Gisele Beltrame Stucchi.

Greici Gonzaga.

Haroldo Tucci.

Maria Aparecida R. Pinto Zanlochi

Maria Betania do Amaral Bittencourt.

Maria Regina Macri

Marisa Cristina Gomes Teodoro

Ricardo dos Santos Silva

Rogério Ramos Batista

Sueli Jorge

Sumaya Raphael Muckdosse.

Serão conferidos certificados a quem registrar freqüência.

Comunicado 

Para o Simpósio “Micro e Pequenas Empresas nas Licitações”, promovido pela NDJ - Simpósios e Treinamentos Ltda., à Rua Conselheiro Crispiniano, 344 - 6º andar, Centro, São Paulo, SP, ficam escaladas as seguintes Servidoras da

Procuradoria Geral do Estado: 

Dia: 7-3-2008

Horário: das 8h30 às 18h30

1 - Maria Teodora Higino

Dia: 11-4-2008

Horário: das 8h30 às 18h30

1 - Rosana Aparecida do Nascimento 

Fonte: D.O.E, caderno Executivo I, seção PGE, de 15/02/2008

 


Comunicado do centro de Estudos 

A Comissão Julgadora do processo seletivo para admissão à 1ª Turma do Curso de Especialização em Direito Tributário - Módulo II da Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado deliberou aprovar o ingresso dos seguintes candidatos abaixo relacionados em ordem alfabética. As matrículas deverão ser realizadas no período de 20 a 22-2-2008. 

1. Adriano Vidigal Martins

2. Carine Soares Ferraz

3. Carlos Jacinto Pellegrino

4. Débora Recife Moreira

5. Elisabete Nunes Guardado

6. Ermando Migliorini Filho

7. Fernanda de La Nuez Trivelin

8. Lucia de Faria Freitas

9. Marcelo Amaral Gonçalves de Mendonça

10. Maria de Lourdes Sampaio Seabra

11. Marily Diniz do Amaral Chaves

12. Rafael de Oliveira Rodrigues

13. Rodrigo do Carmo Molina

14. Sibele Ferrigno Poli Ide Alves

15. Simone do Carmo Abreu

16. Vera Wolf Bava Moreira

Fonte: D.O.E, caderno Executivo I, seção PGE, de 15/02/2008