Dinheiro
da venda é bloqueado para pagar precatório
O
Banco do Brasil deve depositar em juízo as parcelas para pagar a compra da
Nossa Caixa. A decisão em caráter liminar foi dada pela juíza Fernanda
Souza Hutvler, da 20ª Vara Federal de São Paulo. Fernanda acolheu pedido
da OAB, que requer em Ação Civil Pública que o dinheiro que o estado de São
Paulo vai obter com a venda da Nossa Caixa seja usado para pagar precatórios.
A
Nossa Caixa foi vendida para o Banco do Brasil em novembro por R$ 5,3 bilhões.
Segundo a OAB, o estado de São Paulo deve R$ 30 bilhões em precatórios. São
500 mil credores de precatórios alimentares, na maioria aposentados e
pensionistas, que estão na fila aproximadamente há 10 anos, informa a
Ordem.
Pela
decisão da juíza, as 18 parcelas da compra devem ser depositadas em juízo
até que ela decida o mérito da ação. A primeira parcela, no valor de R$
299,2 milhões, vence nesta terça-feira (10/3).
"A
decisão é histórica porque, simultaneamente, combate o calote da dívida
pública e restabelece a dignidade do Poder Judiciário, constantemente
desrespeitado pelos governadores brasileiros que se recusam a cumprir as
suas decisões", afirmou o presidente da OAB, Cezar Britto.
A
proposta da OAB, segundo o presidente da Comissão Especial dos Credores Públicos
do Conselho Federal da Ordem, conselheiro Orestes Muniz Filho, é que os
recursos obtidos com a venda do banco sejam transferidos diretamente para a
Justiça do estado fazer o pagamento dos precatórios alimentares.
Na
sessão plenária desta segunda-feira (9/3), o Conselho Federal da OAB
autorizou também as seccionais da OAB de outros estados que estão em dívida
com os precatórios e que estejam transferindo ou vendendo bens estatais a
pedir a extensão da ação ajuizada pela Ordem em São Paulo.
Fonte:
Conjur, de 10/03/2009
OAB
quer que Serra quite precatórios com venda da Nossa Caixa
O
Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai acionar o Estado
de São Paulo para obrigar o governo a utilizar os mais de R$ 5,38 bilhões
da venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil na quitação de precatórios.
Em
caráter liminar, a Ordem pede que a Justiça bloqueie a primeira das 18
parcelas de R$ 299,2 milhões que o Estado receberá pela venda da Nossa
Caixa, que vence amanhã.
A
ação civil pública, assinada pelo presidente nacional da OAB, Cezar
Britto, deve ser protocolada ainda nesta segunda-feira (9/3) no TRT-3
(Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região).
De
acordo com informações da OAB, o Estado tem cerca de R$ 20 bilhões em
ordens judiciais pendentes de pagamento, sendo mais de R$ 12 bilhões em
precatórios alimentares —que tem prioridade de quitação, uma vez que
correspondem a títulos relativos às fontes de subsistência de quem os
possui (débitos previdenciários, indenizações trabalhistas etc.).
Procurado,
o Governo de São Paulo afirmou que, ao menos por enquanto, aguardará a
posição oficial da OAB, com a entrada da ação, para se manifestar sobre
o assunto.
Na
proposta de ação civil pública aprovada hoje pelo Conselho Federal, a OAB
destaca que o orçamento do Estado para 2009 prevê investimentos da ordem
de R$ 18 bilhões, além de Serra ter anunciado que investirá R$ 45 bilhões
até 2010, “mais que o PAC, do governo federal”.
Enquanto
isso, segundo a OAB, mais de 500 mil pessoas tem precatórios em aberto
—sendo que cerca de 50 mil morreram sem receber— e o governo ainda não
teria quitado dívidas de mais de 10 anos.
“Ainda
não foi pago o orçamento de 1998, ou seja, temos mais de 10 exercícios de
inadimplência, apesar de a administração paulista alardear contas em
ordem”, diz o manifesto.
O
presidente da Comissão Especial dos Credores Públicos (Precatórios),
conselheiro Orestes Muniz Filho (Rondônia), informou que a ação civil pública
pedirá que os recursos sejam destinados obrigatoriamente aos tribunais de
onde partiram as sentenças sobre o pagamento da dívida em precatórios,
que até o momento não foram quitadas pelo Estado.
Na
mesma sessão plenária, o Conselho Federal da OAB autorizou as Seccionais
de outros Estados em dívida com os precatórios e que estejam transferindo
ou vendendo bens ou Estatais, que solicitem a extensão de ação análoga
ajuizada pela entidade.
No
caso da ação contra o governo de São Paulo, segundo Britto, a Seccional
da OAB-SP - autora da sugestão para que fosse acionado o Estado - será
convidada a também ser signatária da ação civil pública.
Fonte:
Última Instância, de 9/03/2009
Secretário muda versão sobre investigador
Seis
dias depois de enviar um ofício assinado à Procuradoria Geral de Justiça
informando que o investigador Augusto Peña não esteve no prédio da
Secretaria da Segurança Pública entre 2006 e 2008, o secretário Ronaldo
Marzagão recuou.
Ontem,
em novo ofício, o responsável pela Segurança Pública da gestão José
Serra (PSDB) admitiu que o investigador esteve, sim, por duas vezes, na sede
da secretaria. Peña está preso acusado de extorsão e de sequestro e
denunciou ao Ministério Público um esquema de corrupção que funcionava
no prédio da Segurança Pública.
Uma
das entradas de Peña no prédio da secretaria ocorreu em 27 de agosto de
2007; a outra data é mantida em sigilo.
Essa
mudança ocorreu depois que o Ministério Público obteve imagens de Peña
na secretaria, contrariando as informações do "sistema de controle
eletrônico de acesso aos prédios" que constam do primeiro ofício
enviado pela pasta.
A
assessoria da Secretaria da Segurança Pública afirma que um novo ofício
com a informação corrigida foi feito após uma rechecagem no back-up dos
computadores da pasta. Procurado, Marzagão não quis comentar o caso nem
divulgar os dois documentos.
Venda
de cargos
Em
depoimento à Promotoria no mês passado, Peña disse que ia ao prédio da
Segurança Pública para entregar ao então secretário-adjunto de Marzagão,
Lauro Malheiros Neto, dinheiro obtido por meio da venda de cargos e de
privilégios dentro da Polícia Civil.
As
acusações envolvem desde a venda de cargos de destaque para delegados até
a reintegração de policiais civis expulsos por suspeitas de
irregularidades, além da cobrança de propina de donos de bingos e de máquinas
caça-níqueis.
"O
declarante era responsável por levar dinheiro arrecadado diretamente às mãos
do próprio Lauro [Malheiros], no seu gabinete, ou, em algumas ocasiões, na
casa de Celso [Valente, advogado e primo de Malheiros]", diz trecho do
depoimento do investigador.
Uma
das entregas feitas por Peña, segundo contou aos promotores, foi da venda
do cargo de delegado do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), em
2007, para o delegado Luis Carlos do Carmo. Malheiros e o delegado negam a
compra.
Outros
dois delegados, Fábio Pinheiro Lopes e Emílio Françolin, também são
citados pelo investigador como clientes do ex-secretário-adjunto.
Malheiros
Neto foi nomeado para o cargo em janeiro de 2007. Ele pediu exoneração em
maio de 2008, logo depois da prisão de Peña, acusado de extorquir dinheiro
de integrantes da facção criminosa PCC.
O
investigador negava a ligação com Malheiros, mas mudou sua versão para
tentar um acordo de delação premiada com a Promotoria. Esses benefícios são
concedidos pela Justiça quando as informações repassadas pelo acusado são
consideradas consistentes.
Fonte:
Folha de S. Paulo, de 10/03/2009
Comunicado
do Centro de Estudos
O
Procurador do Estado Chefe do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do
Estado, por determinação do Procurador Geral do Estado, convoca os
Procuradores do Estado abaixo, para participar do II Seminário Nacional de
Direito Ambiental da OAB/RJ, a realizar-se nos dias 19 e 20-3-2009, das 18h
às 20h30min, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do
Rio de Janeiro, localizado na Av. Marechal Câmara, 150, 6º andar, Castelo,
RJ:
1
- Clério Rodrigues da Costa
2
- Jussara Maria Rosin Delphino
3
- Paulo Roberto Fernandes de Andrade
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 10/03/2009
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