Direto
de Brasília: com inclusão dos procuradores, relatório do deputado Laerte
Bessa é aprovado na Comissão Especial
Na tarde de hoje, a Comissão
Especial que aprecia a PEC 210/2007 aprovou, por 13 votos a 2, o relatório
do deputado Laerte Bessa (PMDB/DF) e o substitutivo à proposta (Clique
aqui para conhecer a íntegra). O relator acatou as 13 emendas
apresentadas, incluindo as três (3) formuladas pela Apesp e subscritas pelo
deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP).
Para
o deputado Zenaldo Coutinho (PSBD/PA), a aprovação do relatório nos
termos propostos por Bessa torna a PEC “natimorta. O alcance é tamanho
que inviabilizará a sua aprovação em plenário. Fica claro que os
governantes – no âmbito federal, estadual e municipal – farão uma
grande pressão contrária”. Com o propósito de diminuir a amplitude da
PEC, o deputado Major Fábio apresentou – com o apoio do deputado Paes de
Lira (PTC/SP) – voto em separado. (Clique
aqui para a íntegra).
O
deputado Eduardo Valverde (PT/RO) apresentou um destaque – aprovado por
ampla maioria – para que a emenda n° 2 (Clique
aqui para a íntegra), de autoria da deputada Andreia Zito (PSBD/RJ),
que havia sido parcialmente rejeitada pelo relator, seja apreciada em plenário.
Segundo Laerte Bessa, o relatório buscou obedecer os ditames
constitucionais que tipificam as carreiras típicas de Estado. “Não
podemos apenas contemplar o Ministério Público e a Magistratura. Se não
existe caixa para pagar, o problema é do Governo”.
Atenção!
A carreira deve continuar MOBILIZADA, pois a PEC precisará contar no
plenário da Câmara, em dois turnos, com o voto favorável de pelo menos
2/3 dos deputados.
Conheça
os deputados que votaram favoravelmente ao relatório:
João
Dado (PDT/SP) – dep.joaodado@camara.gov.br
Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) – dep.arnaldofariadesa@camara.gov.br
Eliene Lima (PP/MT) – dep.elienelima@camara.gov.br
Geraldo Pudim (PMDB/RJ) – dep.geraldopudim@camara.gov.br
Eduardo Valverde (PT/RO) – dep.eduardovalverde@camara.gov.br
Carlos Sampaio (PSDB/SP) – dep.carlossampaio@camara.gov.br
Jorginho Maluly (DEM/SP) – dep.jorginhomaluly@camara.gov.br
Francisco Tenorio (PMN/AL) – dep.franciscotenorio@camara.gov.br
Marcelo Ortiz (PV/SP) – dep.marceloortiz@camara.gov.br
Jofran Frejat (PR/DF) – dep.jofranfrejat@camara.gov.br
Marcelo Itagiba (PMDB/RJ) – dep.marceloitagiba@camara.gov.br
Washington Luiz (PT/MA) – dep.washingtonluiz@camara.gov.br
João Campos (PSDB/GO) – dep.joaocampos@camara.gov.br
A Apesp solicita aos associados que enviem e-mails a todos os membros da
Comissão. A mobilização é essencial para sensibilizar os deputados.
Sugestão de redação para a sua mensagem:
Prezado (a) Deputado(a)..........,
Agradeço, na qualidade de Procurador(a) do Estado de São Paulo, o apoio de
V.Exa. ao pleito da APESP, com o objetivo de garantir aos Procuradores do
Estado o mesmo direito pleiteado pela Magistratura e Ministério Público
por meio da PEC 210/2007.
Atenciosamente,
(nome
do Procurador)
Fonte:
site da Apesp, de 7/07/2009
Comissão
aprova parecer sobre adicional de juízes e procuradores
A
comissão especial sobre adicional de juízes e procuradores (PEC 210/07)
aprovou hoje o parecer do relator, deputado Laerte Bessa (PMDB-DF). A
proposta aprovada, na forma de substitutivo, restabelece o adicional por
tempo de serviço como componente da remuneração das carreiras da
magistratura e do Ministério
Público.
O substitutivo também retira do texto original o limite de 35% para que as
parcelas de caráter indenizatório não sejam computados para efeito do
teto de remuneração no serviço público - o salário dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), hoje de R$ 24,5 mil. Atualmente, a Constituição
já exclui do teto as parcelas de caráter indenizatório, sem limite de
percentual.
Fonte:
Portal da Câmara dos Deputados, de 7/07/2009
Comunicado
do PGE
São
Paulo, 7 de julho de 2009.
Procuradores
(as) do Estado e Servidores (as) da Procuradoria Geral do Estado,
Ninguém
desconhece a grave crise por que passa a economia mundial. Desconhecidas,
porém, são as suas conseqüências e extensão.
Embora
os índices de arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo até venham
apresentando níveis satisfatórios, certo é que, enquanto não for
superada essa crise econômica, o Governo do Estado de São Paulo não
atenderá as reivindicações de reajuste das diversas carreiras que compõem
o funcionalismo público estadual. Para exemplificar, o Governador do Estado
não sancionou o Projeto de Lei Complementar n. 22, de 2009, que previa a
concessão de reajuste aos servidores da Assembléia Legislativa, e tampouco
acolheu pleito semelhante da Defensoria Pública do Estado.
Tratamento
diferente desse não será atribuído à nossa Instituição. Portanto, de
forma bastante objetiva: não haverá revalorização das quotas da verba
honorária no ano de 2009, ou alteração do número de quotas dos diversos
níveis da Carreira, de forma que a remuneração de Procuradores do Estado
e de Servidores da PGE não sofrerá nenhum reajuste neste ano.
Certo
da compreensão dos Procuradores e Servidores da PGE, em face dessa situação
excepcional, assumo o compromisso de, assim que houver a estabilização da
economia mundial e observada a melhor oportunidade política, novamente
encaminhar ao Senhor Governador do Estado os justos pleitos reivindicatórios
da nossa Instituição.
Cordialmente,
MARCOS
FÁBIO DE OLIVEIRA NUSDEO
PROCURADOR
GERAL DO ESTADO
Fonte:
site da PGE SP, de 7/07/2009
STJ
susta execução de R$ 4 bi contra Companhia Energética de SP
O
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor
Rocha, suspendeu uma execução de R$ 4 bilhões contra a Companhia Energética
de São Paulo (CESP). A condenação é fruto de uma ação popular iniciada
em 1980 que contestava a legalidade de contratos de risco firmados entre o
Paulipetro – Consórcio CESP/IPT e a Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras)
para pesquisa e lavra de petróleo na Bacia do Paraná.
O
ministro Cesar Rocha considerou que ainda não está definido o tema da
ilegitimidade da CESP para responder à execução, já que um recurso
especial sobre o tema, ainda não admitido junto ao Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2), poderá alterar a questão. Sendo assim, há
possibilidade de grave lesão à ordem e à economia públicas,
considerando-se o valor bilionário da execução. Para o ministro, a execução
pode inviabilizar a prestação de serviços adequados pela CESP “na área
de fornecimento de energia elétrica, com reflexos no comércio, na produção
industrial e na arrecadação de tributos, sobretudo, no Estado de São
Paulo”. A execução foi suspensa tão somente quanto à CESP, não aos
demais condenados.
A
ação popular foi movida por Walter do Amaral e pediu a declaração de
nulidade de 17 contratos firmados entre a Paulipetro e a Petrobras, bem como
a condenação de Paulo Maluf, Oswaldo Palma e Sílvio Fernandes a
devolverem ao patrimônio público o equivalente a US$ 250 mil, pagos pela
Paulipetro à Petrobras a título de aquisição das informações geológicas
a respeito da bacia do Paraná.
A
condenação, imposta na primeira instância, foi reformada no TRF2 e,
posteriormente, junto ao STJ, voltou a vigorar por decisão da Segunda
Turma. A liquidação da sentença por arbitramento foi iniciada. O estado
de São Paulo, “na condição de beneficiário da condenação”, pediu a
intimação dos réus Maluf e Petrobras para pagar a quantia de R$
4.193.336.558,83, “optando pela exclusão dos demais co-réus, aí incluída
a CESP”.
A
CESP pediu o reconhecimento de sua ilegitimidade, mas não foi atendida em
primeiro, nem em segundo grau. O TRF2 determinou o prosseguimento da execução
de R$ 4 bi, a pedido do estado de São Paulo. A CESP ingressou, então, com
recurso especial, para que fosse excluída da fase de cumprimento de sentença,
reconhecendo-se que ela não responde pela condenação. Este recurso está
em fase de processamento.
No
mês de maio passado, o autor da ação popular pediu ao juiz de primeiro
grau a inclusão da CESP na execução e a imediata penhora on-line de
dinheiro em depósito ou aplicação financeira de todos os que respondem à
ação, ou ainda o sequestro de bens no montante pleiteado pelo estado de São
Paulo. A petição ainda não teria sido analisada pelo juiz de São Paulo.
A
CESP ressaltou, no pedido de suspensão de sentença encaminhado ao STJ, que
o Governo de São Paulo detém 94,08% das suas ações com direito a voto e
40% do seu capital social. Alegou que passaria por enormes dificuldades
financeiras, tendo amargado um prejuízo contábil de R$ 2,35 bilhões em
2008.
Fonte:
Diário de Notícias, de 7/07/2009
Sindicato
questiona aplicação da Súmula Vinculante 4 a casos já decididos pela
Justiça
O
Sindicato dos Servidores Públicos de Fortaleza (Sindifort), ajuizou uma
Reclamação (Rcl 8548) no Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da qual
questiona a prefeitura de Fortaleza por não repassar aos servidores públicos
o reajuste do salário-mínimo de fevereiro de 2009.
Segundo
a Sindifort, a pretexto de aplicar o entendimento vinculante do STF –
resumido na Súmula Vinculante (SV) 4, a prefeitura de Fortaleza não
repassou o aumento do salário-mínimo aos servidores. Para o sindicato, com
esse ato a prefeitura violou direitos e garantias fundamentais e também
ofendeu a autoridade da coisa julgada pela Corte Suprema.
Decisões
da Justiça estadual e da Justiça do Trabalho, anteriores à edição da SV
4, reconheceram o direito dos servidores municipais a um piso salarial com
base em múltiplos de salários-mínimos, ou à isonomia com vencimentos em
múltiplos de salário-mínimo, diz o sindicato. “Desse modo, eventuais
reajustes no valor do salário-mínimo repercutiriam, necessariamente, nos
vencimentos dos servidores e empregados públicos em tela”.
De
acordo com a Medida Provisória n° 45, de 30 de janeiro de 2009, prossegue
o Sindifort, a partir de 1° de fevereiro houve reajuste do salário-mínimo,
que passou de R$ 415,00 para R$ 465,00. “Os servidores foram surpreendidos
ao verificar, nos seus contracheques de março, que não constava o valor
dos vencimentos atualizados com o aumento ao qual tinham direito
assegurado”, diz a Sindifort.
A
explicação da prefeitura foi que de acordo com a Súmula Vinculante n° 4
do STF, de 30 de abril de 2008, a administração teve o entendimento de que
o salário-mínimo não poderia ser usado como indexador de base de cálculo
de vantagem de servidor público.
Mas
a Sindifort acredita que a aplicação da Súmula Vinculante n° 4, nos
moldes como fez o município de Fortaleza, são completamente equivocadas,
pois ofendem a coisa julgada e a segurança jurídica, além de outras
disposições constitucionais expressas. Por meio da reclamação, o
sindicato pede que o STF determine à prefeitura que repasse o reajuste aos
servidores.
Fonte:
site do STF, de 7/07/2009
Reclamação
ao STF contesta decisão do TJ-PR que negou a compensação de tributos com
precatórios
A
Belpar Distribuidora de Cosméticos ajuizou uma Reclamação (RCL 8532) no
Supremo Tribunal Federal (STF), contra decisão do Tribunal de Justiça do
Paraná (TJ-PR) que negou à empresa a compensação de tributos com precatórios.
A
empresa recorreu ao Supremo depois de ter impetrado, sem sucesso, um mandado
de segurança na justiça estadual paranaense para ver reconhecido seu
direito à compensação de tributos (súmula 213 do STJ) com precatórios.
Mas o Tribunal negou o pedido, sob o argumento de que o Decreto Estadual n°
418/2007 vedava esse procedimento, porque quebraria a ordem cronológica do
pagamento de precatórios.
Segundo
a empresa, no julgamento da ADI 2851 o STF reconheceu que a compensação de
tributos com precatórios não configura quebra da ordem cronológica do
pagamento.
A
empresa Belpar pede ao STF medida liminar para suspender a decisão do
Tribunal, bem como a exigência do tributo, uma vez que, ao deixar de
conceder liminar pretendida pela reclamante, sob o fundamento de que não
existiria direito líquido e certo para a respectiva concessão, o TJ-PR
desrespeitou o que foi decidido na ADI 2851, diz o texto da reclamação.
Quanto ao mérito, pede que o Supremo reconheça o direito de pagar dívidas
tributárias através de créditos que já possui contra a fazenda pública
(precatórios).
O
ministro Joaquim Barbosa é o relator do caso.
Fonte:
site do STF, de 7/07/2009
Merenda
mais cara em SP é alvo de MP
Com
orçamento de R$ 202 milhões, menos da metade dos R$ 464 milhões previstos
pela da Prefeitura de São Paulo para a merenda escolar em 2009, o governo
do Estado gerencia direta ou indiretamente 700 milhões de refeições por
ano - mais que o dobro das refeições fornecidas por ano na rede municipal
(320 milhões). A disparidade levantou suspeitas do Ministério Público
Estadual, que investiga suposta formação de cartel, fraude e corrupção.
Com
cardápios semelhantes, em sua maior parte, as duas principais redes de
ensino público paulistas têm modelos diferentes de gestão. Na Prefeitura,
o fornecimento da merenda foi terceirizada, enquanto no Estado as escolas
recebem os alimentos comprados de forma direta. A Secretaria Municipal da
Educação afirma ser "impossível" comparar os gastos. Diz que o
que serve custa mais caro que o fornecido pelo Estado, argumentando que os níveis
educacionais atendidos são diferentes.
O
Departamento de Suprimento Escolar (DSE) é responsável pela merenda no
Estado e atende 1.684 escolas de forma direta, em 21 cidades. Também
repassa parte dos recursos a outras 3.900 escolas de 519 municípios.
Recursos do DSE ainda cobrem outro tipo de repasse às cidades: trimestral,
para aquisição de alimentos e compra de balcões térmicos, freezers,
refrigeradores e fogões. Isso sem contar o trabalho de qualificação
profissional de cerca de 4 mil merendeiras.
O
Departamento de Merenda Escolar da Prefeitura atende 1,1 milhão de alunos
em quase 3 mil escolas, servindo 1,6 milhão de refeições por dia. Com 200
dias letivos, cada refeição custaria em média R$ 1,45. O DSE do Estado
atende de forma direta (cobre 100% da refeição) 1,6 mil escolas, servindo
1 milhão de refeições por dia (nos mesmos 200 dias letivos) para 1,2 milhão
de alunos. Só com esses estudantes, o DSE gasta R$ 84 milhões em 200 milhões
de refeições por ano, o que faria o custo médio de cada refeição ser de
R$ 0,42. A Secretaria Estadual da Educação diz, porém, que esse valor é
54,7% maior (R$ 0,65). Esse custo, ao contrário da merenda terceirizada, não
incluiria a mão de obra.
Para
que gastasse os mesmos R$ 1,45 por refeição na merenda direta, o DSE teria
de aumentar os recursos em R$ 160 milhões (R$ 0,65 por refeição) ou R$
210 milhões (R$ 0,42 por refeição). Isso seria suficiente para gastar
cerca de R$ 4 mil - entre salários e encargos - com 4 mil merendeiras,
profissionais que o DSE espera capacitar.
A
comparação entre gastos do Estado e da Prefeitura com a merenda chegam a
resultados semelhantes aos de estudo da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), que constatou que a terceirização representava custo
3,6 vezes maior para a Prefeitura do que a merenda direta. "Aqui não
tem santo. Há denúncias de fraudes tanto na merenda direta quanto na
terceirizada", disse o promotor Silvio Antônio Marques.
Fonte:
Estado de S. Paulo, de 8/07/2009
Esquema
de propina é investigado
O
promotor Silvio Antonio Marques, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público
da capital, diz não ver explicações para a disparidade de valores gastos
pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do Estado para o fornecimento
de refeição para alunos da rede pública. Encarregado da apuração na
esfera cível da chamada máfia da merenda, Marques nega ter preferência
ideológica sobre os dois métodos de contratação (direta ou
terceirizada). "Meus únicos focos nesse caso são os princípios da
boa administração e gestão da coisa pública."
O
promotor começou a se opor à terceirização da merenda depois de
investigar por quase dois anos o contrato firmado pela Prefeitura de São
Paulo com seis fornecedoras. "Há dois cartéis que disputam esse
mercado e o Ministério Público é contra os dois", afirma Marques.
"No caso da terceirização, porém, vários princípios
administrativos foram desrespeitados. O poder discricionário (a autoridade
da Prefeitura) está viciado, pois as empresas foram escolhidas mediante
pagamento de propina." Segundo o promotor, há farta prova testemunhal
e documental que comprova a existência de um esquema ilegal.
No
mês passado, os advogados da SP Alimentação, uma das empresas
investigadas, ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de
vistas desse material, mas o recurso acabou indeferido pela ministra Carmen
Lúcia. As terceirizadas têm alegado que são vítimas de uma disputa
comercial, que não praticaram cartel (conluio entre empresas) e jamais
pagaram propina a servidores públicos. Também rebatem as acusações de
que estariam fornecendo alimentação de baixa qualidade.
Depoimentos
de testemunhas, tomados sob proteção de suas identidades, e documentos
apreendidos pelos promotores mostram, no entanto, que autoridades municipais
receberiam, pelo menos desde 2001, propina para terceirizar parte da
merenda. A diferença entre a propina paga pelas terceirizadas e pelas
empresas que fornecem alimentação direita seria apenas o tamanho. A
terceirizada pagaria 10% enquanto a direita daria 2% aos corruptos.
Duas
testemunhas contaram que empresas da chamada máfia da merenda teriam feito
contribuições a partidos políticos e a um deputado. Um desses pagamentos
foi de R$ 4,8 milhões, em seis parcelas. Em outra oportunidade, cinco
empresas teriam entregue R$ 200 mil cada uma para a candidatura de um político
em 2001. Contratos firmados nas gestões de Marta Suplicy (PT), José Serra
(PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) estão sob investigação.
As
supostas fraudes na merenda e as ação dos MPE têm preocupado os secretários
de Kassab. A atual gestão mandou apurar as supostas irregularidades e
afastou funcionários. Nos últimos meses, três secretários municipais -
Cláudio Lembro (Negócios Jurídicos), Alexandre de Moraes (Transportes) e
Alexandre Schneider (Educação), além do procurador-geral do Município,
Celso Augusto Coccaro Filho - estiveram no gabinete de Marques. "Sugeri
que mantivessem por seis meses as coisas como estão até que se verificasse
um novo modelo mais barato para o Município de São Paulo", afirmou.
Um
novo edital para a renovação do contrato de terceirização da merenda foi
lançado pela Prefeitura. Hoje, as propostas das empresas serão abertas.
Como não foram punidas até agora, as empresas suspeitas de fraude poderão
participar e até ganhar a licitação.
Fonte:
Estado de S. Paulo, de 8/07/2009
Prefeitura
de SP denuncia governo na OEA
A
Prefeitura de SP e entidades ambientalistas apresentam hoje representação
contra o governo brasileiro na OEA (Organização dos Estados Americanos)
por desrespeito aos direitos humanos e violação de pactos internacionais
por ter postergado a distribuição de diesel menos poluente para abastecer
a frota brasileira, prejudicando a saúde dos moradores das grandes cidades.
O alvo é a Petrobras, responsável pelo combustível.
DE
FORA PARA DENTRO
Além
da prefeitura, que assina a representação por meio da Secretaria do Verde
e do Meio Ambiente, endossam o documento entidades como o Fórum Paulista de
Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Idec (Instituto de
Defesa do Consumidor), a Fundação SOS Mata Atlântica e o Greenpeace. A
iniciativa faz parte de uma ofensiva para constranger a Petrobras em
organismos internacionais. ONGs lideram, por exemplo, campanha questionando
a inclusão da estatal no Índice de Sustentabilidade da Dow Jones, que reúne
companhias reconhecidas por sua responsabilidade social e ambiental.
NO
PRAZO
A
Petrobras tem reafirmado que "nunca descumpriu a resolução 315 do
Conama [que estabelecia prazos para a adoção do combustível com menos
enxofre]" e que o debate sobre a qualidade do ar está se realizando de
forma leviana, com inverdades e antiética.
Fonte:
Folha de S. Paulo, Coluna Mônica Bergamo, de 8/07/2009
Congresso
se prepara para discutir proposta de reajuste salarial das carreiras jurídicas
Enquanto
enfrenta o desgaste da crise ética que assola o parlamento há meses, o
Congresso se prepara para discutir — e aprovar — a polêmica proposta de
reajuste salarial das carreiras jurídicas. O aumento deve começar pelos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que deixarão a atual remuneração
de R$ 24 mil para embolsar mensalmente R$ 27,7 mil. O acréscimo terá um
efeito cascata em tribunais e ministérios públicos. Ontem, o presidente da
Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), prometeu a procuradores que em agosto vai
pautar dois projetos sobre o tema. O assunto deve estar na lista das
primeiras sessões depois do recesso parlamentar, que se inicia no próximo
dia 17.
Temer já confessou ser simpático aos projetos e anunciou que vai trabalhar
por um acordo em torno do tema. Não será difícil. Cinco líderes ouvidos
pelo Correio dizem que a matéria não terá dificuldades de ser aprovada em
plenário. Citam dois motivos. O primeiro está na falta de disposição do
parlamento de agir contra um pleito encabeçado pelo Supremo e por
promotores. Em tempos de crise, acham que é melhor não comprar uma nova
briga com quem pode julgá-los e denunciá-los. Também querem mostrar que não
estão dispostos a fazer retaliações, mesmo depois que o Ministério Público
investigou e vazou informações sobre a farra no uso das passagens aéreas
pagas com dinheiro público.
O segundo argumento para a tendência de uma aprovação fácil da matéria
está em um motivo mais pessoal e menos político: “Aumentar o salário
dos ministros do STF é o caminho mais curto para, no futuro próximo,
reajustar também os vencimentos dos integrantes do parlamento”, resume um
líder governista.
A ideia defendida pelos deputados é de que este ano as decisões da Casa se
restrinjam ao aumento dos salários no Judiciário. Acreditam que será fácil
dirimir as críticas ao Parlamento pela atitude, já que estariam agindo,
pelo menos em um primeiro momento, em benefício de outro poder. Mas,
deputados que integram a Mesa Diretora admitem que há sim uma estratégia já
desenhada sobre reajustes para os parlamentares.
O plano prevê a aprovação do aumento dos vencimentos dos deputados em 13%
— mesmo percentual previsto para os ministros do STF — nos últimos dias
de mandato dos atuais dirigentes da Casa. Assim, cumpririam acordos e
promessas feitas aos colegas ao longo deste ano, mas deixariam os efeitos
sociais da decisão para os sucessores. Esses, por sua vez, estariam
preparados a jogar a culpa nos que os antecederam. Seria uma espécie de
jogo de empurra em que todos sairiam ganhando.
Mais benesses
Enquanto pensam no futuro da própria categoria, os deputados caminham com
outras proposições que concedem benesses aos integrantes da carreira jurídica.
Na concessão de afagos, vale até abrir brechas para ultrapassar o atual
teto constitucional, que é estipulado com base nos vencimentos dos
ministros. Ontem, foi aprovado na comissão especial o relatório sobre a
PEC 210/2007, que trata sobre adicional de juízes e procuradores. A
proposta, de autoria do deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), define que as
parcelas de caráter indenizatório e o adicional por tempo de serviço dos
integrantes dessas carreiras — se não passarem de 35% do valor do subsídio—
não serão contados para efeito do cálculo do limite da remuneração dos
servidores. Na prática, as vantagens não contariam na hora de obedecer ao
teto constitucional.
Atualmente, há pelo menos outros dois projetos sobre reajustes salariais de
integrantes da carreira jurídica tramitando simultaneamente. Os PLs
7.297/06 e 7.298/06 são os preferidos da Associação Nacional dos Membros
do Ministério Público. Ambos são de autoria do STF. São eles os objetos
da promessa de Temer feita ontem de que o assunto deve ser resolvido no início
do segundo semestre.
Fonte:
Correio Braziliense, de 8/07/2009
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