Deputados
falam ao presidente do STF sobre projetos em andamento na Câmara
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes,
recebeu em seu gabinete, nesta terça-feira (2), deputados federais
que falaram sobre projetos em andamento na Câmara dos Deputados. Em
um primeiro momento foi realizada audiência com o líder do PT na Câmara,
deputado Cândido Vaccarezza, e depois com o vice-líder do governo na
Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Cândido
Vaccarezza explicou que, dentre os assuntos tratados, estavam o pacto
federativo dos Três Poderes para dar celeridade à Justiça e o
processo de consolidação das leis no País. De acordo com ele, o
Brasil tem 180 mil normas legais, muitas delas colidentes entre si,
outras colidentes com a Constituição e algumas completamente
obsoletas. Para ele, apenas alguns milhares deveriam fazer parte do
arcabouço jurídico do País.
Ricardo
Barros disse que a conversa girou em torno das matérias de interesse
do Judiciário que tramitam na Câmara. Segundo o deputado, foram
discutidos projetos que estão em andamento, como a PEC paralela da
Reforma do Judiciário, a votação do aumento da aposentadoria
compulsória para 75 anos, e as comissões especiais instaladas para
tratar do adicional de tempo de serviço e da volta do recesso do
Judiciário.
Fonte:
site do STF, de 2/06/2009
Número
de processos no Supremo caiu 25% em 2009
Números
em poder do Supremo Tribunal Federal confirmam o acerto na adoção de
medidas como a Repercussão Geral e a Súmula Vinculante para acelerar
a tramitação dos processos no Judiciário. Depois de registrar uma
queda de 42% no volume de distribuídos aos 11 ministros da corte de
2007 para 2008, o tribunal registrou agora uma nova redução de 45%
comparando o período de janeiro a maio de 2008 e 2009. Um dado ainda
mais digno de festa foi a queda de 25% no número de recursos
protocolados na corte registrada no mesmo período de 2008 e 2009.
Para
os analistas, a queda no número de recursos distribuídos é consequência
direta da Repercussão Geral, enquanto a redução no volume de
recursos protocolados reflete também os primeiros efeitos da aplicação
das Súmulas Vinculantes pelos juízes de primeira instância e pelos
tribunais.
De
janeiro a maio de 2007, chegaram ao Supremo 48 mil recursos. Destes,
47 mil foram autuados. A autuação significa uma primeira triagem em
que são recusados os recursos com algum vício formal. Aos 47 mil
recursos se somaram outros 9 mil que estavam pendentes e foram
distribuidos cerca de 56 mil processos aos 11 ministros da casa. Já
em 2008, ano em que o tribunal passou a aplicar os dois instrumentos
com regularidade, estes números começaram a cair. O Anuário da
Justiça 2009 já mostrava essa tendência e apontava a Repercussão
Geral e a Súmula vinculante como a luz no fim do túnel para o
problema da morosidade do Judiciário. Os números de 2009 só
confirmam a tendência. Em relação a 2007, houve uma diferença para
menos de 15 mil recursos protocolados, de 25 mil recursos autuados e
de 37 mil processos distribuídos.
Ao
julgar menos processos, os ministros poderão se dedicar à análise
das causas mais complexas. Nos
primeiros cincos meses de 2007, cada ministro do Supremo julgou em média
1 mil processos por mês. Já em 2009, está julgando pouco mais de
300 processos. Este ano os ministros já julgaram casos de grande
complexidade e de grande interesse social como o da demarcação da
terra indígena Raposa Serra do Sol, o da Lei de Imprensa, o do
cumprimento antecipado de pena e o do crédito prêmio do IPI. A
quantidade está sendo substituída pela qualidade.
Um
exemplo da eficácia da Repercussão Geral pode ser dada por um caso
recente referente ao pagamento de gratificação para servidores,
quando foram sobrestados 10 mil recursos num único Tribunal Regional
Federal. “Além de reduzir o número de recursos que chegam ao
Supremo, a Repercussão Geral garante também uma solução isonômica
para ações semelhantes”, diz Luciano Fuck, assessor da Presidência
do STF.
Casos
como a cobrança da assinatura básica de telefone, que suscitou
dezenas de milhares de ações em todo o país, estão à espera do
julgamento do STF, que já declarou a Repercussão Geral do tema. Com
isso, essas ações nunca subirão até o Supremo e quando este julgar
a causa, a decisão poderá ser aplicada a todos os casos.
Entendem
também que a tendência que vai se confirmando na cúpula do Judiciário
deverá ir gradativamente se estendendo à Justiça de primeiro e
segundo grau. E já é hora de que isso aconteça. Os números do
Supremo vieram à luz no mesmo dia em que o Conselho Nacional de Justiça
divulgou as estatísticas do Judiciário de primeira e segunda instâncias.
Na base, os números continuam explosivos e a tendência de
crescimento ainda se mantém. Em 2008, havia 70 milhões de ações em
tramitação na Justiça Estadual, Federal e do Trabalho, 2,4 milhões
a mais do que no ano anterior. Os números divulgados revelam também
a taxa de congestionamento nos tribunais e comarcas. De dez processos
em tramitação na Justiça Estadual, apenas três foram julgados em
2008. Na Justiça Federal, a proporção foi de quatro ações
julgadas em cada dez tramitando, enquanto a Justiça do Trabalho
julgou seis de dez
Fonte:
Conjur, de 2/06/2009
Tramitaram
na Justiça em 2008 70 milhões de processos
Espalhados
por todos os cantos da Escola de Magistratura Federal da 1ª Região,
nesta terça-feira (2/6), panfletos com a cor verde resumiram todo o
discurso e os desafios da Justiça brasileira: “Bater recordes é
garantir direitos”. O ousado recado foi distribuído aos
participantes do evento de divulgação do relatório Justiça em Números
2008. O estudo, produzido pelo Conselho Nacional de Justiça já há
cinco anos, fez uma radiografia do Judiciário no ano passado. No
total, tramitaram em 2008 70,1 milhões de processos, dois milhões a
mais que em 2007. O Judiciário ficou R$ 4 bilhões mais caro desde
2007. No ano passado, foram gastos R$ 33,5 bilhões.
O
CNJ não tem detalhes, entretanto, sobre os gastos com pessoal – uma
das partes mais caras do orçamento da Justiça. Dessa montanha de
processos acumulados, 57 milhões tramitam na Justiça estadual, que
conta com 11.108 magistrados. Ou seja, é mais de 5 mil casos para
cada juiz. Não por coincidência, a taxa de congestionamento da Justiça
Estadual é a mais alta do Judiciário: 73,1%. Essa taxa significa
que, de cada 100 processos, 73 ainda não foram julgados. O melhor
resultado é da Justiça do Trabalho, com taxa de 44%. No total, cada
magistrado brasileiro tem, em média, 4.457 processos para julgar.
Os
números revelam um Poder Judiciário em mudanças. No segundo grau
das Justiças Estadual e Federal, há ganhos significativos de
produtividade. Por outro lado, o primeiro grau das duas esferas está
estacionado desde 2004, primeiro ano do relatório. Em 2008, a taxa de
congestionamento na segunda instância da Justiça Estadual foi de 42%
– 10 pontos percentuais a menos que em 2004, primeiro ano do relatório
do CNJ.
Ao
mesmo tempo em que houve a diminuição dos processos pendentes, o acúmulo
de trabalho para os magistrados aumentou. Em 2007, cada magistrado
tinha 1.441 processos e, em 2008, essa quantidade foi para 2.066 mil.
“Isso revela um aumento de produtividade e eficiência”, afirmou o
ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal
Federal. Outro bom exemplo é da segunda instância da Justiça
Federal. A taxa de congestionamento caiu de 67%, em 2004, para 59%, em
2008.
Por
outro lado, o primeiro grau da Justiça – justamente a instância
mais próxima do cidadão – caminha a passos lentos. Na esfera
estadual, a taxa de congestionamento amarga a faixa de 80% há cinco
anos. Em âmbito federal, a situação também é crítica. Embora a
carga de trabalho para cada magistrado tenha diminuído nos últimos
anos, a taxa de congestionamento continua em 76%.
Dias
melhores
Segundo
o conselheiro Mairan Maia, um dos responsáveis pela compilação dos
dados, a diferença de performances tem explicação. Segundo Maia, há
uma melhora em todos os ramos da Justiça, mesmo que às vezes
imperceptível. “A melhora não foi suficiente para eliminar o
estoque. Muitos processos entraram e, por isso, não foi possível
queimar gordura”, explicou. “E isso é bom porque significa mais
acesso à Justiça e mais democracia”, completou Gilmar Mendes. Para
entender melhor esse resultado, o CNJ pretende, para esse ano,
diferenciar os processos que estão em fase de execução e de
conhecimento.
Para
o ministro Gilmar Mendes, o balanço do Judiciário em 2008 é
positivo. “É preciso enfatizar cada vez mais a necessidade do CNJ
exercer a atividade de coordenação e planejamento do Judiciário”,
defendeu. No discurso de apresentação do Justiça em Números 2008,
Mendes disse que o Judiciário vive, atualmente, um paradoxo.
De
um lado, os gestores buscam soluções para desafogar os tribunais –
o exemplo mais notável é o da Súmula Vinculante. Em contrapartida,
a Justiça pretende se tornar mais acessível – o que, na prática,
significa mais processos. “O aumento das atividades do CNJ pode
atrair demandas, na medida em que facilita o acesso da população.
Esses movimentos podem parecer contraditórios, mas temos que fazer
esse esforço para atingir as pessoas que não têm acesso à Justiça”,
afirmou o ministro. Para 2009, ele é otimista. “Se antes eram
feitas semanas da conciliação, esse ano será todo da conciliação.
Isso vai desafogar a Justiça e mudar a mentalidade de que o Judiciário
é a única via para a solução de problemas.”
Fonte:
Conjur, de 2/06/2009
STJ
nega habeas corpus a ex-secretário de Segurança de São Paulo
acusado de desacato
O
ex-secretário de Segurança do Estado de São Paulo Saulo de Castro
Abreu Filho teve seu habeas corpus negado pela Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Saulo de Castro é acusado pelo crime de
desacato cometido quando esteve na Assembléia Legislativa de São
Paulo.
O
ex-secretário compareceu diante da assembléia para explicar a atuação
da polícia durante ataques de grupos criminosos na capital paulista.
Na ocasião, segundo os autos, desacatou diversos deputados, inclusive
fazendo gestos obscenos e ironizando as perguntas dos parlamentares.
Posteriormente o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP)
acatou a denúncia apresentada contra ele.
No
habeas corpus, a defesa do ex-secretário alegou que o denúncia seria
nula, pois, após a apresentação da defesa preliminar, foi aberta
nova vista à Procuradoria-Geral da República, desrespeitando o
artigo 5º da Lei n. 8.308, de 1990. Para a defesa, a nulidade não
foi sanada com a concessão da vista do processo, pois o tempo
concedido teria sido menor do que o da acusação.
Para
a defesa, a acusação seria motivada por perseguições políticas e
o acusado teria agido dentro da normalidade, sem nenhum dolo. Segundo
o ex-secretário, vários deputados o agrediram verbalmente na
tentativa de intimidá-lo. Destacou que uma das fotos usadas como
prova, em que o réu supostamente fez um gesto fálico com a mão, na
verdade não representaria a realidade. Alegou-se ainda que, segundo o
capítulo II do título XI do Código Penal, o “desacato” só
ocorreria de um particular contra a administração. Alega ainda que,
na ocasião, o acusado ainda ocupava o cargo de secretário de Segurança,
não ficando, portanto, caracterizado o desacato.
Entretanto
os ministros da Sexta Turma consideraram que o Tribunal não pode
analisar a questão da falta de dolo na conduta, pois isso depende do
exame detalhado das provas a serem produzidas. Tal análise não pode
ser determinada por habeas-corpus. Quanto à questão da vista, a
magistrada considerou que o artigo 5º da Lei n. 8.308 determina que a
defesa pode ter vista do processo se um novo documento for adicionado
ao processo, porém não impede que o Ministério Público possa pedir
vista do processo. Consideraram ainda que não houve nenhum prejuízo
ao acusado, tendo ficado garantidos o contraditório (apresentação
da defesa da parte acusada) e a ampla defesa.
Já
quanto à questão de um membro da administração poder ou não
cometer desacato, os ministros salientaram que grande parte dos
doutrinadores do direito considera que o desacato é um crime comum,
portanto não exige um autor definido legalmente. A jurisprudência do
próprio STJ aceita o mesmo entendimento, considerando que a essência
do desacato é “a ofensa ser dirigida contra o prestígio da função
pública, é o menoscabo em relação a esta última”. Para os
ministros, qualquer um poderia ser o autor dessa ofensa. Com essa
argumentação, foi negado o pedido.
Fonte:
site do STJ, de 2/06/2009
Comprovante
de pagamento de custas retirado da internet não tem validade nos
autos
Não
é válida a apresentação nos autos de comprovante de preparo de
recurso especial extraído da internet. A decisão é da Quarta Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou agravo (tipo de
recurso) interposto por uma cidadã do Distrito Federal. A Turma, por
maioria, seguiu o entendimento do relator, ministro Luís Felipe Salomão,
o de que para serem admitidos no processo, os documentos retirados dos
sítios eletrônicos devem ter a certificação de sua origem.
Anteriormente,
o ministro Salomão havia negado o seguimento do recurso especial da
cidadã por entender que os documentos extraídos da internet não são
dotados de caráter oficial hábil a comprovar o pagamento. Ela
agravou a decisão para que o caso fosse analisado por todos os
ministros da Quarta Turma.
Em
sua defesa, ela alegou que houve o pagamento do preparo na perfeita
conformidade legal e regimental e que os comprovantes foram recolhidos
a partir do sítio eletrônico do Banco do Brasil, com os respectivos
códigos de certificação e autenticação pelo Sistema de Informações
do Banco do Brasil (SISBB). Sustentou, ainda, que não existe
dispositivo legal proibindo o recolhimento pelos meios postos à
disposição pelo banco e que exigir mais do que isso constituiu
imposição de condição processual impossível de ser atendida pelo
jurisdicionado, em flagrante afronta ao artigo 5º, incisos II, XXXV,
LV, da Constituição Federal.
O
ministro Salomão manteve sua posição, destacando que, embora seja
admitida a juntada de documentos e peças extraídas da internet, é
necessária a certificação de sua origem. Para ele, a cidadã não
conseguiu comprovar adequadamente o pagamento das custas e do porte de
remessa e retorno do recurso especial.
O
relator ressaltou, ainda, que, no que concerne à afirmação de que não
há meios diversos da internet para comprovar o pagamento da GRU,
afigura-se totalmente descabida, visto que, por intermédio de
pagamento nos caixas do Banco do Brasil, é possível conseguir o
comprovante idôneo, com os dados registrados em papel timbrado da
instituição financeira. Segundo ele, trata-se, portanto, de incumbência
acessível a qualquer jurisdicionado.
Fonte:
site do STJ, de 2/06/2009
A
greve da USP
Com
exceção da decisão da reitora Suely Vilela de recorrer rapidamente
à Justiça para assegurar o livre acesso à Cidade Universitária e
ao seu próprio gabinete, a greve por tempo indeterminado dos
servidores da Universidade de São Paulo (USP) em nada difere das que
há anos vêm sendo deflagradas, quase sempre a partir de maio, pelos
servidores da instituição. A recorrência do protesto é tanta que
alunos e professores estão fazendo uma espécie de "bolão"
para ver quem acerta o número de dias não trabalhados.
Ao
adotar medidas preventivas, pedindo à Justiça que autorizasse a Polícia
Militar a dissolver piquetes nos prédios das principais
coordenadorias e unidades de ensino da USP na Cidade Universitária, a
reitora mostrou ter aprendido a lição da greve de 2007. Na ocasião,
ela contemporizou com os líderes dos servidores e dos alunos e acabou
tendo seu gabinete invadido por baderneiros que quebraram móveis,
vidros e telefones, roubaram computadores e rasgaram documentos -
inclusive os relativos a processos administrativos abertos contra
funcionários. Os prejuízos foram estimados em R$ 346 mil. Desde o início
da greve deste ano, em 5 de maio, a PM já teve de atuar duas vezes
para impedir piquetes e coibir depredações. A última tentativa da
invasão do prédio da Reitoria, ocorrida na semana passada, causou
prejuízos de R$ 10 mil.
Como
era esperado, diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP
(Sintusp), com o apoio de estudantes vinculados a micropartidos
radicais, classificaram a intervenção da PM como "militarização
do campus". E sete professores promoveram um "protesto pedagógico",
transferindo suas aulas para os gramados da Cidade Universitária.
Os
servidores reivindicam 16% de aumento, mais a incorporação de R$ 200
aos salários, sob a justificativa de reduzir "injustiças
sociais". Os professores, que também estão decidindo se cruzam
os braços, pedem um reajuste de 6,1% de aumento, a título de reposição
da inflação, e mais 10% a pretexto de "recuperar perdas históricas".
Mas a greve tem outras motivações.
A
USP tem cerca de 15 mil funcionários, mas cerca de 5,2 mil estariam
ameaçados de ser demitidos por determinação do Tribunal de Contas
do Estado (TCE) porque suas vagas foram abertas sem autorização da
Assembleia Legislativa, como determina a legislação. Os servidores
também denunciam a "criminalização dos movimentos
sociais", pedem a revogação das punições aplicadas a
ativistas que depredaram ou invadiram edifícios governamentais em
nome da "defesa da universidade pública" e exigem a
readmissão do "companheiro" Claudionor Brandão, dirigente
do Sintusp com folha corrida na Polícia.
Tendo
sido contratado em 1987 como técnico de ar-condicionado, ele se
converteu em líder sindical e foi demitido por justa causa depois de
ter participado da invasão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, há
quatro anos, quando ameaçou a integridade física de funcionários e
pôs em risco o acervo da biblioteca da instituição. Para o Sintusp,
o comportamento de Brandão teria sido apenas um "ato legítimo
de protesto" e a punição a ele aplicada feriria "direitos
democráticos".
A
pauta de reivindicação dos professores também é corporativa e política.
Além do reajuste salarial, eles pedem a expansão do ensino superior
público, autonomia didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, democratização da estrutura administrativa
e do funcionamento dos colegiados e revogação das "políticas
que terceirizam o trabalho". Aliados ao Sintusp, os docentes
defendem a garantia de manutenção do emprego dos 5,2 mil servidores
cuja nomeação está sendo contestada pelo TCE, denunciam uma hipotética
"apropriação privada" dos hospitais universitários e
criticam duas iniciativas do governador José Serra - o projeto de
criação da Universidade Virtual e a ampliação dos cursos de Ensino
a Distância.
A
tentativa de envolver Serra, que é um dos postulantes do PSDB à
Presidência da República, no pleito de 2010, confirma o caráter político
da greve da USP, que hoje completa seu primeiro mês de duração.
Fonte:
Estado de S. Paulo, seção Opinião, de 3/06/2009
Submundo
carcerário
O
SISTEMA prisional é uma "vergonha para o país". A frase,
do diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen),
Airton Michels, apenas rubrica o que é de conhecimento generalizado.
O déficit de vagas ultrapassa os 160 mil -ao todo, segundo o Depen, são
cerca de 440 mil presos no país.
Amontoados
em instalações precárias, para dizer o menos, muitos detentos se
veem submetidos ainda a injustiças pelo próprio poder público.
Estima-se em 9.000 o número de pessoas que já cumpriram suas penas e
continuam encarceradas. O Ministério da Justiça avalia que 30% da
população carcerária esteja cumprindo prisão preventiva -e não são
raros os casos de reclusão superior aos 81 dias de tempo máximo da
modalidade.
Números
do Estado de São Paulo indicam aumento do déficit de vagas. Os presídios
do Estado já abrigam 56% mais presos do que permite sua capacidade. O
período coincide com o da elevação da ocorrência de homicídios
dolosos em SP, após sete anos em queda.
Em
todo o país, dados negativos vêm à tona. No Rio Grande do Sul, um
juiz se negou a mandar criminosos para o cárcere, alegando superlotação.
No Espírito Santo, denúncias de precariedade e prática de
maus-tratos motivaram a interdição de uma unidade. No fim de 2007,
descobriu-se no Pará uma adolescente de 15 anos presa com 20 homens
em uma cela.
Nada
disso se coaduna com o tratamento a ser dispensado pelo Estado na sua
obrigação de manter reclusos os bandidos que oferecem risco à
sociedade. Problemas políticos e administrativos concorrem para que a
maioria desses locais se transforme em ambientes de animalização.
Há
iniciativas positivas, como os mutirões do Conselho Nacional de Justiça,
para tirar das prisões aqueles que já poderiam tê-las deixado. É
necessário ainda insistir na ampliação dos serviços de advocacia
gratuita, como as Defensorias Públicas, e perseguir modos mais
eficientes de gerir unidades prisionais.
A
experiência paulista do início da década de 1990 mostrou bons
resultados na entrega a entidades civis da gestão de certo perfil de
presídios. Outro exemplo a ser seguido, dado por sucessivos governos
estaduais de São Paulo, é que construção e reforma de penitenciárias
têm de se tornar rotina administrativa.
Se
a segurança pública melhorar como se espera, a demanda por celas
-num país em que a polícia elucida, quando muito, 25% dos homicídios-
não vai parar de crescer.
Fonte:
Folha de S. Paulo, seção Tendências e Debates, de 3/06/2009
Comunicado
do Centro de Estudos I
Para
o II Curso de Direitos Fundamentais, a realizar-se no período de 04
de junho a 31 de julho de 2009, quintas e sextas feiras das 19h00 às
22h00, e aos sábados das 09h00 às 12h00, na UNIFAI - Unidade Vila
Mariana, Rua Afonso Celso, 711, (próximo a estação de metrô Santa
Cruz), São Paulo/SP, fica deferida a seguinte inscrição: Luiz
Francisco Torquato Avólio
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 3/06/2009
Comunicado do Centro de Estudos II
Para
o Curso “Transformando o valor do trabalho”, promovido pela
StarCoach Consultoria, a realizar-se nos dias 08 e 09 de junho de
2009, das 9h00 às 11h30 e das 12h30 às 16h, no Centro de Estudos da
Procuradoria Geral do Estado, São Paulo/SP, ficam deferidas as
seguintes inscrições:
1.
Alexandre de Paula Haddad; 2. André Solti; 3. Antonia de
Oliveira Silva; 4. Antonio Milton Esteves Ferraz; 5. Aparecida Conceição
Moretti; 6. Aparecida Maria da Silva; 7. Claudete Paquera
Fogaça; 8. Claudia Almerinda Santos; 9. Daiane de Fátima
Giacomeli; 10. Dejamir Oioli; 11. Denilza Alves Portela; 12.
Denise dos Santos; 13. Elizabeth Antonia de Souza Prado; 14.
Gervácio Gonçalves da Silva; 15. Isis Silva de França; 16. Izumi
Takeya; 17. Joelma Pinheiro Guimarães Mattano; 18. Laura
Souza França Ribeiro; 19. Lourdes Hernandez Tedim; 20. Lúcia
Helena Ribeiro da Silva; 21. Luzia Cristina de Castro; 22. Luzia
Otilia Garcia dos Santos; 23. Mara Pedroso Pereira; 24. Marcia
Antonia Silva Correa; 25. Maria Aparecida Teixeira; 26. Maria
de Lourdes de Barros Penteado; 27. Maria Leonice Oliveira;
28. Maria Lúcia Figueiró; 29. Mariza Conceição Gomes;
30. Michele Daiana Donda dos Santos; 31. Moisés Francisco
Siqueira; 32. Moises Santos Nascimento; 33. Pedro Sava
Hun Junior; 34. Roberto Amancio; 35. Solange dos Santos Ramos;
36. Takachi Chayamiti; 37. Teresa dos Santos Reimberg; 38.
Vânia Ribeiro; 39. Vera Helena Corrêa Alcantara Sugawara; 40.
Vilma de Oliveira
Fonte:
D.O.E, Caderno Executivo I, seção PGE, de 3/06/2009