PMDB vence no Congresso e
estabelece latifúndio de poder
Depois de 16 anos e com o apoio do presidente
Lula, o PMDB reconquistou as presidências da Câmara e do Senado. As vitórias
dão ao partido poder extra para buscar mais espaço dentro do governo, no
qual já atua com a indicação política de seis ministros.
Na Câmara, venceu o deputado Michel Temer
(PMDB-SP). Ele teve 304 votos e superou seus dois adversários -Ciro Nogueira
(PP-PI), que teve 129 apoios, e Aldo Rebelo (PC do B-SP), com 76 votos. A
Câmara tem 513 deputados e o quórum ontem foi de 509.
No Senado, o vitorioso foi José Sarney
(PMDB-AP). Ele havia passado os últimos dois meses tentando ser o candidato
único. A estratégia não deu certo. Ele teve de ir para a disputa contra Tião
Viana (PT-AC) -venceu por 49 a 32, totalizando as 81 cadeiras do Senado.
Essas vitórias de Temer e de Sarney conferem
aos dois grande poder para influir no governo Lula, em especial na sucessão
de 2010. A presidenciável Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, tentou
desconversar ao comentar a eleição. "A base do governo foi vitoriosa",
disse.
Questionada sobre uma vaga de vice em sua
eventual chapa, afirmou: "Estamos falando de 2009. E essa vitória é em 2009
e tem que ser vista como uma contribuição à governabilidade". Sob a ótica da
oposição, o presidenciável José Serra (PSDB-SP) tem em Temer um aliado
potencial e em Sarney um desafeto.
Apesar desse poder, nem Sarney nem Temer
tiveram os apoios que alardeavam.
No caso da Câmara, a aliança formada pelo
peemedebista tinha 15 partidos e um total de 425 deputados -o maior bloco já
criado dentro do Congresso. Desses, 121 (28,3%) acabaram traindo Temer na
hora do voto.
No Senado, sarneyzistas começaram contando 58
votos, e o número final foi desidratado para 49. Muito da redução do apoio
se deu em decorrência de uma decisão inusitada do PSDB, cujo apoio oficial
foi para Viana. Como a votação é secreta, não se pode mapear com precisão as
defecções.
A conquista de Temer se cristalizou apenas nas
72 horas anteriores à disputa. O peemedebista teve grande ajuda com a saída
de Osmar Serraglio (PMDB-PR) do páreo, anteontem à noite. Primeiro, quase
todos os seus votos migraram para Temer. Segundo, propagou-se um desânimo
nas campanhas de Ciro e Aldo.
Temer, 68, e Sarney, 78, são veteranos no
comando do Congresso. Ambos começaram ontem o seus terceiros mandatos nas
presidências de Câmara e Senado. O deputado foi eleito pela primeira vez em
1997 e reeleito em 1999. O maranhense, que agora se elege pelo Amapá, teve
sua primeira eleição para presidir o Senado em 1995 e a segunda em 2003.
O PMDB é descendente direto do MDB (Movimento
Democrático Brasileiro), partido de oposição consentida durante a ditadura
militar (1964-1985). Na volta do país à democracia, a sigla comandou o
Congresso inteiro por vários anos seguidos. Na década de 90, começou a
entrar em decadência.
A última vez que dois peemedebistas estiveram
à frente de Câmara e Senado, no biênio 1991-1992, o país passou por uma de
suas maiores crises políticas. O então presidente da República, Fernando
Collor de Mello, sofreu um processo de impeachment. No Congresso, o chamado
escândalo dos anões do Orçamento provocou a perda de vários mandatos.
Agora, o PMDB assumirá o poder no Congresso em
meio a uma crise econômica e assediado pelo PT e pelo PSDB para formar uma
aliança nas eleições de 2010. A sigla também continua fracionada.
Ao tomar posse, Sarney anunciou um corte
linear de 10% do orçamento do Senado (de R$ 2,7 bilhões neste ano). Também
prometeu criar uma comissão para discutir a crise.
"Não me chamem de um homem retrógrado, como se
eu fosse um velho que está chegando aqui, querendo, como um macróbio [aquele
que vive muito], não renovar o Senado", disse ele. Ex-presidente da
República (1985-1990) e com 33 anos de mandato de senador, Sarney será o 63º
presidente do Senado. O posto também lhe confere o comando da presidência do
Congresso Nacional, formado por todos os senadores e deputados.
O principal articulador sarneyzista foi o
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que reassumiu a liderança da bancada do
PMDB. Além do seu partido, Sarney contou com o apoio oficial de DEM, PTB, PP
e PR. Os aliados do derrotado Tião Viana foram PT, PSOL, PRB, PDT, PSB e
PSDB -este último teria lhe dado 12 votos.
Na Câmara, a primeira promessa de Temer foi a
de regulamentar a Constituição. Também anunciou a criação de uma
procuradoria parlamentar feminina -para garantir às 44 deputadas direito de
voz e voto nas reuniões de líderes.
Ele tentará dar maior visibilidade ao trabalho
dos congressistas nos Estados, em especial nos finais de semana. "Me
insurgirei àqueles que disserem que nós só trabalhamos de terça a quinta.
Temos que lembrar que Brasília é o Brasil formal e que o Brasil real está lá
fora, nas nossas bases", discursou.
Fonte: Folha de S. Paulo, de
3/02/2009
Temer é eleito presidente
da Câmara dos Deputados
O deputado Michel Temer (PMDB-SP) foi eleito
presidente da Câmara dos Deputados para os próximos dois anos, com 304 do
total de 509 votos. O deputado Ciro Nogueira (PP-PI), ficou em segundo, com
129 votos. Aldo Rebelo (PCdoB-SP), do bloco PCdoB-PSB-PMN-PRB e Psol, foi o
terceiro colocado, com 76 votos. Não houve votos em branco e nulos.
Temer, eleito pela terceira vez para o cargo,
recebeu apoio de 14 partidos. Nesta segunda-feira (22/2), ele presidirá a
apuração da eleição dos demais cargos da mesa diretora da Câmara.
No domingo, o deputado Osmar Serraglio
(PMDB-PR) desistiu de disputar com o argumento de que preservaria a unidade
do PMDB. Com isso, declarou apoio ao colega de partido. Temer vai
administrar em 2009 um orçamento de R$ 3,2 bilhões.
Em seu discurso na sessão em que foi eleito,
Temer defendeu que a Casa seja um centro de debates e traga soluções para a
crise financeira. “Quero fazer da Casa centro de debates. A crise, que está
nas nossas portas, vamos debatê-la aqui, usar a consultoria, trazer
versados, debater, formular idéias para o país.”
A eleição de Temer é o cumprimento de um
acordo feito pelo PMDB com o PT ainda em 2007, para eleger Arlindo Chinaglia
(PT-SP). Pelo acordo, caberia agora ao PMDB indicar o candidato para o
cargo.
O paulista Michel Miguel Elias Temer Lulia, 68
anos, é o terceiro deputado do período republicano a se eleger três vezes
para a presidência da Casa — 1997-1999 e 1999-2001. Antes dele, somente
Ulysses Guimarães e Flávio Marcílio conseguiram o feito.
Advogado formado pela Faculdade de Direito da
USP, Temer é casado e pai de quatro filhos. Sua trajetória política sempre
foi marcada por sua atuação na área jurídica. Mestre e doutor em Direito,
Temer é professor da PUC de São Paulo e da Faculdade de Direito de Itu (SP).
É autor de quatro livros. O mais recente é sobre Direito Constitucional -
está na 22ª edição.
A iniciação política ocorreu no início dos
anos 60, como oficial de gabinete de seu ex-professor Ataliba Nogueira,
então secretário de Educação de São Paulo. A partir daí, Temer ocupou
diversos cargos, como o de procurador-geral do estado de São Paulo e de
secretário de Segurança Pública
Em 1987, ele foi eleito deputado pela primeira
vez. Foram seis mandatos, sempre pelo PMDB, partido que preside desde 2001.
Temer destacou-se pela capacidade de articulação e o trânsito entre oposição
e governo.
Fonte: Conjur, de 2/02/2009
Presidente do STJ anuncia
digitalização de 450 mil processos até julho
Até o dia 31 de julho de 2009, todos os
processos judiciais e administrativos em papel que tramitam no Superior
Tribunal de Justiça serão substituídos por arquivos digitalizados. Até lá,
serão digitalizadas cerca de 150 milhões páginas de 450 mil processos. A
previsão foi feita nesta segunda-feira (2) pelo presidente do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, ao inaugurar, na
Corte Especial, o julgamento informatizado.
“Temos que nos acostumar com essa nova técnica
e logo vamos constatar que ela trará maior celeridade aos julgamentos”,
afirmou o ministro, ressaltando que a sessão desta segunda-feira, de
abertura do ano forense, marcou a entrada definitiva do STJ na era digital.
“Não teremos mais processos em papel. O STJ será o primeiro tribunal a
trabalhar totalmente informatizado”, disse.
O processamento eletrônico faz parte do
desafio de buscar soluções eficazes para a melhoria do serviço jurisdicional
prestado pelo tribunal. Além da modernização tecnológica, o presidente
destacou o incremento da força de trabalho obtida com a chegada de cerca de
160 novos servidores e a convocação de mais dois desembargadores para
reforçar as sessões de julgamento: Vasco Della Giustina, do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul, e Paulo Roberto Bastos Furtado, do Tribunal de
Justiça da Bahia.
Cesar Rocha também ressaltou os bons
resultados já obtidos pela implantação da Lei de Recursos Repetitivos e o
trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Procedimentos Especiais da Presidência
(Nupre), que, sozinho, evitou a distribuição de 22 mil processos
manifestamente incabíveis ao gabinete dos ministros.
A modernização do STJ vai agilizar o trâmite
das ações com segurança e qualidade, otimizar a utilização de recursos
financeiros e de pessoal e facilitar o acesso de advogados e partes aos
autos dos processos, pois poderá ser feito pelo site do STJ, vinte e quatro
horas por dia.
Entusiasmada com a nova técnica de julgamento,
a ministra Nancy Andrighi interrompeu rapidamente a sessão da Corte Especial
para registrar que, em 33 anos de magistratura, nunca havia presenciado nada
do gênero.
Fonte: site do STJ, de
2/02/2009
Leilão judicial de bens em
São Paulo será virtual
O Judiciário paulista vai criar o leilão
virtual para a venda judicial de bens no Estado. A matéria está prevista no
artigo 689-A do Código de Processo Civil (CPC). O fim do leilão presencial
deve ser anunciado ainda em fevereiro, com a publicação do provimento que
vai regulamentar a alienação judicial online. A outra novidade será a
terceirização dos leilões eletrônicos. O provimento do Tribunal de Justiça
paulista prevê que empresas e entidades públicas ou privadas possam ser
gestoras de páginas virtuais. O gestor ficará com 5% do valor da venda.
O tribunal quer por fim à dificuldade de
participação dos atuais leilões presenciais, aumentar a quantidade de
pessoas na tentativa de arrematar bens, baratear o processo de licitação e
agilizar os processos de execução. A medida vai acabar com o poder do
leiloeiro e aumentar o acesso da população à compra. Além disso, vai
preservar o valor dos bens alienados.
“A internet é a ferramenta que vai permitir o
acesso de um maior número de pessoas interessadas no arremate de bens que
vão a leilão”, defendeu o juiz Augusto Drummond Lepage. O magistrado aponta
a segurança, a publicidade, o baixo custo e a possibilidade de que os bens
penhorados sejam arrematados pelo melhor preço como as principais vantagens
da nova modalidade de leilão.
“Com o leilão eletrônico, o Judiciário
pretende dar mais eficiência na gestão da coisa pública”, diz o juiz Airton
Pinheiro de Castro. “A Justiça de São Paulo não pode abrir mão de
ferramentas para uma gestão mais eficiente de bens de terceiros que estão
sob sua guarda”, completa Hamid Bdine Júnior, juiz auxiliar da
Corregedoria-Geral da Justiça. Segundo o magistrado, o sistema de leilão
eletrônico dará mais publicidade, permitindo que os bens sejam vendidos de
forma mais rápida e por um preço até acima do avaliado.
Leilões online já estão sendo feitos pela
Justiça. Um exemplo aconteceu no ano passado, quando a Justiça Federal
realizou, pela internet, leilão de bens que foram apreendidos em poder do
narcotraficante Juan Carlos Abadia. Foram a leilão três imóveis que
pertenciam ao criminoso. Depois de 68,1 mil acessos, o Judiciário conseguiu
arrecadar R$ 4,3 milhões, valor 150% a mais daquela avaliado pela Justiça.
As rodadas de lances serão feitas de forma
automática pela internet. Quem quiser participar do leilão basta se
cadastrar. O cadastro é gratuito e indispensável para a participação no
leilão. A confirmação da inscrição ao interessado será feita pela entidade
gestora que vai cuidar do leilão.
Fonte: Conjur, de 2/02/2009
Plenário edita 14ª Súmula
Vinculante e permite acesso de advogado a inquérito policial sigiloso
Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal
(STF) aprovou na tarde desta segunda-feira (2) súmula vinculante que garante
a advogados acesso a provas já documentadas em autos de inquéritos policiais
que envolvam seus clientes, inclusive os que tramitam em sigilo.
O texto a 14ª Súmula Vinculante diz o
seguinte: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
A questão foi levada ao Plenário a pedido do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por meio de processo
chamado Proposta de Súmula Vinculante (PSV), instituído no STF no ano
passado. Essa foi a primeira PSV julgada pela Corte.
Dos 11 ministros, somente Joaquim Barbosa e
Ellen Gracie foram contra a edição da súmula. Para os dois, a matéria não
deve ser tratada em súmula vinculante. A maioria dos ministros, no entanto,
afirmou que o verbete trata de tema relativo a direitos fundamentais,
analisado diversas vezes pelo Plenário. Eles lembraram que a Corte tem
jurisprudência assentada no sentido de permitir que os advogados tenham
acesso aos autos de processos.
“A súmula vinculante, com o conteúdo proposto,
qualifica-se como um eficaz instrumento de preservação de direitos
fundamentais”, afirmou Celso de Mello.
O ministro Marco Aurélio destacou que “a
eficiência repousa na transparência dos autos praticados pelo Estado”,
reiterando que precedentes da Corte revelam que a matéria tem sido muito
enfrentada. Ele afirmou que há pelo menos sete decisões sobre a matéria no
STF. “Investigação não é devassa”, observou a ministra Cármen Lúcia Antunes
Rocha.
O ministro Peluso lembrou que a súmula somente
se aplica a provas já documentadas, não atingindo demais diligências do
inquérito. “Nesses casos, o advogado não tem direito a ter acesso prévio”,
observou. Ou seja, a autoridade policial está autorizada a separar partes do
inquérito que estejam em andamento para proteger a investigação.
Ellen Gracie concordou com o entendimento dos
demais ministros quanto ao direito dos advogados de ter acesso aos autos dos
processos, mas afirmou que uma súmula sobre o tema dependeria da
interpretação de autoridades policiais. “A súmula vinculante é algo que não
deve ser passível de interpretação, deve ser suficientemente clara para ser
aplicada sem maior tergiversação.”
Para Barbosa, a súmula privilegiará os
direitos dos investigados e dos advogados em detrimento do direito da
sociedade de ver irregularidades devidamente investigadas. Segundo ele,
“peculiaridades do caso concreto podem exigir que um inquérito corra em
sigilo”.
Essa tese foi defendida pela Procuradoria
Geral da República (PGR), que também se posicionou contra a edição da
súmula. Durante o julgamento, o vice-procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, afirmou que o verbete causará um “embaraço indevido do poder
investigativo do Estado”, podendo até inviabilizar o prosseguimento de
investigações. Ele acrescentou que o verbete se direciona, sobretudo, a
crimes de colarinho branco, e pouco será utilizado por advogados de réus
pobres.
Ao responder, o ministro Carlos Alberto
Menezes Direito, relator da matéria, afirmou que a súmula não significará um
“obstáculo à tutela penal exercida pelo Estado”. Ele acrescentou que muitos
casos de pedido de acesso a autos de processo dizem respeito a crimes que
não são de colarinho branco.
Fonte: site do STF, de
2/02/2009
OAB comemora edição de
súmula; procuradores veem intromissão do Judiciário
Os principais envolvidos no tema da nova
súmula vinculante do STF (Supremo Tribunal Federal) bateram de frente sobre
a efetividade e necessidade da criação do dispositivo.
O plenário do Supremo, na inauguração do ano
Judiciário, aprovou a Súmula Vinculante 14, que garante que advogados tenham
acesso a inquéritos policiais que tramitam em segredo de Justiça.
Atualmente, depende de cada juiz autorizar a vista dos processos sigilosos
aos advogados.
A criação da súmula foi proposta pelo Conselho
Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O presidente da Ordem, Cezar
Britto afirmou que a decisão é uma vitória da advocacia. “Não se pode
admitir, em um país democrático, investigações secretas para o próprio
investigado”, disse, segundo publicado no site da OAB.
Britto acrescentou ainda que a decisão
significa o respeito aos direitos e garantias individuais, previstas na
Constituição, sem prejuízo da eficácia das investigações.
O texto da nova súmula diz que: “É direito do
defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.”
O presidente da seccional paulista da OAB,
Luiz Flávio Borges D´Urso, também comemorou a edição da súmula que, segundo
ele, pacificou um entendimento já recorrente entre os ministros do Supremo.
Já para ANPR (Associação Nacional dos
Procuradores da República), o novo dispositivo, um “retrocesso”, será um
forte obstáculo à persecução penal. Segundo a associação, o sigilo das
investigações, em alguns casos, é indispensável.
O presidente da ANPR, Antonio Carlos Bigonha,
disse que a súmula é fruto da equivocada intromissão do Judiciário em uma
questão eminentemente legislativa.
“Nós encaramos isso com uma dupla gravidade,
não só pelo desserviço que prestará na diminuição da corrupção no país, no
sentido de inviabilizar a persecução penal, mas, sobretudo, por essa
intervenção indevida do poder judiciário nos assuntos do parlamento
federal”, enfatizou Bigonha, segundo divulgou a assessoria de imprensa da
ANPR.
Fonte: Última Instância, de
2/02/2009
Governo de SP é condenado a
pagar diferenças salariais a médica do Estado
O governo de São Paulo terá que pagar
diferenças salariais a uma médica do Estado pelos serviços em regime de
plantão . A 1ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) chegou a
analisar o agravo de instrumento da Fazenda Pública, mas não aceitou
rediscutir a questão no tribunal.
Com isso, ficou mantida a decisão do TRT
(Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, em São Paulo, que condenou o
Estado ao pagamento da verba “plantão médico” com reflexos no 13º salário,
férias, FGTS e descansos semanais remunerados da profissional.
De acordo com informações da assessoria do
TST, o governo paulista limitou-se a alegar no TRT paulista que os plantões
realizados pela médica não eram habituais, por isso a verba não poderia ter
caráter remuneratório e integrar outras parcelas. Só que tanto na 23ª Vara
do Trabalho quanto no tribunal, as provas apresentadas pela médica mostraram
a habitualidade do serviço e sua natureza salarial.
A Fazenda Pública do Estado de São Paulo
recorreu ao TST com agravo de instrumento na tentativa de rediscutir a
matéria no tribunal. Mas, segundo o relator do processo, ministro Walmir
Oliveira da Costa, não houve desrespeito a normas legais ou à Constituição
que justificassem o pedido.
Por fim, os ministros da 1ª Turma negaram
provimento ao agravo e não permitiram o reexame do caso no TST por meio de
outro recurso. A decisão do TRT paulista de condenar o Estado ao pagamento
de diferenças salariais à médica foi mantida.
Fonte: Última Instância, de
2/02/2009
Juiz libera saque de plano
de previdência de advogado administrado pelo Ipesp
O juiz Rômolo Russo Júnior, da 5ª Vara da
Fazenda Pública de São Paulo, condenou o Ipesp (Instituto de Previdência do
Estado de São Paulo) a pagar ao advogado Vinicius Bairão Abrão Miguel os
valores acumulados sobre sua contribuição à Carteira de Previdência dos
Advogados de São Paulo.
Trata-se da primeira decisão judicial que
admite o saque do plano de previdência dos advogados do Estado, atualmente
administrado pelo Ipesp. O instituto deve deixar de existir a partir de
junho, com o fim da implantação da SPPrev (São Paulo Previdência), que a
partir de então será responsável pelos regimes de previdência dos servidores
estaduais.
Abrão Miguel acionou a Justiça solicitando a
portabilidade da carteira ou o resgate dos valores, já que existe uma
indefinição sobre quem administrará a carteira com o fim do Ipesp, uma vez
que a SPPrev é proibida por lei de gerir fundos privados.
Entretanto, o magistrado entendeu que o
advogado não poderia transferir seus recursos para outro plano, uma vez que
a lei federal que regula a portabilidade estabelece a rescisão de vínculo
empregatício como condição essencial para a transferência. Por esse motivo,
determinou que o Ipesp lhe devolva os valores acumulados.
Apesar da autorização do saque, o advogado
José Horácio Ribeiro, que atuou na defesa do colega, afirmou que recorrerá
da decisão. Ele argumenta que a regra da rescisão não poderia ser aplicada
neste caso. “Se trata de uma exceção, o advogado não é funcionário da OAB”,
ressalta.
Tendência
Esta decisão pode abrir caminho para que
outros advogados busquem o resgate de suas contribuições. Segundo
informações da OAB-SP, a Carteira dos Advogados possui 33.500 beneficiários
na ativa, além de 3.300 aposentados ou pensionistas.
Entidades de representação da classe, como o
IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo), a AASP (Associação dos
Advogados de São Paulo) e a própria OAB-SP tem trabalhado para encontrar uma
alternativa para a Carteira, da qual também são co-gestoras, mas até o
momento não houve uma definição.
O prazo para que se chegue a um acordo vai até
o dia 31 de maio, quando o Ipesp encerra definitivamente suas atividades. De
acordo com comunicado divulgado pelo instituto em 2007, caso não seja
encontrada uma solução para o impasse, a Carteira pode passar para a
Secretaria Estadual da Fazenda, que garantiria dos direitos adquiridos, mas
só até o limite dos recursos do fundo.
Com o impedimento legal de aporte de recursos
públicos para benefícios previdenciários privados, a rentabilidade da
Carteira poderia ser ameaçada
Fonte: Última Instância, de
2/02/2009
Comunicado do Centro de
Estudos I
O Procurador do Estado Chefe do Centro de
Estudos comunica que estão abertas 2 vagas aos Procuradores do Estado da
Procuradoria Geral do Estado e 2 vagas para Servidores da Procuradoria Geral
do Estado para o Seminário “Contratação de Serviços de Tecnologia da
Informação”, promovido pela Elo Consultoria Empresarial e Produção de
Eventos, conforme programação
abaixo:
Dias: 16 e 17-2-2009
Horário: 9h às 18h
Carga horária: 16 horas
Local: HB Flat Ninety
Alameda Lorena, 251 - São Paulo, SP.
Palestrante: Ministro Augusto Sherman
Cavalcanti
O Antigo Modelo de Contratação de TI
- Características
- Desvantagens Diretrizes do Atual Modelo de
Contratação de TI Planejamento
- Conceito
- O Dever de Planejar
- Planejamento Estratégico da Organização
- Planejamento de TI
- O que é?
- Para que serve?
- Como deve ser?
- Planejamento da Contratação
- Contratação Mensurada por Resultado
- Justificação
- Projeto Básico
* Requisitos do Serviço
* Modelo de Prestação dos Serviços
* Elementos para Gestão do Contrato
* Seleção do Fornecedor
- Levantamento e Análise de Preços
- Parcelamento dos Serviços
- Requisitos de Habilitação e do Contrato
- Critérios de Pontuação
Contratação
- Seleção do Fornecedor
- Licitação
* Pregão
* Tipo Técnica e Preço
* Convite
- Contratação Direta
* Inexigibilidade
* Dispensa
- Contratação de Cooperativas
- Obrigatoriedade e Exequibilidade das
Propostas
- Cláusulas Essenciais
Execução Contratual
- Gestão Contratual
- O Papel do Preposto
- Indelegabilidade da Gerência
- Suficiência da Organização e da Estrutura de
TI
- Monitoramento e Fiscalização
- Estabelecimento dos Níveis de Serviço
Alterações contratuais
Manutenção do Equilíbrio Econômico-Financeiro
do Contrato
Inexecução Contratual
Tendo em vista o teor da matéria, poderão se
inscrever, preferencialmente, os Procuradores do Estado que trabalham na
área da Consultoria Jurídica e os Servidores da Procuradoria Geral do Estado
que atuam na área de Licitação, mediante autorização do chefe da respectiva
Unidade, até o dia 09 de fevereiro do corrente ano, junto ao Serviço de
Aperfeiçoamento, das 9h às 15h, pessoalmente ou por fax (0xx11) 3286-7030,
mediante termo de requerimento, conforme modelo em anexo.
Caso não ocorra o seu preenchimento pelos
referidos Procuradores do Estado e Servidores, as vagas restantes serão
distribuídas entre os Procuradores do Estado e Servidores da Procuradoria
Geral do Estado interessados. No caso do número de interessados superar o
número de vagas disponível, será procedida a escolha por sorteio no dia 9 de
fevereiro, às 15h, no auditório do Centro de Estudos.
Os Procuradores do Estado e Servidores da
Procuradoria Geral do Estado, se for o caso, receberão diárias e reembolso
das despesas de transporte terrestre, nos termos da resolução
PGE-59, de 31-1-2001, e Decreto 48.292, de
2-12-2003.
Serão conferidos certificados a quem registrar
presença.
Anexo I
Senhor Procurador do Estado Chefe do Centro de
Estudos da Procuradoria Geral do Estado _________________________________,
Procurador do Estado ( ) ou Servidor ( ) da Procuradoria Geral do Estado em
exercício na _____________________________, Telefone________________,
email______________________, vem respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria solicitar a inscrição no Seminário “Contratação de Serviços de
Tecnologia da Informação”, nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2009, das 8h às
18h, no HB Flat
Ninety, na Alameda Lorena, 251 - São Paulo,
SP, comprometendo-se a comprovar, no prazo de 15 dias úteis, a participação
a participação no evento com apresentação de certificado e relatório das
atividades desenvolvidas, sob pena de ter de reembolsar a quantia de R$
1.990,00, paga à Instituição, por sua inscrição __________, de de 2009.
Assinatura:______________________________
De acordo da Chefia da Unidade:
Fonte: D.O.E, Caderno
Executivo I, seção PGE, de 3/02/2009
Comunicado do Centro de
Estudos II
O Procurador do Estado Chefe do Centro de
Estudos comunica que estão abertas 3 vagas aos Procuradores do Estado da
Procuradoria Geral do Estado para o VII Congresso Internacional de Direito
Constitucional - Concretização dos Direitos Fundamentais: Estado e
Sociedade, promovido pela Escola Brasileira de Estudos Constitucionais,
conforme programação
abaixo:
Dias: 2, 3 e 4-4-2009
Carga horária: 25h/a
Local: Auditório Morton Mariz
Centro de Convenções de Natal
Av. Dinarte Mariz, s/nº - Vila Costeira -
Natal - RN
2 de abril (quinta-feira)
13h - Início do credenciamento e entrega de
material
18h30 às 19h - Abertura oficial
19h às 21h - Conferências de abertura
1ª Conferência
Paulo Bonavides - “Direitos fundamentais no
mundo globalizado”
2ª Conferência
Fredie Didier JR. - “Concretização do direito
fundamental a um processo leal”
3 de abril (sexta-feira)
08h30 às 10h - Painel
Daniel Sarmento - “Direito à inclusão e ao
reconhecimento”
Pedro Lenza - “Direitos fundamentais: temas
polêmicos à luz da jurisprudência do STF”
10h às 10h20 - Debates
10h20 às 10h30 - Intervalo e sessão de
autógrafos
10h30 às 12h - Painel
Alexandre De Moraes - “Evolução da jurisdição
constitucional no Brasil e ativismo judicial”
Clèmerson Mèrlin Clève - “Direitos
fundamentais e vinculação das decisões na Justiça Constitucional”
12h às 12h20 - Debates
12h20 às 14h - Sessão de autógrafos e
intervalo para almoço
14h às 15h - 1ª Conferência
Frank Michelman - “Liberdade de expressão no
constitucionalismo norte-americano”
15h às 16h - 2ª Conferência
Nelson Nery Jr - “Concretização dos direitos
fundamentais pelo Poder Judiciário”
16h às 16h10 - Intervalo e sessão de
autógrafos
16h10 às 17h40 - Painel
Dieter Grimm - “Direito fundamental à
liberdade de manifestação do pensamento”
Ingo Sarlet - “Jurisdição constitucional e
direitos sociais”
17h40 às 18h - Debates
18h às 18h10 - Intervalo e sessão de
autógrafos
18h10 às 19h - 3ª Conferência
Francisco Rezek - “Constituição do Brasil,
universalidade e ambiguidade dos direitos humanos”
4 de abril (sábado)
8h30 às 10h - Painel
Dimitri Dimoulis - “Direito de ofender:
limites da liberdade artística”
Flávia Piovesan - “Proteção internacional dos
direitos humanos”
10h às 10h20 - Debates
10h20 às 10h30 - Intervalo e sessão de
autógrafos
10h30 às 12h - Painel
Marcelo Neves - “Concretização dos direitos
fundamentais através da interpretação constitucional”
Lênio Streck - “Jurássicos versus
Continentais: ainda é possível falar em Constituição Dirigente?”
12h às 12h20 - Debates
12h20 às 14h - Sessão de autógrafos e
intervalo para almoço
14h às 15h - 1ª Conferência
Cármen Lúcia Antunes Rocha - “Direito
fundamental à uma vida digna”
15h às 16h - 2ª Conferência
Domingo Garcia Belaúnde - “Processo
constitucional e direitos fundamentais”
16h às 16h10 - Intervalo e sessão de
autógrafos
16h10 às 17h40 - Painel
Walter Claudius Rothenburg - “Não basta ter
Constituição, é preciso estar na Constituição”
José Afonso da Silva - “A problemática dos
direitos fundamentais no século XXI”
17h40 às 18h - Debates
18h às 18h10 - Intervalo e sessão de
autógrafos
18h10 às 19h - Conferência de encerramento
José Joaquim Gomes Canotilho - “Metódica
constitucional dos direitos fundamentais”
Os Procuradores do Estado poderão se inscrever
com autorização do Chefe da respectiva Unidade até o dia 12 de fevereiro do
corrente ano, junto ao Serviço de Aperfeiçoamento, das 9h às 15h, por fax
(11-3286-7030), conforme modelo anexo.
No caso de o número de interessados superar o
número de vagas disponível, será procedida a escolha por sorteio no dia 12
-2-2009, às 16h, no Centro de Estudos.
Será providenciado pelo Centro de Estudos, de
acordo com Deliberação CPGE-9, de 2-2-2006, o encaminhamento do afastamento
para o Conselho da PGE, nos termos do parágrafo único do art. 102 da Lei
478, de 18-7-1986, e do Decreto 52.322, de 18-11-1969.
Anexo I
Senhor Procurador do Estado Chefe do Centro de
Estudosmda Procuradoria Geral do Estado
_________________________________, Procurador
do Estado da Procuradoria Geral do Estado em exercício na _ _ _ _ _ _ _ _ _
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ , Telefone________________,
email______________________, vem respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria solicitar a inscrição no VII Congresso Internacional de Direito
Constitucional - Concretização dos Direitos Fundamentais: Estado e
Sociedade, a realizar-se nos dias 2, 3 e 4-4-2009, no Auditório Morton
Mariz, no Centro de Convenções de Natal, na Av. Dinarte Mariz, s/nº - Vila
Costeira - Natal - RN, promovido pela Escola Brasileira de Estudos
Constitucionais, comprometendo-se a comprovar, no prazo de 15 dias úteis, a
participação no evento com apresentação de certificado e relatório das
atividades desenvolvidas, sob pena de ter de reembolsar todas as despesas
pagas ao Centro de Estudos, pela sua participação.
__________, de de 2009.
Assinatura:______________________________
De acordo da Chefia da Unidade:
Fonte: D.O.E, Caderno
Executivo I, seção PGE, de 3/02/2009 |